Perfume Azul Do Sol – Nascimento (1974)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Hoje temos um disco que só viria a ser conhecido graças a internet e em especial aos blogs de compartilhamento musical. Por certo, muita coisa do mundo fonográfico só foi ressuscitado por conta desse resgate e talvez nos dias atuais sejam mais conhecidos do que em sua época. A banda Perfume Azul do Sol é um exemplo clássico do obscurantismo que agora vem a tona. Depois de bem divulgado nos blogs e sites de música nos últimos dez anos, ele finalmente recebeu uma segunda edição, também tímida, que creio eu, não chegou a 500 cópias. Segundo contam, “Nascimento”, embora bem produzido e lançado por uma grande gravadora, não passou de 120 cópias, as quais foram apenas distribuídas entre amigos. A banda também não durou muito, talvez somente o tempo de gravarem esse trabalho. O disco apresenta boas composições, passeando num misto de rock e mpb bem comum às bandas daquele período. Boas pitadas de guitarra para disfarçar um vocal que funcionaria melhor se fosse mpb. A banda ainda conta com a participação de Pedro Baldanza, do Som Nosso de Cada Dia e também Daniel Salinas, dando assistências musical nos metais e flauta. Taí, um disco que embora já bem rodado ainda faltava bater o ponto por aqui. Confira o cheiro no GTM. 😉

20.000 raios de sol
sopro
calça velha
deusa sombria
o abraço do baião
equilíbrio total
nascimento
pé de ingazeira
canto fundo
a ceia
 
 

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Kleber E Norma Suely – Compacto (1966)

Olá, amigos cultos e ocultos, bom dia! Temos para hoje um compacto, um disquinho promocional da cantora Norma Suely. Quando digo promocional é porque entendo que os discos compactos sempre tiveram essa função, promover um determinado artista antes do lançamento do lp. Por certo e por diversas razões muitos ficam só no compacto. Mas isso é uma outra história…
Norma Suely foi um nome consagrado, uma cantora lírica mineira que se destacou na música popular nos anos 50 e 60. Conforme texto em seu site, de 1951 a 67 reinou a cantora Norma Sueli. Desde a sua primeira aparição no programa “Pescando Estrelas”, da Radio Clube do Brasil. Contratada pela Rádio Nacional, viajou pelo Brasil em caravanas. Gravou vários discos, entre os quais, “A voz e o violão”, de Luiz Bonfá. Esteve ao lado de outros grandes astros do rádio. Nos anos 60 esteve também muito atuante. Gravou pela Odeon um disco cantando todas as músicas do Festival de San Remo 65. Arrendou a boate Samba Top, no posto 6, em Copacabana. Por lá se apresentavam grandes feras da mpb e ela também, ao lado do cantor Kleber com quem viria a gravar este compacto no qual se destaca “Juanita Banana”, um de seus maiores sucessos.

j’ai changé (por ti)
juanita banana


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Filó Machado – Filó (1978)

Filó é mais um desses grandes artistas brasileiros que tem passado batido, pouco falado, pouco ouvido. Pelo menos aqui no Brasil. Lá fora o cara é respeitado, com vários discos lançados e trabalhos ao lado de nomes como Kenny Barron, César Camargo Mariano, Romero Lubambo, Djavan, Michel Legrand, Jane Bunnet, Johnny Alf, Tetê Espíndola, Hermeto Pascoal e vai por aí a fora. Neste disco de 1978, o primeiro de sua carreira, já podemos ver o nível e a qualidade do cara. Me faz lembrar um pouco o Milton Nascimento. Bom disco!