Paulo Mezzaroma – Um Violino Sentimental (1959)

Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Intervindo eventualmente nas postagens, vez por outra também estarei dando meus pitacos. Como já foi informado aqui, o Toque Musical agora conta com uma equipe de apoio, pois a cada dia ficava mais difícil eu manter esse blog sozinho. Muda-se um pouco as regras, mas no geral continua tudo na mais perfeita ordem, graças ao GTM.
Trago hoje para vocês um lp que merece a nossa atenção. Temos aqui Paulo Mezzaroma em, Um Violino Sentimental, lp lançado no final dos anos 50. Este disco do maestro e violinista italiano, cujo nome verdadeiro era Paolo Mezzaroma traz um repertório moderno para a época com sucessos internacionais e entre esses quatro músicas nacionais, entre as quais se destaca “Eu não existo sem você”, Antonio Carlos Jobim e Vinícius de |Moraes. Mezzaroma atuou no Brasil nas décadas de 50 e 60. Gravou também pela RGE. Temos outras coisas dele aqui no Toque Musical. Confiram este, no GTM.

summer time in venice
eu não existo sem você
cuando vuela a tu lado
temptation
judeu errante
all the things you are
maria dos meus pecados
aquella melodia
when i fall in love
dó ré mi
que reste-t-il de nos amours
c’est si bon

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Célia Mara Apresenta: Ninguém Segura Meu Samba (197…)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Depois de uma rodada de vozes femininas, vamos agora para o samba. Trago hoje para vocês um disco que comprei no Rio de Janeiro. Só mesmo no Rio é que eu encontraria uma raridade dessas… Vejam que legal, temos aqui um encontro de grandes figuras, nomes memoráveis das mais importantes e tradicionais agremiações e escolas de samba da Cidade Maravilhosa. É, sem dúvida um encontro histórico em disco. A reunião de vários sambistas numa produção, digamos, independente…
Gravado ao vivo, quer dizer, direto e sem ensaio no estúdio da Musidisc, o lp traz um selo próprio, “Internacional”. O que nos leva a crer que produziram outros discos. Mas o álbum nos apresenta muitas curiosidades, inclusive musicais. A começar pela própria capa e título: “Célia Mara Apresenta Ninguém Segura Meu Samba”. Não sei nada sobre as vedetes, mas Célia Mara era um nome que me soava familiar e logo pela capa deduzi isso. Procurei então informaçoes no Google e o mais próximo que cheguei foi através do excelente blog do Luiz Sérgio Nacinovic, o “popmuzikrocknroll“, onde ele em seu texto me esclareceu o básico. Célia Mara era mesmo uma vedete (certamente muitos aqui deve saber disso e mais), “a Rainha da Vedetes e criadora do melhor programa programa de Jovem Guarda que o Rádio carioca colocou no ar em todos os tempos…”, palavras da própria Célia, segundo Nacinovic. Mas ainda assim, fiquei me perguntando qual a razão da vedete apresentar este disco. Na ficha técnica, como se pode ver na contracapa, seu nome aparece em Coordenação. Coordenação de quê? Ficaria resolvido se fosse apenas uma estampa, mas pelo jeito ela também fez parte dessa produção. E pelas histórias do Nacinovic, dá para imaginar… Como curiosidade musical tem aqui a faixa dois do lado b, “Coroa boa”. Será que foi inspirado na Célia Mara? Maldade a minha… Melhor voltarmos para o conteúdo musical. Olhem quem veio para o samba
juvenal, mangueira e samba – padeirinho
lágrimas – paulo roberto
meu aniversário – rubens zuzuca
vou deixar a boemia – jandyr antunes
velho cavaquinho – rubens zuzuca
divina música – caciça
sou flamengo e sou mangueira – padeirinho
coroa boa – paulo robero
meu pandeiro furou – haroldo melodia
no silêncio do meu quarto – ledi
samba do motorista – haroldo melodia
sem vergonha – haroldo melodia
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