Grupo Capote – No Forrock (1972)

Boa tarde, meus prezados amigos cultos e ocultos! Na semana passada recebi de um amigo este disco do Grupo Capote. Segundo ele, o lp é um presente pelo aniversário de 13 anos do Toque Musical. Por acaso, este disco eu já havia postado logo nos primeiros anos do blog. Mas eu não deixaria de postá-lo novamente, tanto pelo presente, quanto pela primeira postagem, que como boa parte das publicações iniciais eram mesmo vergonhosas. Então, mais um bom motivo para trazer de volta…
Temos assim o Grupo Capote, liderado pelo baiano Odair Cabeça de Poeta. Este lp, “Grupo Capote no Forrock” foi o primeiro disco, lançado em 1972 pelo selo Continental. Por certo e para mim, o melhor disco deles. Já cheguei a postar aqui outros trabalhos desse grupo, inclusive disco solo do Odair, que há tempos abandonou a vida de artista para ser dono de pousada e também provedor de internet (vejam vocês). Mas, enfim, segue aqui esse discaço que tem além de músicas próprias, “Eu disse que disse”, de Tom Zé. “Fiz uma viagem”, de Dorival Caymmi e a engraçadíssima “Tu tá comendo vrido”, de Gordurinha. Mas a música que mais se destaca é “A feira” que até hoje sempre é lembrada por conta do trocadilho ‘feira da fruta’.

xeque mate
bomlero
carolina vai carolina vem
paulada no coqueiro
a feira
forrock
fiz uma vagem
tu tá comendo vrido
eu disse que disse
minha calma espiritual imediata

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Odair Cabeça de Poeta & Capote – Rebuliço (1979)

Olá amigos cultos e ocultos! Pelo que eu vejo, a minha ausência já despertou preocupação. Meu final de semana foi ocupadíssimo por isso na sexta-feira eu preparei uma postagem agendada, mas por alguma razão ela não entrou e eu só percebi isso agora a noite quando cheguei para a postagem do domingo. Estamos atrasados, mas estamos em dia 😉
Vamos na sequência trazendo mais um disco do Odair Cabeça de Poeta e seu Grupo Capote. “Reboliço” é outro dos excelentes álbuns desse artista baiano que sumiu da praça. Há muito eu não vejo (e nem escuto) um disco novo dele. Neste lp, lançado em 1979, o Odair conta com participações importantes como Clementina de Jesus, Vicente Barreto e Oswaldinho do Acordeon. Confiram aí, pois eu aqui já vou indo que amanhã tem mais…

fada faça aquilo
o casamento e o frango
terra
a outra que há outra
não é navio… é um barco
rebuliço
jamais
política do acarajé
doce sonho doce
não deixe de lembrar
big boy
antibiótico

Grupo Capote – No Forrock (1972)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui vou eu começando a semana num pique só. Cheio de coisas por fazer e novamente com o tempo reduzido. Mas não vou deixar a peteca cair. Nossa postagem diária é sagrada! Para despertar mais atenção, eu hoje vou começar trazendo um disco que muitos têm constantemente me pedido, o primeiro do Grupo Capote. Depois de ter postado recentemente um disco do Odair Cabeça de Poeta, achei que seria uma boa repetir a dose, com direito a mais dois dedos de choro. Segue então o “Grupo Capote No Forrock”, sem dúvida, o melhor disco do grupo de Odair. Lançado no início dos anos 70, este álbum trazia como diferencial uma proposta musical até então inédita, a fusão de ritmos nordestinos com a música jovem, o pop/rock. O disco traz dez músicas com letras bem humoradas e descontraídas. Tem composições de Gordurinha, Dorival Caymmi e Tom Zé. Mas o destaque vai para a faixa “A feira”, música que chamou muita atenção pelo seu refrão, que ao ser cantado soava como se tivesse dizendo ‘filha da puta’ e chegou a ser proibida de execução em rádios. Me lembro que esta música era o máximo e toda a vez que gente queria provocar as pessoas era só colocar “A feira” para tocar. E pensar que hoje em dia se ouve em público, alto e em bom som a ‘podrera’ do chamado “funk carioca”. Esta sim é a autêntica feira da puta (ups!), quer dizer, da fruta – com direito a mulher moraguinho, melância, jaca, melão, jaboticaba, mixirica e por aí a fora… Nesta hora é que lembro da minha vó dizendo: onde iremos parar???

Mas enfim, taí o discão tão esperado do Grupo Capote. Este álbum eu guardei comigo por muito tempo, até que recebi uma oferta irrecusável. Na pressa, ripei o disco mas sem perceber que estava em baixa qualidade e também, na época, não me importei em copiar direito a capa. Mas quem tem amigos não passa dificuldades e o que é do homem o bicho não come. Salve o ‘brother’ Ricardo Boi! Valeu a colaboração!
xeque-mate blue
bomlero
carolina vai, carolina vem…
paulada no coqueiro
a feira
forrock
fiz uma viagem
tu tá comendo vrido
eu disse que disse
minha calma espiritual imediata

Odair Cabeça de Poeta – Repolho Podre E Os Rabanetes Delinquentes (1986)

Olá, meus prezados! Antes que a semana acabe, vamos celebrar o Dia do Independente. Como todos sabem, tenho procurado manter um dia na semana para postagem de artistas independentes. Como a nova safra de artistas e bandas têm procurado outros blogs para divulgação ou simplesmente se contentam com o Myspace, eu vou mostrando os independentes do vinil, artistas que um dia deram uma boa banana para as grandes gravadoras e partiram para a produção desvinculada.

Desta vez temos, para a alegria de muitos, o Odair Cabeça de Poeta nos brindando com este álbum independente, cujo o título tem tudo a ver com os anos 80. Felizmente a música não, ela se mantém como sempre, muito boa. Na verdade este foi um dos melhores álbuns de música brasileira lançados em 1986 e ninguém sabe disso (só eu). Todas as composições são do Odair, sendo que algumas em parceria com Paulinho Boca de Cantor e Marina Cortopassi. Um disco no nível dos anteriores. O cara não deixou a peteca cair. Confiram mais este toque 😉
rocambole
quanto a gente caminhou
o índio
repolho podere e os rabanetes delinquentes
novo planeta
toque toque
balanço das ondas
toda a vez que se fala no mar
baton na boca
quegrando esquinas

Odair Cabeça de Poeta – Dragão (1982)

Hoje estou começando bem cedinho, aproveitando o silêncio matinal. Do jeito que o carro anda é até possível termos além desta, outra postagem no dia, vamos ver…
Temos então, mais uma vez aqui no Toque Musical, a figura de Odair Cabeça de Poeta. Só para relembrar, esse cara foi baterista dOs Novos Baianos, tocou com Tom Zé e liderou o Grupo Capote. A ele também é atribuído a criação do estilo chamado “forróck”. Quando Odair começou com seu Grupo Capote, ainda não havia uma linha definida, oscilando entre o pop, o rock e os ritmos nordestinos. Seus dois primeiros discos (que por sinal eu gosto muito), não tiveram muita repercussão. “Feira da fruta” ficou conhecida mais por ter sido barrada pela censura, hoje inclusive é um disco raríssimo. Em breve postarei “A Feira” também, aguardem!
Este disco, conhecido como “Dragão”, embora não seja o nome oficial, pode ser considerado como o seu primeiro álbum solo, sem o Capote. Mesmo assim, o estilão não muda, ele mantém aqui a mesma sonoridade e jeito dos discos anteriores. Quer dizer, muito bom! Como destaque, eu chamaria a atenção para três faixas: “Bibelô chinês”, “Casca de banana” que é de Morais Moreira e Paulinho Boca e a regravação de “Tu tá cumendo vrido” de Gordurinha, presente no primeiro lp, “A feira”. Confiram em primeira mão mais essa raridade.

o dragão que são jorge matou não morreu
samba na lua
balanço das ondas
andaças
distância
tudo vai passando
casca de banana
tu tá cumento vrido
a bruxa
quando o país começa a cantar
bibelô chinês
eu canto prá você
as figuras estão voltando
o dragão

Odair Cabeça De Poeta & Grupo Capote – A Forronática E O Forramba (1976)

Já faz um bom tempo que me pediram para postar mais alguma coisa do Odair Cabeça de Poeta e seu Grupo Capote. Infelizmente, entre um post e outro, acabei esquecendo do cara. Mas não tem nada não… a gente tarda, mas não falha! Falei Marujo?
Temos então este lp de 1976 que vem com o destaque “mulher corintiana”. Me parece que foi o seu quarto álbum. Mantendo o mesmo nível dos discos anteriores, ele faz uma mistura dos ritmos nordestinos com o rock. Segundo contam, Odair Cabeça foi o inventor do forrock, pelo menos do termo que tenta ressaltar essa fusão musical. Ele tocou com Tom Zé e já foi baterista dos Novos Baianos.
tranca da janela
amigos
mariquinha
vazio
feitiço do saci
mundo só
forramba no castelo doido
arrepio do ébrio
isso é bonito
lamento
mulher corintiana