Garotos Da Lua – No Mundo Da Lua (1956)

Boa noite, meus caros e prezados amigos cultos e ocultos! Aqui chegamos a última postagem do ano. Haveria nesta data muitos motivos para comemorarmos e teríamos até, talvez, uma maior atenção da minha parte na escolha desta nossa última postagem de fim de ano. Por certo, temos aqui um disco exemplar, merecedor de toda a nossa atenção e não é atoa que estou postando hoje. Mas, evidentemente, seria hoje um dia de festa não fosse o vírus, não fosse também a atuação desse (des) governo que nada de concreto. Vamos entrar o ano novo ainda na incerteza da vacina. É lamentável… Diante disso e de tantos outros perrengues, não estou muito animado a fazer festa por aqui. Assim, procuro neste último dia de 2020 ser como qualquer outro dia.
E aqui vamos para o “Mundo da Lua” com o lendário grupo vocal Garotos da Lua, neste lp da Sinter lançado em 1956. Este é um disco já bem divulgado em outros blogs e sites, daí não vejo a necessidade de repetir apresentações. Com certeza as informações serão fáceis de encontrar, até mesmo na contracapa, como podemos ver aqui.
Hoje, o que realmente importa são os meus, os nossos votos de um feliz ano novo! Que 2021 nos traga a vacina e que com ela possamos novamente nos reunir. Aliás, precisamos muitos nos reunir, sairmos as ruas para manifestar nosso repúdio pelo descaso desse governo canalha, genocida e bandido para com o nosso povo. Chega dessa gente!
Hoje, mais que nunca, quero desejar a todos os nossos amigos cultos ou ocultos muita felicidade em 2021! Muita saúde, muito amor, muita alegria… Fraternidade, reencontros, paz e reflexão. Que este ano que está chegando seja de mudança, de transformação e consciência. Tudo de bom para nós!
 
na baixa do sapateiro
vou tentar esquecer
não diga não
qui nem jiló
já vai
lá vem a baiana
recordação
policromia brasileira
 
 

 

 

 

Delora Bueno – Cânticos Brasileiros (1955)

Olá amiguinhos cultos e ocultos! Nadando de braçada nas heranças fonomusicais vindas de finados sítios, vamos assim finalizando esse ano de 2020. Consegui, enfim, alcançar a meta das 365 postagens do ano, muito por conta da quarentena que me deu tempo para fazer as coisas direitinho. Espero que no ano que está vindo a gente possa continuar mantendo a regularidade diária.
Hoje o nosso encontro é com a cantora Delora Bueno. Um nome, talvez, pouco lembrado nos dias atuais. Delora foi uma cantora que nasceu nos Estados Unidos, filha de mãe americana e pai brasileiro. Nasceu em Iowa, Estados Unidos’, mas cresceu no Brasil. Viveu aqui até os 19 anos, quando então foi morar de vez na América. Por lá se casou e a a partir de então teve uma carreira de estaque como cantora, animadora de palco e professora de canto, atuando tanto na América quanto no Brasil. Era considerada pela imprensa americana como a embaixadora da canção popular brasileira. Gravou vários discos, tanto aqui quanto lá fora. Entre seus trabalhos temos aqui este disco de 1955, lançado pela Odeon, “Cânticos Brasileiros”, uma celebração a nossa música popular e folclórica. Confiram no GTM…
 
tambatajá
oia o sapo
toca-toca
pingo d’água
cobra grande
maringá
tayeiras
casinha pequenina
upa upa meu trolinho
 
 
.

Alberto Mota E Seu Conjunto – Top-Set (1966)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Mais um disquinho aqui para fechar o ano. Aliás, discão! Um excelente lp do instrumentista e compositor Alberto Mota e seu conjunto, “Top-Set, lançado em 1966 pelo selo Polydor. Este conjunto surgiu em Belém do Pará na década de 50 tendo Alberto Mota a frente com seu piano e solovox. No início dos anos 60 eles já estavam fazendo muito sucesso e acabaram sendo contratados pela Polydor e lançando o primeiro disco em 1961. Nesta época, era um dos mais famosos grupos de baile atuando no Norte e Nordeste. Alberto Mota Gravou mais três discos pela Polydor ao longo dos anos 60, sendo este “Top-Set” o último, um disco com um repertório cheio de sucessos da época, nacionais internacionais, cabendo inclusive a Exaltação à Belém do Pará, música de J. Macedo. 
Alberto Mota e seu grupo atuou até o início dos anos 70, quando então foi aos poucos se limitando a apresentações locais. Hoje só nos restam seus discos, coisa também rara de encontrar. Mas felizmente, na internet, através dos blogs de música ele foi muito divulgado e agora se eterniza aqui no nosso Toque Musical 🙂 Confiram no GTM…
 
a casa do sol nascente
arrastão
você
rosas vermelhas para uma dama triste
hello dolly
brincando gostei
pot pourri de sambas:
vamos balançar
tem que balançar
palpite infeliz
sinfonia do carnaval
na onda do berimbau
samba de verão
exaltação a belém do pará
extase total
garota de ipanema
moscou contra 007
 
 
.
 

Fafá Lemos – Dó Ré Mi Fafá (1961)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Lá se foi o Natal, logo mais tem o Fim de Ano (graças a Deus!) e desta vez vamos seguir os protocolos, ou seja, vamos ficar em casa, ninguém sai, ninguém entra. Nada de festas e aglomeração, o momento é crítico e exige cuidados. Por favor, fiquem vocês também em casa, ainda temos muitos discos para conhecer e ouvir, ok?
Bom, finalizando nossas postagens dos últimos dias deste ano, tenho para hoje este lp do violinista Rafael Lemos Junior, mais conhecido como Fafá Lemos, lançado em 1961, pelo selo RCA Victor. Fafá já foi apresentado aqui no Toque Musical em outras oportunidades, tanto em discos solo como em grupo, no caso, o Trio Surdina, ao lado de Garoto e Chiquinho do Acordeon. Neste lp ele nos traz um repertório eclético, como era comum na época, misturando temas nacionais e internacionais. Porém, o que nos chama a atenção é a seleção nacional, onde podemos encontrar, por exemplo, músicas de Dorival Caymmi, Haroldo Barbosa, o bolero filho único de João Gilberto, “Ho-ba-la-lá” e ainda duas composições de autoria desse violinista. 
Tá aí… mais um disco bacana a encontrar o seu destino, aqui no Toque Musical, claro! 😉 Confiram no GTM…
 
the exodus song
fiz o bobão
ho-ba-la-lá
palhaçada
theme from the apartment
fiu, fiu
murmúrio
la novia
meu primeiro samba
never on sunday
roceira
rosa morena
 
.

Al Brito E Seu Piano – Arco-íris Musical (1958)

Olá, amigos cultos e ocultos! O TM apresenta hoje mais um LP do compositor e pianista João Leal Brito, o Britinho. É “Arco-íris musical”, lançado pela Columbia em 1958, e que ele gravou sob o pseudônimo de Al Brito. O repertório compõe-se de sucessos nacionais e internacionais de ocasião, compondo um verdadeiro arco-íris musical e, portanto, fazendo jus ao título. Acompanhado de orquestra, Al Brito (ou Britinho) traz ótimas execuções ao piano em faixas como “Besame mucho”, “Nos braços de Isabel”, “Foi a noite”, “All the way” e “Mocinho bonito”. Enfim, um trabalho muito bem elaborado, digno de merecer o nosso Toque Musical. É ir ao GTM e conferir.
 
un angelo e sceso a brooklyn
besame mucho
nos braços de isabel
i’ll close my eyes
foi a noite
podes voltar
il nostro giorno
if should lose you
mocinho bonito
faça de conta
all the way
porque e para quê
 
 
 
*Texto de Samuel Machado Filho 
 

Irmãos Do Ritmo – Baile de Bossa (1963)

Boa noite aos amigos cultos e ocultos! Entre os muitos arquivos e discos enviados por colaboradores, alguns são verdadeiras surpresas, curiosidades que cabem como uma luva em nosso sítio, pois como todos devem saber o Toque Musical é um lugar onde se escuta música com outros olhos. Adoramos publicar discos raros, sejam eles de que gênero ou assunto for. Desta vez temos aqui um curioso e raro lp, o “Baile de Bossa”, com o grupo Irmãos do Ritmo. Curioso em vários aspectos, a começar pelo fato de, mesmo sendo uma produção totalmente obscura, ganhou projeção a ponto de merecer uma reedição de seus fonogramas pela Tratore nos ‘streamings’ da música digital. Tudo que podemos saber sobre este disco e seus artistas estão somente na contracapa do lp. Não há nada a ser encontrado no Google além de referências replicadas de vendas ou colecionismo via Discogs ou Mercado Livre. O que talvez chame muita atenção para este lp é o fato da referência a Bossa Nova, onde por certo constam duas ou três músicas do gênero e atrai colecionadores de discos de BN. Conforme o texto da contracapa, os Irmãos do Ritmo foi um grupo formado por adolescentes, quatro irmãos que se iniciaram como um grupo vocal, conquistando espaço na rádio América, de São Paulo. Depois se transformaram em um grupo rítmico, incluindo outros garotos instrumentistas. Gravaram pelo selo Everest Hi Fi, da produtora Prodisco e pela numeração é de supor que tenha sido esta também a primeira produção. O repertório, contudo, não é só de samba/bossa, tem também temas internacionais da música jovem daquele tempo, rock, balada, bolero, twist, fox e cha-cha-cha. Enfim, um autêntico grupo para os bailes da época. Uma outra curiosidade, este grupo, se não nos enganamos, acompanhou Wanderley Cardoso em suas primeiras apresentações no rádio e também no primeiro compacto gravado pelo cantor. Vamos conferir o disquinho, pois como disse, é no mínimo curioso…
 
legata a un granello de sabbia
garota de ipanema
torna pitchina mia
menina feia
misty
não sei dizer
granada
tonight
moon river
só danço samba
rota 66
moon glow
 
 
.

Um Novo Tempo – Rede Globo – Compacto (1973)

Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Desejo a todos um ótimo Natal, mesmo diante a um momento tão difícil pelo qual passamos e em especial aqui no Brasil, onde além da pandemia também passamos pela praga de um (des)governo genocida, corrupto e miliciano. Por certo não irei citar os nomes dos canalhas, pois aqui neste espaço não caberia tamanha infâmia. 2020 foi, neste sentido, o pior ano de nossas vidas, perdemos amigos, parentes e muitos dos nossos ídolos da música que aqui tanto prezamos. Que tamanha infelicidade abateu sobre nós, Ou ainda, por outra, como haviam fascistas no armário! A estupidez e a ignorância amplificadas através de redes sociais e em especial o WhatsApp, onde não há nenhum controle. Tamanha infelicidade descobrir que até mesmo aquele tio velho, aquele primo ou irmão passaram a comungar dessa praga chamada ‘fakenews’. Meu Deus, como o nosso povo é ignorante, preconceituoso, racista e mal caráter. Sim, um povinho mal educado que age como gado e não sabe o quanto está sendo manipulado. O Brasil, hoje, voltou a ser uma republiqueta, um país rico mas cheio de miseráveis, estamos a cada dia regredindo, Terra plana, kit gay, vacinas que transformam as pessoas em jacarés, Jesus na goiabeira… Pqp! Como deixamos essa gente subir ao pode? 
Pois bem, estamos na lona, hoje já temos mais de 200 mil pessoas mortas de Covid, por conta da incompetência e crueldade desse governo. E ainda temos de aturar uma legião de idiotas que não quer se vacinar (que morram, então). É de lamentar a nossa situação.
É por essas e por outras que desejo ao Papai Noel dois presentes, a vacina e o fim dessa política nefasta. Que tenhamos mais consciência de classe, que sejamos mais tolerantes e mais fraternos. Precisamos reconstruir o Brasil. Chega de patifaria! Este é o presente que quero para todos nós. 
Aqui, hoje, para não dizer que não falei de discos, tenho para vocês este compacto lançado pela Som Livre em 1973. Safra muito boa, mesmo em plena ditadura. “Um novo tempo” foi uma música composta pelos irmãos Marcos e Paulo Cesar Valle e em parceria com Nelson Motta. Um tema que ficou famoso na televisão e até hoje é lembrado. Críticas a parte, neste sentido, devemos muito a Rede Globo, pois principalmente nesta época a emissora veiculou muitos programas importantes e na música então nem se fala. Mas isso é assunto para um outro dia, talvez. Enfim, temos este compacto que também traz os Salmos de Davi recitados por Cid Moreira e boa parte do elenco da Globo, naqueles bons tempos musicais. Tudo a ver com o momento presente. Esperamos todos por um novo tempo. Deus é pai!
 
um novo tempo
os salmos de davi
 
 
.

 

 

Lagna Fieta E Orquestra – Natal Dançante (1959)

Olá, amigos cultos e ocultos! E então é Natal, é noite de Natal. Um Natal diferente, mais triste, porque não haverá a confraternização tradicional. Essa pandemia melou nossas pretensões natalinas, ou eu diria os encontros e a festa. Nesta noite, quem tem realmente consciência da situação, não vai se arriscar. Vamos todos ficar quietos em nossas casas. Celebremos o Natal dentro de nós, pois isso é o que realmente importa. Para a nossa sorte, podemos encontrar nossos queridos de forma virtual, podemos vê-los e também lhe mandar mensagem. Eu sei, não é muito, mas é o que temos por agora. Vamos ficar em nossas casas. E aproveitando, vamos ouvir música para alegrar o nosso espirito e lavar a alma.
Para esta noite, tenho o lp “Natal Dançante”, de 1959, um disco lançado pela RGE, trazendo um repertório que eu diria, mais com clima natalino do que propriamente temas de Natal. Esses, na verdade, se limitaram a duas ou três faixas, mas o disco tem seus encantos. A frente temos a orquestra do maestro argentino Hector Lagna Fieta, radicado no Brasil, esteve muito atuante em rádios e gravadoras, sendo parte do ‘cast’ de músicos e maestros de estúdio. Lagna Fieta era também compositor. Foi ele o responsável pela composição e arranjos de todas as trilhas sonoras dos filmes de Mazzaropi, ao lado de Elpídio dos Santos que fazia as letras. Maestro que fez parte da época de ouro das gravadoras.
Enfim, temos aqui nossa trilha de Natal. Desejamos a todos os amigos uma noite iluminada, com muito amor e paz. Quero desejar aqui também, em especial, os meus votos natalinos aos amigos Samuel Machado Filho, Edu Pampani e ao Fares Darwiche pela colaboração, foça e amizade. Um abraço a todos. Feliz Natal!
 
jingle bells
quem é
lobo bobo
una mujer
maria boa
valentina my valentina
white christmas
o apito no samba
túnel do amor
conversa
margarida
castigo – balada triste – mais brilho nas estrelas
 
 
.

A Festa Do Natal (1974)

Boa noite a todos, amigos cultos e ocultos! Como já estamos bem próximos do Natal, aqui vai um disquinho para comemorar, A Festa do Natal, uma coletânea de sucessos lançada originalmente pela Copacabana em 1959. Em 1974 o disco voltou a ser relançado, através do selo Som. Aqui encontramos Angela Maria, Altamiro Carrilho, Carequinha, Agnaldo Rayol. Inezita Barroso, Jairo Aguiar, Golden Boys e Os Titulares do Ritmo, todos apresentado um tema de Natal. Na verdade esta é uma seleção com músicas natalinas extraídas de discos desses artistas. Disquinho bacana que não poderia faltar nesta data. Confiram no GTM…
 
oração – angela maria
meu bom papai noel – carequinha
o primeiro natal – agnaldo rayol
cantiga de natal – jairo aguiar
entrai pastorinhas – inezita barroso
o tannenbaum – os titulares do ritmo
sino de belém – os titulares do ritmo
missa do galo – carequinha
eterno natal – agnaldo rayol
vinde pastores – jairo aguiar
natal as crianças – the golden Boys
boas festas – altamiro carrilho e sua bandinha
 
.

Clóvis Pereira – Velhos Sucessos Em Bossa Nova (1963)

Boa noite a todos, amigos cultos e ocultos! Aqui vai mais um disco bacana para se encaixar nessa mostra de fim de ano. Tenho para vocês “Velhos Sucessos em Bossa Nova”, lp do maestro e pianista Clóvis Pereira, disco lançado em 1963 pelo selo Mocambo, da Rosenblit. 
Eu estava buscando mais informações sobre este disco quando me deparei com um texto do jornalista José Teles, achei tão completo que tomo a liberdade de reproduzi-lo aqui:
“…estreia em disco do maestro Clóvis Pereira, com um time formado por craques do instrumental pernambucano, recriando sucessos de décadas anteriores, em roupagem bossa nova. Na época, depois dos intérpretes de BN, quase tudo na cola de João Gilberto, a onda eram os combos de samba jazz. Clóvis Pereira foi além, e formou uma orquestra de bossa nova, com instrumentação inovadora, com um naipe de saxes, dois trompetes, um trombone, celo, contrabaixo, percussão, violões, e ele, o maestro no piano. Talvez o desnecessário neste disco é o “velhos sucessos”, até porque João Gilberto, no LP que modernizou a música popular brasileira, interpreta quatro Ary Barroso, Dorival Caymmi, Marino Pinto e Zé da Zilda, duas das canções, estão neste LP de Clóvis Pereira, Aos Pés da Cruz, e Morena Boca de Ouro. O repertório do LP vai de Sinhô (Gosto que me enrosco), a João de Barro, Noel Rosa, Ary Barroso, e Ataulfo Alves, o menos conhecido Waldemar Gomes e Afonso. Teixeira, do então ainda recente sucesso Nega (gravado por Jorge Veiga em 1958). Se o repertório é impecável, o que dizer dos músicos que Clóvis arregimentou? Sivuca toca um dos três violões, o trombonista é o também compositor Senô (autor de, entre outras, Duda no Frevo), os quatro saxes são de Valderedo (soprano), Ivanildo (alto), Maurício (barítono), e Duda (tenor). Assim como estes, os demais, Miro, Zezinho, Chagas, são tudo cobra criada, de talento calejado em orquestras de baile e de frevo, ou nos estúdios da Rozenblit, então no auge. Os arranjos são todos muito bons. Amélia, por exemplo, começa com um uníssono de saxes. O maestro Duda mostra seu lado Stan Getz, dialogando com o sax de Ivanildo, na abertura do álbum, com Não me diga adeus (Paquito/Soberano), mais para o jazz West Coast (o que mais influenciou os bossa novistas).
Fim de Semana em Paquetá (João de Barros/Alberto Ribeiro) tem um toque de Stan Kenton, com a cozinha de contrabaixo, bateria e ritmistas (como se chamavam então percussionistas) firmes e discretos, enquanto saxes e trompetes se revezam nos improvisos. 54 anos depois ete álbum não perdeu o frescor, é daqueles trabalhos aos quais o tempo não causa danos, pelos contrário os torna ainda melhores.”
 
não me diga adeus
fim de semana em paquetá
madalena
morena boca de ouro
no rancho fundo
helena, helena
gosto que me enrosco
fita amarela
o orvalho vem caindo
aos pés da cruz
nêga
amélia

 

 
 

 

Neco E Seu Violão – Coquetel Bossa Nova (1963)

Olá, amiguinhos cultos e ocultos! E segue a bossa e os diversos discos a ela relacionados. Discos esses já bem divulgados em diversos outros blogs que hoje já nem existem mais. E assim sendo, o Toque Musical os recebe de herança. Digo herança porque muitas vezes eu prefiro pegar o arquivo pronto original ao invés de digitalizar discos e capas. Só tenho feito isso quando os arquivos de áudio estão em baixa qualidade ou incompleto, sem contracapa ou selos. Enfim, é no Toque Musical que tudo se completa e eterniza (que seja eterno enquanto dure!)
Então, temos desta vez a presença de Daudeth Azevedo, músico carioca mais conhecido pela alcunha de Neco. Foi um instrumentista e arranjador. Participou de shows e gravações de centenas de discos da MPB. Era essencialmente um músico de estúdio, mas também foi integrante de grupos como Os Ipanemas, com Astor Silva; Banda Veneno, de Erlon Chaves; Os Catedráticos, de Eumir Deodato e Os Gatos, de Durval Ferreira. Gravou também quatro discos solos, sendo este “Coquetel Bossa Nova” seu primeiro disco, gravado em 1963 e lançado em 64. Os arranjos deste disco são Astor Silva, padrão CBS. Confiram já, no GTM…
 
jogado fora
você
está nascendo um samba
se chegou assim
ah! se eu pudesse
corcovado
nós e o mar
com amor não se brinca
tem dó
a mesma rosa amarela
tristeza e solidão
sorriu para mim
 
 
.

Orquestra Moderna de Câmara – Brasil Bossa Nova (1962)

Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Dentro desta mostra de fim de ano, trago aqui mais uma orquestra em ritmo de Bossa Nova. Temos desta vez a Orquestra Moderna de Câmara e seu lp “Brasil Bossa Nova”, um disco lançado pelo sofisticado e diferenciado selo Nilser, do músico e empreendedor Nilo Sérgio que também era o dono da gravadora brasileira Musidisc. Os álbuns da Nilser eram geralmente produções luxuosas, em capa dupla, com recortes e outras características conceituais que os diferenciavam dos discos fabricados no Brasil. Um bom exemplo é este, que tem capa dupla, recortes e um trabalho de arte magnífico, com ilustração do artista Ademir Martins. “Brasil Bossa Nova” é um belíssimo disco com essa orquestra que provavelmente era a de estúdio da Musidic e isso se percebe pela total ausência na ficha técnica até mesmo do maestro e arranjador. Mas, independente disso, o que temos aqui é um repertório, para a época, moderno com várias músicas que se tornaram clássicos os verdadeiros clássicos da Bossa Nova. Muito bacana, não deixem de conferir…
 
solução – dizem por aí
chega de saudade – o menino desce o morro
ideias erradas – chora tua tristeza
na cadência do samba – leva meu samba
meditação – este seu olhar
samba de uma nota só – desafinado
manhã de carnaval – a felicidade
samba triste
o barquinho
menina moça – mulher de trinta
mulata assanhada – samba que eu quero ver
 
 
.
 

Orquestra Rudá – Clássicos Em Bossa Nova (1963)

Bom dia, caros amigos cultos e ocultos! Continuando nossa saga fonomusical temos para hoje a Orquestra Rudá, também conhecida como Orquestra Fantasia, de Rogério Duprat. Segundo informações, este foi o primeiro disco de Duprat, que na época ainda era professor da Universidade de Brasília, da qual acabou saindo devido ao Golpe de 64. Mudou-se para São Paulo e passou a trabalhar como diretor artístico de uma nova gravadora paulista, a VS (Som Indústria Villela Santos Ltda). Conforme um texto do cantor Alberto Pavão, que também trabalhou com Duprat, gravadora VS entrou no mercado fonográfico com muita ambição. Era dirigida pelo radialista Ataliba Santos em sociedade com o empresário Paulo Villela. Criaram dois selos, o VS comercial, no qual lançava lps e compactos do elenco da gravadora e também o selo Penthon que era destinado a produção de lps vendidos a domicílio, tal qual fazia a Odeon com seu selo Imperial, ou como o selo mineiro Paladium. O selo Penthon era para assinantes e não era vendido em lojas. Daí a razão pela qual este lp ser hoje uma raridade, pois a produção foi limitada, embora e ao que parece, também chegou a ser lançado pelo selo comercial. Na versão ‘venda a domicílio’ o disco apresentava uma outra capa, como podemos ver nas imagens menores. “Clássicos em Bossa Nova” foi um disco inovador, pois seguindo projetos semelhantes, como os discos do maestro Peruzzi na RGE e depois MGL, onde este misturava ritmos de samba para músicas clássicas, aqui, com a Orquestra Rudá ele faz algo parecido, só que através do batido da Bossa Nova. É, sem dúvida, um disco dos mais interessantes e na época chegou a chamar a atenção. Aqui no Toque Musical ele agora se eterniza, pois em outros tempos já havia sido publicado nos finados blogs Abracadabra e Loronix. Confiram no GTM…
 
abertura, do guarani – carlos gomes
valsa, opus 61 nº1 em lá bemol – chopin
andantino – quarta sinfonia de tschaikowsky
tema de concerto para piano opus 54 – schuman
noturno opus 9 nº 2 em mi bemol – chopin
preludio e brinde da traviata – verdi
dança macabra – saens
tema do 1º movimento das sinfonias 4ª de brahms e 5ª de beethoven
o cisne – saens
andante cantabile 5ª sinfonia de tschaikowsky
 
 
.

Os Bossa Três – & Seus Amigos (1962)

Olá, amigos cultos e ocultos! E por falar em jazz, que tal este Bossa Três? No início do ano postamos no Toque Musical aquele que foi o terceiro álbum de uma série de três lançada por este fantástico grupo formado por Luiz Carlos Vinhas, Edson Machado e Tião Neto, quando então estiveram em temporada pelos Estados Unidos e por lá gravaram, através do selo Audio Fidelity. Desta vez, trazemos o segundo lançamento, um disco ainda mais enfronhado no jazz, onde de suas doze faixas, dez são de compositores americanos. Somente as duas faixas de abertura dos lados A e B são dOs Bossa Três. E temperando ainda mais este prato, o trio vem acompanhado pelos não menos fenomenais saxofonistas, Clifford Jordan, Sonny Simmons e Prince Lasha. Um discaço para quem gosta de jazz e de bossa. Por essas e outras é que não poderia faltar no TM. Agora fica faltando o primeiro, Os Bossa Três e Jo Basile, que postaremos numa próxima oportunidade, ok? 
 
bottes
blue monk
love for sale
cutie
moanin’
well you needn’t
dahod
epistle to train
days wine and rose
whisper not
yesterdays
minortory
 
 
.
 
 

Moacyr Marques E Seu Conjunto – Jazz E Bossa Nova (1960)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Vai aqui mais um disco merecedor do nosso toque musical. Hoje temos Jazz & Bossa Nova, disco do saxofonista Moacyr Marques e seu conjunto, gravado no final dos anos 50 e lançado pelo selo Tiger. Este é mais um lp que frequentadores de blogs de música já conhece bem, pois como outros que tenho postado aqui, já foram antes publicados, mas como sempre digo, é no Toque Musical que esses discos se eternizam.
Segundo informações, este foi o primeiro lp de Moacyr Marques, o Bijou, como era também conhecido. Em 59 ele gravou um compacto duplo pelo pequeno selo Tiger o que lhe garantiu, na sequencia, a gravação deste lp. Jazz e Bossa Nova é um misto de samba e música americana, sem dúvida também, um disco de jazz e porque não dizer com muita bossa. Confiram este lp no GTM…
 
talking a chance on love
silk stop
my funny valentine
anniversary theme
lullaby of birdland
calypso in brazil
teleco teco nº2
a saudade não foi leal
samba feliz
real conclusão
gin-kana
ideias erradas
 
 
.

Carmélia Alves – Vamos Dancar Bossa Nova (1964)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Segue o toque musical do dia… Hoje temos a presença da ilustre cantora Carmélia Alves, também mostrando que é boa de bossa, num lp que é pura Bossa Nova. “Vamos dançar bossa nova” foi um disco lançado pelo selo Mocambo, da fábrica pernambucana Rosenblit, em 1964. O disco traz uma série musical de sucessos que permeiam o universo da chamada Bossa Nova. Carmélia é realmente uma grande cantora e desfila com desenvoltura nesse repertório impecável. Não deixem de conferir…
 
o samba brasileiro
quem quiser encontrar o amor
rede de mangueira
eu preciso de você
samba de uma nota só
você e eu
na cadência do samba
valsa de uma cidade
só danço samba
o barquinho
deixa a nega gingar
corcovado
 
 
.
 
 

Osmar Milani E Sua Orquestra – Bossa Nova Das Americas (1963)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje temos para o nosso toque este lp, de 1963, lançado pelo selo Fermanta, apresentado o maestro Osmar Milani e sua orquestra em, “Bossa Nova das Américas”. Este disco segue a receita de muitos outros lançados naquela época, um seleção musical que envolve sambas e standards da música americana, mas tudo com muita bossa, ou seja, ao ritmo do samba. Arranjos muito bons e com muito balanço. Confiram no GTM….
 
balanço das notas
i surrender dear
sambossa nº1
sophisticated lady
na cadência do samba
soletude
waltzing cat
neném
i’ll buy the ring and chance your name to mine
samba na madrugada
red roses for a blue lady
minha canção
 
 
.
 

Joel De Almeida – E Sua Bossa (1957)

Olá, amigos cultos e ocultos! Como já deu para perceber, neste mês de dezembro eu estou postando aqui algumas coisas relacionadas a Bossa Nova. Andei recolhendo uma série de discos e arquivos que me foram enviados ao longo desse tempo, muitos desses são discos já postados em outros blogs e como grande parte desses já não existem mais, ou já não trazem mais ativos os seus links, então é chegada a hora do Toque Musical fazer o trabalho de novamente resgatar. Aqui é certo de que pelo menos nos próximos seis meses os links estarão ativos e caso já não estejam, há sempre uma forma dos amigos colaborarem com uma doação, em troca de um atendimento exclusivo. “O importante é que a nossa emoção sobreviva”, já dizia o mestre  Paulo Cesar Pinheiro.
Então, temos para hoje, não exatamente um disco de Bossa Nova, mas com muita bossa, quando o termo bossa era mais genérico. Apresento a vocês este lp de 10 polegadas do cantor e compositor Joel  de Almeida, da dupla Joel e Gaúcho, artistas os quais já postamos disco aqui no Toque Musical. Neste lp, originariamente lançado no Brasil em 1957 temos uma seleção de sambas, fox, maxixe e cha cha cha. Fonogramas esses, certamente, extraídos de gravações em seus discos de 78 rpm. Interessante notar, logo por esta capa, que a mesma é uma edição gringa, ou seja, um disco lançado fora do Brasil. Na verdade, segundo informações da pessoa quem digitalizou o disco, trata-se de um disco lançado em Portugal e fabricado na Inglaterra pelo selo Parlophone, da EMI Records e também no ano de 1957. Uma boa curiosidade que caí como uma luva neste nosso espaço musical. Agradeço ao Carlos por ter feito esse belo trabalho e ter compartilhado com a gente. Deixo no arquivo, inclusive, a sua ficha técnica que é um complemento que caberia a todos os discos que postamos por aqui. Infelizmente nessa altura do campeonato já não cabe mais esse padrão, mas sempre que possível eu mantenho todas as informações incluídas. Vamos conferir no GTM?
 
zazá
sarambá
salada chinesa
agora
cristo nasceu na bahia
ficha no caixa
sou feliz
pedra furada
 
 
.

Copa Combo – Bossa E Agogô (1966)

Boa tarde, meus companheiros, amigos cultos e ocultos! Ainda com muita bossa e coisa e tal, vamos dando sequência a essa mostra de dezembro e hoje temos aqui um despretensioso disquinho dos anos 60, lançado pela Codil e seu selo Ritmos. Temos o Copa Combo, um nome criado, certamente para dar identidade a este lp que tem a frente o saxofonista e arranjador, Kuntz Naegele (ou Negle) e o pianista Miguel Cidrás na produção. O time do Copa Combo, além dos dois citados tinha também os saxofonistas Moacyr Marques e Alberto Vianna, Reisinho na bateria, Chapinha no contrabaixo, Irio de Paula na guitarra, Macaxeira no trombone e Wagner Naegele (irmão de Kuntz) no trompete. Ah, e tem ainda os cantores, Alice e Myrzo Barroso. Para quem conhece um pouco da história da música popular brasileira, sabe o quão importante e geniais foram esses músicos, instrumentistas que estiveram presentes em boa parte da produção fonográfica brasileira das décadas de 50, 60 e 70. Neste disco eles nos oferecem um repertório cheio de swing, bossa e samba, com temas nacionais e internacionais, numa performance de tirar o chapéu. Músicos bons quando se encontram dá nisso.. Confiram no GTM…
 
know it all
presentimento
benvinda
can’t take my eyes of you
corrida de jangada
samba do bituca
movin’ wes
the shadow of your smile
the fool on the hill
dream a little dream of me
goin’ out of my head
moon river
spooky
 
 
.
 


 

Bossa 12 Vezes (1965)

Olá, caríssimos amigos cultos e ocultos! Entramos no sábado no embalo da Bossa Nova. Desta vez temos aqui um disco lançado pelo selo gaúcho Farroupilha, “Bossa 12 Vezes” apresentado o grupo Os Farroupilhas (Conjunto Farroupilhas), a cantora Leny Eversong, o grupo Jongo Trio e também a inusitada presença do cantor e compositor Bobby Mackay que chegou ao Brasil no início dos anos 60, vindo da República da Guiana. Mackay foi um artista que chegou a gravar outros discos e segundo contam atuava também com o pseudônimo de Napoleão, com o qual gravou compactos. Neste lp, que é o toque musical do dia, temos então quatro nomes encarregados de um repertório calcado na Bossa Nova. Mais uma interessante produção daqueles anos 60 que não podemos perder. Confiram no GTM…
 
a resposta – os farroupilhas
aleluia – leny eversong
seu chopin desculpe – jongo trio
bossa nova (i say) – bobby mackay
samba internacional – os farroupilhas
arrastão – leny eversong
ela vae ela vem – jongo trio
cool cool samba – bobby mackay
rio… rio – os farroupilhas
gangazuma – leny eversong
garota moderna – jongo trio
the girl from south zone (balanço zona sul) – bobby mackay
 
 
.

Papudinho E Carlos Piper E Sua Orquestra – Um Piston Bossa Nova (1963)

Bom dia. amigos cultos e ocultos! E segue nossa mostra de dezembro, no passo da bossa, do jazz, do samba e da canção popular. Hoje temos para vocês a presença do pernambucano José Lídio Cordeiro, mais conhecido como Papudinho, um dos grandes trompetistas brasileiros. Aqui neste lp, ele divide com o maestro Carlos Piper doze sambas com a roupagem nova da época, a Bossa Nova. Disco lançado em 1963 pelo selo Philips. Muito bom, vale uma conferida…
 
não diga adeus
enlouqueci
maior é deus
fita amarela
falsa baiana
volta por cima
obsessão
cadência do samba
fala mangueira
tem pena de mim
lá vem a baiana
a lapa
 
 
.

Gaya E Sua Orquestra – O Grande Festival (1967)

Boa tarde a todos, amigos cultos e ocultos! E segue a onda com mais um toque super musical. Desta vez temos um lp 1967 lançado a través do selo Fontana, aqui em um exemplar promocional, “O Grande Festival”. disco onde o destaque é na verdade o maestro Lindolpho Gaya, figura que faz parte da história da música brasileira. Foi um dos construtores de muitos arranjos famosos, um regente impecável não só nos estúdios mas também nos eventos musicais, como foram os festivais dos anos 60. Aqui temos ele, dono da bola, nos apresentando doze temas selecionados do I Festival Internacional da Canção Popular, de 1967, em novos arranjos para orquestra e coro. Um disco realmente surpreendente que vale a pena ouvir. Não deixem de conferir no GTM…
 
hino do festival
gina
saveiros
l’amour toujours l’amour
dias de rosas
watashi  dakeno anata
frag’ den wind
é preciso perdoar
un dia llegara
inaia
canção a medo
o cavaleiro
 
 
.

Eugenio E Seu Quarteto – O Sucesso E Outras Bossas (1966)

Olá, amigos cultos e ocultos! Dando sequencia a nossa mostra musical, hoje temos a presença de Eugênio e Seu Quarteto, disco raro, lançado pela Odeon em 1966. Eugênio Oscar Galende foi um pianista argentino que atuou no Brasil nos anos 50 e 60 como músico da noite, em São Paulo e Rio de Janeiro. Infelizmente, não existe na rede nenhuma informação sobre esse artista. Se checarem no Google, o máximo que acharão é esse mesmo disco postado em um blog gringo e no Mercado Livre, onde um maluco, aproveitando de ser o único no pedaço, está vendendo um exemplar por 1390 reais. Curioso esse preço, mas tem doido pra tudo. O lp do Eugênio e Seu Quarteto é, sem dúvida, um disco interessante, mas  só mesmo outro maluco, como o vendedor, para compra-lo por esse preço. Esses vendedores de discos, em sua maioria, não entendem nada de música, de discos ou da história dos discos, focam apenas na especulação, esperando que alguém mais idiota que eles entre nessa onda. Desde que o vinil voltou a ser procurado, o comércio desse produto se tornou uma fonte rentável. Mas o que a maioria desses doidos não sabem é que quem valoriza mesmo vinil é colecionador e esses são poucos, são expertos e só pagam caro não havendo outra alternativa. Aliás, o grande barato do colecionismo não está em si na coleção, mas na incessante busca. O prazer está no encontro, no achado…
Mas, voltando ao disco do Eugênio e Seu Quarteto, que na verdade não parece ser quarteto, pois na contracapa só estão descrito o Eugênio nos teclados, Tião Marinho no contrabaixo e Reisinho (Durval dos Reis) na bateria. Pode ser que fora do disco ele tocava em quarteto, mas aqui só se ouve piano e orgão, bateria e baixo. Mas isso pouca diferença faz. Curioso também é o repertório, totalmente de temas internacionais, inclusive com cinco músicas dos Beatles, tudo em arranjos jazzísticos e com muita bossa. Disco bacana, mas para valer mais de mil pratas, só se for banhado a ouro.
 
the shadow of your smile
all my loving
la playa
somehow it got to be tomorrow
love letters
a hard day’s night
il mondo
the more i see you
and i love her
girl
i’m happy just to dance with you
tonight
 
 
.
  

Festival De Jazz – 2º Grande Concerto (1957)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Cá estamos com mais um toque musical e como já deu para vocês perceberem, entramos em dezembro com uma seleção ‘fonomusical’ das mais interessantes. Hoje temos este lp lançado pela Sinter, “Festival de Jazz – 2º Grande Concerto”. Este é um disco bem raro e que dificilmente ainda podemos encontrar um exemplar disponível no Mercado Livre ou Discogs Um disco de jazz, brasileiro e ainda dos anos 50! Conforme o texto de contra capa (aliás, diga-se de passagem, uma ficha completa), no dia 26 de novembro de 1956 aconteceu no Golden Room do Copacabana Palace o “2º Grande Concerto Brasileiro de Jazz, organizado por Jorge Guinle e um grupo de outros amantes de jazz americano. Neste registro fonográfico aparecem as orquestras e conjuntos de Hélio Marinho, Julinho BarbosaCipó, Clélio, K-Ximbinho, Kuntz Negle e também apresentando o Conjunto Farroupilha e a cantora Julie Joy. Ao que tudo indica, este lp foi gravado ao vivo, ou seja, em pleno show, apesar de ‘forçação’ com aplausos e gritinhos mal colocados no final de cada música. No entanto, não deixa de ser um disco memorável. Confiram no GTM…
 
atonal – orquestra hélio marinho
samba que eu quero ver – conjunto de clelio
tenderly – conjunto de kaximbinho e julie joy
but not for me – conjunto de júlio barbosa
is walked bud – conjunto de kuntz
i know that you snow – conjunto de cipó
tema para dois – conjunto de cipó
kachentema – conjunto de kaximbinho
how high the moon – conjunto de kuntz
jacques diraque – conjunto de cipó e conjunto farroupilha
bop-ciponato – conjunto de cipó
 
 
 

Turma Da Bossa – Sambas De Brasília (1961)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro é com a Turma da Bossa e os “Sambas de Brasília”, um disco do luxuoso selo Musidisc. Há algum tempo atrás nós postamos aqui um outro disco dessa ‘suposta’ orquestra, Turma da Bossa, disco lançado em 1959. Este, acreditamos que tenha sido editado em 1961 ou 62, não há registro de datas em nossa pesquisa. Turma da Bossa é, por certo, uma orquestra de estúdio, pois em nenhum momento dos textos de contracapa há referencia aos seus artistas. Mas, enfim, isso pouco faz diferença. O importante aqui é mesmo a música, uma série de sambas cheios de bossa e suas nuances, um bom repertório e uma qualidade técnica inquestionável. Neste sentido, Sambas de Brasília é um disco perfeito. Confiram no GTM…
 
lamento
vai mas vai mesmo
chega de saudade
mocinho bonito
lá vem a baiana
que é que é
é luxo só
se acaso você chegasse
recado
barracão
com que roupa
brigas nunca mais
 
 
.

Edu Lôbo – Edu (1967)

Olá meus caros amigos cultos e ocultos! Uns dias atrás eu precisei deste disco do Edu Lobo e percebi que entre todos os seus discos, este é o único que não se encontra fácil para baixar e ouvir. Talvez em outros momentos, mas hoje compartilhamento só pelo Torrent, coisa que eu não uso. Assim sendo, só me restou digitalizar o velho álbum e já que está pronto, porque não postá-lo aqui? 
Eis então o terceiro lp gravado pelo artista, um álbum onde Edu procura um amadurecimento musical apresentando um trabalho mais moderno com composições, em sua maioria com parceiros como Ruy Guerra, Capinam, Guarnieri, Vinícius e Dori Caymmi. Dori também é um dos arranjadores, assim como Luis Eça e o maestro Gaya.. Edu Lobo conta ainda com as participações de Gracinha Leporace e o Quarteto 004. Está aí, um lp ‘classudo’, que merece o nosso toque musical. Podem conferir no GTM
 
no cordão da saideira
corrida de jangada
rosinha
jogo de roda
candeias
dois tempos
embolada
catarina e mariana
canto triste
chorinho de mágoa
meu caminho
 
 
.
 
 

Paulinho Nogueira (1967)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Um dos artistas muito querido aqui no nosso Toque Musical é, sem dúvida Paulinho Nogueira, violonista, compositor, cantor e também professor de violão, músico dono de um estilo próprio. Outro detalhe que também não me lembro se comentamos aqui, Paulinho Nogueira é também o inventor da craviola, um instrumento de doze cordas de aço cuja sonoridade se diferencia de outros instrumentos de corda na família do violão. A craviola se tornou um instrumento conhecido e tocado não apenas no Brasil. Para se ter uma ideia, dizem que até o guitarrista do Led Zeppelin, Jimmy Page usou n agravação da música “Tangerine”. Paulinho também foi o autor do “Método para violão e outros instrumentos de harmonia”, uma das mais importantes publicações para o ensino do violão. Foi um músico sempre muito atuante, gravou dezenas de discos e também participou de tantos outros, teve muitas parceiras importantes. Aqui neste lp, lançado pela RGE em 1967 temos mais o intérprete, um solista de violão para um repertório de sambas, bossas e até um momento para uma das mais populares peças de Bach, “Jesus Alegria dos Homens” e também “Bachianinha Nº 1”, música de sua autoria, hoje um clássico que todo violonista de respeito precisa saber tocar. Enfim, temos aqui um disco excepcional, imperdível, que vocês poderão conferir no nosso GTM….
 
menino das laranjas
inútil paisagem
aleluia
minha namorada
bachianinha nº 1
só tinha de ser com você
jesus a alegria dos homens
arrastão
você
opinião
samba bom
manhã de carnaval
 
 
 
.

Astrud Gilberto & Walter Wanderley – A Certain Smile A Certain Sadness (1966)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Entre os muitos discos que merecem o nosso toque musical, eis aqui o internacional “A Certain Smile A Certain Sadness”, um lp famoso, referência para gringos de Bossa Nova, trazendo a cantora Astrud Gilberto e o organista Walter Wanderley. Este disco foi gravado nos Estados Unidos e lançado em 1966 pelo prestigiado selo americano Verve, do produtor Creed Taylor. Aqui no Brasil o disco foi lançado pela Copacabana e recebeu o nome de “Um Certo Sorriso, Uma Certa Tristeza”. Astrud e Walter contam também com a presença de José Marinho no contrabaixo e Claudio Slon na bateria. No repertório temos um misto de composições de autores brasileiros e estrangeiros, tudo muito bem retocado na voz de Astrud e nos inconfundível teclado de Walter Wanderley. Não deixem de conferir no GTM…
 
a certain smile
a certain sadness
nêga do cabelo duro
so nice
você já foi a bahia
portuguese washerwoman
goodbye sadness
call me
here’s that raint day
tu meu delirio
it’s a lovely day today
 
 
.
 

 

 

Gran Orquesta De Estudio – Latin American Folk Songs Vol. 2 (1974)

Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Estou trazendo aqui mais um disco, na verdade, o segundo volume de “Latin American Folk Songs”. Já postamos o primeiro volume, em 2018 e agora apresentamos a sequencia lançada também pelo selo London e em 1974. Temos aqui o maestro Peruzzi a frente da Gran Orquesta de Estudio. Por certo, como já foi dito, um disco lançado internacionalmente e talvez até mesmo gravado fora do Brasil. Não consegui confirmar, mas creio que este segundo volume tenha sido gravado, assim como o primeiro, ainda na década de 60. Enfim, mais uma seleção de músicas tradicionais de diferentes países latino americanos, incluindo o Brasil, claro! Disco bonito de se ouvir e que não poderia ficar fora do nosso toque musical. Confiram no GTM…
 
el condor pasa
kalu
adios pampa mia
cielito lindo
guantanamera
cuco
la piragua
la bamba
india
zamba del grillo
maria bonita
mulhe rendeira
 
 
.

Dick Farney Trio – Concerto De Jazz Ao Vivo (1973)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje, vamos de jazz. Jazz de verdade sob o comando do grande Dick Farney. Temos aqui o Concerto de Jazz ao Vivo, disco lançado pelo selo internacional London, em 1973. Dick Farney vem acompanhado por outras duas feras, Toninho (Antonio Pinheiro Filho) na bateria e Sabá (Sebastião Oliveira da Paz) no contrabaixo. Este lp foi gravado ao vivo no auditório do jornal O Globo e produzido pelo radialista, amante de jazz, Paulo Santos, que também é quem apresenta o trio logo no início do disco. Este foi o primeiro concerto/apresentação deste trio para uma plateia grande e específica, um público apreciador do jazz. E para tanto, o repertório no disco é exclusivamente de standards da música americana. Um belíssimo trabalho que não deixa nada a desejar a um trio de jazz. Vale a pena conferir…
 
perdido
thank you
when lights are low
cute
teh shadow of your smile
these foolish things (reminds me of you)
someday my prince will come
 
 
.