Joyce – Saudade Do Futuro (1985)

Olá amiguinhos cultos e ocultos, boa tarde! Eis que mais uma vez trazemos aqui um disco da cantora e compositora Joyce. Trazemos hoje um álbum que ela gravou em 1985, pelo selo Pointer. “Saudade do Futuro” foi seu décimo lp solo, mas em sua discografia existem outros discos e compactos em que ela participou. Nessa época, anos 80, ela já era uma artista consagrada, inclusive internacionalmente.
Neste lp quase todas as faixas são de sua autoria. Neste disco temos, por exemplo, “Velhos no Ano 2000”, uma bela versão para “When I’m 64”, de Lennon e McCartney; “Tema para Jobim”, uma composição dela com o lendário saxofonista americano Gerry Mulligan. Participam do disco um time de grandes artistas e em especial, Milton Nascimento, em “Tema para Jobim”. Os arranjos e regências são de Gilson Peranzzetta. Um bom trabalho que vale a pena conhecer. Confiram no GTM…

velhos nos ano 2000
cortina de bambú
sonora garoa
três apitos
tema para jobim
stone washed
povo das estrelas
peixe estrela
fã da bahia
minha gata rita lee
quadrantes
ziriguidum 2001
 

Joyce – Feminina (1980)

O Toque Musical oferece hoje a seus amigos cultos, ocultos e associados o álbum de maior sucesso da cantora e compositora Joyce, que mais tarde passou a se assinar Joyce Moreno, por conta do registro civil de seu casamento com o baterista Tutty Moreno. Batizada como Joyce Silveira Palhano de Jesus, ela veio ao mundo no dia 31 de janeiro de 1948, e foi criada na Zona Sul de sua cidade natal, o Rio de Janeiro. Começou a tocar violão aos 14 anos, observando seu irmão, o guitarrista Newton, amigo de músicos da bossa nova como Eumir Deodato e Roberto Menescal.  Mais tarde, estudou com Jodacil Damasceno (violão clássico e técnica) e Wilma Graça (teoria e solfejo). Em 1963, a convite de Roberto Menescal, participou pela primeira vez de uma gravação em estúdio, no álbum “Sambacana”, de Pacífico Mascarenhas. A partir daí, gravou inúmeros jingles publicitários e começou a compor.  Em 1967, classificou sua composição “Me disseram” no II Festival Internacional da Canção, promovido pela TV Globo. Um ano depois, veio o primeiro LP-solo, intitulado apenas “Joyce”, com texto de apresentação do Poetinha Vinícius de Moraes. Em 1970-71, fez parte do grupo vocal e instrumental A Tribo, ao lado de Toninho Horta, Naná Vasconcellos, Nélson Ângelo e Novelli, chegando a gravar algumas faixas no LP “Posições”. Entre 1971 e 1975, afastou-se do meio musical, dedicando-se apenas às filhas Clara e Ana, nascidas respectivamente em 1971 e 1972. Em 75, Joyce retoma a carreira, substituindo o violonista Toquinho, ao lado de Vinícius de Moraes, em turnê pela América Latina e depois pela Europa, já com Toquinho de volta ao grupo. Na Itália, gravou o álbum “Passarinho urbano”, com músicas de autores brasileiros então duramente atingidos pela censura do regime militar, como Chico Buarque, Mílton Nascimento, Caetano Veloso e o próprio Vinícius. Em 1977, fez uma temporada de seis meses em Nova York, e gravou, junto com Maurício Maestro, o disco “Natureza”, para o mercado exterior, mas que jamais foi comercializado.  Como compositora, tem músicas gravadas por nomes do porte de Mílton Nascimento, Elis Regina. Maria Bethânia, Fafá de Belém, Quarteto em Cy e Joanna. Sua discografia abrange mais de quarenta álbuns, gravados no Brasil e no exterior, além de inúmeros compactos e dois DVDs. Joyce Moreno tem divulgado nossa música em sucessivas turnês internacionais, fazendo grande sucesso entre o público de drum’n’bass e acid jazz.  Publicou, em 1997, o livro “Fotografei você na minha Rolleyflex”, reunindo crônicas e histórias da MPB. “Feminina”, o álbum que o TM hoje nos oferece, foi o trabalho que marcou a primeira grande exposição de Joyce na mídia. Lançado pela EMI-Odeon em 1980, foi seu quinto álbum-solo, o mais autoral e o de maior repercussão popular, no qual canta as dores e delícias de ser mulher: a descoberta da sensualidade (na faixa-título, “Feminina”), a paixão (”Mistérios”),  o sexo (“Da cor brasileira”) e as dificuldades de conciliar marido, filhos e desejos (“Essa mulher”).  Além, é claro, de incluir sua música de maior sucesso, “Clareana”, que fez em homenagem a suas filhas, e uma das finalistas do festival MPB-80, da TV Globo. Elas, inclusive, fazem pequena participação ao final do registro. Mais tarde, já crescidas, profissionalizaram-se como cantoras, sob os nomes de Clara Moreno e Ana Martins. “Feminina” foi inclusive citado por Charles Gavin, baterista do grupo de rock Titãs, em seu livro “Trezentos discos importantes da música brasileira”, publicado em 2008. Portanto, é mais um trabalho de qualidade orgulhosamente oferecido a vocês pelo TM, e uma valiosa amostra do talento de Joyce (agora Moreno) como autora e intérprete. É só conferir.

feminina

minstérios

clareana

banana

revendo amigos

essa mulher

coração de criança

da cor brasileira

aldeia de ogum

compor

*Texto de Samuel Machado Filho

I Festival Universitário Da Música Popular Brasileira – Porto Alegre (1968)

Olá amigos cultos e ocultos! Aqui estamos nós para mais uma boa postagem. Mais um excelente disco da leva do meu amigo Fáres. Desta vez com um álbum raro, um disco de festival que não se vê por aí. Aliás, um disco que eu não conhecia e certamente muita gente por aqui também não.
Trata-se do I Festival Universitário da Música Popular Brasileira, realizado em Porto Alegre, em 1968. O disco traz 13 músicas das 17 finalistas. Foi gravado no Rio de Janeiro e contou com a interpretação de outros artistas, tais como Edu Lobo, Joyce, Márcia, Gal Costa, Sonia Lemos, Paulo Marquez e Momento Quatro, Neste festival a música vencedora foi “Jogo de Viola”, de João Alberto Soares e Paulinho Pinho, interpretado neste lp por Edu Lobo e Lucelena. Confiram no GTM 😉

canto pra dizer te adeus – márcia
domingo antigo – gal costa
você por telegrama – joyce
minha chegada – ruy felipe
quem vem lá – sonia lemos
samba do cotidiano – paulo marquez
jogo de viola – edu lobo e lucelena
a caminho de casa – magda
canto do encontro – momento quatro
canção do entardecer – lucelena
tá na hora – paulo marquez
fantasia urbana – marcia
sim ou não – junaldo
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IV Festival De Música Popular Brasileira Vol. 1 (1968)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Começamos a semana bem, relembrando a ‘Era dos Festivais’. Há algum tempo atrás eu pensei em juntar todos os discos relativos aos Festivais, da década de 60 a 80 e postá-los no Toque Musical. Acontece que sempre falta um ou outro e além do mais se eu fosse entrar nessa, ficaria um mês inteiro só falando sobre o assunto. Por outro lado, já existe um blog especializado no assunto. Daí, prefiro ir de vez em quando postando os meus sem necessariamente ter que seguir uma ordem.
Tenho aqui o volume 1 do IV Festival de Música Popular Brasileira, realizado pela TV Record de São Paulo em 1968. Como disse bem Zuza Homem de Mello em seu livro “A Era dos Festivais”, o ano de 1968 foi marcado por uma fase de transição, “a Era dos Festivais entrava em sua curva descendente”. Os militares no poder, a Tropicália, o AI-5, Gil e Caetano presos, a perseguição política, os exilados… Era um momento político conturbado onde este 4º festival aconteceu. Terminaria aí a sua fase contestadora. Os Festivais que viriam depois já não teriam esse perfil.
No presente álbum temos relacionadas doze músicas classificadas…

benvinda – mpb-4
boletim – trio marayá
são paulo, meu amor – marília medalha
a família – jair rodrigues
casa de bamba – josé ventura
sem mais luanda – joyce
dom quixote – os mutantes
atento, alerta – marília medalha e egberto gismonti
sentinela – mpb-4
cantiga – o quarteto
o viandante – lucelena
todas as ruas do mundo – rosely