Marku Ribas – Marku (1973)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Domingo triste esse… Ontem a noite faleceu o Mestre Marku Ribas, vítima de um câncer. Ele estava nessa peleja desde o ano passado, quando então foi contatada a doença. Imagino como deve ter sido a barra neste seu último ano, principalmente sendo ele um cara tão ativo e irriquieto. Tive o prazer de conviver com ele em várias situações. Chegamos certa vez a dividir um quarto num hotel em Diamantina, quando então participavamos de um Festival de Inverno, da UFMG. Ele era realmente um Ser Musical, até nas nossas conversas a coisa rolava em forma de música. Sempre batucando com as pontas dos dedos, caminhavamos pelas ladeiras geladas da cidade. Numa dessas noites viramos sozinhos uma garrafa de whisky. Eu nem acreditei que tivesse bebido tanto. Mas ainda bem que foi um scotch, pois se fosse vodka eu nem nem lembraria desse caso. Pois é… a vida é assim, as coisas são assim… Tô mesmo muito triste 🙁
Em sua homenagem, faço aqui este post, trazendo o que foi um de seus primeiros trabalhos, lançado em 1973 pelo selo Underground (que muitos pensam ser o nome do trabalho).O disco foi uma produção dirigida por Cesare Benevenutti e contou arranjos e regências do maestro Erlon Chaves e supervisão musical de outro maestro, Leo Peracchi. No álbum vamos encontrar um repertório inteiramente autoral, com um originalidade abusiva e influências das mais distintas, fruto de suas pesquisas viajando pela Africa e Caribe. O álbum, em sua primeira edição saiu em capa dupla. Teve alguns problemas com a Censura, mas malandro que é malandro não bobeia… Conseguiu fazer o disco assim como queria. Aqui, o grande destaque é a faixa “Zamba Ben”, música que a cada nova década ganha mais admiração, atualíssima!
Este disco, assim como toda a discografia do artista, voltou à tona muito graças ao trabalho de divulgação em blogs e sites especializados. E isso que eu estou dizendo são praticamente as palavras do artista.
Valeu Mestre! Vai com Deus! Vai tocar ao lado de tantos outros que se foram, lá no céu.
zamba ben
5,30 schoelcher
o adeus segundo maria
n’biri n’biri
porto seguro
pacutiguibê iaô
madinina
matinic moins
orange lady

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