Alcyr Pires Vermelho – 50 Anos de Música – Canta Brasil (1985)

A gente, às vezes, costuma ouvir o galo cantar, mas sem saber onde. Escutamos músicas que nos acompanham ao longo de nossas vidas, cantamos e até falamos delas, mas não tomamos o trabalho de saber quem são os autores. No máximo sabemos quem canta e toca, porque isso é inevitável. Só mesmo quando nos interessamos por tocar ou cantá-las é que começamos a descobrir suas origens. Quando gostamos de música além do “básico”. Infelizmente a cultura e memória musical do nosso povo é muito diluída. Uma prova disso é perguntar, quem sabe quem foi Alcyr Pires Vermelho? Poucas pessoas, além de você, me dirão que ele foi um dos grandes compositores que em parceria com figuras como Lamartine Babo, Braguinha, Pedro Caetano, Jair Amorim, entre outros; criaram clássicos da MPB. Não vou entrar em detalhes e deixar que o disco faça isso por mim. A propósito, este disco é um álbum raro, não-comercial, patrocinado pela Petrobras. Um álbum duplo comemorativo com depoimentos e interpretações realmente memoráveis. Canta Brasil!

Os Clássicos da Velha-Guarda Vol. 6 (1992)

Esta é uma coletânea, lançada em 1992 pela Moto Discos e a gravadora Continental. Uma iniciativa que buscava resgatar a memória da nossa música através de fonogramas raros e antigos. Conforme consta na capa, este seria o volume 6. Eu, nunca vi ou ouvi falar dos outros volumes. (talvez até seja possível encontrá-los no centro do Rio, no Empório Musical/Moto Discos, na rua Sete de Setembro, 163) A seleção das 25 músicas deste disco foi feitas por Francisco Almeida Aguiar (dono da Moto Discos) e traz pérolas que até mamãe ao ouvir, chorou de saudades. São fonogramas realmente raros, mas bastante popular, nas vozes de Dick Farney, Mário Reis & Mariah, Paraguassu, Carmem Barbosa, Francisco Alves & Dalva de Oliveira, Carlos Galhardo, Vassourinha e muitos outros. Vale a pena conferir mais um…

Agostinho dos Santos (1970)

Mais uma dose de Agostinho dos Santos. Desta vez com o último álbum gravado por ele em 1970. Este disco, até pouco tempo atrás, eu cheguei a ver num saldão do Carrefour por 5,90. Por curiosidade (e também pelo preço), acabei levando o disquinho, um relançamento da série “Os Originais”. Mas olha, vou dizer uma coisa, não chega nem aos pés do meu vinizão. O som está diferente, ruim em vista (e audio, claro!) do “original”. Até a capa eles fizeram o favor de reduzir ainda mais. Bom, o fato é que embora eu tenha encontrado o cd para comprar, sei que já está fora de catálogo novamente. Só mesmo tendo a minha sorte e faro para achar o seu. Enquanto isso, o melhor mesmo é ir ouvindo em mp3. Aqui tem “O diamante cor de rosa”, de Erasmo Carlos & Roberto Carlos, “Pra dizer adeus”, de Edu lobo & Torquato Neto e “Felicia”, de José Jorge & Ruy Maurity.

Alcides Gerardi (1968)

Ainda na linha da “velha-guarda” e atendendo a um pedido muito especial, estou postando este disquinho aqui que eu mesmo não o conhecia direito. O pouco que sei é que o Alcides Gerardi foi um cantor romantico do rádio, na linha de tantos outros como o próprio Nelson Gonçalves e também veio do sul. Seus trabalhos mais marcantes são os da década de 50. Ao longo de sua carreira gravou também uma infinidade de discos, na sua maioria bolachões de 78rpm. Fazendo uma pesquisa pela rede, não será difícil encontrar informações sobre o Alcides. O meu toque inicialmente é o Dicionário Cravo Albin de MPB. Doralice, vai lá que tem…

Marília Batista – História Musical de Noel Rosa (1962/63)

Não pretendo me ater à história do encontro e Marília Batista e Noel Rosa, mas é sabido que ela foi uma das mais constantes interpretes da musica desse genial compositor e também sua favorita. O disco apresentado aqui, na verdade em dois volumes, é um relançamento em cd duplo de dois discos de Marília, “Marília Batista com orquestra” de 1962 e “História musical de Noel Rosa” de 63, lançados na época pela Musidisc.

Marlene – Apresenta Sucessos de Assis Valente (1956)

Ao procurar um disco da grande Marlene, a Rainha do Rádio, para postar no Toque a alguns dias atrás, fiquei na dúvida entre qual escolher. Acabei optado pelas marchinhas, mas esse outro concorrente ficou na minha cabeça pedindo para entrar. Então, hoje, resolvi trazê-lo também. Foi o primeiro lp de 10 polegadas da cantora. Trata-se de um álbum maravilhoso porque é um homenagem a outro grande compositor popular, o genial Assis Valente. No disco podemos encontrar os sucessos “Recenseamento”, “Camisa listrada”, “Cansado de sambar”, “Maria boa”, “E o muno não se acabou”, “Boas festas”, “Jarro ‘água”, “Uva de caminhão” e “Té já”. Este é mais um disco que nunca foi relançado. Raridade pura!

Nelson Gonçalves – Nelson Até 2001 (1976)

Aqui vai mais um dos discos do Nelson que eu tenho. Por coencidencia, logo depois que começei a postar esses álbuns, descobri uma verdadeira mina do tesouro; a discografia completa desse artista. O cara gravou por volta de uns 90 discos. Ainda não tive tempo para contar, selecionar e baixar essas preciosidades. Antes que perguntem, não pretendo postar todos aqui. Com certeza haverão outros blogs postando o Nelson também. O disco desta postagem é (na minha opinião) um dos melhores que ele gravou na década de 70. Nelson até 2001 não aconteceu em vida, mas na memória já passou e irá muito além… principalmente no que depender da gente.

Agostinho dos Santos (1958)

Embora hoje sem muito tempo para o blog, eu ainda sim gostaria de postar alguma coisa legal. Fiquei sem saber, afinal todos os bons e velhos álbuns parece já terem sido postados. Por força das circunstâncias vou ser breve e limitado. Um disco só por hoje. Daí, escolhi um dos cantores que mais aprecio, Agostinho dos Santos. Este, com certeza não é um dos seus melhores discos e nem é o meu preferido. Mas se tratando de Agostinho tudo vale.
…e boa noite!

Nelson Gonçalves – Só Nós Dois (1970)

Vejo que o “Gogó de ouro” postado anteriormente está tendo uma boa saída. Sem dúvida, o Nelson Gonçalves foi um grande artista e esses discos dele são preciosos. Não sei se estes lps foram relançados em cd. Também não vou tomar o trabalho de checar isso na web. É bem possível que sim, mas com certeza já estão fora de catálogo. Neste disco temos, além da faixa título “Só nós dois” de Joaquim Pimentel (sucesso tabém na voz da portuguesa Amália Rodrigues), “Insensatez” de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, “Foi um rio que passou em minha vida” de Paulinho da Viola e outras mais… Um bom disco, um bom toque…

Norma Bengell – Ooooh! Norma! (1959)

Acho que pouca gente conhece o lado cantora da cineasta Norma Bengell. Cantora e compositora! Até onde eu sei, ela gravou três discos solos, um bolachão de 78rpm e dois lps. Este seria o segundo disco, gravado em 1959. A história deste lp é bem interessante. Norma, nesta época já era bem conhecida do público (principalmente o masculino) devido a sua participação no filme “O homem do Sputinik”. Ela se tornara uma espécie de ‘sex-smbol’, a Brigite Bardot nacional. Segundo contam, o álbum surgiu devido a essa efervescência em torno de seu nome. Norma havia sido fotografada de maiô para uma capa da Odeon. Daí nasceu este lp. O disco é bem bacaninha, com um repertório internacional, mais três canções de Tom Jobim e uma de João Gilberto.

Ademilde Fonseca – À La Miranda (1958)

Ademilde Fonseca é considerada a Rainha do Choro. Suas interpretações nesse gênero fizeram dela uma das vozes femininas de maior prestigio. Neste disco de 1958 ela faz uma re-leitura de algumas canções que fizeram sucesso na voz de Carmem Miranda. Aqui para nós, a Carmem era a Carmem, mas a Ademilde é realmente sensacional. Escutem este disco e tirem suas conclusões…

Marlene – Antologia da Marchinha (1977)

Olha só que disco bacana. Uma seleção de marchinhas de carnaval na voz de uma das mais consagrada cantoras brasileiras, a rainha do rádio, Marlene. Esta antologia reúne composições em pot-pourris de Joubert de Carvalho, João de Barro, Noel Rosa, Tom Jobim, Francisco Mattoso, Chico Buarque, Assis Valente, Lamartine Babo, Ary Barroso e Custódio Mesquita. A marchinha é um genero musical que esteve mais em voga dos anos 20 aos anos 60. Hoje em dia quase não ouvimos esse tipo de música. Mesmo nos bailes carnavalescos, onde são mais comuns, essas músicas vem perdendo lugar para o axé e outros sub-produtos derivados. Uma pena… Alguém se habilita a um comentário?

Donga – A Música de Donga (1974)

No ritmo da nostalgia, da velha guarda e dos primeiros sambas e choros, segue aí mais um bom disco: Donga – Ernesto Joaquim Maria dos Santos. Este álbum foi lançado originalmente em 1974 pelo selo Marcus Pereira. Trata-se de uma coletânea de registros desse compositor. Na época, foi a primeira vez que apareceu um disco do Donga em formato LP 33 rpm. Suas gravações e discos são da época dos bolachões de 45 e 78 rpm. A qualidade do som é muito boa se consideramos suas matrizes tão antigas. O primeiro samba gravado foi desse senhor aí, “Pelo telefone”.

Luiz Claudio – Bem Juntinhos (1959)

Trago agora um álbum raro que eu acredito ainda não ter sido postado em nenhum outro blog. Luiz Claudio, cantor e compositor mineiro. Um nome ‘das antigas’, um artista pouco lembrado. Natural de Curvelo, Minas Gerais, começou sua carreira no fim da década de 40 se apresentando em programas de rádio em Belo Horizonte. Seus primeiros discos apareceram no início da década de 50. Gravou músicas de diversos compositores e também composições próprias e parcerias. Este álbum foi o seu primeiro em LP, lançado em 1959. Nele, a gente encontra coisas com “Suas mãos” de Pernambuco e Antonio Maria, “Quero te assim” e “Olha-me… diga-me” de Tito Madi.

Nelson Gonçalves – Apelo (1969)

Na minha constante procura de raridades musicais, acabei encontrando em meus arquivos alguns discos do Nelson Gonçalves. Esse cara foi um dos cantores mais populares do Brasil. Herdou de seu antecessores, como Chico Alves, Carlos Galhardo e principalmente Orlando Silva um estilo de cantar. Foi chamado “o último gogó de ouro do Brasil”. Cantava de coração. Neste lp de 1969, também conhecido como “Apelo” devido a canção de Baden e Vinicius, temos (além dessa) “Nem as paredes confesso” de Arthur Ribeiro e F. Trindade, “Aposto que ela volta” de Lúcio Cardin, “Eu não sei porque” de Nelson Cavaquinho e Anatalício e mais… Para os fans de carteirinha, virão outros durante a semana. Aguardem!

Dalva de Oliveira Com Roberto Inglez & Orquestra (1952)

Começando uma nova semana, vamos em busca dos velhos. Lote: Nostalgia (como se nas semanas anteriores nada houvesse de nostálgico). Começando com o Roxinol do Brasil.
Este lp reúne oito músicas que marcam o encontro de Dalva de Oliveira com o regente escocês Robert Inglis. Me parece que essas gravações foram feitas em Londres. Na capa, o nome do homem foi mudado de forma a facilitar a aceitação por parte público brasileiro. Na década de 50 Dalva estava no auge do sucesso, viajando por diversos países, inclusive a Inglaterra onde se apresentou juntamente com o maestro para a Rainha Elizabeth. O álbum que originalmente era um lp de 10 polegadas foi reeditado em 1988 em lp e depois novamente em 2000 em cd na série 2 em 1, junto com “A Voz Sentimental de Dalva de Oliveira”. Estive procurando pela rede e também em algumas lojas de discos para ver se achava esse álbum. Por incrível que possa parecer, eu achei o vinil, mas não encontrei o cd.

Lupicínio Rodrigues – Gravações Originais (1974)

Não, peraí… Antes de fechar totalmente a semana do samba, deixa eu selar com ouro isso aqui. Digo assim porque, para mim, este é um dos meus compositores favoritos. Das minhas 100 melhores músicas da MPB, pelo menos cinco são desse maravilhoso Lupicínio Rodrigues, o gaúcho mais carioca do samba. Suas composições falam do amor, dos encontros e desencontros, da paixão e da dor de cotovelo. Dizia o Lupi: “Tive muitas namoradas na minha vida. Umas me fizeram bem, outras me fizeram mal. As que me fizeram mal foram as que mais dinheiro me deram, porque as que me fizeram bem eu esqueci.”

Nadinho da Ilha – Cabeça Feita (1977)

Eu havia planejado uma semana de postagens de samba, mas a medida em que os discos foram aparecendo percebi que com apenas uma semana não seria possível. Tem tanta coisa boa, rara, esquecida e que particularmente que eu tenho intensão de apresentar. Por outro lado, não quero estender essa onda. Tenho outras coisas também muito interessantes que eu gostaria de dar o ‘toque’. O nosso blog não é temático e nem segue uma só linha. O samba, certamente voltará… (inclusive com a vertente baiana que não foi incluida) Para fechar a rodada de sambas eu trago o Nadinho da Ilha, outro artista bacana e de uma certa forma pouco conhecido do grande público. Nadinho está ligado a toda essa turma do samba carioca. Este disco foi lançado em 1977 e contou com a participação especial de Wilson Moreira, Délcio Carvalho e Walter Rosa na faixa “Só chora quem ama”, de autoria de Wilson Moreira e Nei Lopes. No LP também tem “Yaô” de Pixinguinha e João da Baiana, com particpação especial de Tia Hilda. É sem dúvida um grande disco, tanto que em 2003 ele foi relançado em cd pela EMI. Infelizmente hoje já está fora de catálogo.

Ataulfo Alves – E Seus Sucessos (1966)

Na dobradinha do samba, vamos mais uma vez de Ataulfo Alves. Como na primeira, uma coletânea, talvez mais interessante por trazer os seus grandes sucessos (não são todos, claro!). Ataulfo está entre os compositores brasileiros de obra mais extensa, tendo deixado cerca de umas 400 músicas gravadas. Foram mais de três décadas dedicadas a musica. Dezenas de discos gravados e uma imensidão de interpretes. Este disco é mais um que eu recomendo, não apenas por sua seleção de sucessos, mas também pela qualidade da gravação. Álbum lançado em 1966.

Nelson Sargento – Sonho De Um Sambista (1979)

Quem está acompanhado as postagens do Toque Musical, irá perceber que tenho apresentado nessa ‘onda do samba’, álbuns e artistas que se completam. Segue aqui mais um excelente disco, importante na discografia do samba. Nelson Sargento é mais um nobre personagem da história do samba. Surgiu para o grande público a partir do “Rosa de Ouro”. Foi integrante do grupos “Os Cinco Crioulos” e “A Voz Do Morro”, participou em gravações diversas de outros sambistas, mas foi somente em 1979 que ele gravou este que foi o seu primeiro disco solo. Figura super respeitada, continua aí, sempre atuante. Este álbum eu ainda não vi postado em nenhum outro blog, mas logo vai estar, com certeza. Aproveita enquanto Brás é tesoureiro. Eu recomedo…

Paulinho da Viola (1971)

Novamente eu volto a insistir neste grandioso artista. No disco de 1971, Paulinho desfila suas composições ao lado do parceiro Elton Medeiros. Este por sua vez nos mostra que além de compositor é um excepcional ritmista. Escute a performace do cara marcando o ritmo na caixinha de fósforo em “Para ver as meninas”. Genial! O disco também tem Candeia e Nelson Sargento. Nota10!

Paulinho da Viola & Elton Medeiros – Samba Na Madrugada (1968)

“Samba na madrugada” é outro clássico que eu não poderia deixar de postar. Já foi bem divulgado em outros blogs e agora é a minha vez. O disco traz pérolas como “Minhas madrugadas”, “14 anos”, “O sol nascerá”… O álbum foi produzido por Ermilio Bello de Carvalho que já havia trabalhado com eles no show Rosa de Ouro. Tem participação de Dinho Sete-Cordas, Canhoto, Copinha e Raul de Barros. Precisa dizer mais alguma coisa? Melhor ouvir.

Ataulfo Alves (1992)

Tenho tido pouco tempo para me dedicar ao blog e suas postagens. Contudo, gostaria de estar postando pelo menos um título por dia. O Ataulfo Alves era outro que eu queria trazer desde o início. Gosto muito de suas composições. O cara começou fazendo música para a Carmem Miranda. Um sambista de sorte que sempre se deu bem. Refinado, andava sempre impecável. Engomadinho, chegou certa vez a ser considerado um dos dez mais elegante, veja só! O álbum que apresento aqui é um coletânea que tem de incomum o fato de trazer composições, entre outras, pouco conhecidas do grande público. O disco é relativamente pequeno, com apenas doze músicas. Podia ter mais, se tratando de um compositor tão prolixo. Mesmo assim, vale ouvir.

Nelson Cavaquinho – Flores em vida (1985)

Mais uma dose de Nelson Cavaquinho. Neste álbum, lançado em 1985 pelo Estúdio Eldorado, temos uma celebração. Um disco-homenagem, produzido por Carlinhos Vergueiro. O trabalho contou com a participação de Chico Buarque, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, João Bosco, Toquinho e Cristina Buarque, entre outros. Nelson comparece em quatro faixas. Fizeram uma baita festa na quadra da Mangueira para o lançamento desse disco. Mais um discão!

Paulo Cesar Pinheiro, Eduardo Gudin & Marcia – O Importante É Que A Nossa Emoção Sobreviva

Mais uma contribuição para o Toque Musical, aqui em dose dupla. “O importante é que a nossa emoção sobreviva” 1 e 2. Originalmente eles foram lançados em separados, um em 1975 e outro em 76. Na edição em cd, para a nossa felicidade, os dois vieram juntos (oba!). Para os que não sabem, trata-se de um registro ao vivo, uma seleção de shows realizados no Rio e em SP no início dos anos 70. PC Pinheiro é genial, além de um grande poeta, tem aquela voz do Nelson Cavaquinho. Aliás, em shows, ele se apresenta com filho do Nelson. Embora não seja, tem tudo a ver. No álbum aqui apresentado ele faz um breve comentário sobre seu suposto parentesco com Nelson Cavaquinhho. Este é mais um registro sonoro que não pode faltar em uma discoteca básica de MPB. Vamos ouvir?

Rosa de Ouro II – Hermilio Bello de Carvalho (1967)

O segundo Rosa de Ouro não foi diferente em brilho e grandeza do primeiro. Parece que um completa o outro. Viva Hermilio Bello de Carvalho! Esse cara é o bicho! O estrategista do samba. Neste número dois estão presentes além de Clementina e Aracy, Paulinho da Viola, Elton Medeiros, Anescarzinho do Salgueiro, Jair do Cavaco e Nelson Sargento. Mais um grande disco que, por honra, eu não poderia deixar de postar aqui no Toque Musical.

e a rosa voltou / rosa de ouro / quatro crioulos / cântico a natureza
isso é que é viver
flor do lôdo
a harmonia das flores
francesa no morro
palmares / psiquiatra
degraus da vida / mulher fingida / o que será de mim /
que samba bom / só pra chatear
dona maria devagar / clementina cadê você / santa barbara
mulato calado
minha vontade
quem sabe um dia? / rosa de ouro

Rosa de Ouro – Aracy Cortes e Clementina de Jesus (1965)

Esta é a trilha sonora de um espetáculo que marcou época, apresentado no Teatro Jovem do Rio de Janeiro e dirigido por Hermínio Bello de Carvalho. O musical e lp apresentaram para o grande público Clementina de Jesus e o samba de partido alto. O sucesso desse trabalho acabou gerando uma segunda edição dois anos depois, o Rosa de Ouro II. Por enquanto vamos curtir essa jóia, depois falamos do segundo (e também maravilhoso) álbum. Foi re-lançado em CD, mas claro que já está fora de catálogo.

Nelson Cavaquinho – Quando Eu Me Chamar Saudade (1996)

Já que começamos a cutucar a genialidade do samba, vamos abrir alas para um Grande: o maravilhoso Nelson Cavaquinho. Este disco é bem interessante, uma coletânea com 18 de suas mais conhecidas composições/gravações, interpretadas por ele e outros artistas como Paulinho da Viola, Clara Nunes, Elza Soares… Tem também o seu parceiro maior, Guilherme de Brito, na faixa 7 “A flor e o espinho” e “Quando eu me chamar saudade”. Discão!

Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Candeia & Elton Medeiros – Quatro Grandes do Samba (1977)

Este disco é uma maravilha! Quatro feras do samba num registro histórico. Um álbum já conhecido por toda a comunidade blog-musical, mas que eu faço questão de apresentá-lo aqui no TM. Este lp só tem um ‘grave defeito’, não é um álbum-duplo. Num ‘encontro’ assim, bem que merecia. Tenho a impressão que os quatro juntos tocando no disco, só mesmo na ilustração da capa (mais uma vez, me corrija se eu estiver errado). O Candeia só canta suas composições. A gente não percebe sua participação em outros momentos. Mas mesmo com o aparente encontro-montado o disco não perde o seu encanto. Quem não conhece, tem aqui a chance…

Martinho da Vila (1969)

Na dobradinha, vai aqui mais um Martinho da Vila. Me parece que este foi o primeiro disco do cara. Me corrijam se eu estiver errado. Este disco é ainda mais interessante que o outro já postado. Várias faíxas deste lp fizeram muito sucesso nas rádios e na boca do povo. Quem não cantou “O pequeno buguês”, “Prá que dinheiro”, “Casa de bamba”… ? Tá tudo aqui, em versão original, quando o Martinho ainda não usava tanto a técnica de cantar sorrindo. É aquele jeitinho que mata ele (malandrinho!).