Claudio Zoli (1988)

Considerado o príncipe da soul music brasileira, Cláudio Zoli é posto em foco hoje em nosso TM. Zoli veio ao mundo na cidade de São Gonçalo, litoral do estado do Rio de Janeiro, no dia 13 de maio de 1964. Desde cedo, interessou-se pela música, e cresceu ouvindo a “soul music” de feras como Tim Maia, Stevie Wonder e Marvin Gaye. Ainda garoto, começou a cantar e a tocar violão, e sua estreia profissional aconteceu aos 17 anos de idade, tocando na banda de Cassiano (criador de hits como “A lua e eu” e “Coleção”), que se tornaria o seu guru. Zoli também aprendeu muito com o mestre Tim Maia. Em 1982, fundou a banda Brylho, que, um ano mais tarde, lançou seu único LP. Nele, está o também único hit do grupo, “A noite do prazer”, relembrado até hoje (“Na madrugada a vitrola rolando um blues, tocando B. B. King sem parar”…) e sempre presente nos shows de Cláudio Zoli.  Após o fim da banda Brylho, em 1986, Cláudio Zoli grava seu primeiro álbum-solo, “Livre pra viver”. Nessa ocasião, obteve sucesso com músicas gravadas por outros intérpretes, caso de Marina Lima (“À francesa”, parceria dele com o irmão da cantora, Antônio Cícero) e Elba Ramalho (“Felicidade urgente”, parceria de Zoli com Ronaldo Lobato Santos, incluída na novela global “Vamp”, de 1991). Em um momento de baixa na carreira-solo de intérprete, Zoli formou, ao lado de Ritchie e Vinícius Cantuária, o grupo Tigres de Bengala, que lançou um único álbum em 1993. Seis anos mais tarde, entretanto, voltou a gravar como solista, lançando o álbum “Férias”, no qual acrescentou elementos do rap e do rhythm and blues ao seu tradicional soul-funk-samba. Casado com  Carol Duarte, também sua empresária, Cláudio Zoli tem três filhos, Lucas, nascido em 1986, Pedro, nascido em 1989, e João, em 1992. Dos três, apenas João optou por não seguir carreira musical, dedicando-se ao bodyboard (variante do surfe) e conquistando inúmeras premiações. Ao todo, Zoli gravou, até o presente momento,  treze álbuns, incluindo os que fez com o Brylho e o Tigres de Bengala, e o mais recente deles é “Amar e amanhecer”, lançado em 2014. Dessa discografia, o TM hoje apresenta o segundo álbum-solo de Cláudio Zoli, editado pela EMI em 1988. Aqui, o destaque fica por conta de “Não foi em vão”, versão de Cláudio Rabello para o clássico “What’s going on?”, de Marvin Gaye. Temos ainda a regravação de outro clássico, ‘’Azul da cor do mar”, eterno hit do “síndico” Tim Maia, e mais oito faixas do próprio Cláudio Zoli, por ele assinadas ao lado de parceiros como Bernardo Vilhena, Ronaldo Lobato Santos e Cassiano. Enfim, um bom trabalho de Zoli, que pode ser incluído entre os melhores já gravados por ele. É só ir pro GTM e conferir…  (A acrescentar que, quando do relançamento deste disco em CD, foram incluídas duas faixas-bônus, a instrumental “Funk house” e “Horizonte”).

criminoso sutil
não dá pra entender
quero te amar
último beijo
sem explicação
não foi em vão
noites de onda
azul da cor do mar
em nome do prazer
sangue negro
*Texto de Samuel Machado Filho

Brylho – Noite Do Prazer (1987)

Olá amigos cultos e ocultos, do Toque Musical! Muito boa noite para todos. Na onda da radicalização, eu hoje estou da água para vinho, ou vice versa. De vez enquanto a gente tem que mudar um pouco também no repertório e na escolha das postagens. Nesse sentido, o TM é um blog onde se pode esperar de tudo. Depois de carnaval e quarta feira de cinzas, eu quero mais é uma ‘noite do prazer’, em todos os bons sentidos, claro!

Vamos aqui com este já bem manjado e único álbum gravado pelo grupo Brylho, que tinha com principais membros, Claudio Zoli e Arnaldo Brandão, que depois viria a formar a banda Hanoi Hanoi. Eu tinha por certo que este disco já havia sido postado aqui. Verificando meu index, percebi que ainda não. Assim sendo, com prazer, vamos ter uma bela noite, pelo menos ouvindo a faixa que virou um dos maiores hits da chamada ‘black music brazuca”. “Noite do Prazer” fez mesmo a cabeça de muita gente, inclusive a minha, adoro esse balanço, que aliás é uma das poucas que salva o disco. Ou talvez, ela é tão boa que as outras acabam passando meio que apagadas. Bom, mas isso é uma opinião pessoal, tem gente que vai gostar até mais de outras. Mas o que levou o álbum a ser reeditado e também lançado em cd, tempos atrás, foi o hit a la George Benson. Taí, um álbum que já é um clássico do pop nacional. Confiram… (lá no GTM ou em sua caixa de e-mails)
destrava, maria
jóia rara
pé de guerra
meditando
cheque sem fundos
noite do prazer
se você for a salvador
171
pantomina
jane e júlia

Claudio Zoli (1986)

Disquinho bacana é este do Claudio Zoli. Ele tocou com Cassiano, depois formou o grupo Brylho, banda esta que fez sucesso com a música “Noite do prazer”, a la George Benson. Foi também o integrante dos Tigres de Bengala, com Ritchie, Vinícius Cantuária, Dadi e Mu; uma banda cheia de feras, mas que não decolou. O lp apresentado aqui é seu primeiro álbum e (na minha opinião) seu melhor trabalho. Gostoso de ouvir e dançar. Traz seus melhores sucessos e de lambuja vai ainda a faixa “Noite do prazer”. Tá esperando o quê? Toque aí…