Compactos – Giane (1965) – Silvana (1973)

Olá, amigos cultos, ocultos e associados!  O TM oferece hoje mais uma seleção de compactos, dessas que tanto têm agradado a vocês. Esses dois tesouros de sete polegadas que hoje lhes oferecemos foram lançados nas décadas de 1960 e 70, e trazem um repertório essencialmente romântico. O mais antigo item de nossa seleção é o compacto simples de Giane (Georgina Morozine dos Santos), uma das precursoras da Jovem Guarda. Paulista de Bebedouro, ela se mudou ainda pequena para Jaboticabal, passando a infância entre essa cidade e Ribeirão Preto, onde começou sua carreira, na TV Tupi, Canal 3, atuando também como crooner da orquestra de Jaboticabal. Seu primeiro disco, em 78 rpm, foi lançado pela Chantecler em fevereiro de 1962, apresentando o samba médio “Quero ver” e o bolero “Por acaso”. É responsável por sucessos inesquecíveis, tais como “Dominique”, “Angelita”, “Não saberás”, “Olhos tristes” (com participação especial de Barros de Alencar), “Saudade que não foi sequer saudade”, etc. Recebeu inúmeros prêmios ao longo de sua carreira, como o Troféu Chico Viola, em 1964, e, um ano depois, o Roquette Pinto de melhor cantora. O TM oferece um single de Giane lançado pela Chantecler por volta de junho de 1964. De um lado, “Preste atenção (Fais attention)”, versão de Paulo Queiroz para uma balada romântica de origem francesa, que no entanto faria mais sucesso na voz de Wanderley Cardoso, sendo por sinal o primeiro grande hit do cantor. No lado B, o divertido twist “Eu não posso namorar”, de Geraldo Nunes e Roberto Muniz, com um coral à la pato Donald simplesmente hilariante. Ambas as faixas apareceriam depois no segundo LP de Giane, lançado em março de 1965. Por outro, temos o compacto duplo de Silvana (Terezinha Almeida de Oliveira, Campos, RJ, 8/7/1941). Responsável por hits como “Amor, fonte da vida”, “Espinhos da saudade”, “Novilheiro  e “Pombinha branca”, formou uma bem-sucedida dupla com Rinaldo Calheiros interpretando tangos (“Cantando”, “Onde estás, coração?”, “Amor”…). Foi casada com o também cantor Marco Aurélio, já falecido, e igualmente gravaram músicas em dupla. Aqui, um compacto duplo Copacabana de 1973, no qual ela interpreta “Se tem que ser adeus… adeus”, de César e Cirus, lançada no ano anterior por Waldik Soriano, “Nunca mais eu te esqueci”, de Almir Rogério, aquele do “Fuscão preto”, em parceria com Jean Pierre, “Você é muito importante em minha vida”, composição de Cláudio Fontana, e “Avenida do amor”, de Carlos Bonani.  Enfim, uma seleção com repertório flagrantemente popular, apresentando letras simples e diretas, músicas como não se fazem mais atualmente. Confiram…

*Texto de Samuel Machado Filho

preste atenção – giane
eu não posso namorar – giane
se tem que ser adeus… adeus – silvana
nunca mais eu te esqueci – silvana
você é muito importante em minha vida – silvana
avenida do amor – silvana
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