Billy Eckstine – Momento Brasileiro (1979)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Acabei por não postar mais um disco do Anisio Silva. Eu havia (quase) prometido mais um para hoje, com capa do César Villela, mas não rolou porque o disco que eu queria postar, embora tivesse todo o jeitão do ‘lay-out’ do César, não era da fase Odeon e como não havia créditos para esse disco, achei melhor deixá-lo para o ano que vem (tá logo ali…). Por consequência, decidi mudar o foco. Teremos hoje um artista internacional, Billy Eckstine.
Para os que não conhecem, Billy Eckstine foi um cantor, trompetista e ‘bandleader’ americano. Seu auge foi na época das ‘big bands’. Tocou com as mais diversas feras do jazz. Por sua orquestra passaram grandes nomes como Miles Davis, Dizzy Gillespie, Charlie Parker e Art Blakey. Passada a fase das ‘big bands’, Billy se dedicou exclusivamente à carreira de cantor. Tornou-se um cantor romântico, um tanto comercial, diga-se de passagem, mas sempre encantando com sua voz de assombração (no bom sentido, claro!) Uma assombração afinadíssima! hehehe…
Em 1979, Aloysio de Oliveira, convida Billy, seu velho conhecido, para gravar alguns temas famosos da música brasileira. Claro que a coisa aqui rola em torno da Bossa Nova, principalmente porque além do produtor, o arranjador e regente era Oscar Castro Neves. Este disco foi gravado na California (EUA), em janeiro de 1979 e contou com uma equipe muito boa de músicos, quase todos americanos. Como já foi observado por tantos, os arranjos de Oscar Castro Neves deram o tempero certo para a interpretação de magistral Billy. “Cidade maravilhosa” ficou ainda mais maravilhosa e quase irreconhecível, vestida de jazz. Em abril do mesmo ano, Aloysio trouxe os ‘masters’ para o Brasil, finalizando as mixagens com a inclusão de uma orquestra de cordas, gravando no Studio Sigla, Rio de Janeiro. Ficou, realmente, um trabalho exemplar. Um disco super gostoso de ouvir, principalmente numa festa de fim de ano 😉
Uma curiosidade… as capas sempre me chamam muito a atenção. Esta então nem se fala… Se tamparem com o dedo a área do bigode do ‘homi’, fica parecendo uma senhora, principalmente tendo ainda o colarzinho de pérolas, quase gargantilha, que ele leva no pescoço. Ah, esses americanos e suas bizarrices… Só para finalizar, observem que há também um outro colar, certamente de ouro, trazendo como pingente uma lâmina de fazer barba, tipo Gillette. Hum…, sei não… Esses americanos… hehehe…
cidade maravilhosa
i apologize
quiet nights (corcovado)
where or when
dindi
dora
dreamer (vivo sonhando)
you and i (voce e eu)
how insensitive (insensatez)