Nalva Aguiar – Foi Bom Voce Chegar (1973)

Vamos hoje com a cantora Nalva Aguiar. Já apresentamos ela aqui no Toque Musical, em resenha do nosso saudoso Samuca. E a ele nos recorremos, replicando parte do seu texto na primeira postagem:
O TM põe hoje em foco uma cantora surgida nos tempos da Jovem Guarda, que, a exemplo de Sérgio Reis, abrigou-se entre os intérpretes de música sertaneja. Trata-se de Nalva de Fátima Aguiar, mineira de Tupaciguara, nascida em 9 de outubro de 1945, e carinhosamente conhecida como rainha das festas de peão de boiadeiro, título que ganhou por cinco vezes. Filha de um alfaiate que tornou-se dono de hotel, Nalva sonhava em ser cantora desde muito pequena, e com sete anos já estudava acordeão, instrumento do qual tornou-se mais tarde professora. Um pouco mais tarde, passou a cantar em festas e rádios do Triângulo Mineiro, e na TV Triângulo de Uberlândia . Na primeira metade dos anos 1960, participou de um disco da dupla Nízio e Nestor. Em 1966, atraída pela Jovem Guarda, mudou-se para São Paulo e gravou seu primeiro disco, um compacto simples com as músicas “Garota diferente” e “É o amor”. Um ano depois, representou Minas Gerais em um concurso da lendária Rádio Nacional do Rio, interpretando, em inglês, o clássico country “Jambalaya”. Atuou ainda no cinema, em filmes como “Adorável trapalhão”, “Dois mil anos de confusão” e “O conto do vigário”. Em 1971, gravou seu primeiro LP, “Nalva”, fazendo sucesso com “José (Joseph)”, do francês Georges Moustaki em versão de Nara Leão, já gravada antes por Rita Lee. Em meados da década de 1970, passou a dedicar-se à música sertaneja, lançando, em 1975, um compacto simples com “Beijinho doce”, de Nhô Pai, regravação de um antigo sucesso das Irmãs Castro, que interpretara no filme “O conto do vigário”, e vendendo mais de 500 mil cópias. Tornou-se uma das mais importantes figuras femininas da música sertaneja, e é pioneira do gênero. Nos anos 90, afastou-se das gravações, tendo morado durante longo período na América do Note, entre o Canadá e os EUA, onde recebeu o título de “Rainha da Música Country no Brasil”. Voltou ao disco em 1999, lançando um CD com participações especiais de Chitãozinho e Xororó, Ivan Lins, Sérgio Reis e do locutor de rodeios Barra Mansa. Em 2010, foi uma das convidadas de Roberto Carlos para o especial de TV “Emoções sertanejas”, lançado depois em CD duplo.
E desta vez trazemos o seu segundo lp, lançado CBS, através do selo Epic, em 1973. Uma produção artística de Mauro Motta, na qual Nalva Aguiar nos apresenta um repertório romantico-pop-sertanejo fortemente influenciado pela música country americana.
 
terminou tudo assim
que vai ser do meu futuro sem você
é sempre assim
o fim do amor
foi bom você chegar
isso sim é amor
quero que volte
não me interessa mais você
mais uma vez vou te perder
todos dizem que mudei
minha vida sem você
se eu pudesse
 
 
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Simonetti – Dançe Com Simonetti (1961)

E aqui, mais uma vez marcando presença em nosso Toque Musical, Simonetti e sua orquestra. Este pianista, compositor e maestro italiano, que passou uma boa temporada no Brasil, acabou também fazendo parte da história da música popular brasileira, participando de dezenas de discos. Foi o maestro da orquestra da gravadora RGE e por esse selo ele lançou diversos discos, como os já apresentamos em outros momentos. Agora, vamos com “Dance com Simonetti”, disco de 1961. Um lp voltado para o público jovem da época e talvez um dos últimos gravados aqui no Brasil antes de voltar para a Itália.
 
o home do braço de ouro
chá chaá chaá egypcio
blue moon
babá de mulher
bombay
brasil 61
the exodus song
c’est magnifique
la habanera
tonight my love tonight
the continental
sheherazade
 
 
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Moura Junior – Embolabalanço (1964)

Há algum tempo atrás recebemos um lote enorme de gravações/discos digitalizados de alguém que pensava em nos dar uma colaboração. Havia muita coisa nesse lote, inclusive, arquivos de postagens aqui do Toque Musical. Se tratava, por certo, de alguém que coleciona que garimpa música em arquivos digitais. Este lote ficou esquecido aqui por esse tempo, mas agora estamos começando a explorar o que ele tem para nos oferecer. E então aparece isso, “Embolabalanço”, com Moura Junior. Um disco muito curioso, ou melhor dizendo, interessante e mais ainda, obscuro e raro. Lançado pela Companhia Brasileira de Discos, selo Philips e ao que tudo indica, em 1964. Informações sobre Moura Junior, só mesmo o que se lê na contracapa. Sabemos que Moura Junior foi um artista pernambucano, que gravou também outros discos. E aqui em “Embolabalanço” podemos ver e ouvir o cantor numa seleção de repertório dos mais interessantes que busca valorizar a música regional do norte e nordeste através de arranjos então modernos do maestro Guerra Peixe que busca fundir com elementos e a leveza da bossa nova. Não bastasse, ainda temos um time de músicos de primeiríssima, que dá a esse trabalho toda a garantia de qualidade que ele merece. O texto de contracapa é de ninguém menos que Antonio Carlos Jobim, que também está presente em duas das faixas deste disco. Precisa de dizer mais alguma coisa? Precisa, mas vamos logo procurar, pois numa próxima oportunidade a gente traz também outros discos deste artista. Confiram, vale muito a pena…
 
caminho de pedra
moinho d’agua
maria moita
galo de briga
lamento amor, mas é o fim
amoroso
vida ruim
morena do grotão
não tá certo não
nascer baiano
vida bela
saudades de maceió
 
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Radamés Aida E Sandoval – Brasiliana 7 E 8 (1958)

Eis aqui um lp, de dez polegadas, que merece toda a nossa atenção. Radamés Gnattali, sua irmã, pianista e professora Aida Gnattali e o saxofonista Sandoval Dias, um momento que é também histórico na música brasileira. Aqui, Radamés nos apresenta a série “Brasiliana Nº 7 e 8” com peças para piano e saxofone. Como se pode ver, na contracapa, há toda informação necessária sobre este disco.  Simplesmente maravilhoso e por certo, merecedor de uma reedição em cd em 1998, ou seja, 40 anos depois. Para quem necessida da obra material, ainda é possível encontrar a vesão em cd.
 
variações sobre um tema de viola
samba canção
choro
schottish
valsa
choro
 
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Conjunto Sergio Carvalho – Ritmo Dança Alegria (1968)

Mais uma vez, em nosso Toque Musical, Sérgio Carvalho e seu conjunto apresentando o lp “Ritmo Dança Alegria”, lançado em 1968 pela Companhia Brasileira de Discos e Selo Philips. Um disco com aquela cara (se é que sonoridade tem cara) dos saudosos anos 60. Sergio Carvalho e seu conjunto desfilam um repertório então moderno, da época, com temas em ‘pot-pourri’, nacionais e internacionais. Sucessos pop que ganham arranjos bem interessantes. Disco bem gostoso de ouvir, por isso não podia faltar 🙂
 
canzone per te
adieu a la nuit
l’amour est bleu
the look of love
san francisco
o homem proibido
malayisha
pata pata
suck ‘um up
alegria alegria
ponteio
até quarta feira
noite dos mascarados
amor de carnaval
triste madrugada
voltei
você voltou
gana
 
 
 
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Steve Bernard E Seu Conjunto – Mosaico (1958) 

E aqui, mais uma vez marcando presença, Steve Bernard, ou ainda Stephen Bernahardt, organista e pianista romeno radicado no Brasil no início dos anos 50. Fez muito sucesso por aqui, no Brasil, tocando nas principais boates do Rio de Janeiro. Já apresentamos no Toque Musical outros discos dele. Aqui temos este lp, “Mosaio”, de 1958, um disco ainda no formato 10 polegadas, produzido pela Odeon. Neste álbum, como o próprio título indica, temos um repertório misto, com músicas de sucesso, de compositores nacionais e internacionais. Seleção boa, com destaque para o instrumental, “Se todos fossem iguais a você”, de Antonio Carlos Jobim…
 
o apito no samba
love me forever
cabuloso
ouça
an affair
to remember
choro de criança
hora stacatto
gadu namorando
wild is the wind
ay cosita linda
se todos fossem iguais a você
por quanto tempo
 
 
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Kyd Bayano – Compacto (1975)

Curiosidades que cabem como uma luva em nosso blog Toque Musical. Aqui temos este compacto da Odeon, lançado em 1975, trazendo o cantor e compositor Kid Bayano, que como o próprio nome indica, trata-se de um arista baiano, vindo lá de Feira de Santana. Ele foi morar no Rio de Janeiro, nos anos 60, em busca do sonho de se tornar músico profissional. Por mais de 20 anos ele esteve trabalhando com os mais diversos artista, tocando violão e guitarra. Acompanhou músicos da Jovem Guarda, músicos populares e até Nelson Gonçalves. Trabaqlho também em boates e casas noturnas do Rio. Conseguiu finalmente, em 75 gravar este compacto que aqui apresentamos. Influenciado musicalmente por seus conterraneos, compôs em parceiria com outro, ‘Pitter Pitter’ dois sambas bem suingados e curiosos, pois são quase plágios descarados e em especial a faixa “Eu não tenho onde morar”, titulo também do clássico de Caymmi e que como esta tem o mesmo refrão, ou parte dele e da melodia. Não sei como Caymmi, ou seus empresários deixaram passar isso. O certo é que Kid Baiano acabou não vingando e voltou para Feira de Santana. Seu nome voltou a tona quando alguns dj’s descobriram esse disquinho, que soa muito bem nas discotecagens. Confiram…
 
roda baiana
eu não tenho onde morar
 
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João De Barro Braguinha – Claudio Santoro – Prêmio Shell Para A Música Brasileira (1985)

Desta vez temos um lp lançado de Selo Kuarup. Disco esse sem finalidade comercial, pois se trata de um produto que faz parte do pacote Prêmio Shell de Músíca, no ano de 1985. O Prêmio Shell é um evento cultural patrocinado pela empresa Shell do Brasil. Criado em 1981, tem como finalidade premiar, incentivar e homenagear grandes artistas da música brasileira. A cada ano são escolhidos até dois artistas de destaque para essa homenagem. Neste, temos dois compositores importantes, um da música popular, o Braguinha, outro, Cláudio Santoro representando a música erudita. No presente álbum, temos para cada lado uma seleção com algumas de suas obras mais representativas. No caso, diferntes artistas e gravações que marcaram. Curiosidade que vale a pena ouvir 🙂
 
balancê – gal costa
copacabana – dick farney
pastorinhas – silvio caldas
anda luzia – maria bethania
cantoras do rádio – aurora e carmem miranda
pirata da perna de pau – nuno rolland
touradas de madri – almirante
primavera no rio – dalva de oliveira
carinhoso – elis regina
cinco prelúdios de amor – aldo baldin e lilian barreto
quatro prelúdios para piano – lilian barreto
ponteio – orquestra sinfônica de moscou (regida pelo autor)
 
 
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Sonia Mello – Grandes Mulheres Grandes Sucessos (1980)

Temos aqui, Sonia Mello… Um bom exemplo de artista moldado pela indústria fonográfica. Não que boa parte dos artistas, no auge da produção dessa indústria, deixasse de passar por isso. Poucos na verdade, são (ou foram) os artistas que tiveram total liberdade na produção e direção de seus discos, aliás, dos seus trabalhos. Na verdade, o que queremos dizer é que existem duas classes de artistas nesse então mundo fonográfico: os artistas que naturalmente criam músicas, quem tem um trabalho autoral e os que são contratados, cooptados, formados ou moldados para atender a uma demanda essencialmente comercial. Sonia Mello é parte dessa segunda classe. Trata-se de uma moça, ainda muito nova, colegial, que gostava de ficar nas portas de gravadoras tietando os artistas. Foi vista pelo produtor Nilton Miranda, talvez encantado pela moçoila, levou ela para uns testes no estúdio, sendo em seguida contratada pela Odeon. Seu grande feito, ou que dá a essa cantora um certo destaque foi ter gravado um primeiro disco com um repertório exclusivamente de Roberto e Erasmo Carlos. Uma produção, por certo encomendada, pois algumas dessas músicas foram usadas em temas de novelas (saía mais barato usar um intéprete do que o autor). E foi regravando músicas do RC e aparecendo em programas de auditório que Sonia Mello conseguiu se destacar. Gravou somente para a Odeon dois lps com músicas de Roberto e Erasmo, um compacto duplo e este último lp, “Grandes Mulheres Grandes Sucessos”. Como os demais, este foi outro disco onde a gravadora aposta numa coletânea de sucessos de outras cantoras e de diferentes gravadoras e para isso, coloca a Sonia Mello numa interpretação que nada mais é que um ‘cover’, mantendo sempre os mesmos arranjos. Enfim, nessa condição, a cantora tem aqui apenas a função de incluir sua voz. E frente às gravações originais, dá uma certa preguiça ouvir e uma inevitável comparação.
Sonia Mello após esses discos, desapareceu da mídia e ao que se sabe, se afastou do meio artístico. Hoje, virou apenas uma lembrança para um pequeno grupo de fãs no Facebook. Aliás, ao visitar o perfil da ex-cantora, inevitavelmente nos deparamos com fotos de seu ‘mito’. A mulher se tornou uma apoiadora do crápula golpista. Agora a gente entende de onde vem tanto ressentimento… 
 
momentos
folhetim
grito de alerta
nosso estranho amor
foi deus quem fez você
clareana
começar de novo
menino do rio
mania de você
amor meu grande amor
romaria
 
 
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Moleque De Rua (1991)

E seguimos nossas postagens trazendo hoje o Moleque de Rua, grupo formado por jovens da periferia de São Paulo, no final dos anos 80. Ganhou destaque por conta de seus integrantes criarem instrumentos ritmicos a partir de sucatas, de materiais como latas, tubos e tambores. Criando também as suas próprias músicas, o Moleque de Rua foi assunto no Fantástico, programa da TV Globo. Em 1991 tiveram então a oportunidade de gravarem este disco, produzido por Charles Gavin, dos Titãs.
 
rap do moleque
herodes
pagode japonês
fim de feira
zé do brasil
os insetos
o sósia
assaltar papai noel
dor de dente
filosofia do bom malandro
ensaio geral
 
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K-Ximbinho – Saudades De Um Clarinete (1981) 

Aqui um disco bem bacana de um dos grandes músicos brasileiros, Sebastião de Barros, ou como se tornou conhecido, K-Ximbinho, instrumentista, compositor, arranjador e regente. Considerado como um dos mais originais instrumentistas de sua geração, atuou tanto em orquestras populares como em regionais, grupos de choro e jazz. Este disco foi gravado no intúito de ser o primeiro lançamento de um selo/gravadora independente idealizado por Chico Buarque, Paulinho da Viola, o pessoal do MPB-4, Fernando Faro e Toninho Morais. Porém, conforme nos cona Aluízio Falcão, no texto de contracapa, o projeto não vingou. A gravação acabou engavetada. Nesse meio tempo, K-Ximbinho veio a falecer. O projeto foi resgatado no ano seguinte e o disco acabou saíndo pelo selo Eldorado.
Sem dúvida, um trabalho maravilhoso de se ouvir. Quem não conhece, a gente recomenda… 
 
eu quero é sossego
sempre
meiguice
tô sempre aí
gilka
mais uma vez
velhos companheiros
penumbra
simoninha na barra
ternura
autoplagio
catita
 
 
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Quarteto Em Cy – Em 1000 kilohertz (1979)

O toque de hoje é o Quarteto em Cy, Em 1.000 Kilohertz, um dos muitos e excelentes álbuns deste quarteto vocal feminino fantático, que se iniciou com as irmãs, Cyva, Cybele, Cynara e Cylene, nos anos 60. O grupo, ao longo de cinco décadas, teve várias formações, com outras cantoras substintundo as que foram saíndo. O Quarteto em Cy gravou dezenas de disco, uma discografia exemplar que carece maior reconhecimento, ou conhecimento por parte de um público que não chegou a conhecer esse grupo vocal. “Em 1.000 Kilohertz, disco de 1979, a formação do quarteto era Cyva, Cynara, Sônia e Dorinha Tapajós. A direção musical é de Luiz Claudio Ramos. O repertório, como sempre, impecável, 
é parte do show com o mesmo nome, levado a público em junho de 79, no Teatro Vanucci, no Rio de Janeiro.
 
sim ou não
feminina
passageiro
nada além
feira das almas
bom dia
maria maria
vinho amargo
nadando no seco
a cidade contra o crime
sabiá
 
 
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Tibor E Sua Orquestra – Ray-O-Vac 3 (1969)

Seguindo em nosso ‘drops sortido’, temos aqui mais um exemplar Ray-O-Vac. Para aqueles que já seguem o nosso Toque Musical a mais tempo, há de lembrar de outros discos desta série promocional, lançada em 1969 pelo obscuro selo PAT Records, trazendo o maestro Tibor Reisner e sua orquestra. 
Vamos repetir aqui, praticamente, o mesmo texto de uma outra postagem desta série de 4 volumes…
Lançado como promoção das pilhas Ray-O-Vac, este lp nos traz um encontro exclusivo com o maestro e arranjador Tibor Reisner e sua orquestra. Por certo, a maioria das pessoas não fazem ideia de quem foi este músico. Húngaro naturalizado brasileiro, o maestro Tibor viveu e atuou em Joinville – SC por muitos anos. Foi regente da extinta Orquestra Filarmônica-Lyra e diretor da Escola de Música Villa Lobos, ambas nessa cidade. Nos últimos anos de vida mudou-se para São Paulo, depois de ter amargado o desgosto de não conseguir criar em sua cidade uma Orquestra Sinfônica. Segundo informações, ele vivia sozinho em São Paulo. Já doente, foi resgatado por amigos e levado de volta a Joinville. Seu único parente era uma irmã que veio da Alemanha para cuidar dele. Levou-o de volta para a capital paulista para tratamentos. Faleceu aos 73 anos, em 1999. Deixou uma obra volumosa, inédita e inacaba.
Neste álbum promocional, encontramos o arranjador, regente e instrumentista a frente de uma pequena orquestra formada por músicos estudantes, possivelmente da sua Escola de Música Villa Lobos. O repertório, como nos demais discos já apresentados traz em ‘pot pourri’  uma série mista com temas nacionais e internacionais, sucessos dos anos 60. Um trabalho feito exclusivamente para o disco promocional das populares pilhas ‘amarelinhas’ para agradar a todo tipo de público daquela época.
 
afrikan beat
garota de ipanema
balanço zona sul
samba de verão
hully gully portugues
coimbra
uma canção portuguesa
la bamba
amore scusame
monn river
mavie
red roses for a blue lady
san farncisco
i could have dance all night
ganz paris treumt von der liebe
sur le ciel de paris
sur le pont de paris
madmoiselle de paris
le petit valse
 
 
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Jan Garbarek John Abercombie Nana Vasconcelos – Eventyr (1983)

Que salada mista está sendo este mês de novembro. Cada dia algo diferente, alegrando gregos, troianos e quem mais chegar. Na postagem de hoje nosso destaque é para o genial Naná Vasconcelos. Como sabemos, ele construiu uma sólida carreira internacional se tornando um dos mais respeitáveis percursionistas mundiais. Tocou com inúmeros artistas, estando presente em dezenas de discos nacionais e internacionais. Aqui temos ele em sua fase tocando e gravando pelo conceituado selo ECM, dedicado a música instrumental jazzistica. Já apresentamos Naná em outro disco desta gravadora e agora trazemos “Eventyr”, trabalho que ele participa ao lado do saxofonista Jan Garbarek e do violonista e guitarrista John Abercrombie, gravado no início dos anos 80.
 
soria maria
liliekort
eventyr
weaving a garland
once upon a time
the companion
snipp snapp snute
east of the sum and west of the moon
 
 
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Astrud Gilberto – I Haven’t Got Anything Better To Do (1969)

Seguinos desta vez com a cantora brasileira radicada nos Estados Unidos, Astrud Gilberto, artista já apresentada em nosso Toque Musical diversas vezes. Volta, literalmente, a mostrar a cara neste lp, “I Haven’t Got Anything Better To Do”, pelo conceituado selo americano Verve, lançado também no Brasil, em 1969. Um repertório pop com arranjos e regência de Albert Gorconi. O interessante para nós neste disco é a última faixa do lado A, a música de Dori Caymmi e Nelson Motta, “O mar é meu chão” que ganha uma versão em inglês,”The sea is my soil”.
 
a time for us
i haven’t got anything better to do
didn’t we
wailing of the willow
where’s the love
the sea is my soil
trains and boats and planes
world stop turning
without him
weesmall hours
if
 
 
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Melão – Box Blindex (1988)

Embora não tenhamos encontrado nada a respeito deste disco na internet, além de anúncios de vendas, montamos aqui nosso quebra-cabeça. Se não estamos enganados, Melão é um músico mineiro que no fim dos anos 70, ao lado de outro, Lery Faria Jr gravaram “Jequitinhonha – Notas de Viagem”, disco maravilhoso que já tivemos o prazer de apresentar aqui no Toque Musical. Ao que parece, Melão seguiu para o Rio de Janeiro, trabalhou ao lado de grandes artistas e lançou nos anos 80 este lp, “Box Blindex”, em 1988, pelo selo Continental. Um trabalho bem condizente com aquele momento, os anos 80, ou seja, um disco pop, mas com um diferencial importante, a qualidade musical. Melão vem acompanhado por um excelente grupo de instrumentistas com direção artística do saudoso Arthurzinho Maia. Trabalho inteiramente autoral bem a cima da média pop daqueles tempos. Confiram…
 
box blindex
dance dance
broto coconut
amor a dois
estranho romance
alucinação
flor do mal
blue coração
poeta pop star
eu e minha noiva
 
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A Barca Do Sol – Durante O Verão (1976)

Verificando aqui em nossa lista de postagem, percebo que até então não chegamos a postar nada sobre A Barca do Sol, além do excelente lp “Corra o risco”, da cantora Olivia, que na verdade não deixa de ser também um disco da banda, visto que são eles quem acompanham a cantora e o repertório também é praticamente deles. A Barca do Sol foi uma banda carioca surgida nos anos 70, com fortes influências do rock progressivo, mesclado ao folk e também com o bom tempero de elementos da música popular brasileira. “Durante o verão” foi o segundo disco deles, lançado em 1976 pelo selo Continental. A Barca do Sol ao longo de suas existência, quase dez anos, lançou três discos e teve um bom time de músicos. Nando Carneiro, Muri Costa, Beto Resende e Marcelo Costa estiveram presentes do início ao fim do grupo. Passaram também pela Barca, Jaques Morelenbaum, Marcelo Bernardes, Ritchie, David Ganc, Marcos Stul e Alain Pierre.
 
durante o verão
hotel colonial
a língua e a bainha
os pilares da cultura
karen
memorial day
banquete
belladonna lady of the rocks
outros carnavais
 
 

Armandinho – Armando Macedo (1970) 

Desta vez, temos Armandinho, da Cor do Som, aqui então, Armando Macedo, em seu primeiro disco, lançado em 1969. Ainda um adolescente, mas já com um domínio excepcional de instrumentos de corda. Foi através do lendário programa, A Grande Chance, do também lendário Flávio Cavalcanti que o jovem Armando Macedo faturou o primeiro lugar e com isso a chance de gravar um compacto que algum tempo depois viraria este lp, lançado pela Codil e seu selo Ritmos…
Veririficando aqui agora, percebo que já havia postado este lp ainda em 2010. Sem querer ser repetitivo e até porque já havíamos programado, segue mais uma vez o disco e também o compacto de bonus.
 
arrependimento
viola enluarada
tico tico no fubá
martinha
desespero
hino do senhor do bonfim
aquarela do brasil
peguei um ita no norte
iracema
vassourinhas
prenda minha
minas gerais
são paulo quatrocentão
cidade maravilhosa
na baixa do sapateiro
pra frente brasil
molambo
divagando pelo cais
bentevi atrevido
carolina
o destino desfolhou
 
 
 
 

Banda Metalurgia (1982)

Nossa sequência hoje é com música instrumental. E para tanto, temos aqui a Banda Metalurgia, grupo musical nascido na cidade de São Bernardo do Campo, em 1982. Formado por dez talentosos músicos, sendo predominante a presença  de instrumentos de sopro, o que de certa forma dava nome a banda. A Metalurgia gravou apenas este lp. Embora tenha sido considerando o melhor disco de música instrumental daquele ano de 1982, a banda não durou muito. Seus elementos, os músicos logo partiriam para suas carreiras individuais, entre esses destacamos o trombonista Bocato (o qual já apresentamos aqui dois de seus discos) e o baterista Claudio Baeta. É bom também lembrar que antes de serem a Metalurgia, esses músicos acompanhavam Elis Regina nos anos de 79 e 80.

multinacional
amarelo
impulso oi
ap 403
barra pesada
lá em guayaquil
ermelindo e casanova
a sala e o cheiro verde
esperando edmundo
em tempos de baeta
samba de volta ao berno
 
 

Paulo Diniz – É Marca Ferrada (1978) 

Hoje o nosso encontro é com Paulo Diniz, artista que dispença maiores apresentações. Pernambucano que no início dos anos 60 veio para o Rio de Janeiro para trabalhar em rádio. Gravou seu primeiro disco e sucesso, “O chorão”, em 1966 e daí para frente fez só crecer sua popularidade como outros tantos sucessos que viria a lançar na primeira metade dos anos 70. Aqui temos dele um dos últimos discos com músicas que se destacaram, tal como “Me leva morena”, em parceria com Marconi Norato e Juhareiz Correya e também “Severina Cooper (It’s not mole não)”, de Accioly Neto. Ele também regrava aqui outro de seus grandes sucessos, a música “Pingos de amor”. O lp foi lançado pela EMI em 1978. Confiram no GTM…
 
me leva morena
limoeiro
folia
severina cooper (it’s not mole não)
candente
pelas ruas
marca ferrada
um chopp pra distrair / pingos de amor
depois de você, ninguem
essanegra fulô
bela bela
 
 
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The Elevens – Surfing Success (1965) 

De volta aos obscuros lançamentos de pequenas gravadoras dos anos 60. Aqui temos, “Surfing Success”, um raro (e caro) lp lançado em 1964 pelo selo Caravelle. The Elevens é o nome do conjunto que desfila as treze faixas, sucessos dos mais variados e aqui transformados em uma espécie de ‘surf music’, gênero que se caracterizou a partir dos anos 50 e 60 pela presença acentuada do saxofone. Aqui, podemos dizer que é algo tipo ‘latin surf music’. E pelo nome do conjunto podemos já supor que fosse quase uma pequena orquestra com onze músicos, conjunto de beira de piscina, grupo de baile… Infelizmente, não há nenhuma informação sobre o disco ou mesmo o conjunto. Curiosamente, o disco parece ter sido lançado com versões diferentes da capa. Seria esse o motivo de um sujeito estar oferecendo sua versão no Discogs por mais de mil reais? Bom, seja como for, aqui temos a nossa versão e é por ela que você poderá dizer se vale ou não. Vamos conferir?
 
la raspa surf
la bamba
america
datemi un martello
marcacafoo
i could have canced
o calhambeque
bienvenido amor
california sun
che me ne faccio del latino
perereca da vizinha
bamboleio
beachy party
 
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Arthur Moreira Lima – Com Licença… (1987) 

Iniciamos nosso novembro chuvoso prestando uma homenagem a Arthur Moreira Lima, um dos mais importantes pianistas eruditos brasileiros que infelizmente nos deixou, há dois dias atrás. Músico excepicional, reconhecido internacionalmente, foi um dos poucos artistas da música clássica a flertar com o popular, ganhando com isso mais notoriedade até mesmo dentro da MPB. Entre os trabalhos que realizou tem este disco, lançado pela Kuarup Discos, em 1987, que reune gravações que ele fez a partir de seu retorno ao Brasil. Uma seleção com composições célebres de Joaquim Callado, Henrique Alves de Mesquita, Chiquinha Gonzaga, Eduardo Souto, Pixinguinha e também de compositores contemporâneos com Elomar, Heraldo do Monte, Paulo Moura e Laércio de Freitas. Piano solo para conferir.
 
flor amorosa
la brésilienne
despertar da montanha
fandangoso
carinhoso
gaúcho
mão esquerda
subindo ao céu
o cabo pitanga
seresta sertaneza
chuva morna