2008 é amanhã!!!

Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor de arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação como todo o tempo já vivido (mal vivido ou talvez sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser, novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?). Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar de arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto da esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver. Para ganhar um ano-novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo de novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
Carlos Drummond de Andrade


Marlene – Te Pego Pela Palavra (1974)

01. Lata d’água – Zé Marmita – Pra quem quiser cantar – Se é pecado sambar – Primeira bateria – Broco do Dodô crioulo
02. Dois pra lá, dois pra cá – Ronda – Cabaré
03. Na subida do morro
04. Pra onde vai valente
05. Serenô – Mané Fogueteiro – Debaixo do sol
06. Rock n’Roll
07. Beguine dodói
08. Resistindo
09. O trem chegou – Trem de Alagoas – Ponta de areia – O trem
10. Cabra cega – O chefão
11. Galope
12. Meu coração é um pandeiro
13. Roupa prateada – Catedral do inferno – Se é pecado sambar

Nana Caymmi – Renascer (1976)

Hoje serei breve, pois o bicho tá pegando aqui para o meu lado. Vamos ao que interessa.
Nana Caymmi dispensa maiores apresentações. Uma das maiores intérpretes da nossa MPB. Refinada e de voz inconfundível, ela esbanja talento. “Renascer” é um de seus melhores trabalhos, com composições escolhidas a dedo como podemos verificar logo a baixo. Este disco foi relançado em cd em 1980, hoje se tornou uma obra rara.
mãos de afeto
boca a boca
codajás
sacramento
a dor a mais
sodade, meu bem, sodade…
desenredo
dupla traição
branca dias
pois é
tati a garota
aperta outro

João Bosco – Linha De Passe (1979)

01 Linha de passe (Paulo Emílio – Aldir Blanc – João Bosco)
02 Conto de fada (Aldir Blanc – João Bosco)
03 Sudoeste (Paulo Emílio – João Bosco)
04 Parati (Aldir Blanc – João Bosco)
05 Patrulhando (Mara) (Paulo Emílio – Aldir Blanc – João Bosco)
06 O bêbado e a equilibrista (Aldir Blanc – João Bosco)
07 Boca de sapo (Aldir Blanc – João Bosco)
08 Cobra criada (Paulo Emílio – João Bosco)
09 Ai, Aydée (Aldir Blanc – João Bosco)
10 Natureza viva (Paulo Emílio – João Bosco)
11 Patrulhando (Masmorra) (Paulo Emílio – Aldir Blanc – João Bosco)

Paulo Freire – Rio Abaixo – Viola Brasileira (1987)

Estamos enfim encerrando as duas semanas com os artistas mineiros. Por certo, esses não são os únicos e nem de todo os melhores. Como dizem por lá, “Minas são muitas…Na seqüência, ao contrário dos outros blogs, não irei apresentar músicas natalinas. Darei continuidade a minha lista como normalmente. Para fechar o ano, conto com o talento das mulheres, algumas que nunca saem da minha rádio-cabeça, que me acompanham fielmente ao longo dos anos. Que certamente continuarão ao meu lado, cantando e tocando para me embalar. Gostaria de postar todas, mas a fidelidade não é exclusivamente minha. As ‘minas’ são muitas e os blogs também. 🙂 Desejo a todos os amigos, parceiros, blogueiros, visitantes e vigilantes de plantão, boas festas!Segue então para fechar o domingo os seguintes disquinhos…

1. Mosquitão
2. Seca
3. Dona Júdica
4. Menino Peão
5. Dança do Maneiro Pau
6. Inhuma da Taboca
7. Chianti
8. Brincando no Enfuzado
9. Fumacinha da Manga
10. Flor do Pequi
11. Lundus do Urucuia
12. Rio Abaixo
13. Seguidilla
14. Suíte da Lagartixa (Com Fome)
15. Suíte da Lagartixa (Dando O Bote)
16. Suíte da Lagartixa (Comendo)
17. Seu Teó
18. Inhuma do Brejo
19. Receita de Pacto

Toninho Horta & Orquestra Fantasma – Terra Dos Pássaros (1980)

céu de brasilia
diana
dona olimpia
viver de amor
pedra da lua
serenade
aquelas coisas todas
falso inglês
terra dos pássaros / beijo partido
no carnaval

Este é um disco o qual eu gosto muito. Toninho Horta é mesmo um grande músico. Compositor e instrumentista, seu toque é inconfundível. “Terra de Pássaros” foi seu álbum de estréia e contou com um super time como por exemplo Milton Nascimento, Novelli, Airto Moreira, Hugo Fattoruso e outros mais… Estaria assim formada a Orquestra Fantasma.
A “Orquestra Fantasma” surgiu como complemento do título “Terra dos Pássaros”. A intenção era de obter coloridos orquestrais como uma orquestra fictícia sem violinos, cellos e trompas reais; estes sons eram criados por Hugo Fattoruso e Toninho com seus mini-mugs, guitarras e pedais de volume.


Novelli – Canções Brasileiras (1983)

Nesta semana de artista mineiros, acabei meio que por (um feliz) acaso incluíndo um pernambucano, o Novelli. A gente as vezes ‘viaja na maionese’ e quando vê já fez… Bom, o cara não é mineiro, mas conhece bem a turma de lá. Conviveu e criou composições ao lado dos mineiros. Mas sua atuação não se limita a Minas. O cara é rodado e tem muita bagagem. Tá na estrada desde o início dos anos 60. Além de ter tocado com os mais diversos artistas, nacionais e internacionais, também compôs coisas maravilhosas, interpretadas por nomes de peso.

Aqui temos um disco raro, lançado na França no início dos anos 80. Até onde sei, este disco não chegou ao Brasil. Uma pena, pois uma jóia… Assim, em homenagem aos mineiros, vamos de Pernambuco.

Teia de aranha (Novelli – Cacaso)
Sem fim (Novelli – Cacaso)
Profunda solidão (Novelli – Cacaso)
Andorinha (Novelli – Cacaso)
Valsa para Bill Evans (Novelli)
Fábio Novellinho (Novelli)
Minas Gerais (Novelli – Ronaldo Bastos)
Janelas abertas (Novelli – Ronaldo Bastos)
Fim de abril (Novelli – Marcio Borges)