Gary McFarland – Soft Samba Strings (1966)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Além da ‘dobradinha 10-12’, também continuo postando, em doses homeopáticas, alguns títulos e artistas estrangeiros que de alguma forma tem a ver com a proposta do Toque Musical. E quando isso não ficar muito claro, entendam, é puramente por conta do meu gosto pessoal (hehehe…). Mas fiquem tranquilos, pois o foco aqui ainda é a musicalidade nacional 😉
Assim, hoje trago um lp que tem um pouco disso tudo, é de um artista estrangeiro, é um disco de jazz, é um disco que traz referências da música brasileira e acima de tudo, um disco que eu adoro e sempre o quis aqui em nossas listas. 
“Soft Samba Strings” foi um dos muitos e bons discos lançados nos anos 60 pelo compositor, arranjador, cantor e vibrafonista americano Gary McFarland. Ele foi um importante músico do jazz, gravando para os prestigiosos selos Verve e Impulse! durante os anos 60, período onde esteve mais atuante, sendo considerando um dos feras do chamado ‘jazz orquestral’. Durante essa década ele gravou, produziu e fez arranjos para muitos outros artistas e não somente para o jazz. Também fez trilhas para o cinema. Segundo a crítica, a ascensão de Mcfarland coincidiu com o surgimento da Bossa Nova, a qual muito o influenciou e lhe serviu de base para diferentes projetos. Ele morreu no início dos 70, aos 38 anos, envenenado, depois de tomar uma dose letal de metadona. Essa história nunca ficou bem esclarecida, não se sabe se foi suicídio ou se foi envenenado por alguém.
“Soft Samba Strings” foi gravado em 1966, pelo selo Verve e por aqui foi lançado em 1967, pela Copacabana Discos. Pelo título do disco já dá para imaginar a influência da bossa nova. O repertório traz uma série musical baseada em temas da música clássica, somado ao batido da nossa bossa nova. Há também nesse repertório “Manhã de Carnaval”, de Luiz Bonfá. É descaradamente um disco de Bossa Nova cuja sonoridade é bem familiar para nós brasileiros. Em 1967 McFarland gravou um outro álbum cujo título é “Soft Samba”, o qual eu até gosto mais, pois não é de todo orquestrado e conta com a participação de Antônio Carlos Jobim, no violão. Infelizmente, este é um dos discos dele que eu ainda não tenho. Talvez numa próxima oportunidade eu venha a publicá-lo por aqui também. Mas por enquanto, vamos ao “Soft Samba Strings”, tenho certeza de que vocês também irão gostar. Confiram no GTM…
 
full moon and empty arms
skylark
i know the meaning
manhã de carnaval
the lamp is love
reverie
these are the things i love
theme from 13
once we loved
our love
 
 
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Astrud Gilberto & Walter Wanderley – A Certain Smile A Certain Sadness (1966)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Entre os muitos discos que merecem o nosso toque musical, eis aqui o internacional “A Certain Smile A Certain Sadness”, um lp famoso, referência para gringos de Bossa Nova, trazendo a cantora Astrud Gilberto e o organista Walter Wanderley. Este disco foi gravado nos Estados Unidos e lançado em 1966 pelo prestigiado selo americano Verve, do produtor Creed Taylor. Aqui no Brasil o disco foi lançado pela Copacabana e recebeu o nome de “Um Certo Sorriso, Uma Certa Tristeza”. Astrud e Walter contam também com a presença de José Marinho no contrabaixo e Claudio Slon na bateria. No repertório temos um misto de composições de autores brasileiros e estrangeiros, tudo muito bem retocado na voz de Astrud e nos inconfundível teclado de Walter Wanderley. Não deixem de conferir no GTM…
 
a certain smile
a certain sadness
nêga do cabelo duro
so nice
você já foi a bahia
portuguese washerwoman
goodbye sadness
call me
here’s that raint day
tu meu delirio
it’s a lovely day today
 
 
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