Madrigal Renascentista – Israel Para Ouvir E Sonhar (1978)

Olá amigos cultos e ocultos! Mais uma vez, marcando presença em nosso Toque Musical, temos o grupo Madrigal Renascentista. Na postagem do disco anterior eu não cheguei a fazer uma apresentação sobre eles, o que nos leva agora a dar umas ‘resenhadas’.
O Madrigal Renascentista é um grupo coral surgido em Belo Horizonte na segunda metade da década de 50. Ele foi formado, inicialmente, por um pequeno grupo de estudantes de música liderados pelo então jovem regente Isaac Karabtchevsky. Seu objetivo era a música feita para coro ‘a capella’, ou seja uma música exclusivamente para vozes. Num primeiro momento, o grupo estava interessado em interpretar canções concebidas na Renascença. Nomes como Claude Janécquin, Orlando di Lassus, Giovanni Perluigi da Palestrina e Cláudio Monteverdi, passaram a ser redescobertos e apresentados ao público. O grupo tomou corpo a partir dos primeiros ensaios na casa do Maestro Carlos Alberto Pinto Fonseca e em seguida na residência da família da cantora/solista Maria Lúcia Godoy, que também participava do coral. A primeira apresentação do Madrigal aconteceu em 1956, em Belo Horizonte. No repertório, além da música renascentista havia também peças do folclore brasilerio. Esta apresentação, de muito sucesso, institucionalizou de vez o Madrigal Renascentista como uma sociedade artística, garantindo-lhes o apoio inclusive do Presidênte JK. Graças a este, o coro fez sua primeira turnê internacional em diversos países da Europa. Jucelino também deu uma força, levando o Madrigal para cantar na inauguração da nova capital federal. Daí em diante o coro foi a cada dia conquistando palcos, públicos e boas críticas, nacionais e internacionais. Continuam ainda hoje super atuantes e cada vez mais reconhecidos com um dos mais importantes grupos corais do mundo (vejam o site). Ao longo de todo esse tempo gravaram diversos discos. Entre eles o álbum “Israel para ouvir e sonhar”, gravado no Estúdio Bemol, em 1978. O disco foi idealizado em homenagem aos 30 anos do Estado de Israel. Nele encontramos versões em português de uma série de músicas tradicionais do folclore judaico. Essas versões foram feitas pelo ator e poeta Salomão Zylbersztajn. A regência é do Maestro Afrânio Lacerda. Para completar o belo trabalho fonográfico, temos a capa com desenhos do artista plástico Chanina.

vamos cantar (havah negliah)
o rabino alegre (rebe eile melach)
a professorinha (oifen pripetchick)
mamãe tinha três filhos (drai ingelech)
festa de casamento (mazel tov)
do céu um presente (shein vi de levone)
a fogueira (arum dem faier)
rosinha (reizele)
venha venha (tzena tezena)
nosso mestre, o rabino (sha shtil)
canção da paz (partizan)
beltz (mein shtetele beltz)
cantem , cantem (hulet hulet kinderlech)
a primeira valsa (ersté valtz)
só para mim (bei mir bistu shein)
neguev (neguev)
numa ladeia (bei dem shteitl)

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