Vários – Dance Com Os Ases (1959)

Que tal iniciar 2021 dançando? Pois é esta a proposta do álbum que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. O disco chama-se “Dance com os ases”, foi lançado pela Odeon em 1959, e reúne doze músicos, à frente de suas orquestras e conjuntos (Gaya, Luiz Arruda Paes, Oswaldo Borba, Astor Silva, Mário Gennari Filho, Luiz Arruda Paes etc.), executando um repertório variado, de músicas nacionais e internacionais. O cardápio deste disco nos oferece, sem dúvida alguma, o melhor do que havia em música de dança na época: samba, samba-canção, bolero, fox, mambolero (no caso, “Singapura”, composto por Quincas e executado por ele e Os Copacabana) e até mesmo um maxixe, “Ao pé da letra”, concebido e executado pelo acordeonista Mário Gennari Filho. Como se pode observar, é um disco de excelente qualidade técnica e artística, reunindo ases diversos, sendo, por isso, mais um digno merecedor de nosso Toque Musical. E aí, dá-me o prazer desta contradança?
 
l’ederai  –  oswaldo borba e sua orquestra
la goualante du pauvre jean  –  gaya e sua orquestra
sábado em copacabana – astor e sua orquestra
my special angel – hector lagna fietta e sua orquestra
maria – luiz arruda paes e sua orquestra
singapura – quincas e os copacabana
o relógio do vovô – conjunto melвdico norberto baldauf
eclipse – irany e seu conjunto
blue moon – orlando silveira e seu conjunto
o paito no samba – steve bernard e seu conjunto
dora me disse – sexteto rex
ao pé da letra – mаrio gennari filho e seu conjunto
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho

Sambistas Do Asfalto – Assim É O Samba (1960)

Muito bom dia a todos! Com tantos comentários, eu fiquei até mais animado. E já que falamos de Astor Silva, resolvi trazer mais um disco onde ele é o ‘diretor’. Temos aqui os Sambistas do Asfalto, um grupo musical recheado de grandes talentos. Instrumentistas de primeira linha como Copinha, Moacir Marques, Maurílio Santos, Zequinha Marinho, Netinho, Malagute e Wilson das Neves. Temos também os cantores Jair Avelar, Edgard Luiz, Joab Teixeira e Copacabana que se revezam a cada faixa. E também, não podemos esquecer os ritmistas, que são os verdadeiros sambistas: Arno, Bucy, Gilberto, Marçal e Raul. Curiosamente são esses últimos aqueles menos favorecidos, economizam até nos créditos, aparecendo apenas o primeiro nome. Neste único álbum lançado por eles iremos encontrar uma série de clássicos do samba, das décadas de 30 e 40, músicas que marcaram época e continuam até hoje fazendo sucesso. Como já estamos próximos do Carnaval, este disco chegou na hora certa! Confiram…

arrasta a sandália
mágoas de vagabundo
izaura
pelo amor que eu tenho a ela
fui louco
de babado
ela
dinheiro não há
a morena que eu gosto
fita amarela
provei

Astor – O Baile Do Ano (1962)


Bom dia, amigos cultos e ocultos! É isso aí… É assim mesmo que eu gosto, cultos ou ocultos, todos marcando presença. Sei bem que comentários a gente faz quando algo realmente nos impressiona, seja de uma forma ou de outra. Comentar por obrigação é mesmo um saco e ninguém está aqui apenas para dizer ou ouvir um lacônico ‘muito obrigado’. Mas quando eu percebo que está havendo um ‘feed back’, um retorno, me sinto mais animado e procuro responder à altura, fazendo valer mais um dia. Tenho certeza que os amigos aqui vão também apreciar este álbum, que eu acredito ainda ser inédito nos blogs.

Temos aqui, mais uma vez, Astor Silva, dirigindo a Orquestra Columbia, num belíssimo álbum lançado em 1962. Este disco é verdadeiramente muito bom, tanto na parte dos arranjos quanto na escolha do repertório. Astor comanda a orquestra com seu trombone, direcionando cada música de forma exemplar e sem exageros. Junto à essa orquestra de metais, costura as brechas o piano de Vadico e o côro formado pelos próprios instrumentistas. No texto da contracapa, escrito por Ary Vasconcelos, temos um detalhado painel de cada uma das faixas, o que adianta o meu lado e esses quinze minutos para a postagem. Confiram já esta maravilha. Isso sim é que é metais em brasa, mora?
madeira de lei
tumba lê lê
aquelos ojos verdes
los dos sabemos
pennsylvania 6-5000
astor em hollywood
in the mood
chatanooga choo choo
castiguei
samba maravilhos
angelitos negros
triste não

Astor Silva E Oswaldo Borba – Metais Em Brasa No Samba (1962)

Olá amigos cultos e ocultos! Demorei, mas cheguei… Cheguei mas já estou saindo. Vim apenas bater o ponto e correr para um outro. Estou trazendo para a nossa postagem um disco bem bacana, que agrada logo de primeira. “Metais em Brasa no Samba” foi uma produção da Companhia Brasileira de Discos, através de seu recém inaugurado selo Philips. A gravadora lançou este disco se aproveitando do ‘gancho’ de sucesso de uma série internacional, lançada originalmente pela orquestra do americano Henry Jerome. Segundo informações que colhi em uma comunidade no Orkut, Henry Jerome realmente existiu. (E eu que pensava que fosse esse mais uma criação da indústria fonográfica ou um pseudônimo para álbuns de orquestras que tocavam temas populares de sucesso). Henry Jerome, com sua orquestra de metais fez história, pelo menos em discos. Lançou diversos álbuns mundo a fora, intitulados “Metais em Brasa”. O sucesso da fórmula foi tamanho que chegou a ser copiado, utilizando inclusive no termo.

Foi pegando essa carona que a CBD/Philips lançou o seu “Metais em Brasa no Samba”, uma produção que contou com a orquestra de Oswaldo Borba e arranjos de Astor Silva. Aqui encontraremos um repertório de sambas clássicos, como por exemplo os de Dorival Caymmi e também o, então samba novo, que surgia através de Antonio Carlos Jobim e outros da turma da Bossa Nova. O disco fez muito sucesso com certeza, a ponto da gravadora no ano seguinte lançar outro, o “Metais em Brasa na Bossa Nova“, álbum, este, já postado aqui. Não deixem de conferir!
samba de uma nota só
brasiliana nº1
chega de saudade
arrasta a sandália
chora tua tristeza
o que que a baiana tem
samba da minha terra
palhaçada
minha palhoça
a felicidade
menina moça
maracangalha