Fuzi 9 (1970)

Hoje, o Toque Musical apresenta para seus amigos cultos, ocultos e associados um trabalho inteiramente cult, bastante apreciado especialmente por fãs da “black music” e DJs do Brasil e do exterior, sendo inclusive um dos favoritos do cantor e compositor Ed Motta. Trata-se do único álbum do grupo Fuzi-9, lançado em 1970 pela gravadora Todamérica, então ensaiando uma retomada de suas atividades, já desligada da Continental (que vendeu sua parte social na empresa). O grupo se chamava Fuzi-9 porque seus músicos eram membros do Corpo de Fuzileiros Navais, da Marinha do Brasil, e o disco tem particularidades bem interessantes. A primeira delas é que um de seus nove integrantes(com direito até a uma vocalista feminina) e responsável  pelos arranjos, o soldado Souza, aliás José Carlos de Souza, ganhou notoriedade, anos depois, com o pseudônimo de Carlos Dafé, sem dúvida um dos maiores e mais expressivos nomes da “soul music” tupiniquim. Ele assina cinco faixas desse histórico álbum: “Trilha” (com Vanden de Souza), “Sônia”, “Fim”, “Fuzão 79”e “Já era tempo de você”. Esta última, por sinal a faixa que abre o disco, tem uma outra particularidade: foi feita com a parceria de uma certa Rosana Fiengo, cantora que depois faria enorme sucesso com “Nem um toque”, “Custe o que custar” e principalmente “O amor e o poder” (“Como uma deeeeusaaaaaa”…), entre outras.  Temos ainda ótimas regravações de “Poeira” (Zuzuca e Benedito Reis), “Pra onde tu vai, baião?’ (João do Valle e Sebastião Rodrigues), “De conversa em conversa” (Haroldo Barbosa e Lúcio Alves), “Isto é samba” (J. Canseira e Paulo Silva) e do samba-enredo “Bahia de todos os deuses”, com o qual a escola Acadêmicos do Salgueiro venceu o carnaval carioca de 1969. Completando o programa, as então inéditas “Tributo a Muezim” e “Haiakaiam”. Mesmo tendo gravado apenas esse álbum, o Fuzi-9 realizou uma turnê por Salvador (a capital baiana), Porto Rico, Martinica e Curaçau. O próprio Carlos Dafé ficou surpreso com o status de cult que este trabalho alcançou, dentro e fora do Brasil, mesmo depois de tantos anos após seu lançamento. Portanto, é um álbum digno da postagem de hoje de nosso TM, autêntica joia rara da “black music” brasileira. Ouçam e confirmem…

já era tempo de você

poeira

trilha

de conversa em conversa

pra onde tu vai baião

tributo a muezim

haiakaiam

bahia de todos os deuses

sonia

fim

fuzão 79

isso é samba



*Texto de Samuel Machado Filho

Larry Guest – Alegria… É Som Embalo Vol. 1 (1971)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Como vocês já devem saber, eu, eventualmente, tenho postado aqui discos de artistas internacionais. Obviamente, procuro trazer aquilo que está fora de circulação e também que seja algo curioso e diferente. No caso de hoje, temos um disco lançado em 1971 pela Musidisc, do Nilo Sérgio, “Alegria… É Som Embalo Vol. 1”. Trata-se na verdade de uma produção italiana, original de 1970 e tem como artistas Larry Guest, Orquestra e Vozes, nome este obscuro que parece ter sido até inventado. O disco apresenta aquele velho conceito ‘no pause’, ou seja, um disco sem divisão de faixas entre as músicas. E como vocês podem ver, são ao todo 29 músicas! Um drops misto com um leque variado de estilos, mariachi, schlager, easy listening, tudo bem aos moldes de um Paul Mauriat. Confiram…

what now my love
something stupid
puppet on a string
love is blue
what a wonderful word
this guy’s in love with you
delilah
congratulation
 a banda
help yourself
my name is jack
strangers in the night
black forest
music to watch girls by
meet mr. guest
if i had a hammer
makin’whoopee
bye bye blackbird
halekin
warst du doch in dusseldorf geblieben
computer n. 3
down by the riverside
la paloma
clementine
la golondrina
cielito lindo
la cucaracha
love me more
canadian express

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Pierre Kolmann E Seu Conjunto – Para Dançar Vol. 2 (1957)

E o Toque Musical põe de novo na área o pianista Pierre Kolmann, aliás João Leal Brito, o Britinho. Dele, já havíamos oferecido o primeiro e o terceiro volume de “Para dançar”, “Dance com Musidisc” e a coletânea “Seleção de sucessos”, todos lançados pela já saudosa Musidisc, de Nilo Sérgio (que encerrou definitivamente suas atividades em 2013). Portanto, oferecemos hoje a nossos amigos cultos e ocultos o segundo volume de “Para dançar”, editado em 1957, completando, dessa forma, a série. A respeito do pianista, não há muita coisa a ser dita, pois já falamos muito sobre ele nas postagens anteriores. Segundo escreve na contracapa um certo Sebastião Fonseca, a Musidisc  “sentiu-se obrigada” a lançar este segundo volume, em virtude do sucesso do primeiro, consequência inevitável, convenhamos. Ainda de acordo com a contracapa, o álbum é “uma antologia sonora capaz de satisfazeraos mais diversos gostos”. Entre as doze faixas, estão duas composições então inéditas do próprio Britinho/Pierre Kolmann, o samba-canção “Maldição” e o fox “Você e mais ninguém”. No restante do programa, dois sambas carnavalescos de sucesso, “Jarro da saudade” e “Tumba lelê”, um samba-canção clássico, “Dó-ré-mi”, por sinal de autoria de Fernando César, com quem Britinho/Pierre Kolmann também compôs outros êxitos, três foxes norte-americanos,“Mylittleone”, que aliás ganhou letra em português com o título de “Meu benzinho”, popularizada por Agostinho dos Santos, e os sempre lembrados “Myprayer” e “Onlyyou”, eternos hits dos Platters, e ainda “You’resensational”, então êxito de Frank Sinatra no filme “Alta sociedade (High society)”, da MGM. Para completar, três clássicos do bolero, gênero sempre muito bem recebido pelo público brasileiro, “Angústia”, “Historia de un amor” e “Nunca, jamais”. Um álbum de primeira, com o sempre impecável padrão técnico e artístico da Musidisc, e por isso mesmo, merecedor da postagem de hoje do TM. E aí? Dá-me o prazer desta contradança?

jarro da saudade
angústia
maldição
my prayer
história de un amor
you’re sensacional
do ré mi
my little one
tumba le le29
você e mais ninguém
only you
nunca jamais

*Texto de Samuel Machado Filho

Carlos Lee – Bossa Maximus (1966)

Um dos ítens mais atraentes e, ao mesmo tempo, mais enigmáticos, para os colecionadores de raridades discográficas. É o que o TM está oferecendo hoje a seus amigos ocultos e ocultos: o único álbum do cantor Carlos Lee, “Bossa maximus”, lançado em 1966 pela Musidisc de Nilo Sérgio. Como indica o título, é um disco no melhor estilo bossa nova, com doze faixascheias de balanço, por sinal bem suave, tais como “Meu Rio” e “Cantiguinha”. O álbum inclusive chamou a atenção dos executivos do selo britânico Whatmusic, que adquiriu da Musidisc os direitos de lançamento para o Reino Unido. Mas há uma questão que ninguém sabe responder, nem mesmo pesquisadores, colecionadores de discos e ex-funcionários da Musidisc: afinal de contas, quem afinal é (ou era) Carlos Lee , o cantor que assina o disco e, supostamente, aparece na capa, em uma foto num saveiro, na enseada da Urca? Segundo Nilo Sérgio Pinto, filho do fundador da Musidisc, Nilo Sérgio, e detentor do acervo da gravadora, mesmo anos depois da reedição de “Bossa Maximus” no exterior, ninguém foi capaz de dizer qual o paradeiro do cantor, ou mesmo dar alguma informação sobre ele. Seria, por sinal, o mesmo Carlos Lee que gravou dois compactos simples em 1968, um na CBS e outro na RCA Victor? Incógnita total, como se vê. Ainda assim, “Bossa Maximus” é mais um raríssimo produto de alta qualidade técnica e artística, como de praxe nos lançamentos da Musidisc, que o TM oferece com a grata satisfação de sempre. E vamos ver se alguém sabe por onde anda o Carlos Lee…

canto do boiadeiro
meu rio
zulu
amando estou
cantiguinha
capoeira de oxalá
mensagem
subúrbio triste
rei do quilombo
você me conquistou
quarta feira
disseram

*Texto de Samuel Machado Filho

Deo e Marco (1967)

O TM já ofereceu a seus amigos cultos e ocultos vários álbuns de Marku Ribas (pseudônimo de Marco Antônio Ribas, Pirapora, MG, 19/5/1947-Belo Horizonte, MG, 6/4/2013), cantor, compositor, dançarino, percussionista e ativista político, filho de pai negro e mãe descendente de índios caiapós. Dono de um estilo musical peculiar, com diversos elementos da blackmusic, ele inovou ao utilizar o próprio corpo como instrumento de percussão. Em sua voz, harmonias e melodias improvisadas em qualquer ritmo, o seu estilo de cantar e inventar palavras e frases com diferentes sonoridades influenciou e continua a influenciar diferentes gerações de músicos, de estilos variados. Entre eles, Ed Motta, grande admirador de sua obra, que inclusive organizou a compilação “Zamba bem”, lançada em 2007. Pois hoje o TM oferece um disco que hoje tem inestimável valor histórico, pois documenta o início da carreira de Marku Ribas. Ele atuava, desde 1962, como baterista e cantor do grupo Flamingo. Cinco anos mais tarde, 1967, ele transferiu-se para São Paulo junto com o amigo e parceiro Deo. E é justamente quando gravam, para a Continental, então sob a direção artística de Alfredo Borba, seu único LP juntos, este “Deo e Marco”, ficando os arranjos e regências por conta do maestro Antônio Porto Filho, o Portinho. Na capa, eles aparecem ao lado de um avião biplano Fleet, encomendado  especialmente para servir durante a Revolução Constitucionalista de 1932 (Marco, o futuro Marku Ribas, é o que está de pé). Outra curiosidade fica por conta da contracapa, na qual são relacionadas as características do avião e da própria dupla. Nessa época, a Jovem Guarda ainda estava no auge, e era preciso aproveitar a onda. Tanto que as doze faixas do disco, todas de autoria dos próprios intérpretes, seguem o estilo da época, alternando iê-iê-iês e baladas românticas. Mesmo tendo passado despercebido à época de seu lançamento, “Deo e Marco” vale como precioso documento, como diz a contracapa, das “inimagináveis” possibilidades de seus intérpretes, particularmente Marco, quer dizer, Marku Ribas, que depois iria revelar-se um dos músicos mais criativos e inovadores que a música popular brasileira já conheceu em toda a sua história. A conferir, sem falta.

sinta comigo
vou lhe dar tudo de bom
tentei fugir
um dia de sol
serei sincero
ri
meu tempo de criança
sozinho na praia
teu olhar em meu olhar
jardim de primavera
prisioneiro da ilha
esperança

*Texto de Samuel Machado Filho

Revolução de 32 – Uma Visão Através Da Música Popular (1981)

Hoje o TM tem, a grata satisfação de oferecer a seus amigos cultos e ocultos um precioso documento sonoro, focalizando um dos maiores movimentos armados da história do Brasil: a Revolução Constitucionalista de 1932, ocorrida no estado de São Paulo entre julho e agosto de 1932, com o objetivo de derrubar o governo (então) provisório de Getúlio Vargas e convocar uma Assembleia Nacional Constituinte. O golpe de estado decorrente de outra Revolução, a de 1930, depôs o então presidente da República, Washington Luiz, impediu a posse de seu sucessor, Júlio Prestes, eleito nas urnas, depôs a maioria dos governadores de estado (então chamados de “presidentes estaduais”), fechou o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas Estaduais e as Câmaras Municipais, e por fim revogou a Constituição então vigente, a de 1891. Getúlio Vargas assumiu a presidência da República, em novembro de 1930, com amplos poderes, porém, sob a promessa de convocar novas eleições e formar nova Assembleia Nacional Constituinte. Entretanto, nos anos subsequentes, essa expectativa deu lugar a um sentimento de frustração, dada a indefinição quanto ao cumprimento de tais promessas e o ressentimento contra o governo provisório, principalmente no estado de São Paulo, pois Getúlio governava de forma discricionária por meio de decretos, sem respaldo de uma Constituição e de um Poder Legislativo. Essa situação também fez diminuir a autonomia que os estados brasileiros possuíam durante a vigência da Constituição de 1891, pois os interventores nomeados por Vargas, em sua maioria tenentes, não correspondiam aos interesses dos grupos políticos locais e frequentemente entravam em atritos.  No dia 23 de maio de 1932, houve um protesto contra o governo federal em São Paulo, e durante os confrontos com as tropas getulistas, quatro jovens foram mortos: Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo. Este foi o estopim do movimento, cujo nome era a sigla das quatro vítimas, MMDC, deflagrado a 9 de julho (data que hoje é feriado estadual em São Paulo). Com a ajuda dos meios de comunicação da época, em especial o jornal “A Gazeta” e a Rádio Record, o movimento ganhou apoio popular e mobilizou 35 mil homens, pelo lado dos lado dos paulistas, contra 100 mil soldados do governo Vargas. Esperava-se apoio de outros estados, mas o movimento ficou isolado, desenvolvendo-se uma série de batalhas. Foram quase três meses de batalhas e conflitos sangrentos em todo o estado paulista. E tudo isso terminou em 2 de outubro de 1932, com a derrota militar dos constitucionalistas. No entanto, em termos de denúncia política, o movimento foi moralmente vencedor, pois logo após o término do conflito, o governo convocou eleições para uma Assembleia Constituinte, que promulgou uma nova Constituição para o Brasil, em 1934. E com a participação das mulheres no processo eleitoral, o que acontecia pela primeira vez no país. É justamente esta importante página da história do Brasil que é contada pelo álbum hoje oferecido pelo TM, lançado em 1981, um ano antes do cinquentenário do movimento, pelo SESC (Serviço Social do Comércio) em parceria com a Fundação Roberto Marinho, parte de uma série iniciada pouco antes com a Revolução de 30 (o disco não chegou às lojas e só foi vendido nas unidades do SESC). Na capa, reproduz-se o cartaz de convocação dos paulistas à luta, feito pelo MMDC. A pesquisa e a produção musicais ficaram por conta de Jairo Severiano e MiguelÂngelo de Azevedo, o Nirez, que também contribuíram com fonogramas de seus acervos, juntamente com outros pesquisadores de renome, Ary Vasconcelos e José Ramos Tinhorão. O que resultou em um trabalho de inestimável valor histórico, reunindo músicas e trechos de discursos feitos à época pelos constitucionalistas (João Neves da Fontoura, D. Duarte Leopoldo e Silva, então arcebispo da capital paulista, o radialista César Ladeira, o professor José de Alcântara Machado) aos microfones da Rádio Record. A música-símbolo do movimento, a marcha “Paris Belfort”, claro, está aqui presente, numa gravação de 1957, feita na Continental sob a regência do maestro Rafael Puglielli. Francisco Alves, o Rei da Voz, comparece em duas faixas: o “Hino do Partido Constitucionalista”, que gravou em disco particular distribuído gratuitamente, e o samba “Anistia”, do mestre Ary Barroso, feito para o carnaval de 1934. Dessa mesma folia é o samba “Metralhadora”, interpretado por Aurora Miranda. E temos ainda a marchinha “Trem blindado”, grande êxito do carnaval de 1933 na voz de Almirante, acompanhado pelo Grupo da Guarda Velha, de Pixinguinha. Este foi inclusive um dos primeiros sucessosautorais de João de Barro, o Braguinha, compositor que, nos anos seguintes, obteria inúmeros outros êxitos na folia de Momo. A composição faz menção a três símbolos do levante paulista, a matraca, o capacete de aço e o trem blindado do título. Tudo isso, mais o “Hino acadêmico” (gravação particular), “Redenção” (hino marcial das tropas constitucionalistas) e a marchinha “Passo do soldado”, compõem um expressivo e admirável panorama sonoro desse movimento que, mesmo derrotado militarmente,marcou a vocação democrática do povo paulista, para ouvir e guardar.

‘redenção’ (hino das forças constitucionalistas mmdc) – orquestra columbia
trecho de discurso de joão neves da fontoura
passo do soldado – máximo puglisi com orquestra cruzeiro do sul
paris-belford – banda continental
trecho do discurso do professor josé de alcântra machado
hino acadêmico
hino do partido constitucionalista – francisco alves com orquestra
trecho do discurso de dom duarte leopoldo e silva
trem blindado – almirante e grupo da guarda velha
‘exortação’, de guilherme de almeida, lida por césar ladeira
metralhadora – aurora miranda
anistia – francisco alves e orquestra odeon

*Texto de Samuel Machado Filho.

A Grande Música De Noel Rosa (1979)

Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Nosso encontro hoje é com a música de Noel Rosa, através do disco da série “A Grande Música do Brasil”, concebida e dirigida por Marcus Pereira quando este já havia encerrado sua gravadora e agora estava na Copacabana Discos. Podemos considerar este disco, ou esta série como a sequencia final da produção Marcus Pereira, que dois anos depois, falido e com problemas pessoais tirou sua própria vida, encerrando de vez um dos trabalhos fonográficos mais importantes da música brasileira.
Como disse, neste lp temos a música do grande Noel Rosa. Aqui encontramos um trabalho a quatro mãos, ou por outra, a música de Noel Rosa em arranjos de, outro grande, Radamés Gnatalli, tendo como solista o pianista Arthur Moreira Lima. A direção musical e de gravação é do músico e também produtor Marcus Vinicius, que sempre esteve ao lado de Marcus Pereira em muitas das suas produções. Um excelente trabalho que precisamos resgatar.

concerto para noel rosa:
as pastorinhas
em feitio de oração
conversa de botequim
feitiço da vila
ultimo desejo
três apitos
fita amarela
silêncio de um minuto
de babado sim
até amanhã
.

Flor de Cactus – Pepitas De Fogo (1981)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Para a nossa ‘distração’, eu tenho hoje um disco bem interessante, “Pepitas de Fogo, do conjunto Flor de Cactus, um grupo de Natal, no Rio Grande do Norte, que veio a se despontar no cenário nacional, graças ao seu excelente time de músicos, nomes como o baixista Chico Guedes, que tocava com Zé Ramalho, ou ainda o percussionista Mingo Araújo que chegou a acompanhar a banda de Paul Simon. O trabalho que temos aqui é de 81, lançado pela RCA. Um disco bem bacana, que eu mesmo só estou tendo o prazer de conhecer agora. Só conhecia a faixa ‘Mistura’, que classificada no Festival da Globo, desse ano de 1981. O Flor de Cactus gravou uns três discos, creio eu. Não há na rede muita informação fácil sobre a banda. Como estou sempre sem tempo, me limito a essas informações. Confiram, pois realmente vale a pena 😉

luz de lamparina
pepitas de fogo
maravilha
mel do mesmo tacho
faça de conta
música
nem sempre sou igual
varandas e quintais
flor do sol
dar nome aos bois
mistura
.

Robinson Borba E O Rabo De Peixe – Peter Pan… K (1984)

Olá amigos cultos e ocultos! Dentro do nosso instável leque de variedades fonomusicais eu trago hoje para vocês este álbum independente do compositor e produtor paranaense, Robinson Borba, lançado em 1984. Robinson foi o produtor do disco Clara Crocodilo, de Arrigo Barnabé, em 1980. Não é por acaso que Peter Pan… K! segue mais ou menos a mesma linha do Clara Crocodilo, inclusive com participações de Arrigo e Paulo Barnabé, além de outros músicos que faziam parte  da chamada Vanguarda Paulista. O confuso neste lp é mesmo as faixas. Algumas músicas se fundem em uma faixa só. Daí, no arquivo do disco teremos a separação conforme as pausas, ok?
Um trabalho bem interessante que merece o nosso toque musical 😉

fairlaine
eleonora
mente mente
blue sertanejo
café caipira
bicho do mato
rita vampiro
lua
tique taque
capitão gancho
wendy
babynete
os meninos perdidos
terra do nunca
bucaneiro caduco
que boa briga

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