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Luiza (1964)

Depois de uma Luisa portuguesa, que tal uma Luiza brasileira? Por certo, não há o que comparar, até mesmo porque uma é com S e outra é com Z. Na verdade, são coisas bem distintas, gêneros diferentes, cada uma em seu lugar. Aproveitamos mesmo foi só para dar ter um gancho…
Esta é Luiza, cantora mineira e se não estamos enganados, de Belo Horizonte… Há pouco tempo atrás publicamos aqui um outro disco dela, um compacto. E agora vamos com o lp, também mencionado na postagem anterior. Replicando… Luiza, que surgiu nos anos 60 como uma revelação da Bossa Nova. Gravou em 64 este seu primeiro e único lp, um disco hoje consagrado, raro e que só a alguns anos atrás recebeu uma reedição em cd. O que fez o disco ser especial, além de sua belíssima voz e estampa foi o fato de ter sido nele que aparece uma primeira parceria de Dori Caummi e Edu Lobo. O disco é recheado de compositores bossanovistas e dele participam vários, entre esses, Milton Nascimento e Wagner Tiso, em início de carreira. Para dourar mais a coisa, temos também a participação, arranjos e regências do maestro Moacir Santos. Daí se vê que Luiza estava com a bola toda. Embora vivendo intensamente as transformações musicais da época, tendo seu apartamento sempre bem frequentado por outros artistas, assim como Nara Leão, em seu apartamento, Luiza acabou seguindo carreira no magistério, se tornando professora, casou e foi ser dona de casa…
 
abandono
sem ter por que
você
passa por mim
deus brasileiro
manhã sem você
meu caminho
meu comportamento
pensa
olhando estrelas no céu
mar amar
 
 

Luisa Salgado – Luisa Novamente (1963)

Na sequencia fonomusical temos para hoje a cantora portuguesa Luísa Salgado que aportou no Brasil no início dos anos 60 para uma longa temporada, se apresentando em casas de shows de São Paulo e Rio de Janeiro, conseguindo na época um notável sucesso. Ao que se sabe, gravou dois discos pelo selo Philips, aqui no Brasil. E como quase toda cantora portuguesa da época, Luísa cantava fado. Aliás, na ‘terrinha’ ela é conhecida como fadista. Mas para gravar por aqui, teve que incluir outros ritmos como o bolero, canções romanticas e até samba canção. Este, como o próprio título já sugere, foi seu segundo lp. 
 
chapéu preto
lado a lado
tu sabes lá
lugar vazio
évora
regalame esta noche
súplica
gorrioncillo pecho amarillo
doce amargura
nossas penas
dois cirios
o passado morreu
 
 
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Os Rouxinóis E Pachequinho E Sua Orquestra – Isto É Sucesso (1963) 

Agora há pouco, quando preparava esta postagem, tentei entrar na versão blogger.com, onde inicio como postagem principal (Galeria de Postagens do Toque Musical) e levei um baita susto, pois o blog não abriu. Mostrou uma mensagem típica de quando é deletado. Achei que tivessem bloqueado essa minha conta. Se isso acontecesse seria um caos, uma perda irreparável para mim e para vocês, amigos cultos e ocultos. Porém, mexendo daqui e dali consegui acessá-lo por dentro, possibilitando criar esta postagem. Contudo, não há acesso ao blog no ambiente público, pelo menos até este momento. Espero que seja apenas uma instabilidade, pois se não conseguir acessá-lo, não tenho como fazer um backup para a versão WordPress (www.toque-musicall.com), que é a mais conhecida e visitada. Daí, só conseguirei fazer essa e outras publicações quando a coisa voltar ao normal. Espero que seja só um mal funcionamento. Tomara…
Assim, vou seguindo e já deixando pronta a publicação do dia. Temos desta vez um disco do selo Copacabana, safra 1963, trazendo o grupo vocal, Os Rouxinóis, acompanhados pelo maestro Pachequinho e sua orquestra. Um lp bacana com repertório de sucessos nacionais e internacionais que por certo irá agradar a muitos por aqui. Confiram o arquivo completo no GTM, (Grupo do Toque Musical).
 
o passo do elefantinho
uirapuru
papai walt disney
zé de conceição
tudo de mim
sonho de menina
afrikaan beat
making believe
al di là
sonhar contigo
maria
autumn souveniers
 
 
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Dalila – Sensação (1964)

No mês de aniversário do nosso Toque Musical vamos buscando trazer alguns discos realmente interessantes. Aqui, mais uma raridade que você, colecionador não pode perder e que por certo irá encontrar na Acervos, uma excelente loja de discos de Belo Horizonte (Acervos, da Savassi, ok?), Dalila, uma excelente cantora gaúcha que surgiu nos anos 60 a partir de um programa da TV Record, de São Paulo, chamado “Um cantor por um milhão”, no qual ela, merecidamente, foi escolhida como melhor intérprete. Como prêmio, ela ganhou um milhão de cruzeiros e a gravação de um lp, no caso, este que agora apresentamos. Foi assim o começo de uma grande carreira que mais tarde a levaria a um plano ainda mais alto, como artista internacional. Durante os anos 60 ela gravou outros discos, participou ao lado de outros grandes artistas em diferentes projetos, carnavais e festivais. Em 65 gravou outro ótimo lp pela Polydor. Já nos anos 70 viajou para a Europa representando a música brasileira, o samba, em diversos espetáculos de sucesso e por lá ficou. Mudou-se para a Suécia se tornando uma artista mais conhecida por lá do que aqui, no Brasil. Infelizmente, em 2004 ela veio a falecer, encerrando de vez uma gloriosa carreira, sendo enterrada na Suécia. A propósito, seu nome verdadeiro era Glória.
Quanto a este disco, não é preciso nem falar, uma beleza, assim como a própria capa. Discaço! Imperdível, diga-se de passagem…
 
devagar com a louça
eu quero um samba
samba no chuveiro
o apito na escola de samba
samba encabulado
tchau mesmo
crioulo bem
samba rasgado
todo dia é dia de chorar
ponta e placê
é o fim
desafinado
 
 
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Sônia Dutra (1968)

Temos hoje mais uma cantora. Na verdade, mais do que cantora, Sônia Dutra, a ‘Miss Vasco da Gama” no início dos anos 60, mulher de uma estonteante beleza que se consagrou como atriz do cinema, teatro e televisão. Muitos hão de se lembrar dela. Também foi cantora. Gravou alguns compactos e este único lp, lançado pelo selo mineiro Bemol. Como boa parte dos trabalhos desta gravadora, este é um disco raro de se encontrar por aí e talvez uma das produções mais originais. Lançado no final dos anos 60, foi um disco dirigido por Evaldo Gouveia, com arranjos e orquestração do maestro Renato de Oliveira. O repertório romântico apresenta músicas de compositores consagrados, sendo em sua maioria da dupla Evaldo Gouveia e Jair Amorim.
 
varinha de condão
por teu amor
alguém ao telefone
todas aas mágoas do amor
um novo céu
dá-me tuas mãos
um minuto a mais
chorar em colorido
cantiga de quem está só
conversa
dedicatória
último encontro
 
 
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Vera Lúcia (1960)

Nesta semana estou postando alguns discos que peguei emprestado como o amigo Márcio, dono da melhor loja de discos de Belo Horizonte, a Acervos, que fica na Savassi. Lá eles tem uma infinidade de discos interessantes, muita coisa antiga e rara para atender o mais diferente gosto musical, rock, jazz, pop, importados, velhos e novos. Mas meu foco são os discos antigos, os raros, obscuros e curiosos da discografia brasileira que cabem tão bem em nosso Toque Musical. Você que é colecionador e busca por essas raridades, estando em BH, não deixe de passar por lá. Vai nadar de braçada, como diz o outro 🙂
Então, para hoje, vamos com a cantora Vera Lúcia em seu terceiro lp pelo selo Philips. Os dois primeiros pelo mesmo selo já foram apresentados aqui. E mais uma vez temos a cantora nos deliciando com sua voz e um repertório sempre de qualidade. Este disco não é novidade para os seguidores de blogs musicais, mas certamente é aqui que ele encontra sua ‘morada’, visto que em outras ‘praças’ só restou a estampa. Confiram no GTM, pois os links por lá tem prazo curto, geralmente com uma validade de seis meses a um ano. Mas sempre há como solicitar no TM uma reposição exclusiva. Afinal, quem não chora não mama, não é mesmo?
 
brotinho bossa nova
a canção dos seus olhos
em hora errada
faz de conta
chamando você
mundo mau
pior pra você
tanto amor
ser só
figurinha de boite
só mesmo por amor
samba triste
 
 
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Irmãs Castro – Beijinho Doce (1966)

E aqui vamos nós nessa verdadeira colcha de retalhos musicais. Cada dia uma surpresa, como um dropes misto de vários sabores. Falou em curiosidades e raridades fonomusicais, é aqui mesmo 🙂
Desta vez temos um lp dos mais interessantes, raro e curioso. O ‘raro e curioso’ se dá por conta dessa primeira edição, lançada pelo selo Continental, onde temos esta capa que hoje em dia seria algo apelativo ou politicamente incorreto. Não é atoa que em outras reedições dos mesmos fonogramas, lançados em décadas seguintes, essa capa com duas crianças se beijando na boca, foi substituída por rosas e pôr de sol. Quanto ao conteúdo musical, não há de se negar, é realmente muito bom, uma seleção de guarânias e rasqueados sul-matogrossense. Boa parte composições de Nhô Pai (João Alves dos Santos), sendo “Beijinho doce” seu sucesso mais conhecido e que ganhou fama nas vozes de Maria de Jesus Castro e Lourdes Amaral Castro, as Irmãs Castro, dupla de cantoras e compositoras de música regional e sertaneja que iniciaram carreira ainda na década de 40. Este lp reúne seus maiores sucessos, sendo o primeiro lp de 12 polegadas da dupla. 
 
beijinho doce
cantineiro
três dias
faz um ano
orgulhos
seriema
chalana
cidades do mato grosso
o sertanejo
aventureira
moreninho lindo
noites do paraguai
 
 
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A Divina Increnca (1980)

Hoje, nosso ouvido é puramente instrumental, ou seja, da boa música instrumental produzida no Brasil nos anos 80. Aqui temos A Divina Increnca, grupo formado pelos músicos Azael Rodrigues, Felix Wagner e Rodolfo Stroeter. Um trabalho dos mais interessantes produzidos naquele início dos anos 80. Gravado numa sentada só e em apenas dois dias (e em dois canais) Claus num pequeno estúdio, O JV, de Vicente Salvia e também na Sala Guimoar Novaes, por conta do piano que não cabia no JV. Participam também do disco o saxofonista Mauro Senise e o flautista Claus Petersen. Música instrumental contemporânea para ouvidos treinados, um ‘free jazz’ bem inspirado. Este disco chegou a ser relançado no formato cd, remasterizado pelo Lelo Nazário. A Divina Increnca, infelizmente não durou mais que um ano, sendo este o único trabalho coletivo realizado por esses músicos.
 
cheguei lá e tal
canção pra ela – baião
friii-tz
ainda bem que não flalta fauta
frevo do cheiro (nóis sofre + nóis goza
a lira e agira
ufa!
conforme o dia (filomena)
 
 
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A Turma Do Bom Balanço (1966)

Hoje é dia 17 de julho. Pessoalmente, não gosto muito desse número não, pois, mesmo sem querer nos remete a uma besta, talvez até mais nociva que a 666. Porém, 17 é também a idade do nosso blog Toque Musical que se completa agora no dia 30 de julho. Estamos fazendo 17 anos e eu que não acreditava que chegaríamos a 7, estamos aí deixando para trás muitos outros blogs que como o TM ajudaram a desenterrar a fonografia brasileira. Muito por conta desse número, não estamos fazendo festa, mas continuamos embalando a festa dentro de cada um que nos visita, nossos amigos cultos e ocultos, como dizíamos antigamente. E nessa, vamos trazendo muitos títulos/discos que se tornaram órfãos desses outros falecidos blogs musicais. 
Aqui temos um lp que é realmente uma joinha, superestimado, diga-se de passagem, principalmente por conta de especuladores, vendedores de discos que chegam ao desplante de oferecer um exemplar com este por mais de 4 mil reais (por certo, deve ser um disco de ouro, ou coisa assim). A Turma do Bom Balanço é mesmo um disco bacana por conta de um time de músicos de primeiríssima linha, como se pode ver no texto de contracapa e também pelo fino repertório que não deixa nada a desejar. É uma raridade? Sim. Mas só dois tipos de gente pagaria esse valor, colecionadores vaidosos endinheirados, ou endinheirados vaidosos que se acham colecionadores. Tem nêgo pagando caro só para sair bem na foto em suas redes sociais. Mas tá valendo…
 
abandono
essa favela que eu amo
fora do tempo
mar amar
bom balanço
você
garota moderna
vai de vez
gente
preciso aprender a ser só
juca bobão
 
 
 

S.O.S. – Band It (1974)

Aqui temos um disco interessante lançado na primeira metade dos anos 70 no qual temos a ‘gerência’ por conta do grande Orlando Silveira, músico que começou a atuar profissionalmente ainda na década de 40, na Radio Tupi de São Paulo. Era também compositor, tocava cavaquinho e acordeom. Fez parte de grupos famosos como o Regional de Canhoto. Passou boa parte de sua vida profissional na gravadora Odeon, onde fez muitos arranjos para diferentes discos e artistas deste selo. Esteve na Odeon por vinte anos. Trabalhou com diversos outros artistas ao longo de sua carreia até o início dos anos 90 quando veio a falecer, ainda com 68 anos. Entre os muitos trabalhos que fez, gravou discos como este, “Band It” com um apelo moderno, seguindo as tendências musicais da época. Neste lp participam, de maneira quase anônima, artistas como o grupo The Fevers e Gerson King Combo. E é talvez muito por conta dessa pegada funk, black music que o disco hoje se tornou uma peça estimada entre colecionadores e dj’s, vendido a preço de ouro como se fosse o supra-sumo das maravilhas. Por certo, o disco é bem legal e tem lá suas qualidades. Seu exotismo e interesse para os gringos está nessas versões e arranjos desconcertantes de sucessos internacionais. E cabe ainda um sucesso carnavalesco, “Quem sabe sabe”, de J. Sandoval e Carvalhinho, transformado em um samba funk, ou algo assim.
 
kohoutec
me and you
goddess of love
shangri-la
quasars
concerto pour une voix
pretty flower
big splash
our love dream
the age of love
long long time
quem sabe sabe
 
 
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Pequenos Cantores Do Colégio Santo Agostinho – Perambulando (1973)

Aqui um lp que há muito esperava para ser postado. Os pequenos cantores de Belo Horizonte, alunos do tradicional Colégio Santo Agostinho, ou, Pequenos Cantores do Colégio Santo Agostinho. Já tivemos a oportunidade de ver e ouvir aqui um outro disco deles. Desta vez, vamos com este, que creio, foi gravado no início dos anos 70, por certo 1973.
O Colégio Santo Agostinho foi um dos poucos, ou talvez o único, na cidade a promover a música como parte de seu projeto educacional, através de atividades contínuas com seus alunos. Criou nos anos 60, a exemplo dos “Pequenos Cantores da Guanabara”, o seu grupo musical, inicialmente apenas com a intenção de homenagear o ‘Dia das Mães’. Ao longo dos anos e sempre renovando as vozes, eles foram gravando novos discos, lps e compactos. O fato mais interessante desses lançamentos é que todos os discos tiveram o apoio profissional, os arranjos de quatro grandes nomes da música mineira, Aécio Flávio, Célio Balona, José Guimarães e Waldir Silva. Percebe-se também ao ouvir que os maestros também foram instrumentistas. A qualidade é mesmo muito boa e inquestionável. O repertório também não fica por menos.
 
serafim e seus filhos
encabulada
partido alto
valsinha
fumacê
esperanças perdidas
debaixo dos caracóis dos teus cabelos
nasceu jesus
alô fevereiro
agora eu sei
hei shazan
perambulando
 
 
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Idalina De Oliveira – Idalina (1962)

Para o dia de hoje, vamos trazendo a Idalina de Oliveira, cantora, atriz e garota propaganda. Idalina foi uma das pioneiras na televisão brasileira como garota propaganda. Atuou principalmente nos anos 50 e 60. Como atriz, trabalhou no seriado infantil “Capitão 7”, da TV Record, que foi ao ar de 1954 a 1966. Ela era ‘Silvana’, a companheira do Capitão 7. Foi ainda no início dos anos 60 que ela foi convidada para gravar uma música na Chantecler e esta foi “Mariquilla bonita”, em versão de Joaquim Gustavo, recebendo o nome de “Amorzinho querido”, sendo lançada primeiramente em compacto e que teve muito sucesso. Isso deu a ela a oportunidade de gravar este lp com as orquestras de Élcio Alvarez e Francisco Moraes. “Idalina” foi seu único disco, no qual traz um repertório misto de sambas, baião e versões, incluindo “Amorzinho querido”. Em 1966 ela voltou a gravar um outro compacto, mas ficou só nisso… Aproveitamos para incluir aqui, como bônus, as duas músicas deste compacto.
 
pissi pissi bao bao
amorzinho querido
tristeza em meu coração
chove no meu coração
fim de noite
vento do mar
gosto de você
vai trenzinho
passeando pela praia
convencido do sete sete nove
a canção que te ouvi cantar
furugudum
você é tudo para mim
alguém na vida da gente
 
 

Vanusa – Prá Nunca Mais Chorar (1967)

Hoje, vamos de compacto. Um disquinho importante na carreira da cantora Vanusa. Este foi o seu primeiro disco, lançado pela RCA Victor, em 1967, período que a cantora e compositora se revelou no movimento da Jovem Guarda. Aqui temos ela com seu primeiro sucesso, “Pra nunca mais chorar”, música de Carlos Imperial e Eduardo Araújo. Eis aí um compacto bem raro, que não aparece nem mesmo em algumas de suas discografias.
 
prá nunca mais chorar
o geghege
 
 
 

Grupo De Seresta João Valle Maurício – Lágrimas Ao Luar (1977)

Para esta nossa sexta-feira, vamos trazendo aqui um disco de seresta, gênero que faz muito sucesso entre nossos amigos e que mais que nunca vale a pena deixar aqui registrado. O Grupo de Seresta João Valle Maurício vem de Montes Claros, uma das grandes cidades do norte de Minas Gerais.
João Valle Maurício foi um médico, nascido e criado nesta cidade. Político em sua cidade natal, poeta, cronista e contista, tendo vários livros publicados. Foi também reitor da Fundação Norte Mineira de Ensino Superior, hoje Unimontes, onde implantou o curso de medicina, direito e administração. Também seresteiro, na música, criou este grupo de seresta que se tornou bem conhecido, chegando assim a gravar um disco. No caso, este lp, “Lágrimas ao luar”, lançado, ao que tudo indica, nos anos 70. Como se pode ver logo na contracapa, o repertório apresenta dez músicas clássicas em qualquer serenata mineira. Um bom disco para se ouvir… Confiram no GTM.
 
apresentação
elvira escuta
noite tris
tristonha
gondoleiro do amor
saudades da bahia
guitarra de prata
ave maria
última estrofe
vivo a cantar
sereno da madrugada
arrependimento
 
 
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Anjos Do Inferno (1975)

Esta é a primeira vez que postamos um lp dos Anjos do Inferno. Aliás, não exatamente… Já publicamos, em um outro momento, o “Brasil Pandeiro”, disco originalmente lançado em 1963 e reeditado em 71. Foi uma produção de Leo Vilar, um dos fundadores do grupo vocal, que contou com a participação de membros de outro conjunto, Os Titulares do Ritmo. Assim sendo, o presente lp é verdadeiramente os Anjos do Inferno, em uma de suas melhores formações. Aqui temos um disco produzido por J.L. Ferrete, para a Continental e lançado em 1975, reunindo as primeiras gravações dos Anjos do Inferno, entre os anos de 1939 a 41. Nesta seleção temos 12 músicas, entre sambas e machinhas que se tornaram clássicos. Este disco faz parte de uma série dedicada também a outros grandes nomes da música popular brasileira do passado. Como no lp, aqui também está incluído um encarte com a história deste conjunto vocal. 
 
bahia, oi…bahia
duas chaves
nega do cabelo duro
brasil pandeiro
quebra tudo
que bate fundo é esse?
você já foi a bahia?
cowboy do amor
sereno
dolores
chô… chô…
três marias
 
 

Steve Bernard – E Sua Arte (1954)

Mais uma vez, marcando presença em nosso Toque Musical, temos o músico romeno Steve Bernard que chegou no Brasil no início dos anos 50, fugindo da guerra e acabou conquistando o público brasileiro, em especial, o público requintado que frequentava boates luxuosas e famosas como a lendária Vogue, no Rio de Janeiro. Ele era pianista e também organista. Neste lp, que acredito ser seu primeiro disco, ele toca seu Hammond acompanhado pelos músicos, Nestor Campos (guitarra); Hanestaldo Américo (bateria; Raul Gagliardi (contrabaixo) e Sylvio Vianna (vibrafone e maracas). O repertório inclui músicas nacionais e internacionais que já faziam sucesso naquela época.
 
blue canry
teus olhos entendem os meus
apanhei-te cavaquinho
stranger in paradise
corruira saltitante
la petite valse
eu desejo
tic tac
 
 
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Carlos Lacerda – Um Piano Da Bahia (1963)

Mais uma vez, marcando ponto aqui no nosso Toque Musical, o pianista baiano Lacerda, ou ainda, Carlos Lacerda. Acredito que ele tenha adotado neste disco, artisticamente, apenas o sobrenome para não ser confundido com o Carlos Lacerda, implacável jornalista e político da antiga UDN dos anos 50. Pois este segundo também usou da fonografia um recurso para as suas campanhas políticas. Por sinal, temos no TM uns dois discos gravados por ele (curiosidades que só se vê por aqui).
Carlos Alberto Freitas de Lacerda foi um pianista, compositor, maestro e arranjador baiano que atuou nos anos 50 e 60 na rádios, em especial a Rádio Sociedade da Bahia. Foi diretor musical da lendária gravadora JS (Jorge Santos) e também trabalhou para a TV Itapoan. Aqui temos ele neste lp lançado pela Audio Fidelity, em 1963. Neste disco ele vem acompanhado de orquestra. O repertório se divide entre temas autorais, carnavalescos e outros, de outros compositores, naturalmente já conhecidos pelo público.
 
hino ao carnaval brasileiro
pó de mico
recordar
colombina
a lua é camarada
prelúdio para ninar gente grande
tim dom
barquinho
chora coração
improviso na sala três
pequenina
canção do amor que se vai
 
 

Zaccarias E Seu Quarteto Excelsior – Coquetel Dancante Vol. 4 (1961)

Aqui temos o maestro Zaccarias e seu Quarteto Excelsior, formado por Fats Elpídio (piano), Luiz Marinho (contrabaixo), Plínio (bateria) e Maurílio (piston), no quarto volume da série “Coquetel Dançante”. Disco lançado pela RCA Victor no início dos anos 60, trazendo num repertório dançante com temas nacionais e internacionais. Sucessos da época com predominância para sambas e boleros.
 
samba triste
ninguém é de ninguém
it’s now or never
mulher de trinta
devaneio
la pachanga
que samba bom
dans mon ile
fantoche
gostar de alguém
ninguém chora por mim
near you
 
 
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Laercio De Freitas E O Som Roceiro (1972)

Há dois dias atrás perdemos Laércio de Freitas, músico, pianista, compositor, arranjador, maestro e também ator. Um artista de grande talento que iniciou sua carreira nos anos 60 atuando, inclusive, internacionalmente. Trabalhou com o Tamba 4, Luiz Carlos Vinhas, João Donato, Orquestra Tabajara e Sexteto de Radamés Gnatalli. Acompanhou diversos outros artistas da música popular brasileiro. Atuou em programas de tv e também como ator em novelas da Rede Globo. Premiado também como compositor de trilhas para o cinema. Era pai da atriz Thalma de Freitas. 
Aqui, temos dele o primeiro lp, lançado em 1972 pelo selo CID. Na época do lançamento o disco conseguiu se destacar por conta da música “Capim gordura” que tocou bastante nas rádios. A música já havia sido gravada por ele anteriormente em um compacto e neste lp recebe uma regravação. Este lp parece que foi relançado em versão cd há algum tempo atrás, redescoberto pelas novas gerações e por colecionadores e especuladores de vinil que cobram caro por um exemplar em bom estado.
 
manny blue
de sentir saudade
capim gordura
catarina
pirambieira
pontão da serra
alô alô
chuva suor e cerveja
brioso
rastapé
fogo-pago
 
 

Stellinha Egg – O Brasil Canta Com Stellinha Egg (1958)

Fim de semana preguiçoso… Cá estou eu aproveitando a gaveta do S para buscar mais um disco para postarmos. E nesta, eis que encontro este arquivo pronto da cantora, atriz e pesquisadora do folclore brasileiro, Stellinha Egg. Certamente recolhido de algum dos excelentes blogs de música brasileira que passaram pela internet. Para nossa felicidade, já veio praticamente pronto, incluindo um texto de apresentação da cantora, o qual segue a baixo:
Cantora. Compositora. Atriz. Cresceu recebendo a influência do ambiente musical existente em sua família. Com cinco anos, começou a cantar em festas da Igreja Evangélica. Foi casada com o maestro Lindolfo Gaya. Sua carreira profissional se iniciou na Rádio Clube Paranaense, em Curitiba (PR). Venceu um concurso de melhor intérprete do folclore brasileiro e foi contratada a partir daí pela Rádio Tupi de São Paulo, para onde transferiu-se logo depois. Na capital paulista trabalhou nas Rádios São Paulo e Cultura. No início dos anos 1940, transferiu-se para a Rádio Tupi do Rio de Janeiro, onde apresentou-se ao lado de Dorival Caymmi e Sílvio Caldas. Em 1944, gravou seu primeiro disco, pela gravadora Continental, interpretando a toada “Uma lua no céu… outra lua no mar”, de Jorge Tavares e Alaíde Tavares e o coco “Tapioquinha de coco”, de Jorge Tavares e Amirton Valim. No ano de 1945, casou-se com o maestro Lindolfo Gaia, que a partir daí trabalharia nos arranjos de suas músicas, e de quem gravou, entre outras músicas, o samba “Não consigo esquecer você”, a toada “Mais ninguém”, parceria com Eme de Assis e o samba canção “Um amor para amar”. Em 1949, gravou de Ary Barroso o samba-canção “Terra seca”. Em 1950, gravou o baião “Catolé”, de Humberto Teixeira e Lauro Maia. No mesmo ano, foi eleita no Congresso Internacional de Folclore, em Araxá, Minas Gerais, como a Melhor Cantora Folclórica. Em 1952, gravou a rancheira “Toca sanfoneiro”, dela e Luiz Gonzaga e a canção “Luar do sertão”, de Catulo da Paixão Cearense. Em 1953, gravou de Dorival Caymmi as canções “O mar” e “O vento”. Gravou também do mesmo autor o samba canção “Nunca mais”. Em 1954, gravou ainda de Caymmi os batuques “Noite de temporal” e “A lenda do Abaeté”. Entre 1955 e 1956 excursionou à Europa, apresentando-se na URSS, França, Polônia, Finlândia, Itália e Portugal acompanhada do maestro Lindolfo Gaia. Em 1956, gravou o xote “O torrado”, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas e o clássico baião “Fiz a cama na varanda”, grande sucesso de Dilu Mello. Em 1960, gravou na Odeon cantando com o Trio Irakitan a limpa-banco “Entrevero no jacá”, de Barbosa Lessa e Danilo Vital. Dedicada ao estudo e pesquisa do folclore brasileiro, gravou diversas composições de domínio público e folclóricas, tais como a toada “Garoto da lenha de Angico”, a toada “Boi Barroso”, “Samba lelê”, “A moda da carranquinha”, “Cantigas do meu Brasil” e outras. Gravou o LP “Luar do sertão”, com composições de Catulo da Paixão Cearense, Ernesto Nazaré e Anacleto de Medeiros. Gravou diversos LPs dedicados a distintos aspectos da música popular e folclórica, entre os quais: “Modas e modinhas”, com modas de viola e modinhas antigas e modernas; “Vamos todos cirandar”, com canções de roda; e “Músicas do nosso Brasil”, com canções tradicionais brasileiras.
Sobre este lp, apenas uma observação. O disco foi lançado, verdadeiramente, em 1958, sendo um dos primeiros long play da Polydor de 12 polegadas. No mais, olha aí… a contracapa já diz tudo 😉
 
cantares da minha terra
pregão da ostra
joão valentão
garoto da lenha de angico
pescador da barca bela
dansa negra
seca
pregão
côcos
soldadinhos de chumbo
canto de yara
boi barroso
 
 
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Sonia Santos – Crioula (1977)

Mais uma Sônia, aproveitando o ensejo… Desta vez, Sônia Santos, cantora e compositora em seu segundo álbum, lançado pela Som Livre, em 1977. Seu primeiro disco foi lançado em 75, também pela Som Livre, com a promessa de uma nova cantora de samba. Na época, as cantoras de samba estavam fazendo muito sucesso. Sônia Santos já era conhecida do público através de outras músicas que gravou dentro das trilhas de novelas como “O Espigão” e “O Rebu”, todas de 74. Sônia viria a lançar mais um disco, o seu terceiro lp, o “Brasileirinha”, em 1982 e daí seguiria carreira nos Estados Unidos, onde parece viver até hoje. De todos os discos gravados por ela aqui, não há um que se possa dizer ser um disco fraco, muito pelo contrário, todos, trabalhos de excelência, tanto na escolha de repertório quanto nos arranjos e instrumentação. Seus discos continuam modernos, alguns foram relançados inclusive no exterior.
 
a lavadeira
quando nasce o filho de um sambista
a polícia bateu
o bom malandro
não falo em viola
fracassos
crioula
retrato oficial
distância
afinal eu encontrei
taí a história pra mostrar
joão ninguém
 
 
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Sonia Delfino – Alô Brôto! (1961)

Havíamos postado aqui há pouco tempo atrás o “Alô Broto Vol.2”, da cantora Sonia Delfino. Ficou, por certo, trazermos também o primeiro volume, lançado em 1961. E aqui está ele, um disco voltado para o público jovem da época. Sonia canta um repertório bem eclético recheado de rock, balada e bossa… Tudo bem moderninho e sucesso garantido. Aliás, garantido, muito por conta de um primeiro disco também lançado pela Philips e também já postado aqui, “Sonia Delfino canta para a mocidade”. Ao que parece, ela só gravou três lps, alguns compactos e no início de carreira, ainda no final dos anos 50 gravou uma dezena de bolachas em 78 rpm, sendo que muitas dessas músicas apareceriam nos lps.
 
é você
cheguei de mansinho
meu pianinho
garota coquete
parque de diversões
bimbombey
alô brotos
namorada do sol
luluzinha bossa nova
amor secreto
canção que virou você
 
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Zezé Motta – Força Frágil (1984)

Vamos nessa agora com a admirável Zezé Motta, essa grande atriz e cantora brasileira, em um disco dos mais gostosos, lançado em 1984 pelo selo Pointer. Ela vem acompanhada pelo Grupo Água Marinha e um conjunto de metais, que dá à sua seleção musical um resultado perfeito. Este foi seu segundo lp.
 
negrito
pouco me importa
carnaval de rua
angorá
castigo
dança
romântico
nega dina
prateia
frágil força
 
 
 

Dalva Barbosa – É Samba (1962)

Hoje nosso encontro é com Dalva Barbosa, uma excelente cantora de samba canção que atuou no final dos anos 50 e início dos anos 60. Foi descoberta pelo compositor Airton Montenegro cantando em Ipanema, em apresentações no Ankito’s Bar, uma boate de propriedade do inesquecível humorista Ankito. Ela também atuava em outras casas como o Arpège, Pigalle, Au Bon Gourmet e outras. Gravou em 1961 seu primeiro disco, um compacto triplo (com três musicas de cada lado), pelo obscuro selo Ritmos, onde interpreta não apenas sambas, mas também bolero e rumba. Depois foi contratada pela RCA Victor onde ganhou mais projeção. Este foi seu primeiro lp, um trabalho totalmente voltado para o samba, assim como os outros poucos discos que viria ainda a gravar tanto na RCA quanto na Polydor. Estranhamente, não há na internet quase nenhuma informação sobre esta artista. Existem apenas algumas referências a ela que no juntar de tudo foi só isso que encontramos, infelizmente. “É Samba” é mesmo um disco com suas qualidades, autêntico, em ritmo sincopado, ao estilo Miltinho. A gente escuta com prazer ‘de cabo a rabo’. Confiram no GTM…
 
só vale a pena
skindô
lama no asfalto
coisa pouca
gamação
piada
teleco-teco nº6
samba de branco
tristeza nunca mais
dilema
 
 
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Chrystian – Made In USA (1976)

Vamos hoje trazendo um outro artista que partiu recentemente, o goiano Chrystian, que fez muito sucesso nos anos 70 cantando em inglês. Depois, continuou seguindo uma carreira em dupla sertaneja com o irmão, Ralf, fazendo ainda mais sucesso. Aqui temos dele o segundo lp. Chrystian já havia lançado um outro disco e alguns compactos. Este foi gravado nos Estados Unidos, com músicos americanos contratados para esse projeto.
 
you’re so tender
see the lonely people
i feel love
fly
magic music
place of the sun
love’s a dream
away from me
will you love me tomorrow
secrets in your eyes
silent night
windy tree
 
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Heraldo Do Monte – Batida Diferente (1963)

Temos hoje, o violonista e compositor Heraldo do Monte em disco lançado pela RCA Camden, em 1963. Curiosidade observar que poucos são os discos dessa safra, pelo menos por aqui no Toque Musical. Anos ímpar, em geral parece serem períodos de entressafra para a indústria fonográfica.
Mas aqui temos este, “Batida Diferente”, um disco de samba instrumental, bossanovíssimo, moderno com este repertório que não deixa nada a desejar…
 
samba de pizzicato
rapaz de bem
raízes
amor e paz
zé de conceição
maria ninguém
feio não é bonito
batida diferente
je ne sais pas pourquoi
eu sei que vou te amar
céu e mar
tamanco no samba
 
 

Téo Azevedo – Morte De Vaqueiro (1979)

Havíamos separado alguns discos de artistas que se foram recentemente, para postarmos aqui, mas por um mistério, a seleção dos lps já digitalizados, desapareceu. Ficou em algum pen-drive ou hd que não conseguimos achar. Assim sendo, vamos postando na medida em que lembrarmos… 
Aqui, Téo Azevedo, músico mineiro, em um dos muitos lps que gravou e produziu. “Morte de Vaqueiro” foi um disco produzido e lançado de forma independente, em 79. Uma homenagem aos vaqueiros e seus aboios.
Tèo Azevedo, faleceu em maio deste ano. Cantor, compositor, escritor, poeta, violeiro e produtor. Deixou uma infinidade de músicas gravadas, coisas que ainda um dia veremos serem editadas e apresentadas ao grande público.
 
vaquejada pra rosinha
morte de vaqueiro
oboio do cantador izidoro
viagem ao ceará
vaqueiro joão grande
aboio em quadras do norte de minas
vaqueiro do nordeste
vaqueiro matuto
vaqueiro de pé de serra
aboio puro
 
 

Siluca – Forró De Branco (1964)

Esticando um pouco mais esse nosso forró junino, aqui temos Siluca, cantor e compositor cearense que curiosamente acabou fazendo seu sucesso no Pará. Lançou este que foi o seu primeiro lp, pelo selo Mocambo, em 1964. Um disco, como indica na capa, com forró, rojão, arrasta-pé, baião, marcha e xote. Tudo composição autoral, perfeito para se ouvir nessa ocasião e mais… 🙂
 
forró de branco
pé quebrado
ver o peso
tião tião
linda baroneza
caquinho de mãe
forró do rela bucho
minha matutinha
pai zé negreiro
forró da rozilda
eu fui preso
 
 
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Zé Mamede E Sua Gente Esquentada – Arrasta-Pé No Sertão (1972) 

Aproveitando o momento forrozeiro, aqui vai mais um disco que cai muito bem, “Arrasta-pé no sertão”, de Zé Mamede e Sua Gente Esquentada. Segundo informações de comentários no Youtube, este era um pseudônimo para o sanfoneiro alagoano, Gerson Argolo Filho, conhecido artisticamente como Gerson Filho, o sanfoneiro de oito baixos. Gravou diversos discos nos anos 60 e 70, emprestando muitas vezes seu talento para nomes fictícios que as gravadoras criavam na produção de suas edições. Zé Mamede e sua gente esquentada, pode ter sido um caso assim. Este é o primeiro volume e no mesmo ano saiu segundo trazendo um fotografia de um sanfoneiro, que por acaso nada tem a ver com a fisionomia de Gerson Filho. Isso talvez afaste a ideia do pseudônimo. Mas vai lá saber…? Em resumo, obscuridade populares lançadas nos anos 70. E por certo, um ótimo disco de forró.
 
 
forró na fazendinha
forró do zé do fole
arrasta-pé no brejo
alegria do sertão
cavalo manco
forró alegre
só tocava isso
não pise no meu calo
forró em goiania
dançando mazuca
forró sem briga
fim de festa
 
 

Luiz Gonzaga – Capim Novo (1976)

Seguimos em nossas postagens com mais um disco que nos remete a esse período das festas juninas. Um disco de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, lançado em 1976 pela RCA. Como sempre, impecável. Garantia do melhor da música popular brasileira. Destaque para “São João nas capitá”, composição de Lua com Luiz Ramalho, um forró que é uma bela crítica às festas de São João nas cidades grandes, onde a apropriação cultural transforma tudo numa caricatura, em apenas festas juninas. E ainda injetam elementos estranhos à festa, coisas como música country e sertanejo mela-cueca. 
Como dizia o Gonzagão, “brincar São João, lá na roça é que é bão…”
 
 
capim novo
carapeba
sanfona sentida
mané gambá
saudade dói
bandinha de fé
fulô da maravilha
quero ver
são joão nas capitá
nos cafundó de bodocó
roendo unha
apologia ao jumento