Os Grandes Carnavais do Passado Vol. 3 (1988)

Boa hora, caros amigos cultos e ocultos! Conforme combinamos, segue aqui mais um disco dessa série “Os Grandes Carnavais do Passado”, que compreende o volume 3, desta vez apenas com temas carnavalescos dos anos 40, em discos lançados originalmente pela gravadora Odeon. Não sei dizer ao certo se esta série fica apenas nesses três volumes, eram os únicos que eu tinha. Mas, por certo, já foi o suficiente para esses dias e bem porque, muita coisa aqui já foi vista também em nossa série exclusiva, a Grand Record Brazil, tão bem apresentada pelo saudoso Samuel Machado Filho. Sigamos na marcha… Amanhã ainda tem folia por aqui… 😉
 
lá vem mangueira – trio de ouro
mulata rainha do meu carnaval – joel e gaucho
uma apresentação – francisco alves
oh tirolesa – dircinha bastita
cabelos brancos – quatro azes e um coringa
iracema – jorge veiga
bom dia avenida – trio de ouro
guiomar – joel e gaucho
geny – quatro azes e um coringa
meu primeiro amor – risadinha
entrego a deus – dircinha batista
maior é deus – francisco alves
 
 
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Os Grande Carnavais do Passado Vol 2 (1988)

Salve, salve… amigos cultos e ocultos! Vamos aqui nos iludindo, buscando a felicidade, comemorando não sei o quê, mas vamos… vamos em frente, pois se tirar essa alegria a gente chora. No fundo, o que a gente quer mesmo é esquecer os sofrimentos, as tragédias que nós mesmos nos impusemos. Uma pausa para a pandemia e também para a guerra que é outra, já pipocando por aí. Mundo fodido esse em que vivemos… nos amamos e nos odiamos tanto que o melhor mesmo é viver na ilusão… Vixiii… lá vem eu com as crises existencialistas… Esqueçam… Melhor ouvirmos as marchinhas e sambas dos velhos carnavais. Aqui mais um pouco das duas décadas de folia, os anos 30 e 40, em discos lançados originalmente pela Odeon.
 
maria rosa – francisco alves
você não é – carlos galhardo
abre alas – jayme brito
seja o que deus quiser – nuno roland
flauta de bambu – jararaca
é o que ele quer – dircinha batista
quando eu for bem velhinho – newton teixeira
partiu para onde eu não sei – j. b. de carvalho
acredite quem quiser  dircinha batista
é isso que ela quer – joel e gaúcho
seu gaspar – silvio caldas
ela – francisco alves
 
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Os Grande Carnavais do Passado Vol 1 (1988)

Bom dia, foliões, amigos cultos e ocultos! Essa seleção de sambas e marchas antigos, em discos de 78 rpm caiu como uma luva para esses dias de carnaval sem carnaval. Quando não se pode fazer festa, o melhor mesmo é reviver os carnavais antigos, relembrar como erámos felizes e não sabíamos. 
Na nossa sequencia, continuaremos investindo nas gravações antigas, nos velhos sucessos que ficaram nos discos de 78 rpm e para tanto, vamos postando aqui outra série lançada em 1988 pela Moto Discos, reunindo gravações da Odeon dos anos 30 e 40. São três volumes e iremos publicando os outros dois nos próximos dias, para não deixarmos o salão e a avenida individual de todos nós vazios frente a pandemia. Vamos nos guardando, ano que vem tem… de verdade 🙂
 
lá vem ela – jararaca
izaura – francisco alves
rei dos reis – alcides gerardi
na casa do seu thomaz – dircinha batista
primeira escola – joel e gaucho
cala boca – aracy de almeida
o cantor do galo – almirante
o primeiro beijo – jayme brito
pó de mico – j. b. de carvalho
eu sonhei – silvio caldas
o tempo passa – aurora miranda e joão petra
teu sorriso tem – silvio caldas
 
 
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Francisco Alves / Moraes Neto – Quando A Saudade Vier (1990)

Boa hora, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Se não estou enganado, esta é a primeira vez que postamos aqui um disco da Revivendo. Em outros momentos já comentamos a respeito dessa editora que resgatou muita coisa importante gravada nos anos 30, 40 e 50, ou seja, músicas e artistas cujos registros ficaram apenas nos velhos discos de 78 rpm. Através de iniciativas como essa as novas gerações puderam ter contato e descobrir diversos artistas e músicas do passado. Nós aqui do Toque Musical nunca postamos seus discos, mas boa parte desse material pode ser encontrado na nossa série exclusiva Grand Record Brazil.
O disco que temos aqui é dedicado a dois cantores, os quais eram contemporâneos, Francisco Alves e Moraes Neto. Chico Alves dispensa apresentações e aqui comparece com seis gravações lançadas entre os anos de 1942 a 44. Já Moraes Neto, foi um cantor que gravou pouco, sua discografia é pequena, com apenas oito discos lançados pela Odeon. Este é o único registro deste artista que veio a ser relançado. Dele temos neste lp sete músicas entre sambas, valsas e canção, composições de Lamartine Babo, José Maria de Abreu, Lupicínio Rodrigues e outros… Confiram no GTM.
 
Francisco Alves:
oração ao bonfim
ternura
eu, você e mais ninguém
amor próprio
levanta-te meu amor
adeus
a última valsa
 
Moraes Neto:
isto aqui o que é
bisarei esta canção
adeus amor
eu é que não presto
quando a saudade vier
madrugada
alma dos violinos
 
 
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Dick Farney (1978)

Boa hora, meus queridos amigos cultos e ocultos! Correndo, correndo… aqui vamos nesta quarta feira com mais um toque musical… Para não perdermos tempo e enriquecer nossas fileiras, temos hoje o grande Dick Farney, em lp lançado pela EMI em 1978. Uma boa safra onde ele desfila um repertório sóbrio, com temas bem conhecidos do público, em geral, como podemos confirmar na contracapa, ou logo a baixo na lista das músicas. Desculpem, mas hoje eu tô corrido…. 🙂
 
meu sonho é você
secretária
tarde para mudar
marina
a fonte é o teu nome
all the way
história de uma criança
brumas
amor sem deus
canção do encontro
sábado em copacabana
 
 
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Dulce Quental – Délica (1985)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Dentro do nosso sempre sortido toque musical, eu trago hoje um disco de uma artista que há tempos espera sua vez para se filiar ao nosso grupo. Eu já havia separado o disco aqui, mas acabo sempre esquecendo… Temos enfim, Dulce Quental, cantora e compositora carioca, ex-vocalista da banda Sempre Livre, formada no início dos anos 80. Dulce tem hoje uma dezena de discos lançados, mas o que eu separei aqui é o seu primeiro disco solo, o “Délica”, um álbum que já chega esnobando pela qualidade dos músicos que a acompanham. Só por alto… temos Celso Fonseca, Nico Resende, João Donato, Márcio Montarroyos, Paulo Braga, Cazuza, a turma dos Titãs, Rui Motta, Claudia e Beti Niemeyer e mais um bocado de feras que dão a este disco um nível bem acima dos lps de música pop daquele momento. Neste álbum temos como destaque “Natureza Humana”, versão de Jorge e Waly Salomão para um sucesso internacional de Michael Jackson. Mas não fica só nisso… Querem ver e ouvir? Confiram no GTM…
 
délica
garganta
pros que estão em casa
natureza humana
tudo é mais
diferentes
prá nós
delicado demais
bossa do bayard
a bela morte
 
 
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Chacrinha (1981)

Olá, prezados amigos cultos e ocultos! Dando prosseguimento à sua mostra de compactos, o TM traz, mais uma vez, o inesquecível “velho guerreiro”, Abelardo Chacrinha Barbosa, de quem já apresentamos dois LPs. Trata-se de um disquinho lançado pela Odeon em 1981, época em que Chacrinha trabalhava na TV Bandeirantes, hoje Band, com dois forrós especialmente compostos por Rossini Pinto. De um lado, “O pai de santo”, e de outro, “O cozinheiro”. Tudo com a malícia e os versos de sentido dúbio característicos do gênero (as letras estão reproduzidas na contracapa). Enfim, são músicas bastante divertidas, e o disquinho vale muito a pena. É mais um legado precioso do “velho guerreiro” para a posteridade, e outro disco raro que é eternizado pelo TM. A conferir no GTM, sem falta.
 
o pai de santo
o cozinheiro
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho 

Teca Calazans e Ricardo Vilas – Eu Não Sou Dois (1981)

E aqui mais um dia, mais um momento de toque musical aos amigos cultos e ocultos. Hoje o nosso ouvido está ligado numa dupla muito legal, Teca Calazans e Ricardo Vilas. Os dois atuaram juntos por mais de uma década, quando então moravam na França e por lá gravaram seus primeiros discos. Com a Anistia, eles acabaram retornando ao Brasil onde juntos gravaram outros quatro discos. Teca Calazans é uma artista capixaba, criada no Recife e podemos até dizer afrancesada, pois me parece que acabou voltando a morar na Europa. Ela iniciou carreira nos anos 60, cantora, compositora e também atriz. Gravou seu primeiro disco, um compacto, em 67 e até o início dos anos 70 trabalho como atriz no teatro e televisão, seguindo depois para a França onde começou o trabalho com Ricardo Vilas. Este, é outro artista que também iniciou carreira nos anos 60, sendo um dos integrantes do grupo Momento 4, ao lado de Zé Rodrix, Maurício Maestro e David Tygel. Ricardo Vilas era também militante político e talvez seja mais conhecido como um dos presos políticos da ditadura militar que foi trocado pelo embaixador americano Charles Burke, sequestrado pelo pessoal da Dissidência Comunista da Guanabara e Aliança Libertadora Nacional, em 1969. Ricardo seguiu então para a França e junto com Teca construíram uma carreira de sucesso, gravando uns quatro ou cinco discos por lá. Voltaram ao Brasil no início dos anos 80 e gravaram mais dois discos, sendo este “Eu não sou dois” o primeiro. Um trabalho bem bacana, praticamente quase todo autoral e com participações de uma dezena de músicos/artistas de primeira linha (nem vou listar). É um álbum já bem rodado em tantos outros tempos e em tantos outros blogs, mas é aqui que ele se eterniza, hehehe… Confiram no GTM.

gabriel
doce planeta
a cidade de jota e gê
desencontro
na mata
o errado somos eu
limoeiro
raiz
pássaro sem asa
eu não sou dois
tempo instável
a última vez
 
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Sueli Costa (1977)

Boa noite, caríssimos amigos cultos e ocultos! Na mostra feminina temos hoje e mais uma vez em nosso Toque Musical a cantora e compositora Sueli Costa. Mesmo com quase 50 anos de carreira, Sueli é mais conhecida por suas composições, interpretadas por outros artistas, do que como cantora. São muitas as suas músicas que hoje fazem parte do nosso cancioneiro, verdadeiros clássicos e que eu nem preciso listar nesta postagem. Neste álbum de 77 ela também nos brinda com algumas de suas belas composições, boa parte delas em parcerias com outros grandes da MPB e ainda conta com um timão de músicos que garantem a certeza de um trabalho da melhor qualidade. Aqui temos, por exemplo a belíssima “Amor, amor”, música que acabou sendo imortalizada na voz de Maria Bethânia. Há também outros sucessos como “As labaredas”, “Doce mentira” e “Cão sem dono”. Disco muito bacana que vale uma conferida. Se liguem no GTM…

amor amor
poeira e maresia
cão sem dono
doce mentira
outra canção de amor
guadalupe
as labaredas
pedra da lua
falando sério
acorrentado
sombra amiga

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Duo Ouro Negro – O Melhor Do Duo Ouro Negro (1974)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Eu estava planejando desde a semana passada uma mostra com discos de artistas internacionais cujos os discos tem alguma relação com o Brasil. Mas foram tantos os acontecimentos que a coisa embolou. Mesmo assim vamos, despretensiosamente, publicando eles aqui, sem compromisso, ok?
Hoje trago para vocês o Duo Negro, um grupo surgido nos anos 50, em Angola, formado por Raúl Indipwo e Milo MacMahon. A carreira começou a decolar depois que foram para Portugal, atuado em casas noturnas. Gravaram seus dois primeiros discos em 1959, contando com a colaboração do brasileiro Sivuca e seu conjunto, que na época estavam em Portugal. Desde então passaram a gravar com mais regularidade, lançando vários discos. Sua música, inicialmente, centrava-se no folclore angolano, de várias etnias e línguas. Porém, ao longo dos anos 60 passaram também a gravar versões de sucessos internacionais como Beatles, Charles Aznavour e também músicas de artistas brasileiros, como é o caso de Luiz Vieira, Adoniran Barbosa e Bob Nelson, que aqui aparecem nesta coletânea, onde podemos encontrar alguns de seus maiores sucessos. E sucesso foi o que não faltou para eles, se tornaram artistas renomados, se apresentaram por vários países europeus e também na América. Nosso Sivuca até voltaria a gravar com eles no final dos anos 60. Durante os anos 70 também tiveram boa atuação. O grupo chegou ao fim nos meados dos anos 80, com a morte de Milo MacMahon. O Duo Ouro Negro foi um dos mais expressivos grupos de Angola e Portugal, sendo ainda hoje muita coisa reeditada. Neste lp temos, por certo, uma síntese perfeita dos melhores momentos da dupla e aqui estão incluídas três músicas brasileiras, como disse anteriormente, Adoniran Barbosa com seu “Trem das Onze”; Luiz Vieira e seu “Menino de Braçanã” e o cowboy Bob Nelson com “Valsa do Vaqueiro”. Então, quem ainda não conhece, vale a pena conferir…
 
maria rita
au revouir sylvie
kurickutela
vou indo por aí
menino de braçanã
trem das onze
nostalgia
iliza gomara saiá
valsa do vaqueiro
muxima
minha mulata
garota
cavaleiro solitário
serenata do adeus
 
 
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