Tania Maria E Seu conjunto – Para Dançar Vol. 2 (1963)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Ainda no embalo da dança, ou melhor dizendo, no embalo de discos feitos para dançar, coisa muito comum nos anos 40. 50 e 60, tenho hoje para vocês a pianista Tania Maria, artista já apresentada aqui através de outros três de seus discos. Desta vez temos o lp Tania Maria Para Dançar – Volume 2, disco gravado por ela em 1963. Curioso notar que este seja o volume 2, o que nos leva a entender que ela tenha gravado antes o volume 1, por certo. Mas lendo o texto de contracapa, é dito que este foi seu disco de estréia. Busquei, numa pesquisa rápida informações sobre o primeiro volume. Qual nada… Estou certo de que esse disco não existe e assim entendo que houve aí algum erro da gravadora. “Para Dançar” foi gravado quando Tania Maria tinha apenas 15 anos de idade. Ela, na verdade, começou a estudar piano com 3 anos de idade, aos 14 já tinha seu próprio conjunto, era uma ‘band leader’. Daí, a gente entende porque ela é hoje um dos nomes mais respeitados do jazz internacional. Neste disco ela já demonstra seu talento, nos trazendo um repertório que passeia pelo samba e também pelo jazz, em arranjos feitos para dançar. Não deixem de conferir no GTM, o tempo é limitado!

é luxo só
chor sim
come september
cha cha cha da moça
marise
stella by starlight
quem é
el reloj
stranger in paradise
rosário
nunca mais
meu nome é ninguém



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Tania Maria – Olha Quem Chega (1971)

Cantora, compositora e pianista de jazz brasileira mundialmente consagrada, Tânia Maria volta a bater ponto aqui no TM. Desta vez oferecemos a nossos amigos cultos e ocultos “Olha quem chega”, álbum lançado pela Odeon em 1971, segundo trabalho-solo de Tânia e o último feito por ela antes de fixar residência no exterior. Neste disco, que conta com arranjos do violonista Geraldo Vespar  (uma ótima credencial, convenhamos), Tânia Maria oferece, como sempre, um repertório irrepreensível e de qualidade, assinado por compositores de quilate: Ivan Lins (“Madalena”, “Hey você”), a dupla Eduardo Gudin-Paulo César Pinheiro (a faixa-título), Toquinho (“Bobeou, não vai entender”, parceria com Gianfrancesco Guarnieri, e “Mais um adeus”, com o Poetinha Vinícius), Johnny Alf (“Garota da minha cidade”), Chico Feitosa (“Vireivolta”), Abílio Manoel (“Ruas do Rio”), Anselmo Mazzoni (“De frente”) e ainda dois clássicos inesquecíveis de nosso cancioneiro: “Carinhoso” (Pixinguinha e João “Braguinha” de Barro) e “Ai, que saudades da Amélia (Ataulfo Alves e Mário Lago). Tudo com a versatilidade, a competência e  o talento incontestáveis da grande Tânia Maria, aliado ao que de melhor a Odeon tinha em aparato técnico de gravação, fazendo deste “Olha quem chega” um dos melhores trabalhos já realizados pela cantora-compositora-pianista. Simplesmente de arrepiar!

bobeou, não vai entender
madalena
olha quem chega
mais um adeus
ai que saudades da amélia
garota da minha cidade
ruas do rio
hey você
carinhoso
de frente
vireivolta

*Texto de Samuel Machado Filho

Tania Maria – The Lady From Brazil (1987)

Olá amigos cultos e ocultos! Não estranhem se hoje não tem disquinho da série Documentário Sonoro do Folclore Brasileiro. Não estranhem e nem desesperem, as postagens continuam. Só que acho melhor intercalar com outros discos, outros títulos e curiosidades… como eu já havia informado, a partir de agora iremos incluir em nossas postagens discos e artistas internacionais. Não é que esteja faltando discos nacionais para postar. Acontece que eu estou querendo mesmo diversificar e postar aqui um pouco dos meus discos, aqueles que realmente fazem parte do meu pequeno acervo. Mas também continuamos com as raridades nacionais, afinal aqui continua sendo um lugar para quem escuta música com outros olhos, né?
Pois bem, hoje vamos com um disco internacional, porém a artista é brasileira. Temos aqui e mais uma vez a cantora, compositora e instrumentista Tania Maria, um nome consagrado no mundo do chamado latin jazz. Artista que cravou sua carreira tanto na Europa quanto nos Estados Unidos. Aqui temos um disco dela gravado nos anos 80, com produção do fera George Duke, que também participa em boa parte do disco. Tem o percussionista Paulinho da Costa, outro brasileiro radicado nos Estados Unidos e uma penca de instrumentistas de primeiríssima engrossando o caldo. Confiram…

the lady from brazil
i should not call you
tanoca vignette
bronx
just get up
valeu
all gone love
it hurts so much

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Tania Maria, Boto & Helio – Via Brasil (1975)

Conforme o prometido, o TM coloca seus amigos cultos, ocultos e associados em contato, mais uma vez, com o talento, a competência e a versatilidade de Tânia Maria, esta notável cantora, compositora  e pianista brasileira de prestígio mais que merecido internacionalmente. Com o nome completo de Tânia Maria Corrêa Reis, essa extraordinária jazzista veio ao mundo na cidade de São Luís, capital do Maranhão, em 9 de maio de 1948. Aos sete anos de idade, ela começou a estudar piano, e, aos treze, ganhou o primeiro prêmio em um concurso de música local como líder de um conjunto que seu pai havia começado. Em 1963, aos quinze anos, fez sua estreia em disco, lançando, pelo obscuro selo Pedestal, um 78 rpm com a valsa “Papaizinho”, de Francisco de Paula, e a marcha “Serão do papai”, de Amâncio Cardoso. Aos dezesseis anos, casou-se e começou a estudar Direito, mas, em 1966, abandonou os estudos para gravar seu primeiro LP, exatamente o que o TM já ofereceu a vocês, “Apresentamos Tânia Maria”, mostrando, logo de saída, um estilo todo peculiar, combinando jazz e ritmos brasileiros, que ela iria desenvolver posteriormente. O segundo álbum viria em 1971, pela Odeon, “Olha quem chega”. Em meados da década de 70, Tânia Maria decide fixar residência no exterior, mais precisamente em Paris, capital da França, onde voltou a morar com sua família após alguns anos de permanência em Nova York, EUA. Desde então, desenvolveu uma sólida carreira internacional, com mais de 25 álbuns gravados, além de turnês e apresentações em praticamente todos os festivais de jazz do mundo. Em 1980, seu álbum “Piquant” venceu o Golden Leonard Feather Award. As principais 07influências de nossa Tânia Maria são Oscar Peterson, Bill Evans, Luiz Eça, Sarah Vaughan, Tom Jobim e Mílton Nascimento, e sua música abrange desde melodias pop às harmonias complexas do jazz, passando pelo soul, samba e funk. Usa sua voz para executar complicadas improvisações de “scat”, em uníssono com o piano, sendo uma das expoentes nessa técnica. Um estilo musical e uma voz inconfundíveis, que a tornaram, com justiça, um dos grandes talentos da cena contemporânea. A ponto de, em 2009, ser nomeada “officier” da Ordem de Artes e Letras da França. Segundo informa seu site oficial, Tânia Maria está preparando um novo álbum, a ser lançado ainda em 2017. Enquanto aguardamos este novo trabalho, o TM nos oferece um disco por ela gravado quando já havia se estabelecido na França. É “Via Brasil”, lançado naquele país pela Barclay (hoje subsidiária da Universal Music e denominada EmArcy Records) em 1974, e que chegou ao Brasil um ano depois, através da RCA, futura Sony Music. Aqui ela está acompanhada pelo baterista e percussionista Boto, e pelo contrabaixista Hélio, oferecendo um repertório, como não poderia deixar de ser, de primeiríssima qualidade, com sucessos já consagrados no Brasil (“Samba de Orly”, “Abre alas”, “Até quem sabe”, o clássico jobiniano “Águas de março”, “Fio maravilha”),  dois pot-pourris, um com hits de Jorge (então) Ben e outro com sambas da velha guarda, denominado “Via Brasil”. Nessa época, o trio se apresentava no bar musical A Batida, então recém-inaugurado, que ficava no complexo Via Brasil, no centro comercial da “Torre” Maint-Montparnasse.  Foi lá que Eddie Barclay, então proprietário da gravadora, ouviu Tânia, Boto e Hélio, e, entusiasmado, logo os contratou.  O resultado aí está, como os amigos cultos, ocultos e associados do TM terão a grata satisfação de conferir.  Um segundo volume de “Via Brasil”, ao que parece não editado por aqui, viria em seguida. E este primeiro é simplesmente espetacular!

samba de orly
pot pourri de jorge ben
até quem sabe
abre alas
fio maravilha
a cruz
aguas de março
bedeu
não tem perdão
pot pourri

* Texto de Samuel Machado Filho

Tania Maria – Apresentamos (1966)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Hoje nós trazemos para vocês um disco raro e muito especial. Por certo já foi postado em diversos outros blogs, porém é aqui que ele se perpetua. Apresentamos, Tânia Maria, cantora, compositora e pianista. Artista que ganhou prestígio na Europa e Estados Unidos, fazendo por lá uma sólida carreira internacional. Respeitadíssima no mundo do jazz, já tocou com os mais diversos e importantes músicos dos quatro continentes. Aqui temos ela fazendo sua estréia, neste lp lançado pela Continental, em 1966. Ao lado de outros grandes músicos da época, Neco na guitarra; Luiz Marinho no contrabaixo; Edson Machado na bateria e ainda Maurício Einhorn e sua gaita, em três faixas do disco, Tania Maria é um verdadeiro show de competência. Disco gravado ao vivo, um registro mais que histórico da competência desses excelentes músicos.
Ainda neste mês vamos postar aqui mais dois discos dessa artista. É só aguardar, pois as apresentações mais detalhadas vão ficar por conta do nosso super amigo resenhista, Samuel Machado Filho. Confiram este lp no GTM 😉

não tem tradução
com que roupa
três apitos
feitiço da vila
feitio de oração
viver morrer
a voz do povo
nêgo são
papão
ficou na saudade
de manhã
terra de ninguém
a paz
agora
paz de espírito
o verão vem aí

Tania Maria With Boto And Helio – Via Brazil (1975)

Olha aí “Primeirão”, mais um post para seus comentários. Caso encontre algum novo erro, não deixe passar em branco. É através de críticas e sugestões que busco melhorar o blog. Fale bem ou fale mal, mas não deixe de falar do Toque Musical. (até rimou) Vamos em frente com mais um disco bacana, capaz de fazer o Capitão Gancho babar de inveja. Vamos com a excelente Tania Maria, cantora e pianista, que após estudar piano clássico, acabou optando pela música popular e pelo jazz. Gravou dois lp’s no Brasil, no final dos anos 60 e inicio dos anos 70. Depois foi morar nos States. Ficou por lá um tempo, mas acabou se mudando para a França, contratada para a boate “A Batida”, no complexo “Via Brasil” do centro comercial da Torre Maine-Moutparnasse. Em Paris, onde ainda continua trabalhando, gravou para a RCA este vigorozo álbum produzido por Eddie Barclay. Segue em anexo e como bônus (porque eu sou um cara legal) uma surpresa… Confiram aí…
Samba de Orly 4:20 Chico Buarque – Vinicius de Moraes
Pot Pourri de Jorge Ben 6:00 Jorge Ben
Até Quem Sabe 4:23 João Donato
Abre Alas 4:20 Ivan Lins – Ronaldo Monteiro de Souza
Fio Maravilha 3:39 Jorge Ben
A Cruz 5:44 Tania Maria – Carlos da Fé
Águas de Março 6:08 Tom Jobim
Bedeu 2:24 A. Fagner
Não Tem Perdão 4:55 Ivan Lins – Ronaldo Monteiro de Souza
Pot Pourri Via Brasil 2:26 Rubens Soares / David Nasser / Ary Barroso / Dorival Caymmi / Lamartine Babo