Aracy De Almeida – Noel Rosa (1954)

Olá, meus amigos cultos e ocultos! E lá se vai agosto… e para fechar o mês, aqui vai um pouco mais de Noel Rosa. Temos desta vez este lp de dez polegadas, lançado pelo selo Continental, em 1954, trazendo a cantora Aracy de Almeida, uma das mais fiéis intérpretes do Poeta da Vila. Este lp, na verdade, foi extraído de um álbum luxuoso, lançado pela Continental em 1950, em discos de 78 rpm. Álbum este em dois volumes. Inclusive, eu teria postado aqui justamente essa primeira versão, mas tive a infelicidade de deixar cair um dos álbuns e acabei perdendo três discos, que como todos devem saber, quebram como louça. Mas o lp que agora apresento é quase a mesma coisa, com a mesma e belíssima capa e gravações originais de Aracy de Almeida em um trabalho póstumo, homenageando um dos mais importantes compositores brasileiros. Este é um disco clássico que não pode faltar na coleção de quem gosta de música popular brasileira. E como anda difícil encontrar essas duas primeiras versões, aqui, pelo menos temos para vocês a versão digitalizada e como sempre completa, com capa, contacapa e selos 😉 Vamos conferir?
 
feitiço da vila
pra que mentir
último desejo
silêncio de um minuto
x do problema
conversa de botequim
não tem tradução
palpite infeliz
 
 
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Seleção De Ouro (1962)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Que tal hoje um a coletânea de artistas do início dos anos 60? Uma ‘seleção de ouro’, conforme o título, trazendo diferentes artistas da gravadora Copacabana e que aqui se reúnem neste lp, através de seu selo Som Hi Fi. Eis aqui um disco cuja função é promover nomes deste ‘cast’. E como podemos ver, temos aqui um grupo de cantores bem conhecidos do nosso Toque Musical: Elizete Cardoso, Luiz Vieira, Rinaldo Calheiros e Silvana, Luciene Franco, Marisa, Morgana e Moacyr Franco. É até bem provável que boa parte das músicas contidas neste lp já tenham aparecido aqui em discos desses artistas. Seja como for, não deixa de valer a pena essa nossa postagem, não é mesmo? Confiram no GTM…
 
prelúdio para ninar gente grande – luiz vieira
suave é a noite – moacyr franco
canção da manhã feliz – elizete cardoso
onde estás coração – silvana e rinaldo calheiros
tome continha de você – morgana
gostei, gamei – marisa
ninguém chora por mim – moacyr franco
na candência do samba – elizete cardoso
jura-me – silvana e rinaldo calheiros
gente maldosa – luciene franco
menina feia – marisa
poema do adeus – luciene franco
 
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Carnaval Do Rio (1956)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Nosso disco deste domingo é de carnaval, o carnaval dos anos 50 em um lp de 10 polegadas. “Carnaval do Rio” foi um disco lançado pela Copacabana, em 1956 trazendo um série de marchinhas, hoje, mais ainda, verdadeiros clássicos do carnaval. Para tanto, a gravadora recrutou um time de primeiríssima, a começar pelo ‘chefe da banda’, ninguém menos que Pixinguinha. E interpretando as canções que aqui seguem sem pausa entre elas, temos Gilberto Alves, Carmen Costa, Castro Barbosa, Jorge Veiga e Blecaute. E nessa sessão que mais parece um ‘pot-pourri carnavalesco’ temos…
 
o teu cabelo não nega
carolina
marcha do gago
eu quero é rosetar
vai haver o diabo
touradas em madrid
jardineira
cachaça
aurora
mamãe eu quero
sassaricando
cidade maravilhosa
 
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Laila Curi – Mil E Uma Noites (1959)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Saindo um pouco dos ritmos latinos, mas ainda mantendo a linha do 10-12 polegadas, hoje eu quero mostrar a vocês este curioso lp lançado no final dos anos 50 pela RGE, trazendo a cantora Laila Curi. Já tivemos a oportunidade de apresentar aqui um outro disco dela, na verdade, o seu primeiro lp pela RGE. Esta cantora, de origem libanesa, surgiu em São Paulo nos anos 50, fez parte do ‘cast’ da RGE em sua fase de ouro. Gravou inicialmente dois discos de 78 rpm com temas folclóricos nacionais e também árabes. Laila foi vista e ouvida também no rádio e televisão, principalmente na capital paulista. 
Aqui, temos o seu segundo disco, um lp voltado para a comunidade árabe aqui no Brasil. Todas as músicas são de origem e também cantadas em árabe. Conforme podemos ver na foto de contracapa, Laila Curi vem acompanhada pelo maestro Rubens Perez (o Pocho) e a orquestra da RGE. Um disco bem curioso e que cabe aqui no nosso Toque Musical como uma luva. Afinal, o que mais gostamos é de ouvir música com outros olhos, não é mesmo? Então, vamos conferir no GTM…
 
canção dos meus vinhedos
soraya
amor de laura
carícia de amor
minha terra
ya hala ya hala
moça bonita
minha mãe
meditação
visita
olhar fascinante
ya habibe
 
 
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Vicente Celestino – Em Suas Canções Celebres (1957)

Boa tarde, caros amigos cultos e ocultos! Há tempos eu venho querendo postar este pequeno lp aqui no Toque Musical. Ganhei este disco há alguns anos atrás e talvez tenha sido o disco mais antigo e ao mesmo tempo mais novo que já rodou no meu tocadiscos. Fiquei de cara quando vi este disquinho, lacrado, nunca havia sido tocado antes. Pensei na época logo em postá-lo, mas por diversas razões acabou ficando e até caiu no meu esquecimento. Pior foi que também esqueci onde havia guardado a primeira digitalização, logo na primeira vez que o disco tocou. O jeito foi fazer de novo 🙂 
Então, temos aqui o legendário cantor Vicente Celestino, imortalizado em canções como “O ébrio”, “Patativa”, “Coração materno” e tantas outras. E são essas canções que estão presentes neste que foi o segundo ‘long-play’ de dez polegadas, lançado pela RCA Victor. Antes deste, como está no texto de contracapa, a gravadora lançou o dez polegadas “Catullo”, onde ele interpreta composições de Catullo da Paixão Cearense. Já neste, temos as canções célebres, os grandes sucessos, gravados originalmente em discos de 78 rpm. Essas mesmas gravações e outras entrariam mais tarde no lp de 12 polegadas, com o mesmo nome. Confiram este disco no GTM…
 
o ébrio
rasguei o teu retrato
castelos de areia
noite cheia de estrelas
coração materno
patativa
porta aberta
ouvindo-te
 
 
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Orquestra Milionários Del Rio – A Orquestra Milionários Del Rio Em Hollywood Nº2 (1963)

Muito bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa mostra de agosto, dentro do esquema 10-12 polegadas, hoje vamos de 12. E para tanto, eu trago para vocês este interessante lp da Orquestra Milionários Del Rio, comandada pelo maestro Pachequinho e tendo como destaque solista o pianista Chaim Lewak, músico israelense que viveu no Brasil durante um bom tempo, entre os anos 50 e 60, tocou em diversas boates e também gravou vários discos. E segundo comentam, acabou indo morar nos Estados Unidos. Este foi o segundo disco dessa orquestra, sendo que no primeiro o solista era um outro músico, outro pianista gringo, chamado Ronnie Will. Nos dois disco gravados por esta orquestra no início dos anos 60, são apresentados diversos temas que fizeram parte de filmes. Embora o título nos remeta a filmes americanos, de Hollywood, nem todos neste segundo volume são de filmes chamados ‘hollywoodianos’, muitos são filmes europeus. Mas isso pouco importa, oque vale aqui é a música e a competência e performance dessa excelente orquestra. Confiram no GTM…
 
theme from ‘the prize’
guitaras en la noche
it had better be tonight
a place called happiness
where do you run
je m’en fous
rome adventure
addio amore
it’s a mad mad mad mad world
house of sand
the love song of tom jones
the theme frp, lilies of the field
 
 
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Los Latinos – Cha Cha Cha Boleros (1956)

Muito bom dia, meus caros amigos cultos e ocultos! Nos anos 50 a música cubana e os ritmos latinos estavam em alta pelo mundo. Era sucesso nos Estados Unidos e por conseguinte, ecoava pelo mundo e aqui no Brasil não seria diferente. Muito se investiu nesse gênero musical as nossas gravadoras, as rádios e seus artistas. A Musidisc, de Nilo Sérgio, foi uma das gravadoras/selo que muito explorou e com requintes o que vinha de fora, sempre lançando discos que de imediato conquistava o público já pelas capas. Primeiro com os discos de 10 polegadas, como este que aqui apresento. Depois vieram as produções em 12′ bem diferenciada, requintada para ser mais exato, em álbuns de capas duplas e algumas até um tanto conceituais. Eita, como era bom aquele início da nova indústria fonográfica! Momento de ouro, com certeza, que durou até os anos 60. Logo depois a indústria fonográfica se moderniza durante os anos 70 até entrar em declínio no início dos 90. Daí pra frente qualquer tentativa de retorno é puramente passional, nostálgica… reverberação do que realmente foi a música e essa indústria fonográfica, hoje inexistente. Mas ainda assim é um alento para pessoas como nós, que vivemos esse passado e temos hoje essa sensação de que tudo está de volta. Vamos nos enganando, colocando nossos discos para rodar, pois ainda somos muitos e essa onda é mesmo uma cachaça.
Então, temos aqui este lp de 10 polegadas, lançado pela Musidisc, em 1956. Eis aí um albinho que chama a atenção, logo pela capa, um trabalho de arte gráfica de primeiríssima. Não duvido nada que tenha sido inspirada em algum lançamento estrangeiro, mas ainda assim é belíssima. Capa bacana, mas ainda assim, pecando pela falta de informações, que se limitam a frente e aos selos. A contracapa, como podemos ver é somente um mostruário das dezenas de discos publicados por esse selo. Porém, não deixa de ser também um informativo do catálogo da gravadora. O fato é que sem as informações sobre a produção deste lp fica mesmo difícil encontrar dados sobre quem realmente eram  “Los Latinos”, pois nesse período, outros discos também aparecem com essa nomenclatura, inclusive discos de artistas estrangeiros. Mas creio que não é o caso aqui. Por certo, “Los Latinos” era um grupo de estúdio, com músicos do ‘cast’ da Musidisc. Inclusive, quando surge os discos de 12 polegadas, Nilo Sérgio, através de seu outro selo Nilser, lança nos final dos anos 50 sua série de álbuns com capas luxuosas e conceituais e entre esses “Latino Fantástico”, com Rubens Bassini Y Los Latinos (discaço, por sinal). Mas acredito que não seja o mesmo time de músicos e nem a participação do genial percussionista Rubens Bassini. Infelizmente, pela internet e como sempre, não há muito o que encontrar, além de anúncios de vendas, referências incompletas em sites que não passam de  indexadores de títulos fonográficos. Quanto ao repertório, esse, embora com apenas oito faixas, nos traz de um lado quatro mambos e do outro quatro cha-cha-cha, todos deliciosamente cubanos, ou inspirados no momento como é o caso da faixa, “Blue Cha-cha-cha”, de autoria do próprio Nilo Sérgio. Disquinho bacana, imperdível e que primeiramente vocês só encontrarão aqui e no GTM 😉
 
sweet and gentle
esto es cha cha cha
blue cha chac cha
cubanacan
malagueña
el cuco
andalucia
mambo nº5
 
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Os Cinco Crioulos – Samba No Duro Vol. 2 (1968)

Boa noite, meus caríssimos amigos cultos e ocultos! Era para começarmos pelo primeiro volume, mas nem sempre conseguimos seguir essa ordem. Eis aqui Os Cinco Crioulos e o “Samba no duro”, volume 2. Este lendário grupo, com cinco feras do samba carioca: Jair do Cavaco, Nelson Sargento, Elton Medeiros, Mauro Duarte e Anescarzinho do Salgueiro surgiu em 1967, gravando o primeiro volume dos três que se seguiram, em 1967. Todos os três discos foram lançados pela Odeon. É certo que no primeiro volume, no lugar de Mauro Duarte havia Paulinho da Viola. Mauro entra a partir deste segundo disco. Realmente, um time fantástico de sambistas e uma seleção musical exemplar, não foi atoa que rendeu três disco. Neste volume 2 vamos encontrar…
 
primeira escola
lavadeira
arrasta a sandália
juro
quanta dor
bom conselho
abre a janela
grande dor
vaidosa
eu só voltarei
desculpar não desculpei
eu e o samba
 
 
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Miguelito Valdés E Os Afro Cubanos De Machito – Música Dos Trópicos (1949)

Olá, amiguinhos cultos e ocultos, cá estou eu com mais um disco de artistas estrangeiros e em especial, um lp da chamada ‘latin music’, ou ainda e mais próximo de nós, música cubana. Eu sei que há alguns aqui que até arrepiam quando se menciona Cuba. Para esses, tudo relacionado a Cuba é coisa de comunista, de esquerdista e aqui, porque não, de ‘petista’. Não sei se levo para o lado da piada ou da ignorância mesmo… 
Mas, voltemos a música, que é disco que a gente gosta! E como não gostar de Miguelito Valdés e os Afro Cubanos de Machito? Se não conhece, a hora é agora. A música cubana sempre influenciou a nossa música brasileira e portanto muito tem em comum. E este disquinho de dez polegadas de Miguelito Valdés e Os Afro-Cubanos de Machito é um bom exemplo. Lançado originalmente em 1949, creio que aqui no Brasil ele chegou no início dos anos 50, quando também por aqui chegavam e também passavam a serem fabricados os primeiros discos de microssulcos, esses maravilhosos álbuns de 33 rpm, em dez polegadas. Aqui temos o cantor e compositor cubano Miguelito Valdés um dos grandes nomes da cena cubana dos anos 40 e 50, ao lado do grupo de Machito (Francisco Raúl Grillo), os Afro-Cubanos, no qual também se destaca outro grande músico cubano, o trompetista Mario Bauzá. Na contracapa há um texto de apresentação sobre a música cubana e esses seus artistas. No arquivo inclui também a capa original. O repertório é, sem dúvida, dos mais agradáveis. Confiram na íntegra lá no GTM…
 
enlloró
yo saludá
tabú
la rumba soy yo
guadalajara
letargo
ecó
botellero (el comprador de botellas)
 
 

Brasília Ritmos – Ritmos Do Brasil (1959)

Salve, salve… amigos cultos e ocultos! Aqui vamos nós trazendo mais um grande toque musical. Desta vez temos o intitulado conjunto “Brasília Ritmos”, nome dado a um grupo de artistas que excursionou pela Europa, em 1959, dentro de um projeto cultural destinado a promover a cultura e a música popular brasileira. Esta foi a segunda excursão promovida por uma lei federal, que no ano anterior levou um outro grupo, chamado de “Os Brasileiros” e que fez lá fora muito sucesso, o que levou a essa segunda investida. Tanto a grupo da primeira viagem, quando este segundo tiveram registros em discos pela Odeon. Inclusive, os discos chegaram a ser lançados também lá fora, através do selo Parlophone, inclusive em compacto de 45 rpm. Curiosamente, também, este lp teve outros relançamentos com algumas diferenças na capa, criada por Cesar Vilela, com foto do Chico Pereira. O conjunto Brasília Ritmos dessa excursão trazia nomes como Waldir Azevedo, Sivuca, Jorge Santos, Tião Marinho, Trio Fluminense e outros mais. Na contracapa temos um texto de Humberto Teixeira detalhando melhor essa produção. O repertório é cheio de samba, choro e até frevo, clássicos imortais da nossa canção popular. Disco realmente maravilhoso que por certo, não poderia faltar por aqui. Vamos conferir?
 
vê se gostas
mangiricão
sivuca no frevo
delicado
na glória
eu não morro sem ver paris
é luxo só
brasileirinho
mulata assanhada
o apito no samba
sinfonia do café
copacabana
 
 
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Heleninha Costa – Com Acompanhamento (1957)

Amigos cultos e ocultos, boa noite! Seguindo nessa ‘dobradinha’ dos discos de 10 e 12 polegadas, vamos hoje num de 10. Vamos com a cantora paulista Heleninha Costa. Um dos grandes nomes femininos da chamada ‘Era de Ouro do Rádio”. Atuou como cantora a partir dos anos 40 e já nos 50 era uma cantora famosa. Também foi bailarina, fazendo parte do elenco no Cassino da Urca e também no Cassino Quitandinha. Foi casada com Ismael Neto, do grupo “Os Cariocas”. 
Esta é a primeira vez que postamos aqui um disco inteiramente dela. Seus discos, na maioria, são bolachas de 78 rpm e este lp de dez polegadas foi o primeiro em 33 rpm. Aqui temos uma seleção de sucessos que ela cantava na Rádio Nacional. Disquinho bem bacana que merece nosso toque musical. Confiram no GTM…
 
desespero
quero dizer-te
valsinha do amor
sinfonia do samba
juca
eu já disse
amor brejeiro
o rio amanhecendo
 
 
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Ivon Curi – Eu Em Portugal (1957)

Boa noite, caros amigos cultos e ocultos! De vez em quanto eu costumo dar umas olhadas naquilo que já foi postado aqui no Toque Musical, principalmente quando estou a escolher os discos que irei ainda publicar. São tantas as emoções que as vezes eu fico na dúvida. São hoje mais de 4 mil títulos/discos, 14 anos de postagem! Só mesmo com um index organizadinho, coisa que a gente só se dá conta quando se chega nesse patamar. O certo é que eu acreditava que já havia postado o disco que hoje apresento, “Ivon Curi – Eu em Portugal”. Na verdade, eu só publiquei mesmo o segundo volume e já faz um bom tempo. Assim sendo, vamos então ao primeiro volume, ou melhor dizendo, o registro da primeira temporada, em 1956, quando então ‘nosso Maurice Chevalier’ pisou pela primeira vez no palco português, do Teatro São Luiz, em Lisboa. Neste lp temos então, condensado, o show de despedida, do último dia. Na contracapa do lp temos um relato do próprio artista a respeito do show e do disco. Assim, a única coisa que tenho a acrescentar é que também estou ativando no GTM o link do segundo disco, que por acaso saiu aqui primeiro. Por se tratar de um show e no disco não haver pausa ou faixas, temos apenas dois arquivos de áudio, lado A e lado B. Confiram no grupo…
 
meu abraço a portugal
isto não se aprende na escola
garota coquete
é mió te aquietá
conversa de botequim
o xote da meninas
sinfonia do apartamento
mão na mão
canção pessimista
farinhada
se deus quiser
joão bobo
 
 

Steve Bernard – Interpretações De Steve Bernard (1958)

Boa noite a todos amigos cultos e ocultos! Nosso encontro de hoje é com o organista Steve Bernard, figura que já esteve presente aqui em coletâneas da Odeon, onde este artista gravou seus primeiros discos no Brasil. Steve Bernard era um músico romeno que fugindo da guerra na Europa, veio parar por aqui, onde acabou se tornando conhecido como músico, tocando em rádios, televisão e também fazendo apresentações em algumas casas noturnas. Steve Bernard acompanhou Edith Piaf, Yves Montand e outros grandes nomes da música internacional. Seu instrumento era o orgão Hammond e aqui neste pequeno lp de dez polegadas temos ele acompanhado por um conjunto, numa seleção musical dançante, mista, com temas famosos, nacionais e internacionais. Sinceramente, me atraiu mais pela capa, mas isso é uma questão pessoal. Posso dizer que boa parte do que postei até hoje no Toque Musical, necessariamente, não é o meu gosto pessoal. Ou por outra, eu diria, tudo em sua hora. O que não pode faltar é qualidade ou algo de especial ou diferente, que valha estar aqui em nosso Toque Musical. E nesse sentido, este lp não foge a regra. Confiram no GTM…
 
love is a many splendored
moriat
stardust
lisboa antiga
ninguém me ama
nosso adeus
só pode ser você
corcovado
 
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Orquestra Namorados Do Caribe – Caribe A Noite (1962)

Boa noite a todos os amigos cultos e ocultos. Dando sequencia as nossas postagens, pois o tempo não pára, vamos hoje com esta maravilhosa orquestra e sem dúvida uma das mais importantes no cenário musical dos anos 60, os Namorados do Caribe. Um verdadeiro espetáculo de orquestra, capaz de dar de dez em muitas orquestras latino-americanas. Para quem não conhece há de achar que são cubanos, tamanha a destreza e virtuosismo da turma dessa orquestra. Não é atoa que gravavam para a poderosa RCA Victor e ao que se sabe foram muitos discos. Os Namorados do Caribe era uma orquestra dirigida pelo grande clarinetista e maestro, Aristides Zaccarias. “Caribe a noite” foi o primeiro lp que gravaram, em 1962 e nele temos uma seleção fina e clássica de alguns dos melhores boleros e rumbas, com a qualidade indiscutível dos discos da RCA…
 
tender is the night
mi esapsa
vereda tropical
jungle drums
dame de tus rosas
aquellos ojos verdes
marta
ali baba
angustia
lamento boricano
stella by starlight
andalucia
 
 
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SOBRE O GRUPO TOQUE MUSICAL (GTM)

Olá, amigos cultos e ocultos! Esta é uma postagem especial, feita no sentido de esclarecer alguns pontos sobre o nosso Grupo do Toque Musical. Pelo visto, muita gente não tem entendido bem como tudo por aqui funciona. Por certo, não leram as ‘entrelinhas’, as normas e orientações descritas aqui no Toque Musical e muito menos quando foram aceitas como membros desse grupo. Essa é uma grande falha do brasileiro em geral, toma remédio mas não lê a bula.
Novamente esclarecendo, o GTM foi criado para dar suporte ao blog Toque Musical. O TM é um blog em duas versões, pelo Blogger e pelo WordPress, sendo que ainda temos uma terceira versão que é pelo Blogger para somente as produções exclusivas que fazemos, ou seja, as coletâneas exclusivas do Toque Musical. Todas essas versões podem ser encontradas através da seção de links presentes, naturalmente, em cada sítio. Quem tem curiosidade e interesse passeia pelo Toque Musical sem problemas. Mas assim como passeiam sem problemas, alguns por vezes, por se acharem expertos ou na malandragem, tentam burlar as regras do grupo alterando as configurações de acesso e isso não é permitido, sendo passível de banimento. Quando alguém altera as configurações no GTM, logo o programa detecta e seu e-mail fica desativado e é excluído. Ao ser excluído, não há como solicitar com o mesmo e-mail o retorno e nem mesmo outro e-mail que esteja associado ao primeiro. Portando, peço aos amigos que se contenham, pois para o Google Groups não há perdão.
GTM é um espaço, um grupo de discussão passivo, ou seja, nele se entra apenas para buscar links. Não há opção para discussão, os membros não podem postar nada nele, apenas buscar os links referentes as postagens feitas aqui. E para se chegar a esse ponto, de membro, a pessoa deve mostrar interesse, ler tudo que se encontra nas laterais do site, todas as informações necessárias para sintonizar com a nossa ‘onda fonomusical’. Outra coisa importante a ser relembrada é que os links no GTM tem prazo e após seis meses eles começam a ficar desativados. Não há reposição de links no grupo por solicitação. Isso acontece eventualmente e quando achamos por bem. Geralmente, não guardamos os arquivos digitalizados quando os mesmos são oriundos de nosso acervo físico, sendo que numa situação de reposição ou um pedido especial, temos que digitalizar novamente. Essa é também uma estratégia para mantermos em sintonia, site e grupo. Infelizmente, muitas pessoas não entendem isso e acabam se perdendo. Por isso, estou novamente batendo na mesma tecla para alguns e dando este toque para os que estão chegando, ok? Dúvidas e qualquer outra informação podem também serem esclarecidas através do nosso e-mail: toquelinkmusical@gmail.com
 
Augusto TM

Augusto Frederico Schimidt – Abgar Renault – Poesias (1956)

Boa noite, meus caríssimos amigos cultos e ocultos. Hoje vou destoar um pouco da música, dos latinos, das orquestras e coisa e tal. Mas vou manter a sequencia 10-12 polegadas. Hoje eu escolhi postar um disco de poesia. Poesia sempre me leva a reflexão e embora não sejam essas exatamente as que eu encontre um sentido, por outra, me confortam apenas por serem poesias. E no fundo, de algum verso a gente sempre tira um sentimento, uma correlação, uma mensagem, sei lá… nos conforta.
Aqui temos um disquinho de dez polegadas, do selo Festa, que muito fez pela poesia, sendo talvez o primeiro selo a se dedicar com quase total exclusividade ao registro de produções poéticas. Como todos sabem, já postamos muitos por aqui e hoje temos esses dois grandes poetas brasileiros, Augusto Frederico Schimidt e Abgar Renault.
Confesso que essa escolha foi mais, movida por uma certa melancolia, uma tristeza que agora no fim da tarde tomou conta de mim. É muito ruim ver alguém sofrendo e não poder fazer nada para ajudar, principalmente quando é um grande amigo. Chega a ser angustiante para mim. Me sinto amarrado sem poder ajudar. Daí, só me resta rezar, pedir a Deus que aplaque este sofrimento e que acenda a luz da esperança.
Desculpem, hoje eu me sinto totalmente desestimulado. O momento, em parte, não é bom. Mas mesmo não acreditando, da forma como a maioria das pessoas acreditam, peço a Deus a sua intervenção. Rezo por um grande amigo, cujo a alegria e sorte neste ano a vida lhe tem roubado. Desculpem… precisava desabafar 🙁
 
morte da índia – augusto frederico schimidt
quando – augusto frederico schimidt
núpcias nº2 – augusto frederico schimidt
noiva – augusto frederico schimidt
os príncipes – augusto frederico schimidt
história da borboleta branca – augusto frederico schimidt
o passaro – augusto frederico schimidt
soneto – augusto frederico schimidt
omnia fluunt – abgar renault
última thule – abgar renault
claro e escuro – abgar renault
o caminho espera – abgar renault
como quem pede uma esmola – abgar renault
manhã – abgar renault
 
 
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Stanley Black – Noites Tropicais (1959)

Olá, amigos cultos e ocultos! Começando mais uma semana neste mês de agosto e vamos nós com os discos internacionais. Desta vez temos aqui um ‘long play’ com o maestro e pianista inglês Stanley Black, um dos mais populares ‘band leader’ dos anos 40 e 50. E essa sua popularidade se deve muito ao seu contato e aproximação com a música latina, a qual lhe serviu de base para muitos de seus discos. Aqui temos um lp, originalmente lançado lá fora, em 1959 e cujo o título era, na verdade, “Cuban Moonlight”. A capa é praticamente a mesma, só mudou o título. E isso, por certo, se deve ao fato de que neste repertório, embora sejam ritmos latinos americanos, nem tudo que está nele é cubano. E nessa é que me apoio e legitimo essa postagem, pois temos aqui, por exemplo, “Os quindins de Yayá”, composição famosa de nosso Ary Barroso. Creio que só por essa já vale, mas no geral, o disco é muito bom e também muito bem gravado, sendo aqui no Brasil um dos primeiros álbuns em som estereofônico. Acredito que essa versão brasileira tenha sido lançada por aqui em 1960 ou 61. De qualquer forma, mantenho a data da edição original, que nos serve de referência. Confiram no GTM…
 
vereda tropical
majorca
siboney
ay ay ay
el truco de pernambuco
olhos verdes
rumba matumba
stars in your eyes
os quindins de yaya
the moon was yellow
nostalgia
hold me close tonight
perfidia
frenesi
 
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Noel Rosa – Canções De Noel Rosa Cantadas Por Noel Rosa (1955)

Bom domingo a todos vocês, amigos cultos e ocultos! Hoje eu acordei com Noel Rosa na cabeça e na ponta da língua. Geralmente é assim, acordo sempre com uma música na cabeça. Desta vez vieram várias e todas do Noel. Daí, não deu outra… vamos de Noel Rosa, porque não? Acredito que já tenha postado aqui quase tudo desse grande compositor, inclusive os próprios fonogramas deste disquinho de dez polegadas que agora apresento. Isso não importa, até porque, este pequeno álbum é o que podemos chamar de primeira edição em 33 rpm, é um clássico, é um 10 polegadas e acima de tudo é Noel Rosa.
Aqui temos o autor, compositor, interpretando por ele próprio algumas de suas célebres canções. Um disco, evidentemente póstumo, cujo os fonogramas foram extraídos de gravações originais para disco de 78 rpm. Um clássico de nosso cancioneiro popular que não pode faltar na discoteca de quem ama a música popular brasileira. Seja no físico ou no digital, Noel é fundamental (pronto, rimei… ). Confiram no GTM…
 
vejo amanhecer
devo esquecer
coisas nossas
mentiras de mulher
gago apaixonado
mulher indigesta
positivismo
felicidade
 
 
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Orquestra E Coro Dos Jardineiros Românticos – Rancho Das Flores (1961)

Bom dia, meus amigos cultos e ocultos! Temos hoje aqui um disco que vai soar muito bem para este nosso sábado (e também em qualquer dia ou qualquer hora, com certeza). “Rancho das Flores”, com o côro dos “Jardineiros Românticos” e orquestra, sob a regência e arranjos do maestro Antônio Arruda. Aqui temos, como o próprio título anuncia, um estilo e um gênero musical que ficou conhecido como ‘marcha rancho”. Conforme define bem, o compositor Juracy Rago, no texto de contracapa deste lp, a macha-rancho é um subgênero da marcha. Está entre a marchinha brejeira e a militar, tendo um lugar certo e definido no cancioneiro popular. Neste lp encontramos um repertório dos mais interessantes, com músicas clássicas do nosso repertório popular, que se encaixaram com perfeição ao proposto, tendo entre essas, inclusive composições modernas para a época como as duas bossanovistas , “A Felicidade” e “Eu não existo sem você”, de Jobim e Vinícius. Disco muito bacana que merece o nosso toque musical. Confiram no GTM
 
rancho da flores
estrela do mar
mal-me-quer
não sabemos
carinho e amor
cachopa de branco
cadê mimi – linda mimi
a noite do meu bem
convitea lua
a felicidade
eu não existo sem você
a dama das camélias
 
 

Trio Surdina – Aquarela Do Brasil (1955)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Um dos artistas/grupos mais presentes em nosso Toque Musical é, sem dúvida, o Trio Surdina. Não é só por questão de gosto ou preferência, é mesmo o bom acaso. Sempre aparece um no meu prato. Daí, porque não postar, não é mesmo? 🙂
Então, em seu oitavo disco publicado por aqui, desta vez temos um dos mais cobiçados de sua discografia, lp de polegadas lançado em 1955 pelo selo Musidisc, o “Aquarela do Brasil”. Neste pequeno lp temos como destaque a música de Ary Barroso, presente em três das oito faixas do disquinho e também é uma delas que dá nome ao lp. Dentro do repertório, tem ainda outros grandes clássicos, músicas de Bororó, Zequinha de Abreu, Hekel Tavares…  Confiram no GTM…
 
aquarela do brasil
curare
tico tico no fubá
guacyra
meu limão meu limoeiro
rio
favela
terra seca
 
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Lecuona Cuban Boys – As Melhores Rumbas E Sua Maior Orquestra (1989)

Olá, amigos cultos e ocultos! Hoje, eu estou trazendo para vocês mais um disco dentro da série ‘dez e doze polegadas’, procurando manter nossa viagem no tempo, entre as décadas de 40 a 60. Hoje vamos com um lp de 12, mas antes de entrarmos especificamente em seu conteúdo, quero antes citar aqui essa fonte inspiradora que foi Leon Barg e seu maravilhoso trabalho frente a criação do Revivendo Músicas. Um sonho, inicialmente, que ele conseguiu transformar em realidade a partir do ano de 1987, quando cria o selo “Revivendo”, cujo o objetivo era o de resgatar a memória musical brasileira a partir de registros, gravações e discos de 78 rpm. Seu trabalho é magnífico e como disse, inspirador, no qual se espelha, de uma certa forma, o nosso projeto no Toque Musical. O selo Revivendo, ao longo de seu tempo e enquanto vivo o seu criador, produziu um catálogo com mais de 70 títulos/lps e mais de 250 em CDs. Também, sua produtora, passou a trabalhar com acervos internacionais, publicações e partituras. Possui hoje um site que é uma fonte importante de pesquisa e referência, a qual nós, do TM, temos a obrigação de divulgar. Esta é a primeira vez que postamos aqui um disco de sua produção e que por acaso não é de artistas nacionais. Como falei em outra postagem anterior, neste mês de agosto eu iria incluir também títulos/lps/artistas internacionais. Para quebrar um pouco o nosso ritmo e podermos ouvir melhor com outros olhos, né? 🙂
Então, temos aqui uma das mais famosas orquestras cubanas, conhecida internacionalmente e se manteve ativa por mais de quarenta anos. O conjunto foi criando pelo também, não menos famoso compositor e pianista Ernesto Lecuona, autor de inúmeras composições que fazem parte do chamado ‘repertório cubano’ que tanto agradou e inspirou nosso público e artistas brasileiros. Neste disco da Revivendo temos uma seleção das melhores e mais famosas rumbas gravadas por este grupo e em sua fase de discos de 78 rpm, que foram lançados no Brasil. Realmente imperdível. Confiram no GTM…
 
cubanakan
rumba blanca
tabou
siboney
mayari
en la plantacion
panama
blue rumba
maria la o
canto caribe
rumba tambah
madiana
cachita
para vigo me voy
 
 
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Conjunto Brasil Sonoro – Uma Aventura Em Ritmos Brasileiros (1956)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aqui vai mais um disco de 10 polegadas, e também uma boa raridade, dessas que a gente só encontra nos blogs musicais e no Mercado Livre, sempre com preços absurdos como cabe aos especuladores. Para se ter uma ideia, tem maluco vendendo este disco por 800 pratas! Sem dúvida se trata de uma raridade, mas mesmo um colecionador de verdade não pagaria tanto, creio eu. Digo isso por se tratar de um título muito específico e um gênero musical que hoje em dia pouco interessa ao público consumidor de vinil. Só mesmo o colecionador e esse quando o é de verdade, só paga caro se for o único e item que falta para fechar coleção. Enfim, cada um vende e compra da forma que quiser, “o importante é que a nossa emoção sobreviva”, já dizia o poeta.
Mas então, temos aqui o Conjunto Brasil Sonoro, um disquinho de dez polegadas produzido e encabeçado pelo flautista Altamiro Carrilho que comanda o time de músicos deste conjunto instrumental. Segundo informações, após gravarem este disco, no ano seguinte, a Odeon estaria lançando um segundo lp, desta vez em disco de doze polegadas, na linha dançante, e desta vez destacando o nome de Altamiro na capa. Aqui, neste primeiro disco o Conjunto Brasil Sonoro procura nos mostrar um repertório com músicas de diferentes gêneros existentes no Brasil. Tem choro, samba, baião, polca, maracatu e tango, tudo muito bem produzido e buscando nuances sonoras originais. Bem bacana e diferente para a época. Vale muito conhecer…
 
candolé
elegante
festa popular
não é bem isso
polquinha do realejo
viva o samba
maracatu
fazenda da boa união
 
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Ataulfo Alves – O Mestre Ataulfo E Seus Convidados (1968)

Muito bom dia a todos os nossos amigos cultos e ocultos! Para a nossa terça-feira tenho aqui um ‘medalhão’, dos quais eu sempre gosto de postar. Claro, me refiro ao grande Ataulfo Alves, o qual dispensa as apresentações. Da mesma forma o repertório e também seus intérpretes, tudo figurinha já batida por aqui. Acredito que todas as músicas que estão nesta seleção da RCA já foram apresentadas aqui em diferentes momentos de nossas postagens, mas em se tratando de Ataulfo e também desses estimados intérpretes, sempre é bom ouvir de novo. Aqui temos um seleção musical da RCA Victor que estrategicamente coloca o Ataulfo em suas fileiras através dos artistas de seu ‘cast’. Uma boa jogada comercial e mais ainda como coletânea, que por certo, agrada a todos. Vamos conferir?
 
atira a primeira pedra – orlando silva
errei, erramos – nora ney
vai, mas vai mesmo
pois é – carlos galhardo
na cadência do samba – jorge veiga
o prazer é todo meu – orlando silva
sei que é covardia – carlos galhardo
rainha da beleza – orlando silva
a mulher faz o homem – cyro monteiro
você não quer nem eu – dalva barbosa com silvio vianna
o bonde de são januário – cyro monteiro
quanta tristeza – carlos galhardo
 
 
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Sua Excelência O Samba Canção (1957)

Olá, a todos os amigos cultos e ocultos! Segue o toque… Hoje é dia de dez polegadas e aqui temos um disquinho da Odeon, uma coletânea na qual ela apresenta oito de seus artistas em oito momentos musicais. E em se tratando de Odeon o time aqui não é qualquer um: Sylvia Telles, Dorival Caymmi, Heleninha Silveira, Roberto Luna, Trio Irakitan, Orlando Silva, Dalva de Andrade e Isaura Garcia. Todos defendendo uma só bandeira, a do samba canção, verdadeira excelência e riqueza da nossa música popular. E nesta seleção musical não há como errar, é ligar o som e cantar junto 😉
 
foi a noite – sylvia telles
só louco – dorival caymmi
molambo – roberto luna
não diga não – heleninha silveira
prece – dalva de oliveira
contando estrelas – isaura garcia
braza – orlando silva
siga – trio irakitan
 
 
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Aurino Seu Sax E Conjunto – Saturday Night (1960)

Boa noite, meus prezados amigos cultos e ocultos! Hoje eu trago aqui para vocês um disco dos mais desejados por colecionadores de bossa e jazz. Digo isso por conta de alguns que conheço, que dão a mão em troca de uma raridade. E no caso específico deste lp fui testemunha, na loja de um amigo, saiu em troca de seis notas de cem. Mas isso não é nada se formos tomar como base a especulação que virou o comércio de discos no Mercado Livre. Tem doido para tudo, até para outro doido, hehehe… Porém, não se trata de uma ironia a este ‘long play’ que agora apresento, muito pelo contrário, é sem dúvida um disco de tirar o chapéu, pois aqui temos um time de músicos de primeiríssima linha comandados  pelo saxofonista Aurino (Ferreira de Oliveira), um dos pioneiros do jazz aqui no Brasil. Aurino, seu sax e Conjunto, em “Saturday Night”, álbum lançado em 1960 pela RCA Victor. Para facilitar a minha apresentação e adiantar as coisas que já andam atrasadas, felizmente, a contracapa já nos traz tudo mastigadinho, todas as informações sobre o artista e seu lp. Chamo atenção apenas para o repertório, muito bem escolhido de samba, fox, bolero e beguine, com aquele tempero jazzístico que diferencia de outros que também já interpretam algumas dessas músicas na mesma época. Também é de se destacar a presença nesse time de músicos, de artistas como Baden Powell, Luiz Marinho, Rubens Bassini, Orlando Silveira… É… Está aí um disco bem convidativo… Vamos conferir no GTM? 😉
 
saturday night
fechei a porta
alguém me disse
solitude
chora tua tristeza
i love you
menina moça
sophisticated lady
vem
complicação
the song is you
so in love
 
 
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Don Marino Barreto Jr. E Sua Orquestra Cubana – Cubana (1955)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Conforme eu havia comentado, neste mês estarei trazendo também alguns discos e artistas internacionais, os quais eu acredito, também tem muito em comum com a nossa música e porque não dizer, com a nossa curiosidade musical, aqui no TM. E para começar, aqui vai um pouco de música cubana, ou melhor dizendo, de ritmos cubanos. Temos aqui um disquinho dos mais interessantes, Don Marino Barreto Jr e sua Orquestra Cubana, lp de 10 polegadas lançado no Brasil em 1955. Don Marino Barreto Jr. foi um artista cubano que fez sucesso na década de 50, principalmente na Europa, na Itália e Espanha, onde teve a sua formação musical como contrabaixista e construiu a sua carreira como músico e artista cubano. Gravou muitos discos, mas o que eu escolhi para o nosso toque musical tem tudo a ver com a nossa música, pois em seu repertório com nove músicas, temos umas quatro que são de compositores brasileiros. Sambas e choros que aqui se transformam em ruma e mambo. Temos “Delicado”, de Waldir Azevedo, “Quero ver-te sambar”, de Durval Ferreira, “Baião sim, baião não”, de Hervé Cordovil “Mulher rendeira”, que segundo Câmara Cascudo, essa música foi composta por Lampião e curiosamente, no selo deste disco consta como sendo de “Os Demônios”, por certo referência ao grupo vocal Demônios da Garoa que, assim como Vanja Orico, gravaram e fizeram sucesso internacional com esta canção. Como podemos ver, a música brasileira sempre teve destaque internacional. Não é atoa que, segundo contam, Aloysio de Oliveira dizia que só existem três tipos de música boa, a americana, a cubana e a brasileira. Acho que estou com ele, mas só até o final dos anos 50, hehehe…
 
delicado
maria cristina
quero ver-te sambar
kikiriki
mulher rendeira
baião de anna
baião sim, baião não
esa es la mona
rico caliente y sabroso
juanita bonita
 
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Hélio Mendes E Seu Conjunto (1966)

Olá, meus amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa jornada fonomusical, temos para hoje o ‘band-leader’ Hélio Mendes, um nome já apresentado aqui no Toque Musical em seu disco de estreia, “Week-end no Rio”. Hélio Mendes era capixaba e entre tantos, foi um dos mais importantes nome da música vinda do Espírito Santo. Seu conjunto fez muito sucesso por lá, a tal ponto que ecoou nos grandes centros de produção musical, como Rio e São Paulo. Aqui ele volta em um novo lp, também lançado pelo pequeno selo Musiplay, supostamente em 1966, ou 67. Neste disco temos um repertório misto e bem selecionado com samba, bossa, bolero e os italianos que faziam muito sucesso na época. Hélio Mendes e seu conjunto mostram neste lp toda competência que fizeram dele um dos grandes nomes dos bailes e das casas noturnas. É só conferir….
 
atire a primeira pedra
from russia with love
arrastão
amore scusame
nana
sabor a mi
sentimental demais
garota moderna
preciso aprender a ser só
tttttem das onze
se fiangi se ridi
manhã enublada
 
 

Trio Guarás (1955)

Muito bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Seguindo em nossa mostra diária, hoje temos aqui um raro lp do Trio Guarás, disco lançado em 1955 pelo selo Rádio. O trio vocal Guará surgiu nos anos 40, formado pelos irmãos Chalub: Juca no acordeom, Pimentinha no violão e Toninho no pandeiro. Este grupo só chegou a gravar este lp e antes disso, em 45, gravaram um 78 rotações pela Continental trazendo dois sambas de Príncipe Pretinho: “Adivinhação” e “Palhaço apaixonado”. Ao que se sabe, apenas Juca (Abdalla Chalub) seguiu em carreira gravando outros discos. Era conhecido como Juca e Seu Acordeom e atuou na música até o final dos anos 60.
Neste pequeno lp temos uma seleção musical onde o trio nos apresenta oito canções sendo essas cinco temas regionais e cabendo ainda espaço para a música portenha e árabe. Disquinho dos mais interessante, sendo também objeto de desejo de muitos colecionadores por aí. Vamos conferir no GTM?
 
nostalgias tucumanas
quixeramobim
papagaio indiscreto
hakini atelfon
dedilhando a gaita
encantos de diamantina
pra casá
banats candary
 
 

Anares Diaz – Colecão de Modinhas (1960)

Bom dia a todos, amigos cultos e ocultos! Hoje estou trazendo aqui um disco que eu acho dos mais interessantes e por certo, raro em todos os sentidos. Este é um dos lps que fazia parte da pequena discoteca que acompanhava a radiola lá de casa, quando eu ainda era criança. Me lembro bem deste disco e ainda de algumas dessas canções. Infelizmente, assim como a radiola, os discos também se foram. Porém, algum tempo atrás, descobri que tinha esse disco em arquivo digital, que certamente alguém me enviou e como está completo, do jeito que a gente gosta, não há porque não termos ele aqui em nosso Toque Musical. No entanto, deixei este disco para a estreia de um novo ‘resenhista’, o amigo culto, Ayrton Mugnaini Jr. que havia manifestado interesse em colaborar com a gente. O Ayrton é um cara dos mais completos, músico, escritor e como eu, virginiano (hehehe…). Eu já tive a oportunidade de postar aqui no TM um de seus discos e acho que sua musicalidade e seu estilo é bem parecido com o Anares Diaz. Portanto, não foi por acaso que enviei o disco para ele resenhar, Porém, o moço, além de esquecido é também super atarefado e creio que no momento ele está envolvido com lançamento de novos livros e discos. Achei melhor então aguardar que ele mesmo se manifeste. Mas o disco de coleção de modinhas do Anares Diaz não vai poder esperar. Assim, meu caro Ayrton, estreia quando der e com outro disco, coisa que por certo não irá faltar.
Como disse, temos aqui um lp raro e quando digo raro não me refiro ao valor exorbitante que malucos põe lá no Mercado Livre, mas sim ao fato de ter sido um disco com uma tiragem pequena, lançado a sessenta anos atrás e que por certo nunca teve uma reedição. Para completar, Anares Diaz é um completo desconhecido em áreas públicas da internet. Pode procurar no Google, jogar no Youtube que não vai aparecer nada, somente o anúncio de um único disco sendo oferecido especulativamente no Mercado Livre. Assim sendo, qualquer informação a respeito deste artista se concentra no próprio álbum, nas músicas e principalmente no texto de contracapa. Neste reforça ou comprova o que podemos ouvir, um repertório totalmente autoral e de uma originalidade que só se vê (e ouve) em artistas da mesma época cuja a música funciona muito bem na simplicidade de apenas um instrumento, no caso , o violão. Sua música tem algo de modinha, de tradicional, de folclórico e popular, é direta, simples, objetiva e que agrada de cheio e logo de cara. Incrível com esse disco ainda não chegou nas plataformas do Youtube. Portanto, o melhor é conferir no GTM…
 
somente pra você
vento frio
saci-pererê
ondas da praia
adeus cidade
tic tac do coração
grito de carnaval
você diz que não namora
lamento
tango
saudade
teu olhar faceiro
a boiúna
paraguaia linda
morena moreninha
a marcha do feijão
rio mar
meu amor
não me abandones
 
 
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Gabriel Antônio De Azeredo – Um Violino No Samba (1956)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Aqui temos para hoje um disquinho de 10 polegadas do selo Rádio focalizando o violinista Gabriel Antonio de Azeredo, o “Baiano”, músico o qual já foi apresentado aqui no Toque Musical, no fim do ano passado, em seu terceiro lp, “Violino na gafieira”. Desta vez ele volta, agora em seu primeiro disco lançado em 1956, um lp trazendo oito composições, sendo seis próprias, tocadas em uma rabeca construída também pelo “Baiano”. Gabriel foi um músico autodidata cearense talentoso que conquistou mestres como Hekel Tavares, conforme escreve Fernando Lobo no texto de contracapa. Em 58 a Rádio lançaria uma versão ampliada de “Um violino no samba”, em de 12 polegadas e incluindo mais músicas além das presentes neste lp. Vamos então conferir?
 
chorinho no ceará
trem da bicharada
cazuza na rabeca
chorinho na roça
de calça curta
baiano na polca
siri donzelo
lá vem a baiana