Vanja Orico – A Volta De Vanja Orico (1967)

Olá, amigos cultos e ocultos! Em tempos como os que estamos vivendo, em especial o momento político, onde militares (as Forças Armadas), se vendem por leite condensado e viagra, pela manutenção das mamatas que sempre tiveram, em troca de se sujeitarem a ser comandados por um capitãozinho louco, insubordinado e que chegou a ser expulso da corporação. Tempos vergonhosos para as fardas militares que mais uma vez se sujam, se sujeitam a serem comandados por um crápula e sua família de milicianos. Triste momento para o Brasil. E mais triste ainda é perceber o quanto este nosso povo é tosco, rude, mal informado e mal educado, burro, mas essencialmente pretencioso. Triste ver que uma boa parcela desse povo sofrido ainda não tenha conseguindo ver quem realmente é seu opressor. Gente com memória fraca, gente que ignora seu próprio câncer e acha graça da dor que sente no seu próprio estômago. Em momentos como este, de ataques a Democracia, ao Congresso e a Justiça em nome de um radicalismo de direita que assola o país, a gente as vezes precisa lembrar os fatos do passado, trazer de volta nossa luta por liberdade, palavra que hoje caiu na boca dessa gente de forma errada. Seria irônico se não fosse trágico ver essas ‘tosqueiras’ pedindo liberdade de expressão e ao mesmo tempo ditadura militar. 
Estou fazendo esta introdução porque de certa forma ela tem a ver com Vanja Orico. Cantora, atriz e cineasta, surgiu no cenário artístico cantando o tema ‘Mulher rendeira” no filme “O Cangaceiro”. Foi uma artista internacional, mas sempre valorizou a cultura nacional e por ela esteve sempre a frente defendendo o que é nosso. Inclusive, há de se lembrar, em 1968, em plena ditadura, no dia 07 de novembro Vanja, em protesto se ajoelhou na rua, impedindo a passagem de um comboio militar que ia de encontro a manifestantes que carregavam o corpo de um estudante assassinado pela repressão. Uma cena triste de se ver e que boa parte dessa gente burra e sem noção, talvez não façam a mínima ideia do que foi e do que simbolizou aquele momento. Essa era uma das facetas dessa mulher incrível, a qual já falamos e postamos vários outros discos. Agora trazemos para vocês este lp, lançado em 1967, pela Chantecler. “A volta de Vanja Orico”, como o próprio título afirma, marca o retorno da artista ao Brasil. Neste lp ela canta um repertório cheio de clássicos, um disco maravilhoso de se ouvir, com músicas de Fernando Lona, Geraldo Vandré, Chico Buarque, Gil e Torquato Neto, Catulo de Paula, Paulinho Nogueira, Tom e Vinícius, Nonato Buzar e Carlos Imperial. Por aí já dá para se ter uma ideia do quanto este disco é legal. Confiram no GTM…
 
cantilena
contracanto
é ou não é
andam dizendo
mulé rendeira
casa de pau po pa
a banda
minha zabelê
a lua girou
depois do amor
samba de protesto
 
 
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Vanja Orico – Viagem Musical (1955)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Meus caros, infelizmente, continuamos com problemas na nossa versão Toque Musical WordPress (www.toque-musicall.com). Por razões que eu desconheço, mas que eu desconfio, estou sem conseguir acessar nosso site. Daí e por enquanto, vamos atualizando as postagens apenas nesta versão Blogger. Uma pena, justamente no mês de aniversário do TM. 
E hoje temos aqui e mais uma vez uma cantora a qual nós gostamos muito, Vanja Orico. Esta, aqui já dispensa maiores apresentações, pois já postamos dela outros discos. Desta vez temos dela este “Viagem Musical”, lp de 10 polegadas lançado em 1955, sendo este, oficialmente, o seu primeiro disco. Um lp onde ela interpreta oito canções tradicionais de diferentes regiões brasileiras. Na contracapa temos um bom texto de apresentação da artista e do disco, feito pelo maestro Henrique Gandelman, assim, resumo nosso papo e vamos logo conferir…
 
canoeiro do itapecuru
prenda minha
joão valentão
muié rendeira
peixe vivo
lagoa do abaeté
yaya vance que morre
birimbau
 
 
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Vanja Orico – Encontro Com Vanja Orico (1958)

Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Trago hoje para vocês e mais uma vez aqui no nosso Toque Musical a cantora e atriz Vanja Orico, artista brasileira, mas de reconhecimento internacional. Muito atuante nas décadas de 50, 60 e 70, tanto como atriz, onde participou de dezenas de filmes, nacionais e internacionais, como cantora, se apresentando e gravando diversos discos, no Brasil e na Europa. Uma artista que se destacou tanto na música quanto no cinema. Mulher bela e talentosa, faleceu em 2015, aos 85 anos.
Neste lp, “Encontro com Vanja Orico”, lançado pela Sinter, em 1958, temos a cantora interpretando um leque diferenciado de canções, com direção musical e acompanhamento do maestro Leal Brito, arranjos do próprio e também de Antonio Carlos Jobim, que no disco comparece com duas célebres composições, “Sucedeu assim” e “Eu não existo sem você”. Além dessas, ela também interpreta canções de Dorival Caymmi, Tito Madi, Paulo Ruschel, Gilvan Chaves, além de composição dela própria, o samba-canção “Confissão”, aqui com arranjos de Jobim. Um disco, realmente, dos mais interessantes e importante na discografia nacional. A sonoridade, inevitavelmente, está associada ao cinema, aos filmes de sua época. Não deixem de conferir no GTM 😉

sucedeu assim
o vento
marmelo é fruta gostosa
roda carreta
sou baiano
mocambo de palha
lá vai a garça voando
eu não existo sem você
capina menino
confissão
rio grande do sul
rio triste