Grupo Kali (1985)

Boa noite, prezadíssimos amigos cultos e ocultos! A sexta feira aqui anda preguiçosa e um pouco cansada. Daí, para não agarrar muito, vamos hoje de música instrumental, num disco muito interessante da banda feminina Kali. Não é muito comum vermos por aí um grupo de música instrumental formado só por mulheres. Principalmente quando essas além bonitas são extremamente talentosas. Formado por Mariô Rebouças, no piano e teclados; Vera Figueiredo, bateria e percussão; Renata Montanari, na guitarra e Gê Cortes no contrabaixo. Disco lançado em 1985 pelo selo paulista Som da Gente

spiralen
da tequila
ubachuba
papai sabe tudo
pitú
funk do tank
balada prás minas
upa neguinho
locomotivas

Sergio Porto, Aracy de Almeida & Billy Blanco – No Zum Zum (1966)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para abrilhantar mais a semana, aqui vou eu com um disco da Elenco. Um clássico, diga-se de passagem, como convém a todos os discos lançados por esse selo, criado por Aloysio de Oliveira. Temos para hoje o álbum que registra o encontro de Sérgio Porto, Aracy de Almeida, Billy Blanco e o conjunto de Roberto Menescal. Disco gravado ao vivo na lendária boate Zum-Zum. O jornalista e escritor carioca Sérgio Porto, também conhecido como Stanislaw Ponte Preta, é quem faz as apresentações, conduzindo assim o show, hora com Aracy de Almeida, hora com Billy Blanco. Todos sempre acompanhados pelo conjunto de Roberto Menescal. Os arranjos são de Oscar Castro Neves.
Eis aí mais um disco que não poderia faltar aqui no Toque Musical. Cumprida a minha tarefa, vou agora me deitar, pois o sono já chegou faz tempo. Até amanhã!
apresentação – essa nega quer me dar – sergio porto
lamento – conjunto roberto menescal
aoresentação – jura  – sergio porto
feitio de oração – o x do problema – três apitos – aracy de almeida
não me diga adeus – camisa amarela – aracy  de almeida
tenha pena de mim – aracy de almeida
sarita – kalu – besame mucho – sergio porto, conjunto roberto menescal e billy blanco
não vou pra brasilia – billy blanco
feiura não é nada – camelot – billy blanco
mocinho bonito – a banca do distinto – estatuto de gafieira – billy blanco
praça mauá – mária maria mariá – billy blanco
brucutu – rio meu amor – até amanhã – todos
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Belchior (1976)

Boa noite, prezado amigos cultos e ocultos! Tenho para hoje um disco o qual eu gosto muito e sempre pensei em postá-lo no Toque Musical. Finalmente temos aqui o primeiro lp de Belchior lançado, segundo a unanimidade, em 1974. No meu lp, que eu também acredito que seja original de época, consta no selo como sendo de 76. Talvez seja um relançamento da Chantecler, visto que em 76 o artista já fazia muito sucesso e em outra gravadora. Uma oportunidade do galinho cantar de novo. (por falar em Galo… não, não me fale do Galo hoje…)
Vamos então com este disco, que não é nenhuma raridade. Já foi e sempre é bem divulgado em outros sites e blogs. Nada de especial além do fato de ser este um belíssimo trabalho de um artista o qual só temos a elogiar. Quem não conferiu ainda, a hora é essa. Vai lá no GTM!

mote e glosa
a palo seco
senhor dono da casa
bebelo
máquina I
todo sujo de baton
passeio
rodagem
na hora do almoço
cemintério
máquina II
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Jorge Veiga – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol. 134 (2015)

Em sua edição de número 134, o Grand Record Brazil, agora com periodicidade quinzenal, tem a satisfação de apresentar um dos mais expressivos sambistas que o Brasil já teve. Estamos falando de Jorge Veiga.

Com o nome completo de Jorge de Oliveira Veiga, nosso focalizado veio ao mundo no bairro do Engenho de Dentro, zona norte do Rio de Janeiro, em 14 de abril de 1910. Teve infância de menino pobre, trabalhando como engraxate, vendedor de frutas e pirulitos. Ao chegar à fase adulta, exerceu o ofício de pintor de paredes.  Um belo dia, ao ouvi-lo cantar durante o serviço, o dono de uma casa comercial que o futuro astro estava pintando percebeu suas qualidades de intérprete. E conseguiu que ele cantasse em um programa da Rádio Educadora do Brasil (PRB-7),  onde fazia imitações de Sílvio Caldas durante o programa “Metrópolis”, pontapé inicial de sua carreira artística, atuando nessa época também em circos e pavilhões. A estreia de Jorge Veiga em disco aconteceu em 1939, participando da gravação da rancheira “Adeus, João”, composta e executada pelo acordeonista Antenógenes Silva, apenas vocalizando o refrão.  Em 1942, quando atuava na Rádio Guanabara, conheceu Paulo Gracindo, figura que teve grande importância na carreira do cantor, estimulando-o a cantar sempre com um sorriso nos lábios, garantindo a leveza de suas interpretações e a diversão dos ouvintes. Seu repertório era composto, basicamente, de sambas malandros e anedóticos, além de sambas de breque. E, no carnaval de 1944, consegue seu primeiro sucesso:  o samba “Iracema”,de  Raul Marques e Otolindo Lopes. No rádio, atuou ainda na Tupi e, mais tarde, na lendária Nacional, onde Floriano Faissal criou o bordão com o qual o cantor sempre iniciava suas apresentações: “Alô, alô, senhores aviadores que cruzam os céus do Brasil! Aqui fala Jorge Veiga, da Rádio Nacional do Rio de Janeiro. Estações do interior, queiram dar seus prefixos para guia de nossas aeronaves. Mantendo sua popularidade por cerca de vinte anos, Jorge Veiga lançou sucessos inesquecíveis, tanto no carnaval como no meio de ano, tais como “O que é que eu tenho com isso?”, “Rosalina”, “Vou sambar em Madureira”, “Eu quero é rosetar”, “Bigorrilho”, “O que é que há?”, “Coração também esquece”, “Cinzas”, “O que é que eu dou”, “Senhor comissário”, “Reza por nosso amor”, “Cala a boca Etelvina”, “História da maçã”, “Orora analfabeta”, “Brigitte Bardot” e “Café soçaite (Depois eu conto…)”. Com esta última, um samba de Miguel Gustavo  que satirizava a alta sociedade carioca (e sua sequência, “Boate Trá-lá-lá”), criou,no rádio e na TV, a imagem do malandro grã-fino, apresentando-se sempre de smoking.  Gravou na Odeon, Continental, Copacabana e RCA Victor,ao longo de sua carreira. Jorge Veiga faleceu em seu Rio de Janeiro natal em 29 de maio de 1979, aos 69 anos de idade. Nesse ano, teve lançado seu último álbum, “O eterno Jorge Veiga”, pela CBS.
 Nesta edição do GRB, um pouco da arte, do estilo inconfundível e do bom humor de Jorge Veiga, em doze raras e preciosas gravações. Abrindo esta seleção, temos o samba “A vida tem dessas coisas”, de Raul Marques e Djalma Mafra, lançado pela Continental em junho de 1946 com o número 15639-B, matriz 1411, no qual é acompanhado pela inconfundível flauta do mestre Benedito Lacerda, a frente de seu regional. Em seguida, o cantor mostra que também era bom de baião junino em “Eu fiz uma prece”, de Bucy Moreira, Ary Cordovil e Araguari, lançado pela Copacabana em maio de 1955 sob número 5408-B, matriz M-1160, tendo também aparecido no LP coletivo de 10 polegadas “Baile na roça”. Na terceira faixa, o bom samba “Conversa, Raul”, de Gil Lima e José Batista, em que Jorge Veiga é acompanhado pelo conjunto de outro Raul, o trombonista Raul de Barros. Gravação Continental de 11 de março de 1948, lançada em maio-junho do mesmo ano sob número 15890-B, matriz 1801. “Cabo Laurindo” é um samba dos mestres Haroldo Lobo e Wilson Batista exaltando a figura exemplar do personagem-título, que saiu da favela como soldado para lutar na Segunda Guerra Mundial e voltou trazendo a Cruz da Vitória. Ao mesmo tempo, chamava a atenção para uma contradição da época: se os pracinhas brasileiros haviam ido lutar no exterior contra ditaduras estrangeiras, por que manter uma dentro de seu próprio país, no caso,o Estado Novo getulista?  Gravação Continental de 18 de junho de 1945, lançada em julho do mesmo ano sob número 15381-B, matriz 1172. Logo em seguida temos o lado A, matriz 1171, “Na minha casa mando eu”, samba de outro mestre, Cyro de Souza. A marchinha “Pode ser que não seja”, de João de Barro, o Braguinha, e Antônio Almeida, foi um dos hits do carnaval de 1947.Jorge Veiga a gravou na Continental em 20 de agosto de 46, matriz 1577, e o registro apareceu em disco duas vezes: a primeira em dezembro desse ano com o número 15750-A, e a primeira em fevereiro de 47, já em plena folia, com o número 15762-A. Na primeira edição, apareceu o samba “Martírio”, de Haroldo Lobo e Pery Teixeira, mas, sabe-se lá por que razão, essa tiragem desapareceu do catálogo da Continental, não havendo nenhum exemplar nas mãos de colecionadores. Teria sido de fato comercializada? “Deixa eu viver minha vida” é um samba de Ari Monteiro, lançado pela Continental em maio-junho de 1949 sob número 16076-A, matriz 2062, sendo o acompanhamento do conjunto de Geraldo Medeiros. “Caboclo africano” é um samba-choro de Zé e Zilda, “a dupla da harmonia”, e foi gravado por Jorge Veiga na Continental em 30 de maio de 1946, com lançamento em outubro do mesmo ano, disco 15713-A, matriz 1501. “Medalha dourada”, outro bom samba, é de Otolindo Lopes e Arnô Provenzano, e a Continental o lançou em março-abril de 1950 sob número  16173-B,matriz 2232. “Carne de gato”, samba de Ary dos Santos e Gentill Leal,  é o lado B de “Caboclo africano”, matriz 2063. “Testamento do sambista”, de Raul Marques e Alberto Maia, vem a ser o lado A de ”Conversa, Raul”, matriz 1800. Para encerrar, temos a gravação de estreia de  Jorge Veiga na Continental:  o samba “Morena linda”, de João Martins e Otolindo Lopes, que saiu em junho de 1944 sob número 15160-A, matriz 787. Enfim, uma pequena-grande amostra do legado deixado por aquele que foi cognominado com justiça, “o caricaturista do samba”.Com vocês, o inesquecível Jorge Veiga!
* Texto de Samuel Machado Filho

Dimensão 5 (1979)

Boa noite, meus amigos cultos e ocultos! Hoje, domingo, tomei o dia para tentar por ordem em minha bagunça musical. De uns tempos pra cá eu tenho andado meio relapso com meus discos, meus arquivos e todo o meu acervo digital. As coisa vão se acumulando, quando a gente vê, dá um desanimo ter que arrumar tudo… Estou aqui com uma centena de discos que ganhei recentemente e já comecei a fazer confusão. Creio que o disco de hoje foi uma colaboração do amigo Fáres.
Temos aqui o conjunto Dimensão 5, um grupo formado nos anos 60. Figura como uma banda da cena Jovem Guarda, porém o seu sucesso se limitou a São Paulo, na região de Moema, onde eles surgiram. Pelo pouco que sei, o Dimensão 5 atuou muito em shows, em clubes. Eram considerados um dos melhores conjuntos de baile. Devem ter ganhado um bom dinheiro, pois conseguiram se instrumentar com os melhores equipamentos da época. Investiam pesado na produção de seus show. Tinha até um caminhão para transportar os equipamentos. Se mantiveram ativos até por quase três décadas e ainda hoje o espírito do grupo se mantém aceso numa página do facebook. Ao que parece, o Dimensão 5 só gravou este lp, de 1979. Antes porém gravaram um compacto, no final dos anos 60 ou inicio dos 70. Em 1973 eles gravam um compacto para a Top Tape, através do selo One Way (aquele que produzia artistas nacionais como se fossem estrangeiros) com o nome de Nathan Jones Goup. A música foi “I’ve been around”, sucesso que fez parte da trilha da novela O Bem Amado.
No presente lp, temos um conjunto bem resolvido. Músicos entrosados, composições e arranjos bem feitos. São doze faixas entre autorais (em sua maioria do baterista, Francis) e de outros autores, com destaque para um espécie de ‘pot pourri’ de músicas de Toquinho e Vinícius e também Chico Buarque.
Apesar de ter ouvido o disco apenas umas duas vezes, posso dizer que gostei do trabalho, é bem anos 70. Confiram

yesterday, today, tomorrow
porque?
alguma coisa nova
não tenho tudo que amo
tarde em itapoã – regra três – meu pai oxalá
cotidiano
devagar também é pressa
fora de hora
apesar de você
menina
sob a luz de um olhar
homenagem ao malandro
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Sergio Mendes & Brasil 66 – Equinox (1968)

Amigos cultos e ocultos, continuo metendo a mão no gavetão, buscando aquilo que já está pronto, porque a preguiça aqui parou e ficou. Quando não é falta de tempo é mesmo falta de ânimo.
Mas vamos lá com o disco deste sábado. Vamos com Sérgio Mendes e seu Brasil ’66, no álbum Equinox, lançado em 1967 nos Estados Unidos e no ano seguinte aqui no Brasil. Foi o segundo álbum gravado por ele com o grupo Brasil ’66. No repertorio temos 10 faixas, sendo em sua maioria produção nacional da bossa nova, com aqueles retoques necessários para fazer o gringo feliz. Este é mais um daqueles discos que todo blog já postou e o Toque Musical vai nessa também 😉

chove chuva
cinnamon and clove
watch what happens
for me (arrastão)
bim bom
night and day
triste
gente
wave
só danço samba
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Papo De Anjo – Vamos Sorrir (1982)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aqui vai mais disco de gaveta, aqueles sempre pronto para uma emergência, para tapar qualquer buraco ou na falta de algo melhor. Este foi na base do sortido, do acaso…
Temos aqui o lp “Vamos sorrir”, do conjunto Papo de Anjo. Disco lançado pelo selo Ariola em 1982. Este grupo, pelo que sei era um conjunto de baile. Conseguiu emplacar uma de suas músicas numa novela da Globo, a faixa “Chuva de verão, que chegou a fazer um relativo sucesso nas rádios. Mas como a música, o Papo de Anjo foi apenas uma chuva de verão. Não sobrou nem sequer uma gota no YouTube, onde eu imaginei que pelo menos essa música alguém teria postado. Qual o que… Não há na rede nenhuma informação sobre o destino do Papo de Anjo. Esse passou batido. Mas vamos  dar uma chance aqui no Toque Musical. Confiram

chuva de verão
dia corrido
alguma coisa nova
mágoa
brasil, sempre brasil
vamos sorrir
pé na estrada
ele é o bom
super doce
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Tuca (1968)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Espero que todos tenham tido um bom carnaval. Por aqui a festa musical continua, dando agora atenção para o que está na fila. E desta vez, para a nossa quarta não ficar muito cinza, vamos com o talento da cantora e compositora paulista, Valenza Zagni da Silva, mais conhecida como Tuca. Foi uma artista muito atuante nos anos 60 e 70. Esteve a frente de festivais, compôs e interpretou ao lado de outros grandes artistas da época. Esteve por um período morando na Europa, onde também chegou a gravar algumas coisas. De volta ao Brasil nos anos 70, lançou pela Som Livre o que foi o seu último lp, “Drácula, I love you”, gravado na França. Ela falaceu em 1978, em consequência de uso abusivo de remédios para emagrecer, segundo contam.
O lp que eu aqui apresento não é nenhuma novidade. Trata-se de um disco bem divulgado em tudo quanto é blog, tipo o Toque Musical. Todos porém cometem o mesmo erro. Rotulam este como se chamasse “Eu, Tuca” e para alguns é considerando o primeiro disco. Mas a verdade é que o primeiro lp, lançado pelo selo Chantecler é de 1966 e se chama “Meu eu”. O problema é que alguém copiou a informação do site Dicionário da MPB (do Cravo Albim) e essa, por sua vez foi replicada como a verdade. Daí é que vem os enganos… Somente em 68 ela gravaria este, seu segundo lp, sem título, apenas Tuca, lançado pela Philips, com arranjos de Guerra Peixe, Oscar Castro Neves e Mário de Castro. No repertório temos composições próprias, parcerias e belas interpretações de músicas de outros autores. Um excelente trabalho que merce também o nosso toque musical, não é mesmo?

atire a primeira pedra
cuidado, malandro
o cavaleiro e a virgem
frevo
sereta
não fale alto, fale baixo
verde
o cavaleiro das mão tão frias
curare
passarinho da lagoa
até quarta feira – carnaval pra valer
abstrato n. 1
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Ronald Golias – Carnaval Copacabana 68 (1968)

Amigos foliões, aqui vai mais um disco de carnaval. Para fechar as publicações carnavalescas temos para esta terça feira um compacto. É, um compacto é mais fácil e rápido de se postar. Já tô atrasado para a farra na rua… segue então este curioso compacto lançado pelo selo Copacabana para o Carnaval de 1968. Temos aqui como intérprete o humorista Ronald Golias no auge da sua carreira, na época do popular programa de TV, a impagável, Família Trapo, lembram? No disquinho Golias nos traz duas marchinhas, “Noite de amor”, de Zé Ketti e Randal Juliano e “A Familia Trapo”, composição do próprio humorista e Homero Ferreira.
Dou por encerradas as postagens de Carnaval. Ano que vem tem mais! Boa terça de festa para todos!

noite de amor
família trapo
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A Lyra De Xopotó – As Favoritas Do Carnaval Carioca (1957)

Olá amigos foliões cultos e ocultos! Para não perdermos o pique, aqui vai um clássico. Ou melhor, vários clássicos em um disco clássico da Lyra de Xopotó: “As Favoritas do Carnaval Carioca”. Pelo título já deu para perceber que se trata daquelas músicas de carnaval que ficaram na memória. E isso ainda lá pelos anos de 1957! Sob o comando do Mestre Filó, desfilam em blocos de três, como um pot-pourri, as músicas que ainda hoje embalam muitos carnavais. Vamos então relembrar

fanzoca de rádio
marcha da fofoca
não faz marola
lero lero
nào pago bonde
cordão dos puxa saco
gafanhoto
mamãe eu quero
maria rosa
jacarepagua
daqui não saio
sassaricando
formosa
linda morena
serpetina
touradas de madrid
tem gato na tuba
china pau
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Viva O Carnaval – 14 Biggest Brazilian Carnival Hits (1965)

Olá amigos foliões, cultos e ocultos! Entramos no Carnaval e eu, na festa, acabei me esquecendo de vocês. É tanta folia aqui em BH que quando eu chego em casa, eu só quero mesmo tomar um banho e cair na cama. Até no Carnaval eu estou sem tempo para o Toque Musical. Mas não vamos perder o cordão, até quarta feira as marchinhas e sambas vão rolando por aqui.
Trago desta vez o álbum “Viva o Caranval – 14 Biggest Brazilian Carnival Hits”. Uma coletânea carnavalesca lançada pela Fermata para o Carnaval de 1965. Quem viveu esse carnaval há de lembrar de coisa como

garota exportação – waldemar roberto
mata borrão – miguel angelo
mamãe dê um jeitinho – marly marley
cravo no peito – josé augusto
chuva de arroz – sergio reis’
indio de bananal – zeny drumond
trenzinho – arrelia e pimentinha
cai nào cai – coral momo
amor de carnaval – roberto amaral
cara de pau – orlando sales
arlequim – luiz silva
quero morrer quarta feira – minguel angelo
só porque você que – arrelia e pimentinha
eu vou morena – paulo domingos
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Vários – Um Novo Carnaval (1968)

Olá amigos cultos e ocultos! Segue aqui mais um disco de Carnaval.desta vez, vamos para o de 1968, lançado pela CBS. Temos aqui uma seleção de marchinhas defendidas por Ary Cordovil, Noel Carlos, Zilda do Zé, Clério Moraes e Paulo Bob. Um novo Carnaval, ou mais um bom disco, coisa que hoje em dia a gente não ouve mais. Por isso é fundamental que revisitemos outros e antigos carnavais. Pra gente lembrar como se brinca de verdade. 😉

tá certo (tá certo meu amor) – ary cordovil
tô com diabo – noel carlos
caí do cavalo – zilda do zé
forrobodó – paulo bob
acorda maria – clerio moraes
vou jogar meu pandeiro fora (é triste brincar sem mulher) – noel carlos
menina de colegio – noel carlos
maré brava – zilda do zé
fim de carnaval – ary cordovil
bang bang no salão – paulo bob
vem me perdoar – clério moraes
coitada… coitada… – ary cordovil
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Lindo! Lindo! Lindo!… Ninguém Segura O Carnaval 71 (1970)

Olá, prezados amigos cultos e ocultos! Carnaval taí… e a gente aqui já pronto pra cair na folia (ou não?). Seguindo rumo a festa, vamos agora relembrar o Carnaval de 1971. Boa safra essa também e para este lp não há o que reclamar. Tem Lana Bitencourt, Gilberto Milfont, Francisco Carlos, Genival Lacerda e outros mais… Lançado no final de 1970, pelo selo Fontana para anunciar o Carnaval de fevereiro de 71.  Boas marchas, bons interpretes. Lindo! Lindo! Lindo!…

fanfarra – lana bitencourt
adeus amor – gilberto milfont
marcha do anjinho – nadia maria
o lenço e a rosa – eugenio gonzaga
gondoleiro de veneza – gilberto milfont
e nós dois a cantar – lana bitencourt
fundiu a cuca – roberto muniz
não quero demanda – mirian goulart
ninguém segura mais meu boi – genival lacerda
pra cá e pra lá – eugenio gonzaga
ser ou não ser – eddy fontana
sempre um amor – helio chaves
maria – leo vaz
passarada – bolivar
rio é carnaval – francisco carlos
alegria rapaz – helio chaves
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Quando As Escolas Se Encontram – Carnaval 1973 (1973)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aqui estamos bem animados, dando sequência a festa. O carnaval por aqui já começou. Vamos pela semana relembrando sucessos, marchas, sambas, batuques…
Tenho para hoje um disco bem legal. Boa safra, com certeza, 1973. Uma seleção de sambas enredos e sambas de quadra de algumas das mais tradicionais Escolas do Rio. Vão aqui interpretadas por Alda Perdigão, Marlene, Ataulfo Junior, Joel de Castro, Carlinhos Pandeiro de Ouro e Dominguinho do Estácio. Produção da RCA, dirigida por Wilson Miranda, com arranjos dos maestros Nelsinho, Peruzzi e Pachequinho. Muito bom!

zodiaco no samba – alda perdigão
tem capoeira – carlinhos pandeiro de ouro
viagem encantada pindorama a dentro – marlene
pasárgada, o amigo do rei – ataulfo junior
tra lá lá lamartine babo – joel de castro
lendas do abaeté – carlinhos pandeiro de ouro
mexe mexe – marlene
tra lá lá lamartine babo, um hino ao carnaval brasileiro – alda perdigão
quero ver minha escola passar – ataulfo junior
eneida, amor e fantasia – joel de castro
o abc do carnaval – dominguinho
o saber poético da literatura de cordel – joel de castro
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Pixinguinha 2 – Seleção 78 RPM Do Toque Musical Vol.133 (2015)

E chegamos à edição de número 133 do Grand Record Brazil, “braço de cera” do Toque Musical. Aqui,apresentamos a segunda e última parte de nossa retrospectiva dedicada a esse grande mestre da MPB que foi Pixinguinha (1897-1973). Desta vez, apresentamos 14 raridades de fazer qualquer colecionador vibrar, gravações essas que, em sua maior parte, foram feitas ainda no processo mecânico ou acústico, correspondendo ao glorioso início da carreira do mestre Pizindim, sendo algumas outras já do processo elétrico, quase todas de sua própria autoria.

Para abrir esta seleção de verdadeiras raridades, foi escalada a primeiríssima gravação do mais popular, o mais difundido e o que recebeu maior número de arranjos  entre todos os sucessos de Pixinguinha: nada mais nada menos que “Carinhoso”, choro que ele compôs em 1917, mas que ficou engavetado por mais de 10 anos, uma vez que o próprio Pixinguinha o considerava extremamente “jazzificado”.  A Orquestra Típica Pixinguinha-Donga fez este histórico registro, que a Parlophon lançou em dezembro de 1928, no início das gravações elétricas brasileiras, com o número de disco 12877-B, matriz 2048. Ressalte-se que, só nove anos mais tarde (1937)  é que “Carinhoso” recebeu  letra, assinada por João de Barro, o Braguinha, e magistralmente gravada por Orlando Silva. Logo depois, outra relíquia imperdível:  a valsa “Rosa”, executada pelo próprio Pixinguinha à flauta, com a maestria habitual, à frente de seu “Choro”. Verdadeira relíquia mecânica da Odeon/Casa Edison, datada de 1917,disco 121365. E outra composição dele que Orlando Silva gravou em 1937, com letra de autoria controvertida, embora a partitura impressa  informe que Pixinguinha também fez os versos. Estes, segundo alguns estudiosos, teriam sido escritos, na verdade, por um mecânico do Engenho de Dentro, muito amigo de Pixinguinha, cujo nome era Otávio de Souza.  Já da fase elétrica de gravação é o choro “Vamos brincar”, em mais uma  magnífica execução de flauta do autor.  Saiu pela Odeon em maio de 1928,sob número 10163-A, matriz 1566. E em seguida ainda tem o lado B, “Ainda existe”, matriz 1567, choro com a qualidade habitual do mestre, em composição e execução de flauta.  O tango (nada a ver como argentino) “Os dois que se gostam” é gravação mecânica de 1919, disco Odeon /Casa Edison 121613. De 1926 é a gravação do choro “Tapa buraco”, disco Odeon/Casa Edison 123067. Em seguida temos a polca “Pretensiosa”, em solos de bandoneon, por executantes  não-identificados no selo original.  A gravação saiu pela Parlophon em outubro de 1928, disco 12848-A, matriz 1962. Voltamos depois a ouvir a flauta do então jovem Pixinguinha no seu samba “Eu também vou”, em registro Odeon/Casa Edison de 1926, disco 122100. O tango (brasileiro, é claro) “Os Oito Batutas” alude ao conjunto que o próprio Pixinguinha fundou, e foi gravado por ele à frente de seu grupo em 1919, disco Odeon/Casa Edison 121610. Logo depois, a Orquestra Típica Pixinguinha-Donga executa “Os teus beijos”, samba amaxixado de autoria de Felisberto Martins, que foi pianista e dirigente de gravadora.  Registro Parlophon de 24 de outubro de 1928, lançado em dezembro do mesmo ano sob número 12876-B, matriz 2062. A faixa  11 nos traz a gravação original do choro “Recordando”, com o próprio Pixinguinha em outro imperdível solo de flauta. Ele o imortalizou na Odeon em 19 de junho de 1934, mas o disco só saiu em março de 35, sob número 11204-A, matriz 4869. Confira, no volume anterior, a regravação feita por Jacob do Bandolim em 1950, com o título modificado para “Teu aniversário”. Depois temos outro choro clássico do mestre Pizindim na gravação original: o célebre “Lamento” (mais tarde “Lamentos”, no plural) executado pela Orquestra Típica Pixinguinha-Donga.  Saiu pela Parlophon em novembro de 1928 com o número 12867-A, matriz 2046. Teve duas regravações por Jacob do Bandolim (a primeira delas apresentada em nosso volume anterior) e receberia letra posterior de Vinícius de Moraes. A mesma orquestra executa  em seguida o maxixe “Desprezado”, igualmente do mestre Pizindim, em gravação lançada pela mesmíssima Parlophon em janeiro de 1929, disco 12893-A, matriz 2050. Encerrando com chave de ouro este festival de verdadeiras  joias raras, apresentamos o imperdível registro original do tango (depois choro) “Sofres porque queres”, verdadeira obra-prima de Pixinguinha que ele mesmo executa à frente de seu “choro”. Obra-prima que ele imortalizou na Odeon/Casa Edison em 1917, em disco número 121364. Mais tarde ele regravaria a música ao saxofone,em dupla (e com a co-autoria) do flautista Benedito Lacerda.  Enfim, são verdadeiras relíquias que, por certo, enriquecerão as coleções de tantos quantos apreciem nossa melhor música popular, sobretudo por seu inestimável valor artístico e histórico. Simplesmente imperdíveis!
* Texto de Samuel Machado Filho

Sacha – Ao Vivo N. Três No Balaio (1970)

Amigos cultos e ocultos, uma pausa no salão! Pra continuarmos agradando a todos, vamos intercalando as postagem de carnaval com outras variedades. Quem sabe um disco rock, um disco de poesia, talvez um regional, ou mais ainda, um exclusivo aqui da casa? Pode também ser algo assim, como este disco do pianista Sacha Rubin, o terceiro da série gravado ao vivo na boate Balaio. Já postei aqui o n.2 e agora vamos ao número 3, com a promessa de ainda um dia postarmos aqui o primeiro. Uma hora ele aparece 😉
Neste lp temos duas sequencias (lado A e B) nas quais Sacha mescla alguns dos grandes ‘standards’ da música internacional com sambas e outros sucessos da mpb. O disco rola em uma única faixa de cada lado. Como disse, uma sequência, quase um ‘pot pourri’, onde ele toca, canta e vem também acompanhado pelo cantor Mano Rodrigues nos temas nacionais. Procurei manter o clima de boate que o disco procura transmitir, sem desmembrar as músicas apresentadas. Contudo, segue aqui a relação, como manda o figurino 😉

i’m getting sentimental over you
a pretty girl is like a melody
airport love theme
samba do avião
foi um rio que passou em minha vida
insensiblement
i only have eyes fou you
these foolish things
you were meant for me
non c’est rien
dream a little dream for me
love letters
deep purple
gente humilde
razão pra não chorar
coqueiro verde
te voglio bene 9tanto tanto)
stella by starlight
my melancholy baby
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Rio Carnaval Do Brasil 64 (1964)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! O carnaval continua por aqui. Saímos de 1976 e vamos agora para o ano de 1964. Uma década ainda melhor, na minha opinião, para as fantasias musicais carnavalescas. E neste álbum, lançado pela Rosenblit, através de seu selo Mocambo para o Carnaval de 64, temos uma seleção de 14 sambas e marchas, interpretadas aqui também por grandes artistas como Nora Ney, Jorge Goulart, Aracy de Almeida, Linda Batista e outros. Vamos lá, cair na folia?

a india vai ter nenem – dircinha batista
devo a você – jorge goulart
mulher boa é quem manda – ivete garcia
quis fazer de mim palhaço – orlando corrêa
devagar – aracy de almeida
a hora é essa – gracinha miranda
deus é testemunha – nora ney
quem gosta de passado é museu – linda batista
a bola do maracanã – gilda de barros
cabeleira do zezé – jorge goulard
na hora que você precisou – zilda do zé
eclipse – orlando corrêa
o outro lado da vida – gilda de barros
de copo na mão – ivete garcia
tomara que seja você – nora ney
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Carnaval 76 (1976)

Amigos cultos e ocultos, seguimos com mais um disco de Carnaval. Desta vez vamos para o Carnaval de 1976. Uma boa safra, com certeza! E aqui, neste lp lançado pela Chantecler, através de seu selo Rosicler, vamos encontrar uma excelente coletânea de marchinhas carnavalescas e sambas, interpretados por figuras de destaque como Jackson do Pandeiro, que aqui aparece em duas faixas exclusivas. Sem dúvida, um dos melhores discos de minha leva. Mas, aguardem, pois ainda tem mais

ela é muito boa – denilson
a hora do adeus – jacinto figueira junior
a marcha do quem é quem – tânia tally
eu vou de caipirinha – jackson do pandeiro
a marcha do pique-pique – milton lopes
o samba do galo – petrônio borges
amor eterno – luiz aguiar
dose pra elefante – jackson do pandeiro
a maré tá cheia – waldemar roberto
eu não volto atrás – milton lopes
a marcha do kung fu – os três moraes
a marcha do trouxa – bobby hilton
largando fogo – gimba
almerinda – adylson godoy
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Sambas Enredos Dos Blocos Carnavalesco Do Estado Da Guanabara ’75 – 1. Grupo (1975)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Seguindo a tradição, fevereiro é mês de Carnaval e por aqui a gente vai dando aqueles pulinhos, trazendo de volta lembranças de outras tantas festas. É incrível como tem discos ligados ao tema. Eu todo ano, nessa época, tenho postado discos de carnaval e parece que eles nunca acabam. Desta vez eu separei uma meia dúzia de títulos, os quais eu irei publicando até antes da quarta feira de cinzas.
Temos aqui um interessante lp lançado pela Tapecar. Produção da Federação (federação?) dos Blocos Carnavalescos da Guanabara, apresentado os sambas enredos dos blocos carnavalescos do antigo Estado para 1975. Dizem que samba enredo é tudo igual. Talvez em sua essência, assim como o blues americano. Mas há algo de diferente em alguns nessa coisa sempre igual.

festa junina em dia de carnaval – bafo do bode
máscaras e plumas – vai se quiser
brasil, cultura e progresso – unidos do cabral
paraná e a dança das fitas – cara de boi
o talismã sagrado – do barriga
camafeu de oxossi – unidos da vila kennedy
revivendo o cassino da urca – flor da mina do andaraí
sua majestade miss brasil – quem quiser pode vir
praça onze, a boa praça do carnaval – leão de iguaçu
o prazer dos prazeres – mocidade de são mateus
o principe do efan – vila rica
o negro de ontem e de hoje – unidos do cantagalo
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