Banda do 14. RI – Sucessos Em Ritmo De Dobrado (1961)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Seguimos em nossa jornada musical trazendo mais uma curiosidade, “Sucessos em Ritmo de Dobrado”, com a Banda do 14º R. I.. Me recordo que este tipo de disco era muito comum nos anos 60, por certo, influência dos governos militares que impunham essas marchas e dobrados para ecoarem para além dos muros dos quartéis. Nas escolas e celebrações cívico-militares não dava outra e a gente saía em marcha, enfileirados… aquilo quando não era uma folia, era uma tortura. Tempo em que as Forças Armadas deitavam e rolavam no Leite Moça. E de uma certa forma, eu não duvido que essas produções fossem impostas para serem sempre tocadas nas rádios. Mas eu não quero lembrar disso não. Fiquemos apenas na música, nos dez sucessos populares aqui apresentados em forma de dobrado. Confiram no GTM…
 
cidade maravilhosa
danúbio azul
praça onze
jambalaya
evocação nº1
são paulo coração do brasil
evocação nº3
natureza bela
a vassourinha
me dá um dinheiro aí
 
 
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Gilvan Chaves – Compacto (1959)

Boa hora, amigos cultos e ocultos! Dentro dessa nossa mostra de discos compactos, trago desta vez um outro raríssimo exemplar e de um artista também raro. E quando digo raro, quero dizer, um artista que se destaca em seu universo musical pela qualidade, beleza e simplicidade de sua música, também raro porque, mesmo hoje em dia pouco se fala dele. Estou, por certo, me referindo ao grande artista pernambucano, Gilvan Chaves, músico, cantor, compositor e um ferrenho divulgador da cultura nordestina. Era considerado o Dorival Caymmi de Pernambuco, pois sua música traz as mesmas semelhanças, tanto pelo estilo quanto pelo temas explorados em suas canções. Gravou uma dezena de discos, obras hoje raras, difíceis de encontrar ou absurdamente caros quando os achamos num Discogs ou Mercado Livre. Felizmente, para nossa sorte, existem aqueles que não deixam a peteca cair e neste caso, a obra de Gilvan Chaves foi resgatada, digitalizada pelo Cacai Nunes, músico e produtor do blog/site Acervo Origens. E consequentemente, claro, já foi compartilhada, tanto em seu site como também no Youtube. Aqui no Toque Musical, por estranho que pareça, nunca postamos nada deste artista, assim e agora, temos esta oportunidade através deste compacto duplo, lançado pelo selo Rosenblit/Mocambo. Este foi um dos primeiros compactos lançados por aqui, quando este formato começou a ser fabricado e produzido no Brasil. É interessante notar que os discos de 7 polegadas surgiram no intuito de serem promocionais, ou seja, discos feitos para divulgar uma determinada música, um possível sucesso. E nesta, eles também foram pensados para serem usados em máquinas, as charmosas Jukebox, por isso traziam um furo maior no seu centro e inicialmente eram, como este, discos de 45 rpm. O primeiro compacto de 33 rpm aqui no Brasil nós já o apresentamos no Toque Musical, foi um disquinho lançado de forma independente pelo compositor mineiro Pacífico Mascarenhas chamado “Carlos Hamilton Canta Para Os Namorados”. Bom, mas isso é outra história. Vamos curtir aqui o Gilvan Chaves…
 
pregões do recife
quem viu
oiá do meio dia
casamento aprissiguido 
 
 
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José Luciano – Outros Sambas (1956)

Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Tenho feito postagens aqui, as vezes, sem verificar se já havia ou não publicado anteriormente. Hoje aconteceu isso, postei um Dorival Caymmi achando que ainda não havia por aqui. Ledo engano… Depois de quase quatro mil discos, fica difícil lembrar de cabeça e principalmente quanto nem todas as postagens estão realmente indexadas. Assim sendo e devido a re-postagem do Caymmi, vou colocando aqui mais um disco para este dia. Ainda de gaveta, tenho aqui mais um disco do pianista José Luciano, um artista que nos últimos tempos apareceu por aqui já umas duas vezes. Que seja esta a terceira 🙂 E desta vez com o lp “Outros Sambas”, lançado em 1956 pelo selo Mocambo. Temos neste oito clássicos da nossa música popular ao ritmo do piano personalíssimo do cearense José Luciano. Confiram no GTM…
 
algodão
nunca
ponto final
isto é brasil
terra seca
um cantinho e você
nova ilusão
exaltação a bahia
 
 

José Luciano Vol. 2 (1956)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Há três meses atrás eu postei aqui o primeiro lp do pianista cearense José Luciano. Como já estava mesmo a mão, ou na ‘gaveta’, esperando um novo momento, porque não postá-lo de uma vez? Aqui então segue este segundo lançamento pelo selo Mocambo, o volume 2 trazendo “oito de suas melodias favoritas”, conforme salienta o texto de contracapa. Um repertório eclético e muito gostoso de ouvir. O que pega são os chiados e fritação, coisa que infelizmente eu não consegui amenizar. Enfim, fica valendo este até segunda ordem…
 
mambo em espanha
rio antigo
helli, bluebird
sob os céus de paris
tenderly
passarinhando
canta brasil
perdão
 
 
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José Luciano E Seu Piano – Sambas (1955)

Amigos cultos e ocultos, cá estamos, ainda na dobradinha, alternando discos de dez e doze polegadas. Hoje é dia dos pequenos. E aqui temos este lp do pianista e compositor José Luciano. Vindo do Ceará, de uma tradicional família de Fortaleza, iniciou os estudos de piano ainda na infância, Na adolescência  veio morar no Rio de Janeiro, onde se encontrou totalmente com a música. Tocou no rádio e na televisão e também em boates. Acompanhou os mais diversos artistas e seu piano está presente em muitos discos famosos. Já tivemos a oportunidade de postar aqui um outro disco dele, de 1957, pelo selo Copacabana. Neste lp “Sambas”, lançado em 55 pelo selo Mocambo, nosso artista nos apresenta um repertório de oito seletos sambas, clássicos, que sempre é bom reviver. Confiram no GTM…
 
nem eu 
de cigarro em cigarro
palpite infeliz
copacabana
carinhoso
feitiço da vila
risque
aquarela do brasil
 

Ronaldo Lupo – Varietée… Variedades (1956)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Ah! Nada como uma manhã fria e ensolarada, um céu azul e uma bike esperando seu dono para sair por aí. Mas antes disso, vou  logo deixando aqui o toque musical dessa quinta feira.
Como podemos ver, temos aqui um raríssimo lp de 10 polegadas do “cancioneiro galante do Brasil”, o cantor, compositor, ator, produtor e cineasta, Ronaldo Lupo. Já tivemos a oportunidade de apresentá-lo aqui no Toque Musical, dentro da série Grand Record Brazil, só para discos de 78 rpm. Agora nós o trazemos de volta neste lp lançado pelo selo Mocambo, em 1956. Acredito que este disco seja uma seleção das gravações que fez nesta época para o selo pernambucano, de discos inicialmente lançados em 78 rpm. Como sabemos, a partir dos anos 50, surgem os discos de 33 rpm aqui no Brasil, os primeiros ‘long plays’, se é que podemos dizer assim, de dez polegadas e que traziam geralmente e no máximo quatro faixas de cada lado. Disquinhos charmosos que agora estão voltando a serem procurados por conta do colecionismo. Vamos então conferir mais este…
 
mile rococó
sem ti
dançando com lágrimas nos olhos
vocÊ nasceu pra mim
suave melodia
bambu-lê-lê
j’attendral
fim de semana em paquetá
 
 
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Jair Pimentel – E Sua Bossa Em Chorinhos E Boleros (1966)

Bom tarde a todos, amigos cultos e ocultos! Atendendo aos pedidos de nosso público cativo, temos para hoje um pouco de choros e boleros. E nesse quesito, nada melhor que este disco do multi-instrumentista pernambucano Jair Pimentel, um mestre no clarinete, sax e outros instrumentos de sopro. Aqui temos dele este que foi o segundo lp gravado por ele para a fábrica de discos Rosenblit. Antes, porém, se não me engano, ele havia gravado em 1960, também pela Rosenblit/Mocambo um outro disco, inclusive com o mesmo nome e a mesma capa deste, porém era um disco de 10 polegadas e o repertório é outro. Neste, temos uma seleção onde metade da músicas são de sua autoria, entre choros e boleros. Os arranjos e orquestração são do maestro Nelson Ferreira. Não deixem de conferir…
 
saudades de alagoas
adilia neuza
minha vida é um pagode
sonhando com você
o preço de uma vida
minha vida é você
estrellita
recordar é sofrer
vivo na solidão
agustin lara o inesquecível
 
 
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João Roberto Kelly E Os Garotos Da Bossa (1961)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje temos aqui um disco raro, difícil de encontrar, porém muito badalado, João Roberto Kelly e os Garotos da Bossa. Lançado em 1961 pelo selo Mocambo, este foi o primeiro disco gravado por João Roberto Kelly. Pianista, compositor, autor de grande sambas e marchinhas, músicas até hoje na memória do povo. Iniciou sua carreira musicando um espetáculo de Geysa Boscoli e Leon Eliachar, no final dos anos 50. Suas músicas fizeram sucesso na voz de grandes intérpretes e logo de início já havia emplacado músicas como “Boato”, “Brotinho Bossa Nova”… Músicas essas que estão presentes neste lp. Disco bacana, gostoso de se ouvir. Quem não conhece, a oportunidade é essa… Confiram no GTM
 
samba do teleco-teco
não sou atleta
porque foi que eu voltei
dor de contovelo
samba da cabrocha
passaporte pra titia
chega de lero lero (é teleco-teco que eu quero)
boato
brotinho bossa nova
consolo de otário
figurinha de boite
tempos modernos
 
 
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Claudette Soares (1965)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Aqui um autêntico compacto, Claudette Soares em dois momentos de seu disco de 1965 pela Rosenblit/Mocambo: “A Resposta”, de Durval Ferreira e Pedro Camargo e “Chuva”, de Marcos e Paulo Sergio Valle. A capa deste compacto é diferente do lp e acho que tem mais charme, mais condizente com o conteúdo.
 
a resposta
chuva
 
 
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Clóvis Pereira – Velhos Sucessos Em Bossa Nova (1963)

Boa noite a todos, amigos cultos e ocultos! Aqui vai mais um disco bacana para se encaixar nessa mostra de fim de ano. Tenho para vocês “Velhos Sucessos em Bossa Nova”, lp do maestro e pianista Clóvis Pereira, disco lançado em 1963 pelo selo Mocambo, da Rosenblit. 
Eu estava buscando mais informações sobre este disco quando me deparei com um texto do jornalista José Teles, achei tão completo que tomo a liberdade de reproduzi-lo aqui:
“…estreia em disco do maestro Clóvis Pereira, com um time formado por craques do instrumental pernambucano, recriando sucessos de décadas anteriores, em roupagem bossa nova. Na época, depois dos intérpretes de BN, quase tudo na cola de João Gilberto, a onda eram os combos de samba jazz. Clóvis Pereira foi além, e formou uma orquestra de bossa nova, com instrumentação inovadora, com um naipe de saxes, dois trompetes, um trombone, celo, contrabaixo, percussão, violões, e ele, o maestro no piano. Talvez o desnecessário neste disco é o “velhos sucessos”, até porque João Gilberto, no LP que modernizou a música popular brasileira, interpreta quatro Ary Barroso, Dorival Caymmi, Marino Pinto e Zé da Zilda, duas das canções, estão neste LP de Clóvis Pereira, Aos Pés da Cruz, e Morena Boca de Ouro. O repertório do LP vai de Sinhô (Gosto que me enrosco), a João de Barro, Noel Rosa, Ary Barroso, e Ataulfo Alves, o menos conhecido Waldemar Gomes e Afonso. Teixeira, do então ainda recente sucesso Nega (gravado por Jorge Veiga em 1958). Se o repertório é impecável, o que dizer dos músicos que Clóvis arregimentou? Sivuca toca um dos três violões, o trombonista é o também compositor Senô (autor de, entre outras, Duda no Frevo), os quatro saxes são de Valderedo (soprano), Ivanildo (alto), Maurício (barítono), e Duda (tenor). Assim como estes, os demais, Miro, Zezinho, Chagas, são tudo cobra criada, de talento calejado em orquestras de baile e de frevo, ou nos estúdios da Rozenblit, então no auge. Os arranjos são todos muito bons. Amélia, por exemplo, começa com um uníssono de saxes. O maestro Duda mostra seu lado Stan Getz, dialogando com o sax de Ivanildo, na abertura do álbum, com Não me diga adeus (Paquito/Soberano), mais para o jazz West Coast (o que mais influenciou os bossa novistas).
Fim de Semana em Paquetá (João de Barros/Alberto Ribeiro) tem um toque de Stan Kenton, com a cozinha de contrabaixo, bateria e ritmistas (como se chamavam então percussionistas) firmes e discretos, enquanto saxes e trompetes se revezam nos improvisos. 54 anos depois ete álbum não perdeu o frescor, é daqueles trabalhos aos quais o tempo não causa danos, pelos contrário os torna ainda melhores.”
 
não me diga adeus
fim de semana em paquetá
madalena
morena boca de ouro
no rancho fundo
helena, helena
gosto que me enrosco
fita amarela
o orvalho vem caindo
aos pés da cruz
nêga
amélia

 

 
 

 

Carmélia Alves – Vamos Dancar Bossa Nova (1964)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Segue o toque musical do dia… Hoje temos a presença da ilustre cantora Carmélia Alves, também mostrando que é boa de bossa, num lp que é pura Bossa Nova. “Vamos dançar bossa nova” foi um disco lançado pelo selo Mocambo, da fábrica pernambucana Rosenblit, em 1964. O disco traz uma série musical de sucessos que permeiam o universo da chamada Bossa Nova. Carmélia é realmente uma grande cantora e desfila com desenvoltura nesse repertório impecável. Não deixem de conferir…
 
o samba brasileiro
quem quiser encontrar o amor
rede de mangueira
eu preciso de você
samba de uma nota só
você e eu
na cadência do samba
valsa de uma cidade
só danço samba
o barquinho
deixa a nega gingar
corcovado
 
 
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The Brazilian Boss (1966)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Vez por outra, além dos tradicionais ‘arquivos de gaveta’ e colaborações de todo tipo, tenho apresentado aqui a herança do Sintonia Musikal, do amigo Chico. Infelizmente o blog dele fechou as portas e acabou deixando muita gente ‘a ver navios’. O Toque Musical, na sua incansável existência tem buscado resgatar o que por lá já foi publicado. Inclusive, porque muitos dos discos que foram postados no SM são muitas vezes os mesmos discos do acervo TM. Assim, considerando a qualidade dos arquivos do SM e também para facilitar a nossa labuta na hora da digitalização, preferimos apenas usar os arquivos que já estão prontos. Eventualmente fazemos algumas correções, trocamos o áudio ou mesmo as imagens. O importante, como já dizia Paulo César Pinheiro, é que a nossa emoção sobreviva. Então, aqui temos este delicioso instrumental, a la Jovem Guarda, The Brazilian Boss, lançado em 1966 pelo selo Mocambo. Por certo, trata-se de um conjunto de ocasião, ou seja um grupo musical criado para dar corpo ao disco e seu repertório. Embora, em 1968 tenha sido lançado um outro disco do The Brazilian Boss, não se sabe ao certo quem eram os seus músicos. Eu imagino que por ser um disco da Mocambo, talvez os artistas sejam do ‘cast’ da gravadora, músicos de estúdio, que geralmente não são citados nas ficha técnicas. Independente disso, temos aqui um disquinho curioso e que muito irá agradar aos amantes da Jovem Guarda. Confiram…

les cornichons

a volta

juanita banana

brincadeira de esconder

oi ti daro dipiu

é papo firme

mexericos da candinha

pobre menina

mamãe passou açúcar em mim

les marionettes

escreva uma carta de amor

a tartaruga

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Gallo E Seu Conjunto – Em 4 Tempos (1959)

Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje estamos apresentando o pianista Fernando Gallo e seu conjunto, em LP editado pela Mocambo, do Recife, em 1959. Este trabalho segue a linha dançante em voga na época, apresentando uma seleção de sucessos da ocasião, tais como “O apito no samba”, “Mocinho bonito”, “Charmaine”, “Tudo ou nada” e “Camponês alegre”.  Enfim, um repertório que transmite bem a época, feito sob medida para ouvir e dançar. Não encontrei nenhuma informação biográfica sobre Fernando Gallo, mas este “Em quatro tempos” vale muito a pena, e é digno merecedor de nossa postagem de hoje.

samba do teleco-teco
mocinho bonito
apito no samba
mi nuovo ritmo
puente de pedra
camponê alegre
noites cruéis]melodia d’amore
tudo ou nada
charmaine
so in love
on the street where you live


*Texto de Samuel Machado Filho

Eladir Porto E Oquestra Típica De Romeu Fossati – Tangos Sempre Tangos (1959)

Os amantes do tango certamente irão se deliciar com o álbum que o Toque Musical oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. Lançado pela Mocambo em 1960, o disco reúne seis tangos cantados, em versão, interpretados pela cantora Eladir Porto, e outros seis instrumentais, na execução da Orquestra Típica de Romeu Fossati, que também acompanha Eladir em suas faixas. Nascida em Santos, litoral paulista, em 15 de outubro de 1917 (não há informações quanto a data e local de falecimento), Eladir Maria da Silva Porto iniciou sua carreira após vencer um concurso de beleza, estreando em 1936 na Rádio Cajuti, do Rio. Em disco, estreou na Victor, com duas músicas para o carnaval de 1942: a marchinha “Salomé” e o samba “Comprei uma baiana”. Essa era a base de seu repertório inicialmente, ou seja, sambas e marchinhas, e nessa época (era o Estado Novo de Getúlio Vargas) Eladir era presença constante em eventos no Palácio do Catete. Atuou em várias outras rádios até viajar para a Argentina, onde residiu alguns anos, o que acabaria por fazê-la mudar seu repertório, especializando-se em tangos. Voltou ao Brasil em 1950, e foi contratada pela Rádio Nacional. Neste disco, ela canta seis versões de tangos bastante conhecidos, já lançadas anteriormente em 78 rpm: “Silêncio”, “Cantando”, “Noite de Reis”, “Lencinho querido”, “Tarde chuvosa” e “Quero ver-te uma vez mais”, todas com o acompanhamento da Típica de Romeu Fossati. Esta, por sua vez, executa instrumentalmente “Una lágrima tuya”, “Sentimento gaúcho”, “Dora”, “Gricel”, “Caminito” e “El amañecer”. Em suma, um cardápio sob medida para quem gosta de tango, através do álbum que o TM nos oferece hoje. 

silencio 
una lagrima tuya
cantando
sentimento gaúcho
noite de reis
dora
lencinho querido
gricel
tarde chuvosa
camininto
quero ver-te uma vez mais
el amañecer



*Texto de Samuel Machado Filho

Paulo Burgos – Seleções De Portugal (1957)

Olá amigos cultos e ocultos! Dando sequencia a série dos 10 polegadas, eu trago hoje um disco dedicado aqueles que são fãs da música portuguesa. Temos aqui uma seleção com algumas das mais conhecidas música portuguesas interpretadas pelo pianista pernambucano Paulo Burgos em disco lançado pelo selo Mocambo, da fábrica de discos Rozenblit, em 1957. O lp é de faixa contínua, ou seja, não há separação entre as música. Feito assim especialmente para dançar, sem pausa, pelo menos a cada lado. Não vou estender na apresentação, pois o verso da capa já nos traz toda a informação complementar. Confiram já…

ai mouraria
fado do ciúme
madragoa
perseguição
lisboa antiga
coimbra
foi deus
que deus te perdoe
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Rio Carnaval Do Brasil 64 (1964)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! O carnaval continua por aqui. Saímos de 1976 e vamos agora para o ano de 1964. Uma década ainda melhor, na minha opinião, para as fantasias musicais carnavalescas. E neste álbum, lançado pela Rosenblit, através de seu selo Mocambo para o Carnaval de 64, temos uma seleção de 14 sambas e marchas, interpretadas aqui também por grandes artistas como Nora Ney, Jorge Goulart, Aracy de Almeida, Linda Batista e outros. Vamos lá, cair na folia?

a india vai ter nenem – dircinha batista
devo a você – jorge goulart
mulher boa é quem manda – ivete garcia
quis fazer de mim palhaço – orlando corrêa
devagar – aracy de almeida
a hora é essa – gracinha miranda
deus é testemunha – nora ney
quem gosta de passado é museu – linda batista
a bola do maracanã – gilda de barros
cabeleira do zezé – jorge goulard
na hora que você precisou – zilda do zé
eclipse – orlando corrêa
o outro lado da vida – gilda de barros
de copo na mão – ivete garcia
tomara que seja você – nora ney
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Martins Da Sanfona – Quadrilha (196..)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Dando sequencia à nossa semana dedicada às comemorações das festas juninas, eu trago hoje um autêntico disco de quadrilha. Certemente, muitos de vocês estarão envolvidos nas festividades do mês. Assim, vamos conhecer e levar este toque para as nossas festas. Taí uma boa trilha para animar a noite em volta da fogueira.
Temos aqui “Quadrilha”, lp lançado pela fábrica de discos pernambucana Rosenblit, através de seu selo Mocambo, trazendo o sanfoneiro Martins da Sanfona, também conhecido como Tony Martins e ainda Toinho da Sanfona. Este artista gravou vários discos entre as décadas de 50 e 60, sempre explorando o gênero forrózeiro, autêntico noirdestino. Certamente, a quadrilha de festa junina aqui tem todo o tempero nordestino, mas  não foge muito ao modelo tradicional, espalhado por diferentes regiões brasileiras. tem fogueira, tem quentão, tem rojão… e de quebra, traz na contracapa todo o roteiro de direção da quadrilha. Muito legal!

os cumprimentos
o passo da chuva
dança do xís
a dança da roda
o túnel
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Claudette Soares – A Dona Da Bossa (1987)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Geralmente, quando estou fazendo alguma postagem, tenho sempre ao meu lado alguns ‘cúmprices-críticos’ dando seus ‘pitacos’, antes mesmo de ver a coisa publicada. Nessa semana já criticaram (em tom de gozação) o fato de eu estar postando um disco da cantora Carmen Silva. Gritaram da cozinha: “olha o público!” Caraí.., parece até que não conhecem o Augusto aqui e seu Toque Musical! Muito menos a máxima: “Um lugar para se ouvir música com outros olhos”. Agora, ouvi lá da sala a mesma voz dizendo (também em tom de gozação): “aí, heim? se redimindo…” Sinceramente, essa eu não entendi…
Bom, vamos toque… hoje eu trago para vocês a cantora Claudette Soares em seu primeiro lp. Na verdade, trata-se de um relançamento feito nos anos 80 através do selo Imagem, do lendário Garoto da Lua, Jonas Silva. Como já disse, em outra ocasião, Jonas criou esse selo para lançar, em especial artistas e discos de jazz. Relançou diversos álbuns, alguns inclusive nunca tiveram antes lançamento no Brasil. Na década de 80 ele relançou entre outros este que foi o primeiro lp gravado pela cantora Claudette Soares. O álbum originalmente saiu em 1964 pelo selo pernambucano Mocambo, gravadora a qual Jonas também trabalhou como produtor musical. O lp saiu com uma capa diferente, com a foto recortada e sem o título original. Ao que parece este relançamento foi bem oportuno, pois veio numa fase de ostracismo da cantora e resgatava um de seus mais belos trabalhos. Aqui encontraremos um repertório essencialmente de bossa nova e para época, da melhor qualidade. Quem ainda não ouviu, faça-me o favor…

pra que chorar
azul contente
samba do avião
sem você
ah, se eu pudesse
tristeza de nós dois
garota de ipanema
samba só
crediário do amor
bossa na praia
evolução
conselho a quem quiser voltar

Orquestra Sonora Tropical – Chacrinha Apresenta A Orquestra Sonora Tropical (196?)

Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados! Já que retomamos às postagens, as solicitações voltaram com força total. Se bem que há muitas onde eu só poderei ajudar se a pessoa se associar ao GTM. Infelizmente ainda existem aqueles que se precipitam e não lêem as informações e orientações do blog. Aos demais, peço que aguardem com paciência. Todos serão atendidos, ok?

Mantendo o espírito de curiosidade, estou trazendo para vocês este raro álbum da Mocambo. Vejam que interessante, “Chacrinha apresenta a Orquestra Sonora Tropical”. Logo de relance me chamou a atenção. Mesmo não entendendo bem a razão do nome do Chacrinha está neste disco, apesar do texto de contracapa que o coloca como uma autoridade no assunto musical. Realmente, o Abelardo Barbosa era, mas creio que acima de tudo era um chacrinha, o Chacrinha. Esperaria dele uma seleção musical mais popular, num universo mais diversificado de artistas, como era comum em seus programas. Música orquestral soou assim meio que esquisito, não parecia ser a praia dele. A tal Orquestra Sonora Tropical ao que parece só gravou este disco, que por sinal nem data de lançamento eu encontrei. A Orquestra, todavia é muito boa. A qualidade da gravação ficou um pouco a desejar. Um repertório variado. Duas faixas me deixaram muito curioso para ouvir logo esse disco, “Ensinando Bossa Nova” (Blame It On The Bossa Nova) e “Garota de Ipanema”. Se a primeira já não tinha bossa, a segunda então, nem se fala, virou um tremendo chachacha. Mesmo assim, vale a pena conhecer essa raridade…

ensinando bossa nova

doce amargura

garota de ipanema

sonhar contigo

non ci credo

amor sincero

coeur blesse

tudo de mim

al di la

chariot

roberta

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Renato Mendes E Seu Orgão (1962)


Boa noite amigos cultos, ocultos e associados! Desculpem as minhas falhas. Sei que tenho esquecido de dar aquele toque no GTM e as vezes até a postagem! Pois é, empresa onde só tem um funcionário só pode dar nisso. Mas vamos, dentro das minhas possibilidades, fazendo o impossível 😉

Para aplacar as furadas, hoje eu estou trazendo um disco super bacana, pura raridade que eu, até hoje, nunca vi postado em outro blog. Temos aqui um dos maiores tecladistas brasileiros. Digo tecladista, mas no melhor dos bons sentidos, como um artista que domina todas as teclas. Renato Mendes é na verdade um organista, talvez o maior do Brasil. Mestre de muitos outros grandes organistas. Encontrei na rede um curioso anúncio de aulas de orgão eletrônico, no qual segue num longo texto, um relato do instrumentista professor, falando de seu mestre Renato Mendes. Por aí a gente já faz uma ideia de quem foi este músico. Mais uma vez, digo ‘foi’ sem saber ao certo a situação de Renato Mendes. Ele tem outros discos ótimos. No blog Vinyl Maniac há um excelente, “Orgão de Vanguarda”, lançado em 1965. “Electronicus” também é outro disco imperdível (em breve irei postá-lo aqui). A gravadora pernambucana lançou em 1962 este álbum que agora eu apresento a vocês. O lp teve também uma outra capa e o título de “Sambando com Renato Mendes e seu Orgão”. Só não sei qual foi lançado primeiro. O certo é que no disco iremos encontrar um repertório de sambas e outras bossas reinantes naquele começo dos anos 60. Renato vem acompanhado por bateria, baixo e um saxofone que dá um tom jazzístico ao trabalho. Um belíssimo disco. Valeu a pena esperar…

o barquinho

nossos momentos
céu e mar
cheiro de saudade
a noite do meu bem
gimba
poema das mãos
zelão
ternurinha
esquecendo você
copacabana
o apito no samba

Ary Toledo, Geraldo Vandré, Ana Lúcia, Os Cariocas, Paulinho Da Viola & Zé Kéti – Compactos REPOST

Para o nosso domingo ser mais feliz, passamos de quatro para seis compactos. O bom de colocar assim é que podemos ter uma maior variedade, agradando ‘gregos e troianos’. No caso da postagem de hoje, quero primeiramente agradar a mim mesmo – estes moram no meu repertório de assobios e cantaroladas. Isto também para não dizerem que por aqui só rola coisas estranhas. Na verdade a única coisa estranha aqui sou eu, hehehe… Muito estranho… vou da água ao vinho, da sopa ao mingau. “O importante é que a nossa emoção sobreviva!”

Então, temos na postagem do dia, seis compactos super bacana: Ary Toledo, nos tempos em que ele cantava mais do que fazia piadas. O quarteto Os Cariocas, sempre com muita bossa. Geraldo Vandré num compacto simples com duas músicas que fizeram parte da trilha sonora do filme “A hora e a vez de Augusto Matraga”. Segue outro Vandré ao lado da cantora Ana Lúcia numa gravação e compacto que é raridade total. Temos também o Paulinho da Viola num compacto duplo com quatro pérolas de sua autoria. E para finalizar, temos o Zé Kéti num compacto simples da Rosenblit. Este último disquinho traz a faixa “Acender as velas”, música esta que não consta no seu lp da mesma gravadora. Acho até que amanhã irei postar o álbum, assim a semana começa ‘nos trinques’. Podem aguardar… 😉
Ary Toledo
maria clara
o que será que as outras tem que a linda não tem
+
Geraldo Vandré
cantiga brava
modinha
+
Geraldo Vandré & Ana Lúcia
samba em prelúdio
você que não vem
+
Os Cariocas
minha namorada
nem o mar sabia
+
Paulinho da Viola
foi um rio que passou em minha vida
nada de novo
ruas que sonhei
sinal fechado
+
Zé Kéti
máscara negra
acender as velas

Noite Ilustrada – Cara De Boboca (1960)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje eu estou trazendo para vocês o “Cara de boboca”, disco gravado pelo Noite Ilustrada em 1960. Este álbum, eu há muito tempo queria tê-lo postado, só não o fiz antes porque o álbum que eu tinha, embora ‘zero bala’ (novinho), apresentava um defeito de prensagem no lado B. Consegui, dias atrás, um outro exemplar, também muito conservado. Mas foi só eu colocar o disco no prato e tocar para perceber que o tal erro de prensagem também aparecia. Procurei na rede pelo álbum e baixei, por sinal é ainda o mesmo arquivo do Zeca Loronix se replicando por aí. Mais uma vez constatei que o erro era geral. Através de um amigo que conheceu o Noite Ilustrada, fiquei sabendo que este disco, na primeira prensagem, tinha mesmo um defeito nos sulcos. Quando eles deram conta disso, muitos já haviam sido vendidos. Diante ao inevitável e considerando que eu já estava no embalo de postá-lo, o jeito foi recorrer ao Sound Forge para tentar dar uma reduzida no problema. Não ficou 10, mas deu para passar na média.
Entre tantos discos lançados pelo Ilustrada, este é talvez o que eu mais gosto. Um disco cheio de sambas sincopados que mesmo o mais insensível é capaz de bater o pezinho. As letras também são ótimas, histórias de malandros, sambistas, gente do morro… a realidade daqueles tempos caricaturada no samba.
Outro fato interessante neste exemplar é uma dedicatória com autógrafo feito a caneta no verso da capa pelo Ilustrada ao seu amigo, o Sr Nicolino Del Bosco. A minha curiosidade me fez então procurar na rede sobre o tal Nicolino. Descobri que ele foi um colecionador de artistas. Um santista apaixonado pelo cinema e a música, que começou ainda na juventude se corresponder com seus artistas prediletos. Ele se correspondia com os grandes artistas de Hollywood e foi cicerone de muitos que passaram por Santos, vindos de navio conhecer o país. Segundo contam, ele tinha um acervo enorme de fotos, cartas, discos… Era amigo de Carmen Miranda e de praticamente todos os grandes artistas brasileiros, das décadas de 30 aos anos 60. Li num site que esse senhor, ainda vivo, pretendia passar o seu acervo para alguma entidade cultural da cidade de Santos. Não sei se isso foi feito, se existe na cidade algum museu ou coisa parecida preservando seu rico material. Provavelmente não, a tomar por este disco do Noite Ilustrada, que certamente fazia parte do acervo. No Mercado Livre também eu encontrei uma série de itens (fotos e discos) que um dia foi do ‘amigo dos artistas’. Quer comprar? Vai lá… Nessa hora é que eu penso: aquilo que para alguns é paixão, para outros é fazer dinheiro.

cara de boboca
playboy
diabo de saia
escureceu
cadê cidinha
compreenção
castiguei
nada me embaraça
danada cegonha
é doloroso
conselho
ai lourinha

Eliana E Booker Pitman (1962)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Como já comentei, tô numa correria danada e sem muito tempo para ficar ‘tocando’ e ‘blogando’. Estou sendo obrigado a usar aqueles disquinhos que foram preparados, mas por alguma razão acabaram na gaveta. Hoje nós iremos com a Eliana Pitman em seu disco de estréia, ao lado do papai, o saxofonista americando Booker Pitman. Por certo, este é um disco já bem majado, postado também em outros blogs. Mas, mesmo assim eu ainda arrisco uma terceira ou quarta chamada 🙂 Após ouvir bem esse álbum, eu só tenho uma coisa a dizer, teria ficado ótimo, fosse a Eliana a partir dos anos 70. Já pensou ela agora, cantando ao lado do Buca? Ia ser duca… 😉

yes, sir, that’s is my baby
balão apagado
look for a star
bate que bate
mama don’t allow – samba de uma nota só
a luz dos teus olhos
st. louis blues
vou a pé até lá
the birds of the blues
mulata assanhada
não sei porque