Um dos artistas mais presentes aqui no Toque Musical é, sem dúvida, o Djalma Ferreira. Já postamos muitos dos seus discos e pelo jeito não vamos parar. Só que desta vez vamos com os não menos charmosos compactos. Lá pelo início dos anos 60 esses disquinhos passaram a pipocar, as gravadoras perceberam que mais que uma amostra, o sete polegadas era um produto alternativo e muita gente estava gostando do formato. Djalma Ferreira e seu selo Drink não ficou para trás, também lançou seus compactos. E como se pode ver na contracapa deste aqui, houve pelo menos mais três disquinhos, coisa rara de se encontrar. Colecionador aqui só dá valor depois que os gringos levam tudo.
Começando mais uma semana, vamos dar sequencia a mais alguns compactos variados 🙂 Nesta postagem estamos trazendo um compacto duplo, lançado em 1962 pela RCA e seu selo Camden. Temos aqui Os Três Amigos, um trio vocal formado ainda nos anos 50, composto por Cide Mineiro, João da Matta e Lúcio Sampaio. O disquinho traz quatro músicas que originalmente foram lançadas em dois discos de 78 rpm, pelo selo Victor, em 1961 e 62. Este compacto veio na sequencia, certamente por conta do sucesso rancheiro de músicas como “Zorro” e “Sarita”. O trio, parece, ainda voltaria a gravar mais dois discos nos anos 80. Curiosidades que vale a pena conhecer 😉
Olha aí, mais obscuro objeto de desejo dos colecionadores e apaixonados pela Jovem Guarda. Aqui temos Sissi, artista que eu também não me recordo e ao ouvir o disquinho tive a impressão que fosse a cantora Silvinha, mas em nenhum momento há referencias sobre isso na biografia da cantora. Por outra, não achei nenhuma informação sobre esta cantora, Sissi. Mais um mistério do nosso mundinho fonográfico, aqui no Toque Musical. Enquanto não aparece mais informações, vamos pelo menos ouvir o que a garota tem para a gente ouvir…
Olha aí mais um disquinho de sete polegadas para conhecer, reconhecer e relembrar. Entre os mais diversos grupos de música jovem daqueles anos 60, aqui temos mais um, eternizado neste compacto que agora apresentamos. Tom & Jerry, dupla que pelo que visto e ouvido, só gravou este disquinho, pela RCA Victor. Com produção de Ramalho Neto e direção artística de Fred Jorge, a dupla se destaca entre outras do gênero, mas também como essas, não passaram das ‘jukebox’ daqueles tempos. Na contracapa, como se pode ver, há um texto de apresentação da dupla. Disquinho legal, podem conferir…
Seguimos hoje nossa mostra de compactos trazendo Vic Barone, um artista que eu acreditava que fosse mineiro, pois naqueles anos 60 ele participava de programas na antiga TV Itacolomi. Mas segundo informações, Vic era paulista. Porém foi morando em Belo Horizonte que ele iniciou sua carreira como cantor. Venceu um concurso nacional de novos talentos da Jovem Guarda, o que o levou ao primeiro disco, um compacto lançado em 1967. Voltou a gravar, desta vez pelo selo Beverly, onde aqui aparece neste compacto simples. Gravou ainda mais uns dois ou três compactos. Ele também aparece no lp da montagem nacional do musical “Jesus Cristo Super Star”. Ao longo desse tempo também fez teatro, televisão e cinema. Curiosamente, não há muita informação sobre este artista. Nem mesmo se ele ainda está vivo. Mais uma aí para a nossa seção de histórias incompletas…
Mais uma curiosidade em compactos para a alegria de vocês. Como sabemos, esses disquinhos de 7 polegadas foram criados para lançarem pelas gravadoras um determinado artista, uma pequena amostra musical do que poderia vir a ser um ‘long play’. Conforme a aceitação das músicas no compacto, este viria a se tornar um lp. Muitos artistas e projetos acabaram ficando mesmo, apenas no compacto. Isso, óbvio, me refiro a indústria fonográfica musical, as grandes gravadoras e selos. Os discos compactos também atenderiam a outras funções de áudio, num tempo em que esse mundo ainda era analógico (cursos de línguas, poesias, propagandas, experimentos sonoros alternativos, registros pessoais e inclusive produções musicais independentes)
Aqui, por exemplo, temos este compacto simples lançado pela RCA Victor, em 1968, trazendo Wagner, um cantor romântico da Jovem Guarda, ao estilo de Wanderley Cardoso. Até procuramos informações sobre o artista, mas apenas por este nome tão genérico, ou mesmo associando ao nome das músicas, não foram suficiente… Daí, só nos resta postar e aguardar alguém que saiba quem foi este Wagner. Por hora, vamos apenas ouvir…
Olha aí, mais uma curiosidade fonográfica dos anos 60, mais um disquinho da Mocambo, desta vez apostando na figura de Valéria, também chamada de Divina Valéria, personagem incorporado por Walter Fernandez Gonzalez, na época um performista, que atuava em boates e teatros do Rio de Janeiro. Atuou ao lado de outras artistas do gênero, como Rogéria. Também trabalhou na Europa nos anos 70. Na música, gravou apenas este compacto, em 1965 e um cd em 2020. Ao que consta, continua ativa na cena LGBTQI+ participando de show e eventos.
Neste compacto, como se pode ver temos Valéria, o travesti, numa seleção de sambas famosos em ‘pot pourri’ e fechando com a marcha rancho de João Roberto Kelly e Chico Anísio, “Rancho da Praça Onze”. Aproveitem, pois essa ainda não chegou no Youtube 😉
Nesta semana eu vou tentar facilitar a minha vida e de quebra alegrar a de vocês com uma série variada de compactos que já havia digitalizado recentemente. Curiosidades que caem como uma luva em nossa proposta de ouvir com outros olhos.
Aqui temos Zakiel’ 60. Um disquinho compacto que chama atenção. Psicodelia pura, pelo menos na capa. Curiosidade que não pode faltar na discoteca de todo amante da Jovem Guarda. Zakiel’ 60 é um grupo um tanto obscuro. Não consegui achar nenhuma informação sobre eles. A expectativa é grande, mas a realidade não vai além do comum, entre tantos grupos jovens que se aventuraram naqueles anos 60. Tudo se espelhando em Beatles, inclusive temos até uma versão para “Eleanor Rigby”. A outra faixa/face, autoral, peca pela caricatura vocal, que não chamaria muita atenção se não fosse tão desafinada. Mas, está valendo, faz parte e dentro de um contexto, a gente escuta mesmo com outros olhos 😉
Vejam vocês que disquinho ótimo para se ouvir neste domingo. Aqui temos um registro dos mais interessantes, coisa que agrada muito dj’s e colecionadores, principalmente os gringos que nessa altura já levaram embora todos os que ainda existiam. Por isso também vale uma baba. Não falta quem pague pra mais de 500 pratas no compacto de 7 polegadas.
Aqui temos (em verdade) a Orquestra Tabajara, de Severino Araújo, acompanhando seu ritmista/percussionista, o genial Pedro Santos (Sorongo). Não sei se é um momento especial de Severino ao amigo Pedro, dando a este a oportunidade de se destacar com suas pesquisas rítmicas, ou se atende ao apelo comercial da época, ao estilos de outras orquestras americanas, que faziam sucesso explorando os chamados ritmos exóticos, tipo Arthur Lyman, Martin Denny… Claro que, sem puxar a sardinha, em termos de ritmos e originalidade e até da competência, “Sorongo” vai além…
Nossa postagem de hoje traz este disquinho compacto, lançado de forma independente aqui nas Minas Gerais. Trata-se do Grupo Estrada, conjunto formado nos anos 80 e ao que sei, só chegaram a lançar este compacto simples, gravado na Bemol, em 1981. Segundo algumas informações colhidas em um site sobre um dos membros do grupo, Sérgio Seidel, este conjunto ganhou alguma projeção quando se apresentou em programas de televisão como o “Viola Minha Viola” e o “Som Brasil”. Também acompanharam o cantor e compositor Zé Geraldo bom um bom tempo. Sérgio Seidel também foi empresário de Zé Geraldo e parceiro na música “Caminhos de Minas” e ‘Quatro cantos da saudade”, lançadas no disco do Zé, em 1983.
Aqui temos um autêntico grupo musical mineiro, com todas aquelas características da música que se fazia por aqui naqueles anos 80. Disquinho bacana que em outros tempos talvez fosse um ‘debut’ para um lp. Hoje é uma raridade, pois se trata de uma edição independente e limitada.
Olá, amigos. Sejam bem vindos ao Toque Musical 2024! Neste ano voltamos ao estilo ‘drops misto’, uma variedade de cores, sabores e sons. Um balaio musical atemporal para agradar gregos, troianos e principalmente a nós que ouvimos música com outros olhos 🙂
Começando aqui nossos trabalhos trazendo um disquinho bem raro, compacto lançado pelo obscuro selo/editora Opus, Belo Horizonte e conforme tudo indica, no início dos anos 70. Digo isso porque em todo, o disquinho ainda é um mistério, trazendo Walter Gonçalves ou ainda, Waltinho (e seu conjunto), em um registro ao vivo no Mangueiras, um grande restaurante e churrascaria que havia em Belo Horizonte, na região da Pampulha, nos anos 70. Por se tratar de um disco compacto, sem capa e com pouquíssimas informações no selo, fica ainda a dúvida se este Walter Gonçalves é o mesmo pianista que gravou alguns discos nos anos 50 e 60. Eu acredito que sim, pois o estilo é bem parecido e naqueles anos 70 muitos músicos de gerações anteriores, as vezes em decadência, acabavam se dedicando a apresentações em boates e restaurantes.
Neste compacto, Waltinho acompanhado de um conjunto nos apresenta uma sessão bem ritmada de sambas numa sequencia em ‘pot pourri’ e a vibração que só se tem numa gravação ao vivo. Disquinho bem interessante de se ouvir e que por certo, logo vai estar também no Youtube através da turma que monetiza esses “filhos sem pais” que a gente posta por aqui… 🙂
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Neste mês, o Toque Musical está completando 15 anos. Uma data importante e também admirável, pelo fato de estarmos nessa cachaça a todo esse tempo. Ainda vamos falar mais sobre isso nos próximos dias. Por hora, vamos tentar fechar este mês de maneira completa, apesar dos atrasos, tanto nas postagens quanto nos links.
Temos hoje a brilhante figura do sambista baiano Batatinha. Não vou nem entrar em detalhes, visto que a contracapa já nos dá todas as informações necessárias. E como já disse, para tentar manter o TM diário e atualizado, vou reduzir ainda mais essas resenhas, que tomam tempo e pelo visto, não acrescenta muita coisa para vocês. Afinal, o que a maioria vem fazer aqui é mesmo só pegar a trilha do link para download, não é mesmo? Sigamos…
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Estávamos nos embalos fonomusicais de compactos portugueses, mas resolvi dar uma pausa nessa mostra. Em nova oportunidade eu trarei mais discos dos irmãos portugueses. Por hora ficamos aqui, mas também, ainda num compacto, quero prestar hoje a nossa homenagem ao artista pernambucano Paulo Diniz. Autor de grandes sucessos da música popular brasileira que, infelizmente veio a falecer ontem, dia 22 de junho. Por certo, não vi tanta comoção com a passagem deste artista, oque prova que a cada dia o Brasil perde um pouco da sua memória. O mesmo vale para tantos outros grandes nomes que partiram recentemente, como foi o caso do João Gilberto que teve mais repercussão fora do que dentro do Brasil. Nós aqui do Toque Musical também não fizemos menção ao falecimento do João, porém, ainda estamos programando mais uma postagem para ele, aguardem… Mas hoje, aqui, nossa atenção é para o Paulo Diniz, um artista que já apresentamos, inclusive o seu primeiro lp, no qual constam as músicas deste disquinho compacto. Duas versões, para “Western Union”, aqui chamada de “O telegrama” e “Seria bom”, uma antiga valsa que ganhou letra e virou pop da Jovem Guarda.
Logo que as coisas folgarem por aqui, vamos trazer um lp do Paulo Diniz. Por hora, apenas essa lembrança, que vocês encontram no GTM.
Boa noite caros amigos cultos e ocultos! No embalo lusitano lá vou eu trazendo mais um José. Desta vez tenho para vocês o José Calvário, também outro grande nome português. Foi um músico compositor, maestro e arranjador dos mais importantes em Portugal. Garoto prodígio na música, começou aos 10 anos, aos 20 já era arranjador e produtor. Atuou em diferentes linhas musicais, curiosamente até na ‘disco-music’, como poderemos conhecer neste disco que apresentamos. Por engano, pensei se tratar de um compacto, mas é um EP, lançado no Canadá, no auge da discoteca. Bem interessante os arranjos que ele cria para temas tradicionais da música portuguesa. Vale a pena conferir…
Boa hora, meus nobres amigos cultos e ocultos! Seguindo, aqui vai mais um José… E em se tratando de um português, não é um José qualquer. Como tantos outros portugueses artistas, José Jorge Letria é antes de tudo um destacado jornalista, poeta e escritor português que também, durante os anos 70 foi um ativo cantor de intervenção, ou cantor de protesto, como se fala aqui no Brasil. Letria atuou na música, em discos, de 1968 a 81. Tem uma dezena de discos gravados, sendo este um deles, um compacto, de 1974. No encarte há um texto do artista apresentando as músicas e ao mesmo tempo justificando naquele ano não ter gravado um lp. Aqui temos um tango jocoso e um rhythm and blues que não fica muito distante… Confiram no GTM.
Bom dia, meus camaradas, amigos cultos e ocultos! Como disse, temos aqui muitos discos e arquivos da música popular portuguesa, se fossemos postar todos, ficaríamos nessa por mais algumas semanas. Com certeza, todos aqui devem estar gostando, visto pelo número de visitantes ao Toque Musical. E assim sendo, vamos dar sequencia, trazendo ainda mais alguns disquinhos. A ideia era postar apenas um disco de cada artista aqui disponível, mas no caso do Zeca Afonso, vamos com mais um… aliás, era este o disquinho que deveria ter entrado. Mas, antes ter a mais do que ter a menos, não é mesmo?
Então, temos aqui um compacto dos mais interessantes, lançado em 1975. José Afonso nos apresenta dois temas que fazem referencia aos acontecimentos políticos ocorridos em 7 de março de 1975, em Setúbal e em manifesto cantado em defesa de ideais de soberania popular. Bem apropriado para o nosso momento, aqui no Brasil, tanto politicamente falando, quanto musicalmente, onde temos em “Viva o poder popular”, por exemplo, um ritmo semelhante a nossa quadrilha de festas juninas. Dá até para dançar na fogueira esse manifesto. É isso aí, viva o poder popular, pois popular de verdade tem consciência de classe, o resto é gado!
Boa hora, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Entre os vários disquinhos compactos, o do José Afonso não poderia faltar, sendo este um dos mais queridos artistas portugueses da música de protesto. Conhecido, principalmente aqui no Brasil, pela música “Grândola, Vila Morena, que foi uma das ‘trilhas’ da Revolução do 25 de Abril. Aqui temos ele neste compacto de 1960, lançado pelo selo Alvorada. Neste período Zeca Afonso ainda não era um cantor de protesto e aqui, ao contrário do que havia dito logo no início dessa mostra, não teríamos os fados. Mas desses não temos como fugir, assim como falar de música brasileira sem incluir o samba. Então, aqui vão eles, três fados e uma canção, sendo apenas a canção “Balada” de autoria de José Afonso. Confiram no GTM…
Bom dia, meus amigos cultos e ocultos! Cada vez que mexo em meus arquivos encontro mais discos da música portuguesa. Por hora, vou postando apenas os discos cujos arquivos estão completos, com capa e selo. A media em que eu for completando, eu vou publicando, oque não quer dizer necessariamente que isso vai ser por agora. Fiquem tranquilos, há sempre uma nova oportunidade para uma nova mostra e talvez, na próxima, seja a vez dos lps 🙂 Por hora e agora, vamos nos disquinhos…
Aqui temos Carlos Cavalheiro, músico que foi vocalista do grupo de rock progressivo Xarhanga. Creio que já apresentamos ele aqui no Toque Musical em outra mostra mais antiga, juntamente com outro português, Júlio Pereira, no lp “Bota Fora”. Aqui temos ele neste compacto de 1975, trazendo como destaque a música “A boca do lobo”, de Sérgio Godinho, a qual ficou em segundo lugar no Festival da Canção de 1975. Confiram no GTM…
Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje nosso encontro português é com António Viera da Silva, cantor, compositor e poeta. Nos anos 60 participou ativamente do movimento de renovação da música portuguesa, ao lado Adriano Correia e José Afonso, dois outros grandes nomes da música portuguesa. Vieira da Silva gravou poucos discos, entre os anos 60 e 70, mas após se formar em medicina, acabou em sua arte ficando apenas com a poesia. O presente compacto, de sete polegadas, foi seu primeiro disco, gravado em 1969 e como tantos ouros naquela época, foi censurado e apreendido pela ditadura. Nunca chegou a ser reeditado, então, este é mais um registro que vale a pena conhecer, inclusive por nós brasileiros, pois nesse sentido o povo português é bem mais aguerrido, bem mais consciente e político do que nós. Que nos sirva de lição, de exemplo em nossa luta por uma democracia verdadeira. Confiram o disquinho no GTM…
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Hoje, nosso encontro português é com a cantora Maria Guinot em seu disco de estreia, um compacto duplo no qual trazia uma música que se destacou nas rádios portuguesas, “Criança loura”. Ainda naquele final dos anos 60 ela gravou mais um compacto e só voltaria a gravar nos anos 80. Sua discografia é pequena, mas atuou em diversos coletâneas, eventos e festivais promovidos pelas rádios e tvs de Portugal. Confiram no GTM…
Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa mostra portuguesa de discos compactos, hoje temos a presença do cantor e compositor José Almada, um artista que até mesmo na ‘terrinha’ passou meio que despercebido e isso se deve também ao fato dele ter gravado poucos discos até hoje. Iniciou-se no disco aos 17 anos, conforme o texto de contracapa. Este compacto foi lançado no mesmo ano em que lançou também seu lp, “Homenagem”, considerando um dos grandes álbuns da música popular portuguesa. Seria uma prévia do lp, hoje, uma raridade, visto que boa parte dos discos de artistas portugueses não tiveram reedição, nem em cd. O que torna iniciativas como esta no Toque Musical de grande importância, principalmente para os amigos portugueses que também estão sempre por aqui. Confiram este disquinho no GTM.
Boa hora, amigos cultos e ocultos! Foi começar a postar esses disquinhos ‘singles’ para me aparecerem mais. Acho que tenho munição para até o fim do mês. Será que vale a pena encarar? Estou pensando em continuar, tem muita coisa interessante para se conhecer na música portuguesa e vamos perceber que também temos muito em comum além da língua.
E eis que temos para hoje este compacto do cantor Branco de Oliveira, lançado em 1974. Um disquinho curioso, como cabe a esses portugueses. Acho que neste caso eu não saberia nem definir as músicas deste compacto. Nosso artista também não está tão disponível na rede e as informações são escassas. Ao que consta foi um artista que se destacou na música portuguesa nos anos 60 e 70. Começou tocando rock, foi ‘crooner’ em orquestras e conjuntos profissionais. Foi dono de restaurante e se destacou também na televisão. Gravou vários discos e em sua própria editora e selo musical, a Metro-Som que existe até hoje, sendo a mais antiga de Portugal. Confiram nosso artista no GTM…
Boa tarde, caros amigos cultos e ocultos! Vamos aqui, na sequência, trazendo mais um compacto, desta vez com o Green Windows, um grupo, que conforme o próprio texto de contracapa informa era um projeto do Quarteto 1111 acompanhado por quatro vozes femininas, que por acaso eram as namoradas e esposas dos rapazes da banda. GreenWindows foi então um grupo vocal português cantando em inglês, em busca de um vôo internacional. Aqui temos uma gravação de 1973, antes de irem para Londres, onde gravariam as mesmas músicas em inglês. Este disquinho foi lançado no Brasil em 1974, quando então o grupo já fazia um relativo sucesso para além de Portugal.
Encontrei em um blog (Portugal Através do Mundo) uma postagem sobre o Green Windows que irá complementar bem o que já temos por aqui, inclusive no texto de contracapa, que por certo não corresponde ao disquinho que temos. Lembrando que “Twenty years” e “The story of a man”, são os títulos em inglês para “Vinte anos” e “Uma nova manira de encarar o mundo”, músicas de José Cid e Tozé Brito. Confiram no GTM…
Boa hora, amigos cultos e ocultos, seja antes ou seja agora! (só pra rimar, hehehe…) E vamos nós nos disquinhos compactos portugueses. Desta vez apresentando Fernando Tordo, outro dos mais destacados e polêmicos artistas portugueses, dono de um extensa discografia. Morou no Brasil por uns quatro anos e também gravou disco por aqui. “Cavalo à solta” foi uma das suas primeiras composições com o poeta José Carlos Ary dos Santos e concorreu ao VIII Grande Prêmio TV da Canção Portuguesa e aqui está juntamente com outra composição dos dois, “Aconteceu na primavera”. Confiram no GTM…
Um bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nosso mostra portuguesa (com certeza), temos desta vez a presença de Duarte Mendes, mais um artista de destaque na música portuguesa dos anos 70. Ao que consta, José Henrique Duarte Mendes foi um dos chamados “capitães de abril’, por conta da sua participação na Revolução de 25 de abril, de 1974, também conhecida como “Revolução dos Cravos”. Duarte Mendes era um militar, parte do grupo dos capitães que se revoltaram contra a ditadura portuguesa. Na música, gravou vários discos, principalmente compactos e participou também dos festivais, muito comuns naquela época. Este é um dos seus discos mais conhecidos e traz duas canções, sendo “Adolescente” uma da músicas que concorreu ao VIII Grande Premio da TV Portuguesa, em 1971. Eis aqui um disquinho com um leve frescor de bossa nova, principalmente nesta canção. Confiram o ‘single’ no GTM…
Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Hoje temos em nosso encontro este compacto simples do cantor português, Hugo Maia de Loureiro, um artista que segundo consta, teve uma carreira curta, pelo menos em disco. Se tornou conhecido em programa da RTP, o Zip Zip, onde se apresentavam diversos artistas da época e o qual se tornaria um selo, editando assim, principalmente em discos compactos, os seus artistas. Como vocês já devem ter percebido, outros dos disquinhos que postamos aqui são deste selo. Aqui, no presente compacto, temos Hugo Maia de Loureiro interpretando duas canções de José Carlos Ary dos Santos e Nuno Nazareth Fernandes, “Canção de madrugar” e “Canção de amanhecer”, sendo a primeira, defendida pelo cantor em um festival. Se tornaria uma música bem popular em Portugal. Confiram no GTM…
Olá, amigos cultos e ocultos! Continuando nossa mostra ‘luso-musical’, temos para hoje Bártolo Valença e seu conjunto (Rapazes do Ritmo). E havia dito que não teríamos fados, mas isso é quase inevitável. Como diz uma das músicas deste disco, “tudo é fado” quando o assunto é Portugal. E no caso aqui, temos um artista típico da ‘terrinha’ acompanhado pelo conjunto “Rapazes do Ritmo”, seu primeiro grupo musical que mais tarde se tornaria em, Rapsódia Portuguesa, dando mais ênfase as tradições e folclore lusitano. Bártolo Valença iniciou-se nos anos 50 e esteve atuante por toda a década de 60 e no inicio dos 70. Era um artista bem popular, se apresentava em festejos e casas de espetáculos e também gravou vários discos. Aqui temos dele o compacto “Até a vista Lisboa”, lançado ao que costa, em 1966. Ora pois… temos aqui a música portuguesa, com certeza…
Bom dia e em boa hora, amigos cultos e ocultos! Em tempos de ameaças ao estado democrático, na eminência de uma tentativa de ditadura por parte de uma direita burra que deu palanque a um imbecil, qualquer manifestação contrária a tudo isso é uma bandeira de resistência. E aqui, como já sabem, a esperança corre pela esquerda. Embora toda vez que faço alguma menção a política sofro alguma retaliação por parte de gente que está aqui só para vigiar, vou continuar levantando bandeiras de nossos ideais libertários. Ditadura, o caralho! Se pregam a máxima de “liberdade de expressão”, então que seja válida tanto para Chico quanto para Francisco, ok?
Então, temos aqui um precioso disquinho do compositor português Manuel Freire que eternizou musicando o poema “Pedra filosofal” do poeta António Gedeão, originalmente publicado em 1956, se tornando em uma espécie de hino de resistência contra a ditadura portuguesa. E, por certo, reflete também para outros países que enfrentaram e enfrentam regimes militares totalitários. Pelas informações colhidas na internet, Manuel Freire tem uma longa trajetória musical, gravando vários discos, sendo “Pedra Filosofal” uma constante de destaque em sua obra. Confiram no GTM…
Boa hora, caríssimos amigos cultos e ocultos! Aqui mais um disquinho, um compacto de cantores portugueses. Desta vez um disco de 1971 trazendo a cantora Tonicha, uma artista bem popular em Portugal. Tem em sua carreira uma dezena de discos gravados e ao que consta, ainda continua atuante.
Este compacto traz duas canções de Nuno Nazareth e Ary dos Santos, sendo que “Menina do alta da serra” foi a música classificada e defendida por Tonicha, no festival Eurovisão e no qual alcançou o nono lugar. Confiram no GTM….
Bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Conforme eu havia dito, estarei nas próximas postagens trazendo alguns discos da música popular portuguesa. São em sua maioria discos compactos, singles, muito comuns naquela época e diferente dos nacionais que por aqui nem sempre caprichavam nas capinhas. As capas de compactos europeus são sempre bacaninhas, laminadas, bem acabadas e geralmente atraentes. E acho que foi muito por conta disso que resolvi trazê-los para um toque musical. Procurei também separar bem as coisas… Nada contra, mas aqui não vai ter fado. Afinal nem só de fado vive a música popular portuguesa e vamos ver isso.
Para começar, temos aqui um raro exemplar, até mesmo em Portugal deste interessante compacto trazendo a cantora Simone de Oliveira. Simone esteve no Brasil, em 1966, no primeiro Festival Internacional da Canção defendendo a canção de seu país. E foi nesta oportunidade que conheceu vários artistas brasileiros e no caso aqui, a compositora Vera Brasil. Coincidentemente, há poucos dias atrás eu postei aqui um disco sobre a obra de Sivan Castelo Neto, que era o pai de Vera Brasil. E neste disquinho, um compacto duplo, a cantora Simone de Oliveira interpreta quatro composições de Vera, sendo duas delas com seu pai Sivan e uma com Adilson Godoy. Como se pode ver, na contracapa há um texto de apresentação, de Vera Brasil no qual ela comenta esse encontro da cantora portuguesa com a música brasileira. O disco foi gravado em Portugal quase um ano depois deste festival. Bem interessante. Vale a pena conhecer e conferir 🙂