Juarez Sant’Ana – Muito Legal (1965)

Bom dia, caros amigos cultos e ocultos! Há exatos 14 anos atrás estava eu postando aqui este disco do Juarez Sant’Ana. É um disco que eu gosto bem e cheguei a digitalizar e compartilhar na rede. Mas nessa época eu mal sabia a diferença entre um arquivo de 128 kbps para um de 320 e também não me preocupei com capa e selos. Daí, quando resolvi postar aqui no Toque Musical foi que percebi que o arquivo completo não estava no nosso padrão, mesmo assim foi publicado. Hoje, após 14 anos, ele volta ao nosso TM, desta vez completo e em ótima qualidade. Isso me fez pensar na possibilidade de reeditar postagens do nosso primeiro ano, tem muita coisa que precisa ser corrigida. Mas, mesmo com a colaboração de alguns amigos, ainda estou tendo dificuldades para manter as postagens diárias. Não é falta de discos/títulos. O que falta é sempre a mesma coisa, tempo…
Enfim, seguimos então com este lp que realmente é Muito Legal, trazendo o então precoce talento, Juarez Sant’Ana e seu conjunto, um jovem estreante no mundo fonográfico em seu primeiro lp, lançado pelo selo Equipe, em 1964. Conforme contam, Juarez foi ‘apadrinhado’ pelo cantor Cauby Peixoto que o descobriu, ainda nos anos 50, fazendo demonstrações nos teclados e acompanhamento de artistas em pequenos show promovidos por um grande magazine de São Paulo, a Lojas Pirani, que trazia diversos artistas do rádio para apresentações. Essa loja, uma rede varejista de eletrodomésticos era bem famosa e conhecida dos paulistas e acabou no início dos anos 70 em um incêndio, com vítimas, levando assim a sua falência. Mas foi nesta loja que Cauby descobriu o talentoso garoto do teclado, levando-o para se apresentar na noite, em famosas boates, como a Drink, de Durval Ferreira. Na sequência, Juarez viria a ser um músico arranjador e acompanhante do grande astro Cauby Peixoto. 
Segue então Juarez Sant’Ana, disquinho bem gostoso de se ouvir, recheado de sambas, bossa, bolero e até ‘standard’ da música americana. Realmente, muito legal 😉 Confiram no GTM…
 
ginga bem
meu bem
mulata pra setenta
falling in love with love
na baixa do sapateiro
o amor e a canção
vai ficar pra titia
domingo azul
formosa
mascarada
nem vem de garfo
encontro feliz – eu sei que vou te amar
 
.

Orquestra Los Danseros – Los Danseros En Bolero (1964)

Boa noite, meus caros amigos cultos e ocultos! Aqui temos hoje um disco que há muito já devia estar em nossa lista, faltou mesmo foi a oportunidade. E hoje é dele e de todos vocês 😉
“Orquestra Los Danseros – Los Danseros En Bolero”, lp lançado em 1964, pelo selo Equipe. Se tornou um disco célebre por conta do então jovem maestro e arranjador  Eumir Deodato no comando de um time de outros grandes instrumentistas, os quais eu nem vou citar aqui para não dar trabalho, mas já de cara, na contracapa já se vê listado o nome de cada um no time. Sem mesmo ter ouvido as música, somente por essa turma dá para imaginar o nível deste trabalho que foi um filho único. Na verdade, já no final dos anos 60, Los Danseros foi ‘lançado’ novamente com outros nomes, em outros dois discos (Orquestra Don Camacho e The Midnight Orchestra). O repertório, em si, não foge do convencional e para o que foi proposto, dentro de uma época em que o bolero e a dança ainda estavam em alta, ele se mantém com um sequencia musical, praticamente, toda recheada de temas de sucessos internacionais, com duas músicas a cada faixa. Destaque para “Oba-la-la”, de João Gilberto, que é a única de um autor brasileiro. Disco bacana, quem ainda não conhece, eu recomendo…
 
sally’s tomato – teatch me tonight
so in love – echo of love
on the street where you live – i could have danced all night
easy to love – yesterday’s
 just for tonight – moon river
quando – au revoir
mr lucky – speack low
days of wine and roses – misty
dans mon ille – ay mourir pour toi
flyme to the moon – our day will come
oba-lá-lá – la puerta
dansero – the misfits
 
 
.
 

The Pop’s – 7º Aniversário (1971)

Salve, amigos cultos e ocultos!  Aqui vai mais um disco do grupo The Pop’s, lp que corresponde ao sétimo disco lançado por eles, em 1971 pelo selo Equipe. Já postamos aqui alguns outros discos desse grupo de música pop instrumental. Muitos consideram o The Pop’s como um grupo de rock instrumental, mas se formos analisar tudo o que eles gravaram estariam mais para um samba elétrico, para um pop jovem guarda, que foi o que realmente os caracterizaram. O The Pop’s, através do Silvio Parada resistiu até o início dos anos 2000. Passou por várias transformações gravando diferentes ritmos, sempre ao estilo ‘conjunto de beira de piscina’, como se dizia antigamente. O último lp foi em 1976, mas certamente muita coisa saiu em cd e por certo o grupo chegou a lançar nesse formato, mas a fase boa é mesmo a do vinil. Confiram no GTM…
 
menina da ladeira
sonho de amor
meu pequeno cachoeiro
ave maria
evocação nº1
shirley sexy
ana
falando ao coração
paixão de um homem
pot pourri carnaval
 
 
.
 

Rapaziada Da Saudade – Carinhos E Outros Temas Regionais (1973)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Olha aí, mais um lp de choro para alegrar a vida, principalmente dos amigos músicos que nunca se cansam de pedir discos de chorinho e música instrumental. Desta vez temos um lp lançado por Oswaldo Cadaxo e seu selo Equipe, em 1973. “Carinhos e outros Temas Regionais” é o título dessa produção que tem como intérpretes essa Rapaziada da Saudade, grupo que infelizmente não consegui informações. Porém, o que temos aqui é um belo e bem executado disco de choro repleto de clássicos. Um repeteco musical, sem dúvida, mas sempre muito bem vindo, afinal há diferentes formas de tocar uma mesma música, não é mesmo? Vamos também conferir… 😉

carinhoso

andré de sapato novo

língua de preto

lamento

doce de côco

samba de morro

cochicho

naquela mesa

murmurando

brasileirinho

pedacinho do céu

brejeiro

lágrima

.

Celinho – O Rapaz Do Piston (1966)

Olá amiguíssimos cultos e ocultos! E aqui vamos nós, hoje trazendo um disco que há muito estava para ser postado. Infelizmente, o arquivo do disco o qual eu havia digitalizado se perdeu entre muitos  outros tempos atrás. Mas, por sorte, tinha esse outro vindo de alguma outra fonte blogueira. Na falta do meu, vai no seu, hehehe…
Temos aqui o primeiro e talvez único disco desse incrível instrumentista mineiro, conhecido nas rodas como ‘Celinho do Piston’. Artista de grande talento, teve um currículo exemplar como músico, tatuando em muitos discos dos mais diferentes artistas nacionais. Sua carreira remonta os tempos do Conjunto Sambacana, de Pacífico Mascarenhas e no qual também tocavam Milton Nascimento e Wagner Tiso. Como muitos outros músicos mineiros, fez sua carreira no eixo Rio-São Paulo. Há muito pouca informação sobre ele na rede, o que dificulta a nossa pequena pesquisa. Mas sem dúvida, foi um grande artista e merece aqui o nosso registro. “O Rapaz do Piston” é um disco onde ele nos apresenta um repertório praticamente todo de músicas de sucessos internacionais. Trabalho bem executado, produzido por Toni Vestani para o selo Equipe, de Oswaldo Cadaxo. Não deixem de conferir no GTM 😉

io che non vivo (senza te)
and i love her
tenderly
not so slepy
a volta
my whole world in falling down
les cornichons
nessuno mi puo giudicare
a hard day’s night
que c’est triste venise
all my loving
a shot in the dark



.

Tema 3 – Madrugada 1 30 (1969)

Compositor, pianista, arranjador e maestro, Gilson Peranzetta (Rio de Janeiro, 21/4/1946) é conhecido por imprimir criatividade e delicadeza às suas performances. Ele iniciou sua carreira musical em 1964, acompanhando diversos artistas, como Elizeth Cardoso, Maria Creuza, Antônio Carlos e Jocafi, Gonzaguinha, Simone, Edu Lobo e Ivan Lins. Com este último, aliás, trabalhou por dez anos. Durante sua carreira, recebeu inúmeros prêmios e contabiliza 33 álbuns solo, além de centenas de discos gravados para diversos artistas como pianista, produtor e arranjador. Compõe também trilhas sonoras para filmes e séries de televisão, e seu currículo também inclui apresentações nos EUA, Japão, Espanha (onde morou por três anos) e Alemanha, entre outros países. Na década de 1960, Gilson Peranzetta, formou o grupo Tema 3, integrado por ele ao piano, Luiz Roberto no baixo e Atayde na bateria. E foi com esta formação, em 1969, que o trio gravou este “Madrugada 1:30”, que o TM oferece hoje a seus amigos cultos e ocultos. Os arranjos e o violão ficaram por conta de Alberto Arantes, e no repertório constam sucessos de época (“Andança”, “Walk on by”, “Fool on the hill”, “Sá Marina”) e composições até então inéditas (“Trem da manhã branca”, “Afro”, “Ela vem de volta”, ZonD 5”). Há também músicos convidados, como o flautista Nicolino Cópia, o Copinha, o pistonista Carlos Cruz  e o Quinteto Carlos Gomes. A produção foi de Norival Reis, o Vavá, que também escreveu o texto da contracapa. Enfim, mais um disco de qualidade que o TM possui a grata satisfação de oferecer. Confiram. 

andança
grão de café
walk on by
ela vem de volta
sabiá
zond 5
the fool on the hill
sá marina
trem da manhã branca
afro
amazonas
watch what happens



* Texto de Samuel Machado Filho 

Eumir Deodato – Os Catedráticos (1966)

Pianista, compositor, arranjador e produtor musical, Eumir Deodato de Almeida nasceu no Rio de Janeiro em 22 de junho de 1943. Participou da bossa nova e da efervescência do samba jazz no início da década de 1960, estabelecendo-se como requisitado arranjador. Em 1964, reuniu vários nomes famosos do samba jazz, como Geraldo Vespar, Wilson das Neves, Dom Um Romão e Ivan Conti (o baterista Mamão) para formar o grupo Os Catedráticos, com quem lança quatro LPs, inclusive este que o Toque Musical traz para seus amigos cultos e ocultos, editado pela Equipe em 1966. Em 1967, radicou-se nos EUA, onde trabalharia com diversos nomes de relevo da música mundial, como Aretha Franklin, Wes Montgomery e Frank Sinatra. Na década seguinte, conseguiu gravar e lançar seus discos internacionalmente, obtendo sucesso também como intérprete, com uma versão da introdução do poema sinfônico “Also sprach Zarathustra”, de Richard Strauss. Trabalhou em quase 500 discos, escreveu trilhas sonoras para vários filmes e recebeu diversos prêmios, entre eles 16 discos de platina e um Grammy, sendo considerado uma personalidade internacional no mercado norte-americano de música. Neste quarto álbum dos Catedráticos, temos músicas bastante conhecidas em ritmo de samba jazz, tais como “Ai que saudade da Amélia”, “Samba de verão” e “Tristeza”, grande sucesso de carnaval em 1966. É mais uma raridade que o TM apresenta com a satisfação de sempre.

ai que saudade da amélia
fora de tempo
samba de verão
começou a brincadeira
os grilos
até de cavalinho
ainda mais lindo
gente
mesmo amor
feitinha pro poeta
tristeza
 

*Texto de Samuel Machado Filho 

The Pops – 5. Aniversário (1969)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Eu sou mesmo um cara avoado. Estava crente que era 30 de junho a data de aniversário do nosso Toque Musical e já estou nessa não é de agora. Os dois últimos anos foram comemorados assim. E até a data de aniversário do Augusto TM/Toque Musical no Facebook, parece que também está com data errada, 30 de junho. Mas o certo mesmo é 30 de julho. Isso eu só fui perceber hoje quando pensava em postar uma coletânea de aniversário. Que sorte, errei… tenho ainda mais um mês para pensar em algo especial 🙂
E já que falamos de aniversário, que tal um disco do The Pop’s comemorando, em 1969, cinco anos de disco? Este álbum vem recheado em suas doze faixas com mais de o dobro de músicas, reunidas muitas delas em ‘pot pourri’. Assim como outros discos do The Pop’s, este também foi relançado nos anos 80 e 90 e se não estou enganado até em cd. Por enquanto, vamos apenas comemorar o aniversário do The Pop’s, ok? 🙂

eu te amo, eu te amo , eu te amo
live for live
loves is blue
with a little help my friends
o forasteiro
poinciana
day tripper
johnny guitar
as 7 maravilhas n. 2
valsa da despedida
cinco letras que choram
chão de estrelas
meu consolo é você
palpite infeliz
o orvalho vem caindo
estrela do mar
a lenda do beijo
samba canção
folhas mortas
marina
tchinf
besame mucho
que murmurem
vereda tropical
sabor a mi
quando tu me quieras
atravessando rio wersey
as 7 maravilhas n. 1
eu sonhei que tu estavas tão linda
maria
linda flor
saudades da bahia
ai que saudades da amélia
casinha pequenina
as pastorinhas
.

Sergio Ricardo – Arrebentação (1970)

Olá amigos cultos e ocultos! Espero que tenham passado um bom Natal. Agora vamos para as festanças de fogos de fim de ano. Como não choveu por aqui no Natal, com certeza o ‘reveillon’ vai ser molhado. Eu, para não variar, vou ficando mesmo por aqui. Sem muito assanho 🙂 Enquanto esperamos, deixa eu ir fechando as portas com ‘chaves de ouro’. Vão aqui alguns disquinhos especiais. Digamos que foi o Papai Noel quem os deixou aqui para eu passar para vocês 😉
Aqui temos “Arrebentação”, mais um belíssimo trabalho de Sérgio Ricardo. Lançado pelo selo Equipe em 1970. Um álbum ao nível do artista, capa dupla e vinil, originalmente, de 140 gramas. Na ficha técnica, impressa no interior da capa, temos uma produção que contradiz as informações sobre este disco, no site do artista. Acredito que o ‘webmaster’quem cuida do site do Sergio Ricardo trocou as bolas e como ninguém percebeu, ficou. Avisa ao moço lá que “Arrebentação” foi produzido por Oswaldo Cadaxo; os arranjos e direção musical foi de Theo de Barros e regências do maestro Henrique Nuremberg. A capa, também ao contrário do que diz a home page, não é do Cesar Vilella e sim do Luiz Pessanha. Quanto ao conteúdo musical, este é todo autoral e no qual eu destaco minhas preferências: todo! De cabo a rabo! Um discaço que não poderia faltar nas fileiras do Toque Musical. Corram já para o GTM 😉

arrebentação
labirinto
jogo de dados
conversação de paz
canto do amor armado
bezerro de ouro
mundo velho sem porteira
analfaville
juliana rainha do mar
espécie espacial
ausência de você
.

Jorginho Do Império Serrano – Pedra 90 (1974)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Antes que esta quinta feira se transforme em sexta, deixa eu dar um toque musical aqui. Vou trazendo para vocês um disco de samba. Temos aqui o cantor e sambista Jorginho do Império em seu ‘debut’ fonográfico. “Pedra 90” é o nome do disco lançado por ele em 1974, através do selo Equipe. Um disco muito interessante, mas o sucesso só viria mesmo no segundo lp, com a música “Na beira do mar”. “Pedra 90” foi relançado pela Editora Discobertas, do Marcelo Fróes. Jorginho do Império é filho de Mano Décio da Viola, um dos fundadores da Escola de Samba Império Serrano. Hoje, mais que nunca, um artista consagrado, um sambista e passista respeitado, com muitos discos gravados!

pedra 90
olêlê ola lá
volta pro morro
malandro é malandro mesmo
deixe-me viver com ela
quem tem medo de perder nao ganha
dendeca de briga
mais uma casa de bamba
a timidez me devora
minha história
.

Osvaldo Nunes & The Pop’s – Compacto (1967)

Olá amigos cultos e ocultos! Eu havia pensado em dar uma pausa nos compactos, mas é que foram aparecendo mais, inclusive vindos através dos meus mais prezados colaboradores. Melhor mesmo é continuar, mas vou mesclando também com alguns lps, ok?
Temos aqui então este compacto simples, do selo Equipe, trazendo o cantor Osvaldo Nunes e o grupo The Pop’s, em disco lançado em 1967. Segundo as informações contidas no site Jovem Guarda, o presente compacto faz parte de uma série de três disquinhos lançados naquele ano. A produção, ao reunir os artistas, criou uma boa química ao gosto popular. Os discos fizeram sucesso e entre as músicas, a que mais se destacou foi “Segura Esse Samba Ogunhê”, muito tocada nas rádios de todo o país e ainda hoje desperta muito interesse. Em 1969 a gravadora decidiu então fazer um lp, o “Tá tudo aí”, com esses artistas, que também foi um disco de sucesso, inclusive ele já até foi postado aqui. O compacto que temos aqui traz duas composições de Osvaldo:

segura esse samba, ogunhê
eu chorei
.

Os Santos – Natal Jovem (1968)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! E o tempo passa e eu nem me dei conta de que já estamos no mês de Natal. Tradicionalmente, nesta época, o Toque Musical sempre apresenta aqui aqueles discos que fizeram a trilha natalina, seja dos anos 50, 60, 70 e quem sabe, até dos anos mais recentes, muito embora esses tipos de discos e músicas, nos dias atuais, parece não despertar mais interesse de produtore$ e muito menos de gravadora$. O público, por certo, continuará amando e relembrando velhos natais. Ainda bem que nessas horas existe o Toque Musical e por trás dele, aqui, o velho Augusto TM, que mesmo cansado da indiferença e de uma participação mais efetiva (e afetiva) dos prezados amigos cultos e ocultos, continua dando os seus toques musicais.
Neste mês natalino eu vou procurar fazer diferente, antecipando as trilhas para não ficarem para a última hora. Senão, nem dá tempo de curtir o Natal dentro do seu tempo. Farei assim algumas postagens ao longo do mês, fechando tudo no Natal, ok?
Segue então o primeiro… Temos aqui o conjunto Os Santos, um grupo pop da época da Jovem Guarda. Semelhantes ao grupo, também da mesma época, o The Pop’s, Os Santos também colaboraram fonograficamente para trilharem o Natal. Este disco foi lançado para o Natal de 68, uma produção de Oswaldo Cadaxo, através de seu selo Equipe. Diferente de outros lançamentos natalinos, este álbum se propunha a mostrar uma versão mais moderna, ditada pelos jovens da época. De uma certa forma, um disco de natal para jovens :), tocado por um conjunto pop-rock-jovem-guarda-mora!. Contudo, ainda temos um repertório muito legal, onde Os Santos não ficam apenas no mesmo ‘arroz com feijão’, com aquelas musiquinhas já bem manjadas. Eles procuraram também valorizar a composição nacional, artistas e criadores como Assis Valente, Blecaute, Orlan Divo, René Bittencourt e outros mais, são alguns dos autores dessas músicas que já se tornaram verdadeiros clássicos do Natal.

white christmas
noite silenciosa
boas festas
naltal das crianças
o velhinho
natal de jesus
gingle bells
nasceu jesus
natal sem você
foi uma noite clara
noturno
é noite de natal
.

Maestro Carioca – A Música Dos 4 Grandes (1969)

Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Enquanto eu engulo aqui o café da manhã, vou logo providenciando a postagem do dia, pois não sei se terei  hoje outro tempo. Vou postando aqui uma colaboração do nosso amigo Mauro, que gentilmente nos enviou o arquivo digital de uma fita cassete. Vocês se lembram dela? Pois é, aqui também tem espaço para esse tipo de mídia, uma versão em fita magnética de fonogramas que foi muito popular nos anos 60 e 70. Com a vinda do digital, nos anos 80, os K7, ou Cassete, acabaram perdendo a vez. Seus aparelhos de tocar fita viraram sucatas. Lembram do ‘walkman’, do tocafitas no carro do titio, ou mesmo aquele super aparelho que fazia gosto vê-lo ligado junto ao equipamento de som da sala? Pois é, hoje não vale mais nada. Eu mesmo tenho dois, um Technics e um Teac, mas há tempos que eles estão parados, esperando um comprador no Mercado Livre. Hoje em dia é difícil achar fitas gravadas originais, principalmente se forem dos anos 60 e 70, que é o que vale a pena. Nos anos 80 só mesmo duplas sertaneja ainda lançavam suas músicas nesse formato. Felizmente esta fita aqui, do Maestro Carioca, resistiu ao tempo e para a nossa felicidade, hoje a temos na íntegra no formato ‘webdisco’ para o nosso Toque Musical. Lançada em 1969 pelo selo Equipe, certamente com sua versão em vinil (disco este que eu nunca vi), temos então o Maestro Carioca e sua orquestra, interpretando quatro grandes compositores.

“Nesta fita há um retrospecto de trinta anos de música popular. Trinta anos do melhor do Maestro Carioca. Você vai encontrar o registro, de alguma forma, desde o tradicional (Pai Joaquim de Angola), passando pela pilantragem (Emília) e chegando à toada nova (Folhas mortas), a mais recente forma da música popular. “Os Quatro Grandes Compositores Tradicionais” estão aqui reunidos: Ary Barroso, Ataulfo Alves, Wilson Batista e Noel Rosa.”

na cadência do samba

morena boca de ouro

feitiço da vila

palpite infeliz

feitio de oração

emilia

na baixa do sapateiro

pai joaquim de angola

folha morta

lenço no pescoço

mundo de zinco

atire a primeira pedra

 

Candeia – Seguinte…: Raiz Candeia (1971)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Não sei como anda a temperatura aí para o lado de vocês, mas por aqui tá bravo! Só gosto dessa temperatura quando estou de férias e preferencialmente na praia, tomando uma gelada.

Hoje o nosso toque musical é de samba. Samba de raiz. Samba de Candeia. Mais uma vez temos o prazer de ter em nosso blog o grande sambista Antonio Candeia. Trago para vocês um disco até já bem rodado em outros blogs. Mesmo assim, faço questão de tê-lo também em nossa lista de toques musicais. O presente lp foi lançado em 1971. Uma das excelentes produções de Oswaldo Cadaxo e seu selo Equipe. Este álbum voltaria a ser relançado em 1976 com o nome de “Filosofia do Samba”, tendo inclusive alterada a ordem original das faixas. Saiu pelo selo Padrão com algumas alterações também na capa. Foi lançado também em cd, caso alguém aqui esteja interessado. Trata-se de um disco clássico de samba. Sua audição é obrigatória! Vão daí que eu de cá vou também… tomar mais uma Becker da série 3 Lobos. Bão demais!

vem é lua

filosofia do samba

silencia tamborim

saudade

hora e a vez do samba

saudação a tôco preto

vai pro lado de lá

regresso

de qualquer maneira

imaginação

minhas madrugadas

quarto escuro

A Banda Do Gato – O Baile Do Gato (1969)

Bom dia, amigos foliões cultos e ocultos! Hoje é sexta feira, dia de artista/disco independente, mas é também a sexta feira que antecede ao Carnaval. Em alguns lugares e para muita gente já é carnaval. Assim sendo, dou uma pausa nos independente e caio matando na folia carnavalesca.

Trago aqui para vocês o “Baile do Gato”, um disco carnavalesco lançado no final dos anos 60 (infelizmente não encontrei o ano exato deste lançamento). Patrocinado e promovido pela Secretaria de Turismo do antigo Estado da Guanabara, o álbum foi uma maneira de fixar ao cardápio festivo da cidade um novo baile de salão, realizado no Clube Sírio Libanês, que naquele ano (que eu não sei qual) se fazia pela segunda vez. Não sei também se este baile chegou a ter outras edições nos anos seguintes. Eu suponho que não, pois não encontrei nenhuma referência a respeito disso.
O Baile do Gato é um disco que chama a atenção, principalmente pela capa, uma ilustração muito boa e divertida, criada por Ziraldo. A gravação me parece ter sido feito ao vivo, talvez extraída do baile anterior. A edição musical fica um pouco a desejar com cortes bruscos que nos dão a impressão de termos pulado de faixa. Tentei melhorar um pouco essa situação, separando algumas dessas faixas, em outras, mantive na base do ‘pot-pourri’. Acho que a ideia era essa mesma, um disco sem pausas, para todo mundo pular sem parar. Salve o Carnaval!
até quarta feira
pata pata – garota do ipê
me abraça e me beija
voltei
amor de carnaval
portela querida
dá nela saudade
bom dia
samba do crioulo doido
apareceu a margarida
um instante maestro
oh que delícia de mulata
cidade maravilhosa

The Pop’s – Feliz Natal (1969)

Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Entramos de vez no espírito natalino. E como não poderia deixar de ser, um momento para se ouvir aquilo que um dia tocou no nosso Natal. Cada ano é um pouco diferente, as vezes triste, as vezes melancólico, mas sempre, em seu brilho e cores, faz nascer uma alegria e uma esperança, que acaba transformando o Natal em uma grande confraternização. Eu não sei explicar o sentimento que há em mim, quando vejo essas bolas de vidro coloridas de Natal. Hoje elas já nem são mais de vidro como as de antigamente. Elas eram lindas, encantadoras em seus reflexos, cores e tamanhos variados. Ah, que saudade daquele tempo em que a gente sentava na sala para ir montando aquela árvore, o pinheirinho cheio de bolinhas coloridas, luzes, algodão e isopor para ficar parecendo neve… Putz, que tempo bom! Me lembro que sempre deixávamos quebrar (sem querer, claro) algumas daquelas bolinhas e depois aproveitávamos os cacos para fazer cerol para passar nas linhas dos nossos papagaios (pipa). Ah, como era bom aqueles tempos! Ver essas bolas de Natal sempre me remetem à essas lembranças.

Este disco do The Pop’s é a personificação do meu saudosismo natalino. Como outros, este álbum também fez parte de muitos dos meus ‘natais’. Tinhamos esse disco em casa, depois, nunca mais vi. Fui reencontrá-lo certa vez no Loronix. Hoje, organizando minha ‘discoteca virtual’, coincidentemente achei o arquivo. Como ando sem condições para comprar de imediato um novo amplificador e tenho que lançar mão do que tenho já digitalizado, vou um pouco mais além, pego emprestado este The Pop’s, do Zecaloro, para começar o nosso Natal. Já pedi ao Papai Noel um novo amplificador, mas ele até agora não se manifestou. Quem sabe, através dos amigos cultos e ocultos, alguns entre vocês tenham um melhor relacionamento com o bom velhinho do que eu. Como o grande dia ainda está por vir, vou esperar ansioso, como quando eu era criança, rezando para o Papai Noel trazer atender ao meu pedido. Quem sabe ele ainda tenha atenção para essa criança aqui de 50 anos? Vou emocionar… 🙂
noite feliz
o tannenbaum
valsa da despedida
sleigh ride
o bom velhinho
e nasceu jesus
jingle bells
natal das crianças
boas festas
aleluia
adeste fidelis
white christmas

Primo Quintet – Um Homem E Uma Mulher (1970)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Segue aqui a nossa postagem do domingo. Uma trilha musical que vem bem a calhar, combinando com a suavidade do dia (pelo menos o meu foi). Temos aqui um disco raro de ser ver por aí (e ouvir também, com certeza). Vamos com o Primo Quintet e seu álbum “Um homem e uma mulher”. Disquinho bacana trazendo uma série de temas internacionais de sucesso, numa interpretação perfeita e arranjos jazzísticos que valorizam as músicas ainda mais. Há no disco uma única faixa nacional: “Te amo, te amo, te amo”, de Roberto e Erasmo Carlos. Sinceramente, esta foi a melhor interpretação instrumental de uma música da dupla que ouvi até hoje. Primo e seu quinteto conseguem recriar encima de uma melodia marcada. Transformaram a música num jazz. Achei perfeito… O álbum num todo é ótimo. Acabei mesmo foi quase esquecendo de falar do Primo Quintet, um grupo liderado pelo pianista João Peixoto Primo. Este instrumentista veio do Rio Grande do Sul. No final dos anos 50 e início dos 60 ele tinha um conjunto, o Flamingo, o qual trazia como cantora a adolescente Elis Regina. Outro fato curioso e marcante foi a sua transferência para a cidade de Brasília, onde passou a ser uma espécie de músico oficial do governo. Durante muitos anos e alguns presidentes, foi o responsável pelo entretenimento musical das festas e bailes da Capital Federal.

Confiram logo este toque 🙂
um homem e uma mulher
call me – fly me to the moon
the guy’s in love with you
tenderly
free again
over in the rainbow
yellow oays
love is blue
the shadow of your smile
te amo, te amo, te amo
laura
midnight sun

The Pop’s – Estas São Joinhas… Joinhas… Tá Falado (1971)

Boa tarde a todos, amigos cultos e ocultos! Parece mentira, mas mesmo no fim de semana eu estou conseguindo  tempo para as nossas postagens. O jeito é ir na brecha. Relaxa que encaixa…
Antes de tudo, quero aqui me retratar. Acho que fui um pouco injusto com o Nilo Sergio Jr. na postagem de sexta feira. Eu, no fundo, fiquei foi um pouco chateado, como quando a gente leva um fora da menina. Uma espécie de desilusão passageira. Eu creio que falei demais e sem saber. O cara é uma pessoa bastante esclarecida, extremamente educado (como não podia deixar de ser um filho do Nilo Sérgio) e me contou um pouco das dificuldades da família em manter uma gravadora do porte da Musidisc. Pelo pouco e resumido e-mail deu para se ter uma ideia de como é difícil manter uma empresa brasileira, tendo como concorrentes diretos e indiretos grandes multinacionais, gravadoras que eu nem preciso citar nomes. Tentar manter uma gravadora pequena e sem grandes pretensões é difícil, mas ainda assim se mantinham, mas quando se trata de uma que queira ser até melhor que as estrangeiras, daí o bicho pega. E pegou para o Nilo Sergio, a ponto dele acabar tendo que ceder à pressões, abdicando de novos sonhos. Coisa muito chata… Mas essa história, eu espero, o Nilo Jr, ou um outro alguém, precisa contar. Merece realmente um livro. Uma história de vida que vale a pena ser sempre lembrada. Como eu previa, o Nilo Jr. me permitiu manter as postagens, obviamente sem os links, o que eu de imediato já fiz. E ainda se colocou à disposição para qualquer esclarcimento ou dúvida a respeito de alguma passagem dessa belíssima história. Eu peço aqui, em público, as minhas desculpas ao Nilo Sergio e sua família.
Bom, falando agora da postagem do domingo, tenho aqui para vocês este disco do The Pop’s que eu comprei ontem lá na Feira do Vinil. Taí um disco que eu não conhecia. Coisa curiosa, nunca tinha visto este disco antes na minha vida. O álbum é de 71, produzido por Oswaldo Cadaxo e seu selo Equipe. O The Pop’s gravou grande parte dos seus discos por essa etiqueta. Na contra capa dessa joinha e mesmo no selo, não há muitas informações além da relação de músicas, por sinal um repertório bem interessante. Não sei e nem vou ter tempo para localizar quem eram os integrantes do grupo neste disco. Deixo essa para assunto no Comentários. Tá falado? 😉

oh me oh my
mujdei de ideia
de tanto amor
ovo de codorna
amada amante
você não entende nada
if
impossivel acreditar que perdi você
love story
você também é responsável

The Pop’s – Vol. 3 (1968)

Achei na rede este disquinho e resolvi posta-lo devido a sequencia dos álbuns já apresentados e deste no contexto da música jovem dos anos 60. Embora considerados um pouco ‘brega’, os cariocas The Pop’s foram um dos importantes grupos de rock instrumental, ao lado de The Jordans, The Jet Blacks, The Clevers, The Rebelds e outros. O grupo passou por algumas formações, mas a fase boa mesmo foi quando o J. Cesar era seu guitarrista. Ele tem solos incríveis! Infelizmente neste álbum ele já havia saído.