Orquestra Los Danseros – Los Danseros En Bolero (1964)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Aqui temos hoje um disco que há muito já devia estar em nossa lista, faltou mesmo foi a oportunidade. E hoje é dele e de todos vocês 😉
“Orquestra Los Danseros – Los Danseros En Bolero”, lp lançado em 1964, pelo selo Equipe. Se tornou um disco célebre por conta do então jovem maestro e arranjador  Eumir Deodato no comando de um time de outros grandes instrumentistas, os quais eu nem vou citar aqui para não dar trabalho, mas já de cara, na contracapa já se vê listado o nome de cada um no time. Sem mesmo ter ouvido as música, somente por essa turma dá para imaginar o nível deste trabalho que foi um filho único. Na verdade, já no final dos anos 60, Los Danseros foi ‘lançado’ novamente com outros nomes, em outros dois discos (Orquestra Don Camacho e The Midnight Orchestra). O repertório, em si, não foge do convencional e para o que foi proposto, dentro de uma época em que o bolero e a dança ainda estavam em alta, ele se mantém com um sequencia musical, praticamente, toda recheada de temas de sucessos internacionais, com duas músicas a cada faixa. Destaque para “Oba-la-la”, de João Gilberto, que é a única de um autor brasileiro. Disco bacana, quem ainda não conhece, eu recomendo…
 
sally’s tomato – teatch me tonight
so in love – echo of love
on the street where you live – i could have danced all night
easy to love – yesterday’s
 just for tonight – moon river
quando – au revoir
mr lucky – speack low
days of wine and roses – misty
dans mon ille – ay mourir pour toi
flyme to the moon – our day will come
oba-lá-lá – la puerta
dansero – the misfits
 
 
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The Adventurers – TSO – Musica Antonio Carlos Jobim (1970)

Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Nesta semana encontrei lá no Acervos Discos, aqui em BH, este lp que até então eu só conhecia de fotos e, obviamente, dos arquivos de mp3. Na verdade, nem me lembrava mais da existência deste álbum e foi como uma descoberta nova. Aqui temos a famosa trilha sonora feita por Antônio Carlos Jobim para o cinema americano, no caso, o filme “The Adventurers”, aqui chamado de “O mundo dos aventureiros”. Filme americano, dirigido pelo inglês Lewis Gilbert, no qual participou artistas de peso como Charles Aznavour, Alan Badel, Candice Bergen e muitos outros. Pelo que eu sei, este disco nunca chegou a ser lançado no Brasil e também ficou anos fora de catálogo, o que elevou bem o seu valor nos ‘Discogs da vida’. Sem dúvida, a trilha sonora é a grande salvação deste filme, ou por outra eu diria, é muita areia para esse caminhão. Trilha sonora maravilhosa e de grande importância também para a história da nossa música popular brasileira, pois foi aqui que nasceu, ou pelo menos serviu de base para duas das mais lindas e importantes canções de nosso Tom Jobim, “Chovendo na roseira” e “Olha Maria que respectivamente como um ‘esboço’ entraram como “Children’s Game” e “Dax & Amparo”. Há também no disco duas composições de Eumir Deodato, “Corteguay” e “El Lobo’s Band”. É também de Eumir Deodato os arranjos e orquestração, o que dá ao disco mais tempero brasileiro, sendo totalmente diferente da versão lançada posteriormente, de Quincy Jones, que é mais jazzistica e incompleta. Enfim, aqui temos o disco que faltava, um Tom Jobim que não se vê (e se ouve) muito fácil por aí. Não deixem de conferir…
 
main title
children’s game
rome montage
bolero
dax rides
dax & amparo (love theme)
corteguay
the long trek
search for amparo
that old black magic
bitter victory
el lobo’s band
a bed of flowers for sue ann
 
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Best Of Friends – Daybreak (1971)

Olá, meus amigos cultos e ocultos! E aqui vamos a cada dia com uma surpresa diferente, agradando gregos e troianos. Trago hoje para vocês uma curiosidade, que por certo já é do conhecimento de muitos por aqui, pois já foi postado em outros saudosos e falecidos blogs. Temos aqui o Best Of Friends – Daybreak, álbum produzindo por Roberto Quartin e em seu lendário selo Quartin. Selo este que produziu alguns discos, hoje pura raridade. Daybreak, me parece foi o único com artistas estrangeiros.
Best of Friends, ao que tudo indica foi um grupo seria o nome do grupo formado por artistas americanos e contou com arranjos e participação de Eumir Deodato. O som do grupo é algo próximo do folk pop, bem agradável, por sinal. Segundo contam, teve uma tiragem pequena, assim como outros lançamentos da Quartin, mas logo chegou a ser relançado nos EUA e na Itália, com outras capas e outras pós produções. Disco bem interessante e que aqui, para nós, tem ainda mais curiosidade por conta da presença de Eumir Deodato. Confiram…
 
walking out on yesterday
i’m not forgetting your name
it’s ok
if love’s in season
fenario
love the one you’re with
summer sound
just plain living blues
sail
drifting with the time
 
 
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Eumir Deodato – Os Catedráticos (1966)

Pianista, compositor, arranjador e produtor musical, Eumir Deodato de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em 22 de junho de 1943. Participou da bossa nova e da efervescência do samba jazz no início da década de 1960, estabelecendo-se como requisitado arranjador. Em 1964, reuniu vários nomes famosos do samba jazz, como Geraldo Vespar, Wilson das Neves, Dom Um Romão e Ivan Conti (o baterista Mamão) para formar o grupo Os Catedráticos, com quem lança quatro LPs, inclusive este que o Toque Musical traz para seus amigos cultos e ocultos, editado pela Equipe em 1966. Em 1967, radicou-se nos EUA, onde trabalharia com diversos nomes de relevo da música mundial, como Aretha Franklin, Wes Montgomery e Frank Sinatra. Na década seguinte, conseguiu gravar e lançar seus discos internacionalmente, obtendo sucesso também como intérprete, com uma versão da introdução do poema sinfônico “Also sprach Zarathustra”, de Richard Strauss. Trabalhou em quase 500 discos, escreveu trilhas sonoras para vários filmes e recebeu diversos prêmios, entre eles 16 discos de platina e um Grammy, sendo considerado uma personalidade internacional no mercado norte-americano de música. Neste quarto álbum dos Catedráticos, temos músicas bastante conhecidas em ritmo de samba jazz, tais como “Ai que saudade da Amélia”, “Samba de verão” e “Tristeza”, grande sucesso de carnaval em 1966. É mais uma raridade que o TM apresenta com a satisfação de sempre.

ai que saudade da amélia
fora de tempo
samba de verão
começou a brincadeira
os grilos
até de cavalinho
ainda mais lindo
gente
mesmo amor
feitinha pro poeta
tristeza
 

*Texto de Samuel Machado Filho 

Eumir Deodato – Very Together (1976)

Olá amigos cultos e ocultos! Segue aqui um Eumir Deodato da década de 70, Very Together. Um lp bem pautado no funk, jazz e discomusic. Sempre cercado por uma superprodução, gravações de altíssimo nível e músicos da melhor qualidade. traz um repertório mesclando seus trabalhos autorais e temas famosos como “Peter Gunn”, de Mancini; “I shot the sheriff”, de Bob Marley e também o tema de “Star Trek”. Nesses, Deodato, mestre das releituras, consegue recriar, fugindo totalmente do óbvio. Sem dúvida, um trabalho muito bacana, como muitos outros que ele gravou.
Este disco está entrando em nossa lista meio que por acaso, acho que o andei ouvindo muito nessa semana, daí achei de postá-lo. Mas vou procurar voltar aos velhos tempos, quando o ouvido era mais curioso e as publicações coisas mais raras. Daqui para frente, vou procurar manter a máxima, a de ser aqui um ‘lugar onde se escuta música com outros ouvidos’.

peter gunn
spanish boogie
amani
black widow
juanita
i shot the sheriff
theme from star trek
univac loves you
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Massimo Ranieri – Meditazione (1976)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Empolgado com as produções internacionais, eu hoje trago para vocês um disco o qual eu até então não conhecia. Fiquei surpreso ao descobri-lo, pois se trata de um trabalho de Eumir Deodato que eu não conhecia e por certo, muitos de vocês aqui também não conhecem. Não me lembro de ter lido na biografia artística de Eumir sobre este disco, onde ele faz a direção musical, os arranjos e também toca. O álbum é uma produção italiana da década de 70, apresentando o cantor e também ator italiano, Massimo Ranieri. Sem dúvida, um disco muito interessante, onde Deodato recria obras da música clássica em arranjos tão bacanas quanto o que fez em “Also sprach Zarathustra”, de Strauss.

adagio veneziano
serenata (de schubert)
notturno in mi b op.9 n.2 (de chopin)
meditazione
adagio in sol m (de albinoni)
il concerto di aranjuez
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Eumir Deodato – Compacto (1973)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Que tal um fim de semana de compactos? Fico sempre ensaiando uma leva de disquinhos de 7 polegadas, mas acabo sempre diluindo a coisa. Agora, tenho aqui alguns já prontos para o consumo e como eu gosto, os títulos e gêneros dos mais variados.
Segue aqui este Eumir Deodato trazendo seu maior sucesso, a adaptação do tema clássico de Strauss “Also Sprach Zarathustra”. Esta versão de Deodato parece ter ficado mais famosa que a original e foi lançada em seu disco de estréia na CTI Records, o “Prelude”, de 72. Para mim, os melhores discos do Deodato foram os dessa época, lançados pelo produtor Creed Taylor. “Assim falava Zarathustra” ou “Also sprach Zarathustra – 2001” fez sucesso mundial e até ganhou o Grammy de melhor música instrumental pop do ano. A versão original que está no lp é de uns nove minutos, mas para o compacto ela foi reduzida, garantido assim uma maior popularidade. Taí uma prova da importância do disco compacto. Era ele quem fazia a representação, ou apresentação de um novo projeto musical. Lançavam o compacto, se fizesse sucesso o lp era garantido! Neste compacto temos “também, “Spirit of Summer, belíssima composição do próprio artista, que faz o contrapeso bem na medida. Geralmente, compactos sempre trazem ‘aquela’, que é o sucesso e a outra que é apenas a outra. Mas aqui ela não é mais uma.

also sprach zarathustra
spirit of summer
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Os Catedraticos – Tremendão (1964)

Olá amigos cultos e ocultos! Aqui estou eu de volta, depois de uma semana longe das postagens. Foi bom para descansar um pouco dessa agitação. Fui correr montanhas, respirar ar puro e tentar por em ordem algumas coisas na minha cabeça. Pena que a semana, nessas horas seja tão curta e como num sonho, acaba quando a gente menos espera. Descansei, mas vendo pelo número de e-mails que terei pela frente para responder, já começo a ficar cansado de novo 🙂 Peço a todos um pouco de paciência, responderei aos e-mails, mensagens e comentários ao longo dos dias. Ainda bem que eu tenho até a próxima semana para por ordem na casa 🙂

Vamos reiniciando nossas postagens trazendo um disco nota dez. Vamos com Os Catedráticos, de Eumir Deodato. O segundo disco do grupo, lançado pelo selo Equipe em 1964. Sem dúvida, após ouvirmos este disco, fica claro o porquê Eumir Deodato é um dos músicos ‘brazileiros’ mais competentes e importantes no mundo. Nessa época, com apenas 21 anos, ele já mandava muito bem, comandando o grupo e criando todos os arranjos. O cara é muito fera, podem acreditar. Além dos seus discos, ele também esteve por trás de outras dezenas de gravações, criando arranjos para uma infinidade de artistas e discos. De 1963 a 67 ele era um dos músicos mais requisitados, exercendo as funções de instrumentista e arranjador. Segundo Ruy Castro, em seu livro “Chega de Saudades”, até os discos da Elenco, “A Bossa Nova de Roberto Menescal” ou “A Nova Bossa Nova de Roberto Menescal” eram na verdade obra de Deodato. Menescal apenas servia prazerosamente como ‘front man’.
No álbum “Tremendão” temos um repertório de versões que chegam a dar inveja em seus originais. Eumir Deodato e seus Catedráticos ultrapassam os limites do senso comum e ordinário das produções do selo Equipe e mesmo de outros grupos semelhantes da época.
Eis aí um disco daqueles que não dá para perder, tem que ouvir…
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tremendão
começou de brincadeira
gente
amélia
menina flor
champagne e codorniz
my manne shelly
imenso do amor
fora do tempo
dá-me um martelo
de presente
labareda

Eumir Deodato – Deodato 2 (1973)

Desculpem, mas hoje eu estou mais corrido que ontem e sem condições ou acesso a algo mais inédito. Assim, vamos com mais um dos meus já famosos discos de gaveta.
Eis aí um disco bacana, Eumir Deodato em seu segundo álbum solo americano, produzido por Creed Taylor. Depois do sucesso total que foi “Prelude”, no ano seguinte ele sairia com “Deodato 2”, um disco que em nada tem haver com a sonoridade musical brasileira, exceto pela presença de Airto Moreira que tempera um pouco o caldo. Todavia, não deixa de ser um disco genial, do qual eu gosto muito e recomendo para os que ainda não o ouviram. Podem comprar o disco, que com toda certeza vocês irão gostar. A pedido da g
Vou ficando por aqui, porque o tempo urge e a caravana passa. Té mais…

super strut
rhapsody in blue
nights in white satin
skyscrapers
pavana for a dead princess
latin flute
venus
do it again
tropea

Frank Sinatra – Sinatra & Company (1971)

Hoje quem está nos visitando é Frank Sinatra, acompanhado por Tom Jobim e Eumir Deodato. Decidi postar este disco porque ainda continuo no clima de ontem, meio jazz, meio bossa, meio perdido… E também porque este álbum é meio a meio. De um lado do disco temos Sinatra cantando algumas das mais conhecidas composições de Tom e parceiros, em arranjos maravilhosos de Eumir Deodato. Do outro lado o disco perde um pouco a cadência apesar dos belos arranjos de Don Costa. Na minha opinião a única música do lado B que salva é “Close to you” de Burt Bacharach. Também não é para menos, depois de ouvir o lado A, o B chega a ser frustrante. Mas tá valendo…
Drinking water (Água de beber)
Someone to right up my life
Triste
Don’t ever go away (Por causa de você)
This happy madners (Estrada branca)
Wave
One note samba (Samba de uma nota só)
Will drink the wine
Close to you
Sunrise in the morning
Bein’ green
My sweet lady
Leaving on a jet plane
Lady day

Samba – Nova Concepção (1964)

Antes que este dia vire outro, deixa eu postar o disco da vez.
Lançado originalmente em 1964, este disco reúne um grupo de ‘feras’ que fazem de “Samba – Nova Concepção” um álbum sem igual. Muitos atribuem este trabalho à Eumir Deodato e erroneamente aos Catedráticos do Samba. Muitos se apóiam no fato deste álbum ter sido relançado em cd junto à discografia de Eumir. Acho um tanto injusta essa afirmação, considerando que na quinta e sexta faixa do lado B, Eumir Deodato deu lugar ao jovem Tenório Jr. Além do quê, quem mais se envolveu no projeto foi Daudeth de Azevedo (o Néco), violonista que cuidou de todos os arranjos e orientou os demais músicos durante as gravações. Este trabalho foi lançado, como diz no próprio texto de Myriam Conceição na contracapa, sem pretensões comerciais ou o intuito de projetar este ou aquele artista no cenário musical brasileiro. É acima de tudo um disco de gente grande, uma reunião de excelentes músicos, fazendo o que gostam, música de qualidade.
Se você ainda não ouviu ou ouviu por outras fontes, escute aqui a versão vinil. Extraia do sulco este som!

Samba Do Congo (Jorge Ferreira Da Silva)
Adriana (Roberto Menescal-Luiz Fernando Freire)
Estamos Aí (Durval Ferreira-Mauricio Einhorn)
Carnaval Triste (Sergio Carvalho-Paulo Bruce)
Nanã (Maocir Santos-Mario Telles)
Straits Of McCleallan (Don Elliot)
Capoeira (Jorge Ben)
Sonho De María (Marcos Valle-Paulo Sergio Valle)
Samba A (Durval Ferreira-Mauricio Einhorn)
Amor De Nada (Marcos Valle-Paulo Sergio Valle)
Coisa Nº 1 (Moacir Santos-Clóvis Mello)
A Morte De Um Deus De Sal (Roberto Menescal-Ronaldo Bóscoli)