Samba Show – Apresentando Samba Show (1964) – O Original!

Naquela estória de ir alternando nas postagens diárias os discos do Marcos Valle com de outros artistas, acho que devido a ressaca, acabei me esquecendo. Na verdade, o disco desta postagem é que deveria ter entrado ontem. Mas com estão sendo excepcionalmente hoje postados, acho que pouca diferença faz. Observem que o álbum desta postagem é o mesmo que foi apresentado aqui a alguns dias atrás, pelo menos no que se refere ao título e conteúdo. A verdade é que, como disse anteriormente, este é um lp muito raro e como tal, não encontramos muitas informações. Na postagem anterior do lp eu pedia a quem soubesse, mais informações. O encarte, a capinha que vocês viram por lá, não é a original e também não se trata de uma outra versão comercial lançada posteriormente pela gravadora. Foi sim mais uma criação do inventivo Toque Musical. Convenhamos, até que não ficou tão mal assim, né? Parece mesmo uma capa dos anos 60. Ninguém reclamou e até mesmo quem conheceu o grupo acreditou que fosse um relançamento.
Foi então, para mim, uma grande surpresa receber logo após a postagem, um atencioso e-mail esclarecendo tudo. Nossa amiga Maria Ignês, gentilmente me enviou toda a história do Samba Show e autorizou que a mesma pudesse ser agora publicada. Transcrevo então abaixo o texto enviado por ela por ser da maior importância para a preservação da memória do grupo:
Estou te mandando a capa original do disco ” Apresentando Samba Show “. Com toda certeza os músicos deste conjunto não foram informados na época do relançamento do disco com essa capa que é mostrada no blog. Concordo, o disco é maravilhoso. Na contra capa tem o nome e a história do conjunto. Vou fornecer alguns dados: o baixista Romildo F. Cardozo foi o arranjador dos sopros do último CD do Durval Ferreira. Mayuto Rodrigues, ritmista que também está na capa, é um músico consagrado no EUA, trabalhou com músicos famosos com, Frank Sinatra, Cannoball, H. Hancock, Santana e outros – continua tocando, hoje em Los Angeles. Ivo Caldas conceituado baterista que na época tinha apenas 18 anos, mesmo assim já tinha tocado (com 16 anos) com Booker Pittiman substituindo Dom Um. Quando o conjunto acabou foi tocar com com Rosinha de Valença, Tim Maia, Cauby Peixoto, Ed. Lincoln, 20 anos tocando com Johny Alff, 20 anos tocando com Marcos Valle, Roberto Menescal, Wanda Sá. Foi ainda o baterista no CD “Amendoira” do Bebeto Castilho, ex-Tamba Trio. Mirabaux um dos maiores guitarristas do Brasil, tocou com Ed. Lincoln, Lana Bittencourt, Cauby Peixoto… e continua tocando. Paulinho e Maciel os cantores, e Joel Nunes o organista são falecidos. O vibrafonista, também já falecido, Fernando Godoy que aparece na foto, não pode participar das gravações porque o vibrafone não afinava com o órgão. Na época não tinha computadores que hoje em dia acaba acertando tudo. Sérgio Marinho, ritmista e empresário do grupo. O violão acústico foi feito por Silveira grande compositor de Niterói que teve músicas gravadas por Sérgio Mendes, Raul de Souza, só para citar, “Canção do nosso amor” e tantas outras. Na música “Mania da vovó” quem faz a voz da vovó é ele. Resumindo, o disco “Apresentando Samba Show” foi gravado em 3 canais no período de gravação das 09:00h às 15:00 h, nesse tempo o disco ficou todo pronto. Neste dia, quando os músicos saíram do estúdio, entrou o jovem Roberto Carlos para gravar “O calhambeque”. O prefixo do conjunto foi feito por Dalton (pai do cantor Dalton) e Silveira. Sei disso tudo porque eu estava lá, acompanhava todos os bailes do grupo. A foto da capa foi tirada no Clube de Regatas Icaraí em Niterói.

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o poema da vida
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