Trio Copacabana – Máscara Negra (1968)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Há pouco tempo atrás, navegando sem rumo pela rede, fui parar no Marcos Valle Amplified Discography, um blog muito legal, onde o seu autor vem reunindo não apenas os discos gravados pelo Marcos Valle, mas também aqueles que gravaram o artista. Fiquei admirado com o tamanho da listagem, obviamente, tanto artistas e discos nacionais como internacionais. Porém, no blog, não há links para ‘downloads’, o que é compreensível, afinal a música de Marcos Valle e muitos de seus discos continuam sempre em circulação comercial. Isso para não falar dos, também, infinitos sites e blogs onde se pode encontrar quase todos esses discos. Foi passeando pela lista do blog que cheguei ao Trio Copacabana. Bati o olho e pensei: esse, eu tenho à mão! Demorei um pouco para postá-lo, talvez por não ter encontrado informações suficientes sobre o grupo. Mas ontem, acabei novamente indo parar no blog quando, através do Google, vi por lá uma centelha de luz. Havia para a postagem um comentário, era a sobrinha de dois dos integrantes do trio. Embora não tenha acrescentado muita coisa, me motivou à postá-lo hoje para vocês.
Bom, pelo pouco que eu sei, “Máscara Negra” é o disco de estréia do Trio Copacabana. Ele não é datado, mas tudo leva a crer que tenha sido lançado em 1968. A música “Máscara Negra”, de Zé Keti, surgiu no Carnaval de 67. Pelo texto da contracapa eu deduzi que o álbum saiu em 68. Segundo o comentário do referido blog, o Trio Copacabana era de Niteroi. Dando uma aprofundada na pesquisa, concluí que eles, pelo menos com este nome, só gravaram um disco. Na rede encontramos referências relacionadas à venda do álbum, considerado por muitos uma obscura raridade da Bossa Nova. Acredito que nem o Caetano Rodrigues, recém falecido colecionador de discos do gênero e fornecedor oficial do Loronix, tinha este disco. O álbum é pautado realmente na bossa nova. Seu repertório, muito bom por sinal, foi montado nessa linha, embora nem tudo ali seja só bossa. Considerando que o álbum tenha sido realmente lançado em 68 e mesmo contendo nele músicas recentes para a época, há uma certa áurea nostálgica, até mesmo pela capa, que os remete (pelo menos para mim) à um retardo de uns 4 ou 5 anos. Mas, independente de qualquer coisa, o lp é mesmo muito bom. Agora vocês poderão conferir…

máscara negra
samba bem bom
capoeira de oxalá
pãozinho do leblon
deus é brasileiro
linda mascarada
no tempo da seresta
cangerê
olê olá
saudades da bahia
porta estandarte
aleluia a um imenso amor