Tukley – Raul Seixas Cover (1992)

Cantor, compositor e guitarrista, nascido em 1953, Tukley (pseudônimo de TuclayGanzert) já é conhecido dos amigos cultos e ocultos do TM, que já foram brindados com seu primeiro LP-solo, de 1980. Sua carreira começou na década de 1970, quando apresentou, na TV Paraná, Canal 6, de Curitiba, então pertencente à extinta Rede Tupi, o programa “Ponto 6”. Em 1974, é contratado pela gravadoraRGE-Fermata como integrante da Dupla Ponto e Vírgula, que alcança sucesso com as músicas “Chacrilongo” (mistura de chato, cri-cri e pernilongo) e “Laika nós laika (Mas money que é goodnóis não have)”, sendo que esta última serviu de inspiração para os Mamonas Assassinas nos anos 90 (não por acaso, o álbum que hoje oferecemos tem a co-produção de Rick Bonadio, o empresário que revelou os Mamonas). Foi ainda guitarrista e vocalista da banda paulista de rock Spray, criadora da música “Tictic nervoso”, mais tarde sucesso na regravação do grupo Magazine. Assim que saiu do Spray, adotou o nome artístico de Tuca Estrada, com o qual gravou o terceiro álbum-solo, em 1999, e passou a se apresentar como cover de Raul Seixas. E foi justamente nessa condição que participou de programas como o “Fantástico”, da Rede Globo, através do qual foi escolhido como melhor cover de Raulzito, e “Domingo legal”, do SBT. Já no primeiro álbum solo, anteriormente oferecido pelo TM a vocês, Tukley apresentava um repertório com nítida influência de Raul Seixas. Influência esta que se acentua ainda mais no presente trabalho, lançado em 1992 pela CID, gravadora carioca que existe até hoje, com produção de Mellino Júnnior, Antônio Carlos Kruppa e o já citado Rick Bonadio, aqui assinando-se Ricardo. São nove faixas de composição própria, a maior parte em parceria com um certo Nati, e apenas uma composta solo, “Camaleão”, que abre o disco, dedicado “às pessoas que acreditam que nada é por acaso”. Portanto, é um trabalho que reafirma Tukley, hoje Tuca Estrada, como um dos melhores “covers” de Raul Seixas, sempre mantendo certa originalidade. É só ouvir e confirmar.

o camaleão
titia rita
terra de cego
dona rolla
revoltado
a cigarra
de onde eu venho
nada
leis transcendentais

*Texto de Samuel Machado Filho

Tukley (1980)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Tenho recebido vários e-mails e mensagens com solicitações de reposição de links, e para esses, a senha para descompactar o arquivo. Vou responder apenas mais uma vez e por aqui, neste post, entendendo que os amigos estejam acompanhando as postagens. Como já disse, os links são postados no grupo GTM (Grupo do Toque Musical), que é como um grupo de discussão, mas funciona de forma passiva, ou seja, o associado tem somente acesso aos links. Não há no grupo outro tipo de interação. O associado não posta nada, apenas colhe links. Esses links, por sua vez tem um prazo de vida, geralmente uns seis meses. Depois que venceu, não há uma reposição imediata. Aqueles que me pedem a senha para descompactar o arquivo, certamente são pessoas que não estão associadas ao grupo, ou são muito desatentas, pois a senha vai sempre acompanhada ao link no grupo. E quem é associado ao grupo já sabe a senha, pois ela não muda. Eventualmente eu coloco um link discreto na última letra do texto da postagem, mas o certo mesmo é irem buscar o link no GTM. Eu sinto muito por aqueles que ainda não entenderam ‘a parada’. Mas quem não lê, não procurar se informar nos textos do próprio Toque Musical, vai continuar voando,..
Segue para hoje este disco, mais uma doação do amigo Fáres, Um artista que eu nem me lembrava.  Aliás, só conhecia pela capa, Tukley. A capa, por sinal, tem um quê de anos 70, lembra bem o estilo pela fotografia e nosso artista representando um mochileiro, coisas da época… Mas o que chama mesmo a atenção é a música de Tukley. Quem escuta o disco pela primeira vez há de pensar que se trata do Raul Seixas. As músicas e o estilo de cantar é todo inspirado no ‘maluco beleza’. Se por um lado essa semelhança é simpática, por outro ela compara e nesse sentido o trabalho de Tukley perde a graça, pois ele acaba se tornando mais que influência. E isso se percebe ao longo da carreira do artista, que em outros discos viria a absorver completamente a personalidade musical de Raul Seixas, se tornando um de seus melhores ‘covers’. Neste álbum de estréia, Tukley segue inspirado dentro da semelhança, mas ainda assim com certa originalidade. O trabalho é bem produzido e os arranjos (não é por acaso) são do maestro Eduardo Souto Neto, um mestre em música incidental no Brasil. Confiram aí essa curiosidade

confusão total
3×4 de um homem
eu nào me importo
anjo dourado
contraste
mãiê
a felicidade espera por você
machucado
depois dos beatles
instantes de prazer
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