Sergio Hinds – Mar (1986)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje eu não vou me complicar. Antes mesmo do café, quero já deixar aqui o meu recado. Tenho ainda uma boa e variada relação de discos para a semana, contudo, essa onda pop rock morre na praia na sexta feira. Eu bem que gosto de fazer essas semanas dedicadas a um determinado gênero de disco, só que quando vai chegando na segunda leva eu já estou doidinho para ‘virar o disco’.
Certa vez eu postei um disco aqui no blog e caí na bobagem de dizer que o achava ruim. Alguém do outro lado logo comentou, então porque postar o disco? Foi nesse momento que eu percebi que mais do que postar algo que não me agrada musicalmente, eu deveria me preocupar com as minhas afirmações e com o sentido que quero dar a elas. O Toque Musical não contempla apenas o meu gosto pessoal, mas principalmente a curiosidade e o interesse por coisas diversas que talvez agradarão à outros. É mais ou menos por aí o sentido também desta postagem.
Sérgio Hinds é sem dúvida outro grande nome da guitarra brasileira. Fundador e principal nome da lendária banda O Terço, o cara tem muita bagagem e toca horrores. Além do trabalho com o grupo, ele já acompanhou e gravou com alguns dos mais importantes artistas da música brasileira. Entre os diferentes projetos que ele já se envolveu, temos o lp “Mar”, uma produção independente, lançada em 1986. Taí um disco que é a cara dos anos 80, sintético e muito ‘iMIDIato’, cheio de recursos eletrônicos que (para mim) só embaçam a beleza da melodia. Na década de 80 o povo abusou da eletrônica, encantados com os sons, os recursos e facilidades, bastava ligar o ‘play back’ e sozinho o músico se transformava numa orquestra. Não é o caso do Sérgio, claro, mas as semelhanças aproximam e as vezes até enganam. Para mim, o grande pecado dos anos 80 está nisso, nos efeitos especiais e superficiais. Conheço músicos que se pudessem fariam uma releitura de seus trabalhos daquela época, não porque fizeram sucesso e mereçam voltar, mas para dar uma roupagem mais digna e eterna a sua arte. Acho que é por isso que existem outros intérpretes e versões. Bom, o disco não me agradou, mas também não desagradou. Foi como os anos 80, passou…

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