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Boa noite, amigos cultos e ocultos! Temos para o dia de hoje uma curiosidade fonográfica que por conta de umas e outras, acabou se tornando um ‘disco raro’ e a tal ponto que até mereceu uma reedição ha algum tempo atrás. “Persona – O Jogo das Mutações” era o que a gente chamava nos anos 70 de brinquedo ‘cabeça’. Trata-se de uma ideia antiga, um brinquedo ótico, reeditado/reinventado aqui no Brasil por Roberto Campadello, artista plástico, escritor e tradutor ítalo-brasileiro, que segundo contam, desenvolveu e aprimorou a técnica de fundir os rostos de duas pessoas frente a frente separadas por um vidro espelhado. Quer dizer, ao olhar para o espelho/vidro a pessoa vê pelo reflexo metade de seu rosto fundido a metade do rosto do outro, e vice-versa. Uma brincadeira interessante a qual foi apresentada pelo artista na XII Bienal de Arte de São Paulo. Depois o jogo passou a fazer parte das atrações de seu bar, cujo o nome era Persona. Segundo contam, era um bar da moda frequentado por artistas e coisa e tal… Daí veio a sacada, a criação de um jogo, produzido em escala comercial. Há muita estória nessa história e o fato é que ao montar o jogo Persona, procurou-se também criar uma trilha musical, algo cuja a sonoridade se encaixasse à proposta de uma ‘psycho-art’, a busca do verdadeiro Eu, por trás da máscara da persona… E nessa é que entra o guitarrista Luis Carlini, do então Tutti-Frutti, banda da Rita Lee, responsável pela produção musical deste disquinho de dez polegadas. Muito por conta de Carlini o disco tem uma pegada de rock psicodélico-tardio. Redescoberto junto ao bum das raridades fotográficas do rock brasuca, o disco voltou num relançamento com toda a pompa. Tem maluco aí pagando mais de 500 pilas por um exemplar original. É preciso ter fumado muita maconha (e da boa) para descobrir a importância e o valor psico-intrínseco dessa bolachinha. Bom, pílulas não se douram atoa, né? Então, vamos conferir, no GTM 😉
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