Betinho e Seu Conjunto – Betinho, Twist e Bossa Nova (1963)

Olá, meus amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa trilha sortida de discos e gravações raras, coisas que se escuta com outros olhos e coisa e tal… Temos mais uma vez em nossas listas, Betinho “o rei da noite” com seu conjunto, em disco do selo Copacabana, lançado em 1963. Sentido as mudanças no campo musical, Betinho e seu conjunto embala no twist e na bossa nova. Taí um disco bacana e diferentão, agrada tanto aos amantes da bossa, mpb, como também a turma do rock. De um lado temos o twist e destreza deste guitarrista que foi, sem dúvida, um dos maiores. Do outro lado ele pega de leve, cai na bossa nova e investe como o cantor. Bacana este disco, vale a pena conhecer.
 
anda
neurastênico
wadiya
twist watch
apache
a cachorrinha da madame
sambalanço bossa
sou feliz
garota sambalanço
beija-me
 

Vários – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol. 30 (2012)

E chegamos à trigésima edição do meu, do seu, do nosso Grand Record Brazil! Esta semana, estamos apresentando alguns registros significativos da primeira fase do rock and roll em nosso país (chamada por especialistas de pré-Jovem Guarda), e algumas músicas em homenagem ao Dia dos Pais, já transcorrido este ano, mas que deve ser todos os dias.
Iniciamos esta seleção com um desses roqueiros pioneiros: Carlos Gonzaga. Interpretando basicamente versões de hits internacionais, o cantor deixou sua marca na história de nosso incipiente rock and roll. Eis aqui duas destas versões, gravadas na RCA Victor em 9 de outubro de 1959 e lançadas em janeiro de 60 no disco 80-2155: “Oh! Carol”, de Neil Sedaka e Howard Greenfield, vertida para o português por Fred Jorge, é o lado A, e o verso, matriz 13-K2PB-0801, nos traz uma composição de Paul Anka, vertida por Odair Marzano, “Rapaz solitário” (no original, “Lonely boy”). Ambas as gravações também sairiam no LP “The best seller”.
 O disco seguinte, o Odeon 14328, lançado em junho de 1958, é um testemunho de início de carreira de outros dois grande s nomes roqueiros da época: os irmãos Tony e Celly Campello. No dia 11 de abril daquele ano, eles inciaram sua trajetória em disco gravando uma faixa cada um no mesmo 78! E com duas musicas de autoria do acordeonista Mário Gennari Filho em parceria com Celeste Novaes, ambas em inglês.e especialmente compostas.  De um lado, Celly canta “Handsome boy” (Belo rapaz), matriz 12468, e do outro Tony ataca de “Forgive me” (Perdoa-me), matriz 12467. Interessante é que o disco saiu também em compacto simples de 45 rpm, o primeiro editado pela Odeon no Brasil! E ambas as músicas iriam também sair, em 1959, nos primeiros álbuns em vinil dos irmãos, “Forgive me” no de Tony Campello, sem título, e “Handsome boy” no de Celly (“Estúpido Cupido”, que trouxe no selo o título “Come rock with me”!). O acompanhamento é do conjunto do próprio Mário Gennari Filho, com coro formado pelos Titulares do Ritmo. Será impossível não se divertir…
Em seguida voltaremos bem mais no tempo, mais exatamente a 1954. É exatamente desse ano o disco Copacabana 5286, com Betinho e seu Conjunto. Betinho, aliás, Alberto Borges de Barros, era filho de Josué de Barros, descobridor de Cármen Miranda, e, ainda adolescente, acompanhou a cantora ao violão muitas vezes. Já nos anos 1950, formou um conjunto que logo se tornou o mais solicitado para animar os bailes então “modernos”. No lado A, matriz M-866, o conhecidíssimo fox “Neurastênico”, parceria dele com Nazareno de Brito, sucesso inesquecível que seria revivido, em 1976, na novela “Estúpido Cupido”, escrita por Mário Prata para a TV Globo, como tema do velho Guimarães, personagem interpretado pelo ator Oswaldo Louzada, que gravava as vozes dos mortos… No lado B, matriz M-867, o mambo “Burrinho leiteiro”, só do Betinho. Ambas as músicas, claro, chegariam ao LP, naquele tempo de dez polegadas, um ano depois. Betinho chegou a ser considerado “o rei da noite”, mas abandonou tudo para cumprir missão evangelizadora.
O “Clube do Guri” foi um programa radiofônico que marcou época nos anos 1950, apresentado nas manhãs de domingo pelas emissoras do grupo Diários Associados, então o maior conglomerado de mídia do país (a edição portoalegrense do programa, na Rádio Farroupilha, revelou nada mais nada menos que Elis Regina). No Rio de Janeiro, era apresentado pela Rádio Tamoio, outra emissora Associada. Pois o  coral infantil do programa aqui está com o disco Odeon 14485, gravado em 17 de junho de 1959 e lançado em julho seguinte, com duas músicas de Silvino Neto, compositor e humorista, homenageando o Dia dos Pais: o samba “Papai é o maior”, matriz 13590, e a canção “Parabéns pro papai”, matriz 13591.
O carioca Pelópidas Brandão Guimarães Gracindo ganhou a imortalidade com o pseudônimo de Paulo Gracindo (1911-1995). Foi apresentador e ator de rádio e televisão dos mais conceituados, e, nas novelas da TV Globo, interpretou personagens inesquecíveis, como o Tucão de “Bandeira 2”, o Odorico Paraguaçu de “O bem-amado” (depois seriado), o João Maciel de “O casarão” e o coronel Ramiro Bastos na primeira versão de “Gabriela”. Marcou época igualmente como o Primo Rico do humorístico “Balança, mas não cai”, na lendária Rádio Nacional (mais tarde também apresentado na TV pela Globo), contracenando com o Primo Pobre, Brandão Filho. Gracindo aqui comparece em outra homenagem ao Dia dos Pais, declamando um poema de mesmo nome, assinado por seu colega na Nacional, Giuseppe Ghiaroni, lançado pela Sinter em abril de 1956 com o número 464-B, matriz S-1035.
Angela Maria e João Dias, que já haviam feito sucesso estrondoso gravando em dueto a valsa “Mamãe”, de Herivelto Martins e David Nasser, em 1956, registrariam em 57 outra valsa dos mesmos autores, agora homenageando os pais, nada mais justo. Trata-se de “Deus te abençoe, papai”, matriz M-1986, lançada no disco 20038-A, dentro de uma série considerada “internacional”, ou seja, de exportação.
Por fim, apresentamos uma das “cantorinhas” reveladas na edição carioca do “Clube do Guri”, da Rádio Tamoio. Trata-se de Zaíra Cruz, que homenageia, curiosamente, os avós, nesta valsa de Arcênio de Carvalho e Lourival Faissal, intitulada justamente “Dia dos nossos avós”, gravação RCA Victor de 15 de março de 1956, lançada em maio seguinte, disco 80-1600-A, matriz BE6VB-1021 (lembrando que o Dia dos Avós é festejado a 26 de julho, dia de Santa Ana e São Joaquim, pais de Maria Santíssima e, por tabela, avós de Jesus). É esta faixa que encerra o nosso trigésimo GRB, que certamente proporcionará momentos proveitosos de entretenimento. Quem lembra, vai adorar recordar, e quem nunca ouviu poderá conhecer. Bom divertimento!
TEXTO DE SAMUEL MACHADO FILHO

A Medida Do Sucesso (1972)

Olá amigos cultos e ocultos! Com a colaboração dos meus célebres parceiros musicais, foram corrigidos alguns links que estavam desativados. Demoramos um pouco, mas estão todos aí…
Começamos a semana numa boa (humm…) Tenho aqui para vocês esta coletânea dos bons tempos da Som Livre. Estão reunidas aqui algumas músicas que eu mesmo já nem me lembrava. Coisas como “Lúcia Esparadrapo”, “Karaní Karanuê, “Mudei de Ideia”, além das internacionais “Oh Me, Oh My” na versão de Jane Duboc e “Les Rois Mages” com Sheila, são músicas que vieram a tona em minhas lembranças e acredito que acontecerá o mesmo com quem viveu e curtiu os anos 70. A seleção musical desta coletânea traz diversos temas que fizeram parte de novelas e programas da Rede Globo. Muito boa, confiram…

oh me oh my – jane duboc
karaní karanuê – diana camargo, myrna e elson
mudei de ideia – osmar milito e quarteto forma
o cafona – angela e paulo sergio valle
o que é que houve? – o som livre
kyriê – trio ternura
lourinha – marília pêra
mas que doidice – maria creusa
les rois mages – sheila
lúcia esparadrapo – betinho
desacato – maria de fátima
shirley sexy – marília pêra
você abusou – maria creusa