Basf – 50 Anos De Memória Brasileira 1934-84 (1984)

Comemorando os 50 anos da fita de gravação no Brasil, a BASF em 1984 brindou à um limitado público com esta antologia sobre “50 Anos de Memória Brasileira”. O trabalho, obviamente, foi apresentado em fita cassete (lembram dela?). Nele, uma equipe de pesquisadores, coordenada por Maurício Quadrio, procurou reunir todos os fonogramas e registros possíveis sobre nossa história recente. Esta fita é bem ao estilo do lp Nosso Tempo. Há inclusive uma série de fotogramas que são os mesmo do disco. Mesmo assim, não deixa de ser um trabalho valioso que merece estar disponível para todos.

O Brasil Canta Por Um Mundo Melhor – Brazilo Kantas Por Pli Bona Mondo (1970)

Hoje o dia foi foda! Desculpe-me a expressão. Mas só agora estou conseguindo construir e publicar a postagem do dia. E mesmo assim terei que ser breve, pois tenho ainda uma estrada pela frente. Alguém aqui fala Esperanto? Então escuta…
Mais um trabalho fonográfico interessante e curioso temos para esta sexta-feira. Um disco gravado em Esperanto. “Brazilo kantas por pli bona mondo” (O Brasil canta por um mundo melhor), foi um álbum idealizado pelo professor Sylla Chaves, um dos mais importantes esperantistas brasileiros, membro da Academia de Esperanto, jornalista, escritor e poeta. O lp apresenta ao público uma amostra do que é o Esperanto, através de uma seleção de poemas e clássicos musicais de consagrados autores brasileiros, vertidos para esta língua por Sylla Chaves. Participam do álbum Franca Fenatti, Antonio João e Aurora Miranda. Os arranjos e regência são do maestro Cipó.
Para aqueles que não sabem, o Esperanto é uma língua neutra auxiliar e internacional, criada por Lázaro Zamenhof, na Polônia em 1887. Seu objetivo principal é facilitar a comunicação entre povos de idiomas diferentes. Embora pouco divulgado, ele está presente em mais 120 países pelo mundo. Dizem que é uma língua relativamente fácil de se aprender. No Brasil existem muitos adeptos e sua atuação é constante. Saiba mais a respeito do Esperanto através do site Liga Brasileira de Esperanto.

esperanto – apresentação
cinco náufragos / kvin dronintoj – syllas chaves
ave maria do morro / avemaria en la monto – franca fenati
hino / himno – syllas chaves
cai, cai, balão / tuj, tuj, balon – aurora miranda
josé / jozefo – sylla chaves
quero que vá tudo pro inferno / iru cio al la inferno – franca fenati
luar do sertão / internlanda luno – antonio joão
ninguém me ama / neniu amas min – aurora miranda
maringá – antonio joão
a banda / la muzikistaro – franca fenati
chão de estrelas / planko stelplena – antonio joão
tico tico no fubá / zonotriko en la faruno – aurora miranda

A Cruz E A Rosa – Filosofia Perene / História de Aishá (1976)

Olá a todos! Inicialmente quero informar que continuo recolhendo os e-mails para o caso de uma possível mudança em nossa rotina musicultural. Não há um prazo limite e espero não precisar.
Para hoje, mais uma curiosidade fonográfica. Um álbum para iniciados e iniciantes. Não sei se diria um disco com libreto ou um libreto com disco. O certo é que este álbum foi criado pela Ordem Rosa Cruz, uma organização mundialmente conhecida de caráter místico e filosófico que, segundo falam, tem por objetivo fazer com que as pessoas descubram e utilizem seu verdadeiro potencial interior.
Devo confessar que só agora, ao pegar neste disco, tive interesse em conhecer melhor o trabalho da Ordem. E tudo por causa da participação do compositor Luiz Eça (que deve ser Rosa Cruz). Fiquei curioso para ouvir a trilha que ele havia composto para o disco. Acabei ouvindo bem mais do que eu esperava. O disco se divide em dois momentos: Filosofia Perene e História de Aishá, que são sequências de citações extraídas de textos e pensamentos de diversos místicos, filósofos e escritores. É algo muito bonito de se ouvir.

filosofia perene – carlos alberto s. soares
história de aisha – p. a. freire
*música composta e executada por luiz eça

Chacrinha E Supersonics – As Super Quentes Da Discoteca (1972)

Alô Terezinha! Disseram que ele não vinha, olha ele aí! É.. é ele mesmo, o velho guerreiro. Figura singular dos programas de auditório, Chacrinha foi talvez o mais famoso apresentador de programas de auditório do Brasil. Com seu estilo fanfarrão, cheio de palhaçadas, num visual sempre muito colorido, ele realmente comandava a massa, como já dizia Gilberto Gil. Seus programas de auditório eram uma verdadeira festa. Tinha de tudo e para todos.
Seu nome era José Abelardo Barbosa de Medeiros e o apelido Chacrinha nasceu quando ele ainda era radialista. A emissora onde trabalhava era numa pequena chácara e ele se referia a ela como ‘chacrinha’, daí pegou. Mas a figura do Chacrinha surge mesmo no final dos anos 50, quando a TV Tupi estréia o programa Discoteca do Chacrinha. Ao longo do tempo ele trabalhou em diversas emissoras de tv, mantendo consigo o estilo do velho palhaço e o mesmo formato de programa. Foi a cada dia acrescentando novidades, como a cartola, a buzina, o disco numérico de telefone e muitas cores. Tudo isso para decorar ainda mais a festa com artistas diversos, cantores e calouros. Quem não se lembra do troféu abacaxi? Era uma época boa e farta, tinha até bacalhau distribuido na platéia. Era uma zorra total. Mas o melhor mesmo eram as dançarinas, as famosas “chacretes”. Me lembro de algumas como, Lia Hollywood, Gracinha Copacabana, Índia Amazonese, Índia Poti, Sarita Catatau, Fernanda Terremoto, Leda Zepepelin e a mais famosa de todas, até hoje botando para quebrar, Rita Cadillac.
Este disco foi gravado em 1972, com produção de Milton Miranda e direção musical do maestro Gaya. Nele temos o velho guerreiro cantando e fazendo das suas ao lado de um côro, possivelmente de chacretes. O repertório é bem variado e as músicas não são separadas por faixas. É festa do lado A e do lado B.

mon amour, meu bem, ma femme
agora eu sei
eu quero botar meu bloco na rua
concerto par um verão
são coisas da vida
cavaleiro de aruanda
fio maravilha
nó na cana
gato e sapato
vou tirar você desse lugar
esta noite você vai ter que ser minha
o jornalista (o enviado especial)
rock and roll lullaby
alone again
let me sing, let me sing

As 20 Melhores Para Vizinho Chato (2007)

Todo mundo, alguma vez na vida, já teve problemas com o vizinho. Principalmente quem mora em apartamento. É mesmo de lascar essa relação comunitária que separa a gente do outro apenas por uma simples e fina parede de tijolos. Fica difícil manter mais afrouxada a nossa privacidade. Qualquer barulhinho pode ser ouvido pelo vizinho. Seus atos, seus passos, suas idas e vindas… são sempre acompanhados por ‘olhos mágicos’ e cameras de segurança. Nesses meus tempos vivendo em apartamento descobri que o vizinho chato é aquele que se acha o dono do pedaço, como se os outros moradores fossem seus inquilinos. Vigia, fofoca e trama. Felizmente, aqui para os meus lados isso já acabou. Mas sei que é um desgosto dos mais comuns e todo mundo tem alguma estória dessas pra contar.

Mas eis que surgi uma nova técnica para enfrentar seus vizinhos chatos. Agora você vai poder vencê-los pelo cansaço. Com este curioso disquinho (faça o seu) você vai poder se vingar não apenas da Candinha, mas também daquela turminha da república que mora ai do lado e não deixou você dormir a noite passada com aquela festa infernal. Taí a sua chance de vingança. Aumete o volume, aperte o play, configure para tocar e repetir todas e saía para dar um passeio. Só volte se o síndico ligar pedindo “pelo amor de Deus” para você parar. Tenho certeza que depois dessas, a turma aí no prédio vai ficar ‘pianinho’. Divirtam-se…

Orquestra Guerra Peixe & Coral De JOAB – Pra Frente Brasil

Hoje eu acho que faltou uma pitada musical a mais. Esse negócio de relaxamento é bom, mas se não houver um pouco mais de música, fica difícil. Este compacto, na verdade, era para ter entrado ontem, junto com o disco da Seleção Brasileira de Futebol. Fazendo um gancho também com o disco do Miguel Gustavo, criador da música que virou hino e sinônimo de Copa do Mundo. Neste compacto temos as duas versões como a Orquestra do Maestro Guerra Peixe. De um lado a versão instrumental e do outro a versão vocal com o Cortal de Joab. Taí… um disquinho de fim de noite. 😉

Yogaterapia – Alívio A Estafa E A Tensão

Diante ao ibope que vem dando os discos extras, as curiosidades e raridades fonográficas de um modo em geral, me vejo forçado a continuar na trilha. Teremos uma semana bem variada.
Hoje, segundona… que tal uma aula de yoga para relaxar? Eu sei que estamos fugindo da mira musical, mas relaxados e concentrados podemos ir mais longe e ouvir melhor.
Com o apoio da professora Stella Schneider, você poderá curar-se do cansaço físico e mental. Este disco é uma aula de relaxamento que pode ser muito bem aproveitada, principalmente para aqueles que já tiveram algum contato com as práticas do yoga.Se a música naturalmente já nos deixa relaxados, como a prática do yoga, vamos ficar que nem o Bené Fonteles, zen… Então, relaxa que encaixa 🙂

Brasil!!! Na Copa Do Mundo – Campeão Mundial VI Copa Do Mundo (1958)

Hoje é domingo, dia de futebol. Meu time também joga hoje, mas eu não vou mais ao campo. Jurei que só voltaria a ver um jogo se pelo menos num ano ele fosse campeão. Já vai para mais de vinte anos isso… No fundo, eu perdi mesmo o encanto com futebol não foi apenas por essa razão. Nos últimos vinte ou trinta anos pra cá o futebol mudou muito. Deixou de ser um esporte para se tornar um espetáculo. Daí fudeu tudo… Espetáculo é sinônimo de grandiosidade, glamour, vaidade, falsidade e principalmente de muito dinheiro. Parece que hoje tudo é feito na base do espetacular. Tudo gira em torno da grana. Paradoxalmente eu digo, que pobreza!
O futebol deixou de ser para mim o que era depois que se tornou um negócio rentável. Hoje em dia nós não temos atletas, jogadores de futebol. Temos sim astros e mercenários do futebol. Ninguém hoje está interessado em suar a camisa por um time, só mesmo os novatos e os reservas. O que esses caras querem é a luxúria (em todos os sentidos da palavra). A mesma luxúria em que vivem os artistas, ou melhor, as celebridades. Hoje em dia temos as tais “celebridades”, que vai do jogador de futebol, passando pelos artistas de tv, duplas sertanejas, funkeiros e rappers, novos ricos, políticos e indo até aquela boazuda que participou do BBB e agora posa nua na Playboy. É, meus amigos, o mundo está mudado!
Bom exemplo de uma época de ouro está aqui neste disco. Eu nem tinha nascido, mas nem precisa para saber que, nesse sentido, o mundo era bem melhor. Este disco celebra o primeiro campeonato mundial ganhado pelo Brasil. Um time de craques formado por autênticos brasileiros. Temos no lp os registros dos melhores momentos do time brasileiro em todas as fases, culminando na final contra a Suécia por 5 a 2. O disco apresenta trechos originais das transmissões feitas pelas emissoras Pan Americana de São Paulo e Continental do Rio, nas vozes dos radialistas esportivos Geraldo José de Almeida e Waldir Amaral. No álbum temos também dois temas musicais sem os créditos publicados. Eu infelizmente não consegui localizar nem título e nem autor. Seja como for… viva o Brasil!

abertura musical
oitavas e quartas de final
semi final e final
final musical – o brasil é campeão

JK E Grupo De Seresta De Diamantina – JK Em Serenata (1967)

Estou impressionado com o número de solicitações que em pouco mais de 24 horas eu recebi. Realmente percebo o quanto temos de gente ligada no blog Toque Musical. Considerando que a média de acessos por aqui é por volta de 500, acredito que ainda receberei muitos pedidos de inclusão. Minha dúvida ainda persiste quanto ao número de participantes em um blog privado. Se alguém mais inteirado dos recursos de blog puder me dar um dica, pois devo confessar, sou bem limitado nesse assunto. Como eu já havia dito, não acharia nada legal levar nossos encontros para o privado (se minha mulher souber disso… hehehe…). Mas sério mesmo, minha preocupação é quanto ao acesso. Gostaria de criar um sistema onde, mesmo sendo um grupo fechado, tivesse uma visibilidade para aqueles que por ventura quisessem futuramente participar. Algo como os grupos de discussão. Será que conseguiremos algo assim? Por enquanto, o que posso fazer é pegar o contato de cada um, prevendo uma possível tempestade pela frente. Tomara que não venha nunca. Conto com a colaboração de quem puder dar.
Seguindo enfrente com nossas postagens fonográficas e ainda na onda das curiosidades, tenho aqui um disco e tanto. Este álbum de seresta, que na época de seu lançamento fez um baita sucesso. Um disco com um dos mais populares presidentes do país, Jucelino Kubitschek ao lado do Grupo de Seresta de Diamantina.
Como deve ser do conhecimento de todos, JK era mineiro de Diamantina e como um bom diamantinense, um amante da seresta. Embora fosse chamado de “Presidente Bossa Nova”, seu negócio mesmo era a seresta. Segundo contam, ele só não suportava mais ouvir o tal de “Peixe Vivo”, pois em todo lugar que ia, alguém cantava essa música seresteira. Virou sem querer o tema de JK.
Mas quanto ao disco, este feito memorável, e porque não dizer histórico, foi registrado em 1967 em Belo Horizonte, pela Bemol. Conforme Dirceu Cheib, engenheiro de som, pioneiro em Minas Gerais e dono da Bemol, *…logo no primeiro ano de atividade do estúdio em 67 , nos conseguimos trazer o presidente Juscelino Kubitschek. Ele sabendo da gravação do disco “Diamantina em Serenata”, logo se prontificou em fazer a abertura e redigiu um pequeno texto de improviso. O disco teve uma repercussão nacional, porque naquela época, mais do que hoje o JK era um grande ídolo.
O fato é que no ano seguinte, com a vinda do AI-5 o álbum acabou sendo recolhido (sem motivo aparente, além da figura de JK) e o pessoal da Bemol foi parar na Polícia Federal. O disco caiu no esquecimento, pondo fim ao que seria o primeiro grande sucesso da gravadora. Hoje, apenas alguns poucos colecionadores possuem este disco. Uma raridade!

mensagem de jk
recorda-te de mim
é a ti flor do céu
meiga virgem
a sempre viva
varrer-te da memória
elvira escuta
impossível
pout pourri (folclore)


Disco X – Curiosas Raridades Fonográficas (2009)

Entre as diversas curiosidades fonográficas, tenho aqui uma “cabeluda”. Quer dizer, um velho disco sem nome e sem autor, com um conteúdo musical inusitado (para a época). Trata-se de um disco artesanal de alumínio, sem capa ou selo, gravado, provavelmente no final dos anos 50 ou início dos anos 60. A bolacha traz em suas faixas algumas paródias, que seriam de mal gosto, se não fossem nessa altura algo tão curioso. A qualidade do som é precária, mesmo depois de alguns tratamentos. Recuperamos o que foi possível. Mesmo assim, vale a pena conhecer. Saber que em outras épocas o besteirol e a baixaria já corriam soltos nos estúdios de gravação. Hoje, talvez, acostumados a ouvir publicamente esses ultrajantes raps e funks, para a maioria das pessoas isso será café pequeno. Taí uma postagem que merece comentários…
*Como também não há os títulos das faixas, resolvi eu mesmo nomeá-las 🙂

poema da sacanagem (do mundo nada se leva)
o pinico
se trepar com a minha filha…
nêgo
espalha merda
canção das mulheres
se o destino lhe der um limão
valsa de uma cidade

Os 30 Maiores Jingles De Todos Os Tempos (2004)

Ontem, após a postagem do disco da MPM Propaganda, eu me lembrei deste cd que a Abril Cultural lançou a uns anos atrás. Na época eu comprei mas não dei muita bola para o assunto. Acabei perdendo em algum empréstimo, nem sei… Depois de algum tempo encontrei o disquinho disponível na rede e baixei. Na verdade, trata-se de dois volumes trazendo os mais famosos e memoráveis jingles feitos no Brasil. Para rechear ainda mais o bolo, além das 60 musiquinhas de propagandas, eu resolvi incluir mais umas 40 avulsas que eu anteriormente havia recolhido. Espero que vocês gostem. Eu acho o máximo!

Rede Globo De Televisão – Cortesia De Fim De Ano (1971)

Já que estamos na semana das curiosidades, aproveito inicialmente para informar que criei a pouco tempo atrás uma comunidade no Orkut. Temos por lá também uma bandeira do Toque Musical. Como não sou muito ligado nessas coisas, acabei por não comunicar à vocês. Mas recentemente resolvi investir um pouco nele, ou melhor, no público que o acessa, divulgando um pouco mais o blog. Fiquei admirado com a resposta imediata. Em pouco mais de um mês eu já estou cheio de amiguinhos e pelo jeito, vamos só aumentando a comunidade. Confesso a vocês que sou um completo ignorante em relação ao Orkut. Na verdade eu não tenho é muita paciência com esse tipo de relacionamento. Mas devo admitir sua eficiência como ferramenta de divulgação. Por lá tenho publicado as capinhas dos discos que já foram postados juntamente com um link para o blog. Eis aí mais um recurso que eu não estava utilizando.
Bom, aqui temos um álbum promocional distribuído de brinde pela Rede Globo de Televisão. Este disco foi oferecido como cortesia de fim de ano. Uma maneira da Globo anunciar as novas mudanças que viriam a partir do ano de 1971. A rede de televisão estava em fase de melhorias, como a chegada da transmissão a cores. Programas como o Som Livre Exportação, Faça Humor Não Faça Guerra, Discoteca do Chacrinha, Balança Mas Não Caí, além das novelas Irmãos Coragem, Pigmalião 70 e Verão Vermelho são alguns dos temas de abertura apresentados neste lp.

alô brasil, aquele abraço
hora da buzina
discoteca do chacrinha
balança mas não cai
faça humor não faça guerra
som livre exportação
teletema – regininha
menina – cláudio cavalcanti
gente humilde – márcia
pigmaleão 70 – umas e outras
verão vermelho – elis regina
irmãos coragem – jair rodrigues
quarentão simpático – umas e outras
hora da buzinha

Documentos Sonoros – Coleção Nosso Século (1980)

Hoje, domingo, eu inicio a semana das curiosidades e raridades fonográficas. Vamos postando aqui alguns discos curiosos, interessantes e que certamente nunca mais serão vistos ou ouvidos. Uma mostra de discos que reflete bem o lema do Toque Musical: “um lugar para quem escuta música com outros olhos.” Na verdade, não apenas música, mas tudo que possa ter sido gravado.
Começo com este, “Documentos Sonoros”. Um disco-bonus, parte integrante de uma coleção da Abril Cultural chamada “Nosso Século”. Nunca consegui completar essa publicação e nem montar o livro. Na verdade, acho que eu a segui até o ponto em que a gente ganhava o disco. Depois de um determinado número de exemplares da coleção você ganhava o disco, Ou algo assim…O fato é que o lp procura reunir alguns dos momentos mais importantes da nossa história, vistos (ou ouvidos?) através de gravações, aqui denominadas como ‘documentos sonoros’. A apresentação e narração são de Ségio Viotti e abrange o início do século vinte até os anos de 1979/80, data da realização do álbum. É sem dúvida um trabalho precioso por nos montar um rápido e eficiente panorama da história brasileira através da própria história das gravaçõess no país.
Confiram este disco porque vale a pena 😉

As Mãos De Euridice (1956)

Olá! Como eu havia dito, nesta semana estarei alternando entre cantores da velha guarda e musicais e trilhas. Hoje apresentarei algo diferente, um monólogo, algo bem próximo da poesia, que também já se tornou presença desejada em nosso blog.
Uma das obras teatrais brasileiras mais consagrada em todo o mundo, “As mãos de Eurídice”, escrita por Pedro Bloch, foi em 1956 registrada em disco, um álbum duplo de 10′, para o selo Festa de Irineu Garcia. Acho que o Festa era um dos poucos que se dedicava a esses tipos de discos de poesia, teatro e literatura em geral. Um trabalho louvável, principalmente por obras como esta.
Temos aqui, o grande Rodolfo Mayer, que foi o primeiro ator a interpretar este monólogo, seu grande representante. Perfeito! Apesar dos inúmeros chiados, vale a pena ouvir esse drama, onde um ator e seu personagem nos constrói lentamente a estória. O álbum duplo, dividido em quatro faces foi aqui unido em uma só seqüência. Eu, infelizmente, não tenho tempo para tratar o som, assim deixo na íntegra para aqueles que quiserem se aventurar. Meus cuidados ficam apenas na limpeza dos discos e sua ‘ripagem’. Pessoalmente, acho que está razoável 😉