Orquestra Moderna de Câmara – Brasil Bossa Nova (1962)

Bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! Dentro desta mostra de fim de ano, trago aqui mais uma orquestra em ritmo de Bossa Nova. Temos desta vez a Orquestra Moderna de Câmara e seu lp “Brasil Bossa Nova”, um disco lançado pelo sofisticado e diferenciado selo Nilser, do músico e empreendedor Nilo Sérgio que também era o dono da gravadora brasileira Musidisc. Os álbuns da Nilser eram geralmente produções luxuosas, em capa dupla, com recortes e outras características conceituais que os diferenciavam dos discos fabricados no Brasil. Um bom exemplo é este, que tem capa dupla, recortes e um trabalho de arte magnífico, com ilustração do artista Ademir Martins. “Brasil Bossa Nova” é um belíssimo disco com essa orquestra que provavelmente era a de estúdio da Musidic e isso se percebe pela total ausência na ficha técnica até mesmo do maestro e arranjador. Mas, independente disso, o que temos aqui é um repertório, para a época, moderno com várias músicas que se tornaram clássicos os verdadeiros clássicos da Bossa Nova. Muito bacana, não deixem de conferir…
 
solução – dizem por aí
chega de saudade – o menino desce o morro
ideias erradas – chora tua tristeza
na cadência do samba – leva meu samba
meditação – este seu olhar
samba de uma nota só – desafinado
manhã de carnaval – a felicidade
samba triste
o barquinho
menina moça – mulher de trinta
mulata assanhada – samba que eu quero ver
 
 
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Trio Bach (1965)

A quem possa interessar… (e vai interessar…)Tenho aqui uma joinha, do refinado selo Nilser. Discos que foram sinônimos de qualidade, principalmente no quesito material, enquanto álbuns. Coisas que por aqui a gente só viu em discos importados. Um álbum de capa dupla, dura e trabalhada.
Nilo Sérgio, artista e empresário, dono da Musidisc, idealizou este selo no início dos anos 60 e chegou a produzir uma dezena de álbuns com diferentes estilos, sempre prezando pela qualidade, bom gosto e ao seu estilo. Um selo especial. Nilser é a junção das três primeiras letras de seu nome.
Entre os diversos lps da Nilser, este é para mim um dos mais interessantes, tanto pelo repertório quanto pela sonoridade. Temos aqui o Trio Bach, um conjunto composto por cravo, bateria e contrabaixo. Quem são os músicos, ficha técnica e informações complementares são coisas que infelizmente ficaram de fora. Parece que nessa época esse tipo de informação era o que menos importava. Eis aí a única falha da Nilser. Mas eu entendo isso como uma forma de não levantar a lebre. Ou seja, evitar conflitos legais, visto que muitas vezes artistas e obras eram usadas sem uma permissão legal. Aqui, neste lp, por exemplo, o nome dos membros do trio são poupados, certamente, porque eram artistas de outras gravadoras ou coisa assim. Uma maneira de driblar os contratos de exclusividade. Já falaram pela rede a respeito de quem eram os músicos, eu até procurei essa informação, mas não encontrei. O fato é que o grupo se chama Trio Bach por conta de um instrumento, o cravo, um tipo de piano característico do período Barroco, ou do Barroco do compositor Johann Sebatian Bach. Nos anos 60 houve uma febre na utilização do cravo, que aparece em todo tipo de música daquela época, inclusive aqui, interpretando clássicos da Bossa Nova. Um disco imperdível, confiram!

amor e paz
inútil paisagem
tristeza de nós dois
samba de verão
sonho de maria
corcovado
amanhecendo
consolação
ela é carioca
garota de ipanema
vamos amar
eu preciso de você
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The Lovers – Lovers Vol. 2 (1961)

Boa noite, amigos cultos, ocultos e associados de plantão. Estou vendo que em breve precisarei fazer novas mudanças neste blog. Me refiro à questão do acesso ao Toque Musical tendo de contrapeso o GTM. Tenho a impressão de que o envio de links por e-mails tem deixado muita gente acomodada, quietinha, esperando eu levar de bandeja. Por essa e por outras, estou pensando em configurar o Grupo apenas para acesso, sem envio de links por e-mail. Talvez até eu venha a colocar novamente os links como antigamente, na seção de comentários da postagem. Fiquem atentos, pois essas mudanças poderão ocorrer sem um novo aviso prévio. Eu não vou ficar repetindo, ok? Sei que aqueles que me acompanham de verdade, não terão muitas dúvidas. O GTM continua, mas será apenas para concentrar informações, um canal alternativo e de emergência para que a gente não se perca no caminho, ok?

O calor continua e a dança também. Segue no clima um belo e interessante álbum lançado no início dos anos 60 pelo selo Nilser. Para quem não sabe, embora eu já tenha comentado isso em outra postagem, Nilser é a junção das duas primeira sílabas do nome Nilo Sérgio. Este foi outro selo criado por ele, um projeto paralelo à Musidisc, onde o músico empresário primava por uma alta qualidade de som, com gravações modernas e estéreo. Um luxo da época, que contava ainda com encartes muito bem produzidos, de capas duplas e diferenciadas. Pelo selo Nilser saíram poucos discos, sendo os primeiros lançamentos a série “Lover”, que pela capa nos dava a entender que fosse um disco internacional cujo o conjunto se chamaria “The Lovers”. Mal sabia o público e poucos ainda saberão que por traz desses “The Lovers” (três volumes) estava o Ed Lincoln e seu conjunto. Aliás, o Ed Lincoln foi um dos artistas que mais gravou usando pseudônimos!

Eu deveria começar esta mostra pelo volume 1. Acontece que, no momento, eu só tenho esse. Mas para frente a gente volta trazendo os outros dois. Aqui, como se pode ver logo a baixo, vamos encontrar um repertório totalmente internacional com características que ressaltam as qualidades da gravação. Se gostaram do volume 2, com certeza vão gostar do 1 e 3. Mas esses ficam para uma próxima oportunidade, ok?

 

it had to be you

i love you

i’ll see youi in my dreams

bye bye blackbird

tender is the night

amado mio

ebb tide

bolero

dans mon ile

tu, mi delírio

autumn love song

el manisero

the dream of olwen