Flor De Cactus – Alicerce Da Terra (1982)

Hoje, temos para vocês mais um disco do grupo Flor de Cactus. Digo mais um porque este é o terceiro disco deles que postamos aqui e também é o terceiro da carreira, lançado pela RCA, em 1982. Neste e mais uma vez, o grupo demonstra toda sua identidade, num disco com um repertório bacana, como vocês poderão conferir no Grupo do Toque Musical. Além das composições autorais há também músicas de Gilberto Gil, Alceu Valença, Vinicius Cantuaria, Petrucio Maia e Carlos Pita. Como nos discos anteriores a produção é de Leno. Confiram…
 
alicerce da terra
serena
momento coração
chuva de vento
pássaro amarelo
movimento das aguas
margarida
chororo
sonho lunar
mar de são joão
o que dizer ao menino
 
 
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Pendulum (1985)

Fechando o mês, aqui vai mais um compacto. Desta vez temos o grupo Pendulum, conjunto formado aqui nas Minas Gerais. Não sei se continuam na ativa, mas o Pedulum era um conjunto de bailes formado ainda nos anos 70. Gravaram alguns compactos, mas eu mesmo só conheço dois, sendo este um deles, lançado em 1985 pela RCA. Há poucas informações sobre eles na internet, juntando com a minha habitual falta de tempo, ficamos (por hora) sem muito a acrescentar. Mas quem sabe num próximo disco a gente completa isso, né? 🙂
 
mágica livre
a loura dos assaltos

 

Galo Preto – Galo Preto (1978)

Fala galera, amigos cultos e ocultos! A postagem de hoje tem duplo sentido, ou seria um triplo? A verdade é que hoje o meu Galão da Massa vai se tornar campeão antecipado, no Campeonato Nacional, o grande campeão do Brasileirão. Enfim, um título dos mais esperado. Hoje vai ter festa na cidade, com certeza! E no jogo final, a grande comemoração. Até lá eu penso em algo para homenagear. Por hora, vou postando aqui este disco maravilhoso de choro do então estreante grupo Galo Preto. O triplo sentido a que me referi passa por aqui, pelo Galo Preto (e Branco) e pelo choro, sendo o choro uma homenagem ao Flamengo e ao Cruzeiro (podem chorar a vontade). E é claro que o triplo sentido também tem a ver o nosso toque musical. Há tempos venho querendo postar este disco e hoje ele cai como uma luva, alegrando e festejando com o que há de mais autêntico em nossa música que é o choro.
Aqui temos o disco de estreia do, hoje tradicional, grupo de chorinho Galo Preto, formado na época por jovens músicos que começavam a se destacar no cenário musical daqueles anos 70, quando o choro passava por uma fase de redescoberta. Havia um renascimento desse gênero musical e o Galo Preto viria a se tornar um dos seus grandes expoentes, apadrinhado por Claudionor Cruz. Neste primeiro trabalho o grupo viria acompanhado por ilustres convidados, bambas do choro e trariam para o seu repertório uma seleção praticamente inédita de músicas, tanto autorais quanto de autores consagrados, porém por muitos desconhecidas.
Está aí um disco perfeito para se ouvir na sexta-feira, comemorando antecipadamente o título de bicampeão brasileiro. Mas tá valendo também para os demais torcedores e muito mais ainda para os amantes da boa música brasileira. 
 
recado
desprezado
dia do preto velho
medrosa
sarambeque
cheio de afeto
implicante
de coração a coração
estou voltando
vou lhe dar uma resposta
língua de sogra
murmurando
 
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Os Originais Do Samba (1981)

Amigos cultos e ocultos, boa hora a todos! Depois do “Luzes da Cidade, disco de samba da cantora Paula, temos agora um outro, desta vez com o grupo Os Originais do Samba. Já tivemos a oportunidade de apresentar aqui outros disco deles e agora estamos trazendo este que foi lançado em 1981 pela RCA. Um trabalho produzido por Osmar Zan e Waldir Santos. Disco muito bom deste que foi um dos mais importantes conjuntos de samba nos anos 70. Neste álbum já não participa do grupo o comediante Mussum que fez parte dos primeiros discos que gravaram. Aqui vamos encontrar um repertório dos mais interessantes e bem arranjados, como se pode ver na foto de contracapa. Disco bacana de se ouvir de um lado e do outro. Não tem como desagradar, confiram no GTM…
 
clementina de jesus
fiscal da natureza
gema
bebeto loteria
ela
alguém me avisou
eu me rendo
telhado de vidro
porão e colher de pau
você não foi
ausência
mulher mulher
 
 
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Shampoo (1983)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje eu tenho para vocês este disco do grupo Shampoo. Nos anos 80 alguma coisa desse conjunto ecoou para além da fronteiras paulistas, de onde se originou, a partir de festivais, segundo algumas informações que encontrei na internet. Ao que parece, eles gravaram apenas este lp e dois compactos, sendo um promocional deste lp e outro pelo selo Fermata, o qual me parece ser o primeiro. Achei interessante postar este disco, pois ele tem mesmo a cara daquele início de anos 80, um rock pop com frescor de juventude. Sua sonoridade lembra muito a música da dupla, também daquela época, Luiz Guedes e Thomas Roth, da mesma forma o Roupa Nova e também a música mineira do Clube da Esquina. Inclusive, temos aqui, além das composições autorais, a gravação de “Tudo que você podia ser”, de Lô e Márcio Borges. Vamos conferir o disco?
 
blusa de lã
muralhas do japão
lápis de cor
essa menina
tudo que você podia ser
duas ou três
diz o velho
amor brincadeira
fruta maçã
fiesta
 
 
 
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Fernando Bocca (1982)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Quando vamos chegando quase ao final de nossa mostra de discos de 7 polegadas, me surgem uma dezena de outros que no caso já não cabem nessa apresentação. Porém, nada impede de que possam a serem postados regularmente em outro momento. Aqui, nada se perde, tudo se transforma e se renova. 
Bom, aqui temos um compacto do cantor e compositor mineiro Fernando Bocca. Acredito que este disquinho tenha sido lançado como cartão de visita do artista que havia então assinado com a RCA. Porém, não há registro e eu não conheço o lp, por certo o discão não chegou a sair, uma pena… Mas aqui neste compacto simples temos dele duas canções que marcaram época, pelo menos aqui para nós, mineiros de ‘belzonte’, “Bota lenha”, composição dele em parceria com  Abner Nascimento e João Boamorte e “Um abraço eterno”, outra parceria com Abner Nascimento. Este compacto foi produzido pelo Estáquio Senna e os arranjos e regências são de Nivaldo Ornelas. Taí, um compacto que vem se tornando raro por conta de colecionadores japoneses. Hoje em dia é mais fácil achar este compacto no Japão do que aqui, nos sebos e mercados livres da vida. Confiram no GTM…
 
bota lenha
um abraço eterno
 
 

João Nogueira – De Amor É Bom (1985)

Muito bom dia a todos os companheiros, amigos cultos e ocultos! Também de forma sortida selecionei este disco do João Nogueira para a nossa postagem de hoje. Aqui temos um lp gravado em 1985. Um disco onde João nos apresenta dez sambas, sendo boa parte desses de sua própria autoria e /ou com seus parceiros. Este disco foi uma produção de Paulo César Pinheiro, que também participa do trabalho. E os arranjos e regência são do violonista Hélio Delmiro, que também é outro presente em algumas faixas. Não tem nem como não agradar. É João Nogueira, confiram!

de amor é bom
pimba na pitomba
jornal cantado
terra gira
ben-hur dos macacos
rei senhor, rei zumbi, rei nagô
chavão
é disso que o povo gosta
alô rio
rancho da natureza

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Flor De Cactus (1980)

Olá, amigos cultos e ocultos! Nosso encontro hoje é com o grupo potiguar Flor de Cactus. Para quem acompanha nosso blog há de lembrar que em 2018 eu postei aqui o álbum “Pepitas de Fogo”, disco lançado por eles em 1981. Novamente, trago eles neste lp, que veio antes, em 1980. Este, pelo que sei foi o segundo disco gravado pela trupe, lançado pela RCA, com produção de Gileno, o Leno da dupla da Jovem Guarda, Lilian & Leno. Alias, se não me engano, todos os discos lançados pelo Flor de Cactus foram produzidos por ele, que também é do Rio Grande do Norte. Este disco homônimo foi um dos que fez mais sucesso na época, com várias músicas que chegaram a ser bem executada nas rádios, principalmente no eixo Rio-SãoPaulo. Nele temos, por exemplo “Kamikaze”, de Zé Ramalho; “Ribeirão”, de Guarabyra; “Espiral do Tempo”, de Geraldo Azevedo e Carlos Fernando; “Norte ou Sul”, do próprio Leno e muitas outras, também autorais. O grupo Flor de Cactus, como disse, gravou alguns discos ao longo da primeira metade dos anos 80 e nesse período também teve mudanças em sua formação, mas sempre primaram pela qualidade de seus trabalhos. Quem sabe, em próximas oportunidades, a gente posta aqui seus dois outros lps. Enquanto isso, não deixem de conferir e relembrar. Quer baixar? Entra lá no GTM rapidinho, pois o prazo é curto e não tem reposição, ok?

in technicolor
aridez
saudade
para marley
aari (canto para o índio potiguar
choramingando
kamikaze
ribeirão
espiral do tempo
plantando bananeira
norte ou sul

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Aurea Martins – Amor E Paz (1972)

Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje o dia é da carioca Áldima Pereira dos Santos, mas conhecida pelo nome artístico de Áurea Martins, nome este cunhado pelo ator Paulo Gracindo, quando então ela atuava em programas de auditório na Rádio Nacional, na década de 60. Em 69 ela foi a vencedora no concurso de calouros do programa A Grande Chance, de Flávio Cavalcanti. Premiada e com destaque na mídia, conseguiu então gravar, em 72, “Amor em paz”, que foi seu primeiro disco. E que disco! Estreou bem com um lp recheado de clássicos da bossa nova, tendo como arranjador o grande Luiz Eça e coordenação artística de  Rildo Hora. Não bastasse, ainda conta com a participação do poeta Paulo Mendes Campos em três faixas. Sem dúvida, é um disco diferente que traz para essas canções uma nova roupagem. Não é uma novidade nesse nosso universo de blogs musicais e certamente muitos aqui já a conhece bem. Mas também não poderia faltar aqui, no Toque Musical. Se ainda não ouviu, confira e baixe o disco no nosso Grupo do Toque Musical (GTM).

fim de noite
apelo
pra você
canção que nasceu do amor
o amor em paz
ternura antiga
sem mais adeus
pra dizer adeus
o que tinha de ser
preciso aprender a ser só
ilusão a toa
duas contas
insensatez
atrás da porta



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Rolando & Luiz Antonio – Les Étoiles (1982)

Olá amigos cultos e ocultos! Hoje eu trago para vocês a dupla ‘Les Étoiles”, Rolando Faria e Luiz Antônio, figuras de grande sucesso na Europa, em especial na Espanha e França onde fizeram carreira como artistas, desde o início dos anos 70. Gravaram diversos discos, participaram de  filmes e espetáculos, dividindo shows com grandes artistas  franceses e brasileiros. Foram responsáveis pela divulgação de muita música e artistas brasileiros na França. Atuaram até 1985, depois fizeram algumas apresentações até 2001, quando então Luiz Antônio veio a falecer, pondo assim um ponto final nessa história. Este foi o único disco da dupla lançado no Brasil, em 1982 pela RCA. São dez faixas, entre essas músicas de Chico Buarque, Caetano Veloso, Joyce, Milton Nascimento,Lecy Brandão, Teca & Ricardo Vilas. Sem dúvida, um trabalho competente e cheio de alegria. Confira mais esse toque no GTM 😉

chica-chica-boom-chic
você
viola violar
côco verde
estão batendo
antes que eu volte a ser nada
sol negro
nacional kid ou brasileiro
jeanne la française
alô alô
 

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Edu Lobo & Chico Buarque – Álbum De Teatro (1997)

Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje temos mais uma raridade da era do CD. Trata-se do “Álbum de teatro”, lançado em 1997 pela RCA/BMG (hoje Sony Music), reunindo temas dos três balés que Edu Lobo e Chico Buarque compuseram juntos na década de 1980: “O grande circo místico”, “A dança da meia-lua” e “O corsário do rei”, alternando gravações originais e regravações, com outros intérpretes além dos autores. Edu e Chico interpretam juntos “Na carreira”, Leila Pinheiro canta “A história de Lily Braun” (originalmente gravada por Gal Costa), Edu interpreta solo “Na ilha de Lia, no barco de Rosa” e “Choro bandido”, Mílton Nascimento canta “Beatriz”, Zizi Possi interpreta “O circo místico”, e Gilberto Gil canta “Sobre todas as coisas”, seguido por um dueto de Chico Buarque e Gal Costa em “A mulher de cada porto”. Djavan interpreta “Meia-noite”, Ney Matogrosso, “A bela e a fera” (cuja gravação original é de Tim Maia), o grupo Garganta Profunda vem com “A permuta dos santos”, Ed Motta interpreta “Bancarrota blues” (originalmente gravada por Nana Caymmi), Chico canta solo “Valsa brasileira”, Ivan Lins interpreta “Acalanto”, Danilo Caymmi canta “Tororó”, Zé Renato e Cláudio Nucci interpretam “Salmo” e, encerrando o disco, temos a instrumental “Oremus”. Em suma, um belo álbum, produzido e remasterizado por Edu Lobo, que o TM nos oferece hoje, apresentando música da mais alta qualidade. Não deixem de conferir no GTM.

na carreira
a história de lily braun
na ilha de lia no barco de rosa
beatriz
circo místico
sobre todas as coisas
a mulher de cada porto
meia noite
a bela e a fera
permuta dos santos
bancarrota blues
valsa brasileira
acalanto
tororó
choro bandido
salmo
oremus




*Texto de Samuel Machado Filho 

Acordel (1980)

Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Seguimos aqui em nossas postagens trazendo hoje o grupo Acordel, que tinha como idealizador o músico e compositor Hilton Acioli, figura cuja carreira começa ainda nos anos 50, quando fazia parte do Trio Marayá. Hilton foi parceiro de Geraldo Vandré em várias canções, sendo as mais conhecidas, “Ventania”, “O plantador”, “João e Maria” e “Guerrilhia”. Fez arranjos para disco de Diana Pequeno e teve suas músicas gravadas por diversos artistas nacionais. Uma curiosidade, Alcioli foi o autor do famoso jingles “Lula lá”. O grupo Acordel foi mais um de seus projetos, um conjunto vocal e instrumental, que infelizmente só gravou este disco.Um belo trabalho, por sinal, sendo a faixa de abertura “Chama” uma música que fez parte de trilhas e chegou a ser executada nas rádios. Confiram mais essa joinha no GTM, ok?

chama
brasileira
estrada de ferro madeira-marmoré
ladrão de terra
amanhecerá
em nome do pai e do filho
trabalhadores do metrô
cria corvos
gado bom quem tem sou eu
clarão
era uma vez


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Beto Mi (1983)

Compositor, cantor, arranjador, regente, produtor e diretor musical. Este é o perfil de Beto Mi, nome artístico de Humberto Miranda Neto, paulista de Guaratinguetá, nascido em 4 de julho de 1958. Filho de funcionários públicos, que também tocavam acordeom e piano, é primo dos músicos Sérgio, Geraldo e Marcelo, e das cantoras Tetê e Alzira Espíndola. Ainda menino, o nosso Beto dedilhava intuitivamente o acordeom de seus pais, repetindo sons ouvidos na casa de um vizinho que tocava sanfona. Na adolescência, participou de corais, bandas marciais e grupos musicais que, entre outras coisas, tocavam em missas jovens na região. Nos anos 1970, mudou-se para a capital paulista, e cursou alguns períodos da Faculdade de Música e Educação Artística do Instituto Musical de São Paulo. Frequentou bares de estudantes e a noite paulista, e atuou como diretor musical do Teatro Experimental Universitário (TEU). Em seguida, começou a participar de festivais de música, tendo sido premiado em vários deles como compositor e intérprete. Em 1982, venceu o festival de Ubá (MG) com a música “Ói u trem”, e a convite de diretores da RCA presentes ao evento, gravou um compacto simples distribuído somente no estado de Minas. Um ano depois, novo single, agora com distribuição nacional, e em seguida vem o primeiro LP, justamente o disco que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos, produzido por Durval Ferreira e dedicado ao irmão de Beto Mi, Lucas. O disco tem as participações especiais do saxofonista Hector Costita, de Ubirajara (bandoneon) e do percussionista Mílton Banana, recebeu elogios da crítica e vendeu mais de cem mil cópias. Ainda em 1983, participou do III Festival do Disco Visão, em Canela (RS). Residiu durante algum tempo no Nordeste, época em que lançou os discos “Espelhos” e “Um tempo pra sonhar”. Ao todo, tem sete álbuns gravados, entre LPs e CDs, e um DVD, em seus mais de 35 anos de carreira artística, nos quais armazenou diversas vitórias e conquistou vários amigos e parceiros (Sá & Guarabyra, Vanusa, Ronnie Von, Ivan Lins, Flávio Venturini etc.), com seu trabalho e sua simplicidade. Além de cantar e compor, Beto Mi criou e desenvolveu o projeto educativo, cultural, musical e ambientalista “Planeta caipira”, em parceria com a Fundação Abrinq e a ONG SOS Mata Atlântica, o que resultou em um CD lançado em 2003. Desde 1997, atua ainda como professor, arranjador, maestro e regente dos corais do Instituto Salesiano Nossa Senhora do Carmo e Albert Einstein/Objetivo, em sua Guaratinguetá natal.  Enfim, este primeiro álbum de Beto Mi, que o TM oferece a vocês hoje, documenta o promissor início de carreira deste notável músico da MPB. É ouvir e conferir. 

anjo da guada
oi u tem
o ano que virá
companheiro
o poeta (vandré)
apocalipse
prá não dizer que não falei de verso
o canto do curupira
luzes do extermínio
coração do mundo

* Texto de Samuel Machado Filho

Carlos Walker – Frauta De Pã (1975)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Entramos em dezembro, a reta final para o fim de ano. Eu, de cá, já comecei a preparar a casa, digo, o blog para começarmos 2012 com mais vitalidade, uns retoques aqui, outros ali… novos projetos, ideias e parcerias. Continuamos bombando, sempre! Como vocês devem ter percebido, as mudanças já começaram. Aliás, essas mudanças começaram desde de aquele fatídico dia de setembro, em que o Toque Musical foi tirado da rede. Posso dizer que a partir de então começamos um novo blog. No cabeçalho tradicional de fim de ano eu também inovei, incluí nossa nova meta, o “Grand Record Brazil”, o selo virtual do TM, que contará em suas postagens semanais com um verdadeiro conhecedor da história fonográfica e musical brasileira, nosso já conhecido comentarista, o Samuca. 2012 promete!

Para hoje, vamos com um disco muito bacana, “Frauta de Pã”, do músico, escritor (e astrólogo) Carlos Walker. Ele começou a cantar no final dos anos 60, através de festivais. Em 1974 teve sua música, “Alfazema”, incluída em uma novela da Rede Globo. A música fez um relativo sucesso e contava com arranjos de Waltel Branco. Essa música abriu a chance de Walker gravar pela RCA Victor o primeiro lp, este, chamado “Frauta de Pã”. Neste álbum ele conta com um elenco de primeiríssima: João Bosco, Hélio Delmiro, Piry Reis, Gilson Peranzetta, Zé Roberto Bertrami e outros… Há também os arranjadores, Radamés Gnatalli, Alberto Arantes e Laércio de Freitas. Com um time desses, difícil alguém dizer que o disco é ruim, muito pelo contrário.

Nesta postagem e num pacote só estão incluídos o lp e o compacto, assim vocês poderão comparar as duas versões da bela “Alfazema”. Confiram o toque 😉
a frauta de pã
serenata do meio dia
estrada da intemperança
pote de mel
via láctea
cidade americana
o cavaleiro e os moinhos
modinha
debaixo do sol
um dia
alfazema
Bonus compacto:
alfazema
dizem

Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Candeia & Elton Medeiros – Quatro Grandes do Samba (1977)

Este disco é uma maravilha! Quatro feras do samba num registro histórico. Um álbum já conhecido por toda a comunidade blog-musical, mas que eu faço questão de apresentá-lo aqui no TM. Este lp só tem um ‘grave defeito’, não é um álbum-duplo. Num ‘encontro’ assim, bem que merecia. Tenho a impressão que os quatro juntos tocando no disco, só mesmo na ilustração da capa (mais uma vez, me corrija se eu estiver errado). O Candeia só canta suas composições. A gente não percebe sua participação em outros momentos. Mas mesmo com o aparente encontro-montado o disco não perde o seu encanto. Quem não conhece, tem aqui a chance…