Pholhas (1977)

Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Quando penso que vou dar uma pausa nos discos do gênero rock, acabo me lembrado de alguma coisa que faltou, ou que eu  gostaria de postar.
Hoje vamos como o Pholhas, grupo que fez muito sucesso nos anos 70. Lançaram vários discos, lps e compactos, sempre com músicas cantadas em inglês, Fizeram muito cover de bandas gringas, mas se destacaram mesmo foi na produção autoral, tendo seus discos sempre muito bem vendidos. Emplacaram hits que são lembrados até hoje. Foram dezenas de discos gravados, sempre buscando acompanhar o gosto padrão imposto pelas rádios. Um pop/rock que muitos consideravam meloso, mas que agradava em cheio o gosto popular (como esse nosso povo gosta de música estrangeira, hehe…) Ao longo do tempo a banda sofreu algumas alterações, tanto entre seus músicos como também no gênero. Gravaram até discoteca. Mas isso só serve para provar a versatilidade dos caras. Com a saída do tecladista Hélio Santisteban, entrou em seu lugar Marinho Testoni, do Casa das Máquinas, que deu a banda um outro rumo. Lançaram este disco, um álbum verdadeiramente rock, com muitas pitadas do progressivo e com letras totalmente em português. Ao contrário do que se esperava, o disco não vendeu muito, espantou a turma do mela cuecas e acabou ficando meio esquecido. Só quem gosta de rock se antenou para o disco que acabou se tornando a ‘obra cult’ dos Pholhas. O disco é, sem dúvida um empolgante trabalho do rock tupiniquim. Músicas boas, letras em português, enfim, o único da espécie na discografia da banda. Ao que consta, o Pholhas continua em atividade, com sua formação original, trazendo de volta um bom momento para os saudosistas.

panorama
imigrantes
somente rock’n’roll
solidão
águas passadas
metrô-trem
anoiteceu
dr silvana
pra ser mais eu
luzes, câmaras, ação
.

Pholhas (1975)

Olá amigos cultos e ocultos! Como eu havia comentado inicialmente, teremos música jovem a partir dos anos 60. Não sei bem onde eu estava com a cabeça no momento em que pensava em privilegiar uma determinada época. Acabei gerando confusão. Mas sempre há como corrigir. Daí, pulamos agora para os anos 70. Vamos mais uma vez relembrar o grupo Pholhas. Em outubro do ano passado eu postei aqui o álbum “Forever“, de 1974. Agora é a vez do trabalho seguinte. A impressão que eu tenho é que a cada novo disco, o Pholhas ia ficando mais pop, deixando de lado a sua veia rock’n’roll. Acredito também que por ter seguido este caminho mais imediato e comercial, a banda acabou sendo vista com um certo ar de desconfiança. Não me lembro de nenhum roqueiro simpatizante do grupo. O Pholhas ficou associado ao pós Jovem Guarda, por sua música, embora em inglês, excessivamente romântica. Mas tinha mais rock que os românticos de hoje.

get back
anymore
i’m sown
my sad blues
lonely boy
sunshine
my sorrow
i’ll make your day bright
clouds
i use to sleep
no make chances (to love me)
bye people

Pholhas – Forever (1974)

Bom dia, meus prezados amigos cultos e ocultos! A semana do rock está apenas começando e o ‘ibope’ continua se mantendo num bom nível. Isso é legal 🙂

Hoje nós iremos com o Pholhas, grupo criado no final dos anos 60 em São Paulo. Começaram fazendo ‘covers’ de bandas de inglesas e americanas. Passaram logo em seguida à composições próprias, cantando em inglês. Lançaram em 1972 o seu primeiro álbum, “Dead Faces” e através de um compacto (viva o compacto!), conseguiram emplacar a música “My first girl”, que fez um grande sucesso, despertando o público para o grupo e seu lp. Em 1974 veio então este que seria o segundo álbum, “Forever”, também na mesma linha, fazendo um pop rock romântico que embalou muitas festinhas. Quem nessa época não chegou a dançar ao som do Pholhas? A banda continuou emplacando sucessos e sempre apoiada pelo tal do compacto. Muitos achavam que se tratava de um grupo estrangeiro pelo fato das composições serem todas em inglês e um repertório voltado inteiramente para um estilo pop internacional. Neste segundo disco várias faixas se tornaram sucesso. O Pholhas oscilava entre o pop romântico e o rock com algumas pitadas até de rock progressivo. Para os roqueiros da época essa mistura não era exatamente a ideal, mas mesmo assim a banda caiu no gosto popular. Nesta época eclodia no país a onda de artistas com nomes estrangeiros cantando em inglês. Muitos se deram bem e o Pholhas continuou nessa trajetória, gravando outros discos com uma boa pegada no rock até a chegada da discoteca. Para não perderem público, preferiram perder a autenticidade, se deixando levar pela mediocridade. Tornaram-se depois um grupo ‘cover’ de si mesmo. Me parece que ainda hoje, seus remanescentes continuam mantendo a chama acesa. Voltaram à origem. Continuam tocando seus antigos sucessos e principalmente músicas dos Beatles, Bee Gees, Creedence, Elvis e por aí a fora. Taí um grupo que pela competência poderia ter alcançado um lugar mais nobre na história do rock feito no Brasil. Este disco é uma prova incontestável. Pena terem tomado outro rumo, se deixando levar para o lado fácil, ‘mela cueca’ do romântico e popularesco. Como dizia um amigo, há vinhos que com o tempo se tornam melhores, outros viram vinagre. Vamos então fazer uma salada!
forever
good bye
flowers in the rain
alone and free
sally bell
i still remember
the king of space
special girl
so long folks
the game is getting money
we’re all mad
only one pineapple