Mario Albanese – Coisas Do Amor (1962)

O TM tem o prazer de oferecer hoje a seus amigos cultos e ocultos, mais um álbum do pianista e compositor Mário Albanese, de quem já apresentamos anteriormente “Jequibáu na Broadway”. Trata-se de “Coisas de amor”,lançado pela Chantecler em 1962. Mário Albanese nasceu em São Paulo, no dia 31 de outubro de 1931 (a contracapa indica erroneamente 1935). Filho de pai alfaiate e músico, e mãe professora de música, não tardou a entrar nesse mundo.  Aos 18 anos, formou-se no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, e logo começou a dar aulas de piano. Após estudar no tradicional Colégio Dante Alighieri, prosseguiu estudos na não menos tradicional Faculdade de Direito do Largo de São Francisco. Em 1959, gravou seu primeiro LP, “Insônia”, para a Odeon. Foi um dos criadores, ao lado do maestro Ciro Pereira, do jequibáu, um ritmo 5/4 tipicamente brasileiro. Ambos compuseram várias músicas do gênero, tais como “No balanço do jequibáu”, “Jequi-Bach” e “Maré alta”, gravadas por inúmeros artistas no Brasil e no exterior. Como advogado,Mário Albaneseatuou em defesa dos direitos autorais dos músicos. Também reconhecido mundialmente na luta anti-tabagismo, casou-se duas vezes e teve cinco filhos no primeiro casamento. Membro da Academia Internacional de Música, foi ainda radialista, jornalista, produtor e apresentador de televisão. Neste “Coisas de amor”, seu segundo álbum e primeiro para a Chantecler, Mário Albanese apresenta ao piano um repertório essencialmente romântico, acompanhado pela orquestra do maestro Élcio Álvarez, com direito até mesmo a um chá-chá-chá, ritmo caribenho em moda na época, e quatro faixas em estilo bossa nova. A maior parte das músicas é de autoria do próprio Mário com parceiros, inclusive a faixa-título e de abertura do disco. Aqui também estão três sucessos da época, “Suave é a noite (Tender isthenight)”,”Ausência” e “Prelúdio para ninar gente grande” (aquela do “menino passarinho”, obra-prima de Luiz Vieira, muito apropriadamente escolhida para encerrar o disco). Tudo isso em um trabalho imperdível que atesta o talento e a versatilidade de Mário Albanese como músico e compositor. É só conferir.

coisas de amor
sol
cha cha cha para dois
insonia
sede de amor
suave é a noite
um punhadinho de estrelas
canção de amor feliz
rimas de ninguém
sonia
prelúdio para ninar gente grande

*Texto de Samuel Machado Filho

Mario Albanese – Jequibáu na Broadway (1967)

Boa tarde, meus prezados amigos cultos e ocultos! Aqui estou eu, cada dia mais sumido, porém, ainda não completamente perdido. Graças ao amigo e colaborador Samuca, vamos aos trancos e barrancos mantendo acesa a chama do Toque Musical. Hoje quem traz a postagem sou eu mesmo, mas o Samuel continua no baralho e até mais atuante em suas resenhas (para a nossa felicidade).
Tenho hoje para vocês uma boa raridade, Mário Albanese e seu álbum ‘Jequibau na Broadway’, disco lançado em 1967 pelo selo Chantecler. Foi o seu segundo lp pela gravadora e que muitos consideram como sendo uma continuação de ‘Jequibáu’, uma obra prima, a qual Mário Albanese dividiu os créditos com o maestro Ciro Pereira. No presente lp temos um repertório de composições próprias de Mário e Ciro no ritmo do Jequibáu, somado a outros temas famosos e internacionais muito bem arranjados. Um trabalho de padrão internacional. Não deixem de conferir…
Numa próxima oportunidade postaremos também aqui o ‘Jequibáu’, uma joia brasileira premiada, que até hoje não recebeu por parte de nós brasileiros a sua merecida atenção. Aguardem, pois a resenha vai ser do Samuca, quer dizer, super completa 😉

zambo
un homme et une femme
o caminho das estrelas
days of wine and roses
longe de você
maré alta
fim de semana em guarujá
the shadow of your smile
certa vez
não posso esquecer

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