Nilson Chaves E Vital Lima – Interior (1985)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje é sexta feira, dia da nossa postagem dedicada ao artista/disco independente. Preparei este álbum com muito carinho, pensando nos amigos paraenses que eu muito prezo. Égua, esses são dois grandes artista do Pará! Dois grandes artista entre os que mais gosto, da região. Nilson Chaves já é uma figura bem conhecida aqui no Toque Musical, já postei dele dois excelentes discos. Vital aparece aqui pela primeira vez, mas seu lugar no nosso blog estará sempre garantido. Mais para frente a gente publica algum álbum solo dele.

Nilson e Vital são amigos de longa data, praticamente cresceram juntos, eram vizinhos desde a pré adolescência 🙂 Talvez por essa razão haja entre eles tamanha harmonia.
“Interior” foi uma produção independente, a estréia já com sucesso de Vital. Nilson, nessa ocasião, já era um artista de renome. O álbum foi gravado no Rio de Janeiro e contou com participações importantes como Leila Pinheiro, Antônio Adolfo, Maurício Einhorn, entre outros… Um trabalho muito bem elaborado, com bons arranjos, boas músicas e instrumentistas. Há neste disco uma música lindíssima, que me emociona a ponte de me deixar arrepiado… linda… “Tempodestino”. Para mim, só esta música já vale o disco. Os caras ainda me fazem o favor de convidar a Leila Pinheiro e o Maurício Einhorn, matou a pau! Essa música embora seja de artista do norte, me lembra muito a que é feita aqui nas montanhas das Gerais. Deve ser a tal da sintonia, consciente coletivo ou algo assim. Taí, um discaço que ninguém pode perder. Confiram já!
flor do destino
outro interior
do nada prá lugar nenhum
tum tá tá
mucuri
tempodestino
olho de boto
interior
a seu jeito
a estrada do sertão
das frutas

Peruzzi E Sua Orquestra – Páginas Inesquecíveis (1963)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Uma coisa que eu tenho percebido, depois da faxina que a turma do Blogger começou a fazer, é o receio das pessoas frente a repressão que vemos crescer cada dia mais no mundo digital. É impressionante e mesmo temeroso os rumos que toma a Internet. Cada vez mais ela deixa de ser um território livre para ser ocupado pelos mesmos latifundiários do mundo real e concreto. Querem aplicar as mesmas leis caducas, uma adaptação forçada que nos leva à mesma situação. Ou por outra, a ideia é manter tudo do mesmo jeito que sempre foi. Qualquer entendimento, reconhecimento ou ação isolada nesta ‘revolução digital’ pode ser considerado como uma conspiração contra o Sistema. Acontece que o Sistema, nos moldes atuais, está falido. Uma nova onda está por vir e nessa, quem ainda não aprendeu a surfar vai ser engolido pelas águas. O que me preocupa mais é pensar no tamanho dessa onda e até onde ela nos levará. A verdade é que as pessoas estão temerosas, estão sendo (veladamente) ameaçadas e sufocadas. Se não reagirmos, tenho certeza, cairemos todos, o mundo inteiro, numa ditadura mundial. Vivemos hoje um paradoxo, num mundo que para continuar existindo depende do coletivo, do compartilhamento, da fusão do individual no todo. Porém, essa ‘necessidade’ vai contra o formato anterior, o da sociedade industrializada e capitalista. Estamos vivendo um momento crítico, de transformações e cabe a cada individuo reconhecer seu coletivo. Somente assim nós não nos tornaremos os escravos do futuro. A união faz a força.

Mas eu comecei esse papo, na verdade, mais para dizer como me espanta o espanto e medo das pessoas. Depois da última represália, muitos dos amigos cultos passaram a ser ocultos e provavelmente, muitos ocultos sumiram da praça ou se tornaram ainda mais ocultos. Prova disso é que dos 700 seguidores que tinha o Toque Musical, apenas uns 20, até então, voltaram e se juntaram aos outros que já estavam nesta versão do blog. Por outro lado, no Grupo de discussão do Toque Musical, criado recentemente, temos um número crescente de amigos cultos, que vêm descobrindo ser esse (ainda) o único território livre, apesar de restrito, para o compartilhamento dos mesmos interesses. No caso, a música e seus correlatos. Que cresca esse Grupo, não apenas defendendo a bandeira do Toque Musical, mas a de todos os outros blogs e sites afins. O Grupo, embora tenha o nome do TM funciona não apenas para prestar serviços ao blog, mas a todos os outros que tenham algo semelhante a oferecer. Somos uma sociedade anônima, mas não estamos ocultos. Antes que isso acabe virando um manifesto e também porque já estou passando da hora, melhor partirmos para o disco do dia.
Hoje eu estou trazendo mais um raro exemplar do selo MGL (Minas Gravações Ltda), precursor da Paladium e Bemol. Este disco foi mais um que o Maestro Edmundo Peruzzi convenceu ao Dirceu Cheib de produzir. Como todos (imagino) devem saber, através de outras postagens que eu fiz dos primeiros discos desta gravadora, a MGL produziu pouquissimos discos. Eu até cheguei a comentar que foram só 4 discos, inclusive porque foi algo assim que o Sr. Dirceu me informou certa vez, numa entrevista. Percebo, porém, que havia mais discos. Descobri recentemente este outro álbum do Peruzzi que pela numeração deve ter sido o quarto disco e não o do Lauro Paiva como eu antes imaginava.
Em “Páginas Inesquecíveis” temos o Maestro Peruzzi comandando sua orquestra em um repertório totalmente nacional. Na contracapa do álbum temos um texto do compositor Victor Simon, o qual é (por acaso?) o autor de duas músicas do disco. Ele exalta as qualidades da orquestra e os arranjos do maestro. Realmente o Peruzzi era mesmo muito bom e até versátil. Porém, neste repertório ele acabou transformando tudo em marcha, o que, pessoalmente, acho meio chato e monótono. Me fez lembrar os desfiles escolares em 7 de setembro. Mas não se prendam à minha crítica. Isso é mesmo bem pessoal…

velho realejo
cano na praia
ave maria
caçador de esmeraldas
evocaçõa
chão de estrelas
o vagabundo
chuá chuá
pastorinhas
história antiga

Morgana Com Renato De Oliveira E Sua Orquestra (1960)

Boa tarde a todos! Aviso aos amigos cultos, parceiros e colegas blogueiros que devido as alterações aqui no Toque Musical, os links para os blogs e sites estão sendo recolocados aos poucos e na medida em que eu vou me lembrando. É bem possível que eu esqueça de alguns, por isso, peço a vocês que me envie seus respectivos endereços.
Para encher de água a boca de muitos por aqui, hoje estou trazendo mais um disco da cantora Morgana. Taí um álbum que eu ainda não vi ‘nas bocas’. Que eu saiba ou tenha visto, nenhum outro blog ainda o postou. Tá pra nós então… Lançado em 1960 pela Copacabana, este disco foi gravado numa sentada só. Quer dizer, depois de tudo pronto (repertório, arranjos e músicos da orquestra) o Maestro Renato de Oliveira só precisou esperar algumas horas a chegada da cantora que se atrasou porque tinha de dar de mamar ao filhote recém nascido. Segundo nos conta a jornalista Lenita Miranda, no texto de contracapa, eles passaram toda a noite e madrugada gravando, até amanhecer o dia.
Neste álbum podemos encontrar um repertório fino, com músicas de Dolores Duran, Fernando Cezar, Tito Madi, Edson Borges, Vera Brasil e outros. Realmente muito bacana. Para embelezar ainda mais a coisa, temos esta belíssima capa, onde a fada loira parece mais ser uma morena. Bela foto (e sem crédito!). Na verdade, a Morgana era loira, mas a Isolda morena.
Morgana se chamava, na verdade, Isolda Corrêa Dias. Não sei se já comentei isso em outras postagens de discos da cantora (e nem vou verificar), mas a Morgana era antes uma cantora lírica. Como cantora de música popular ela foi sucesso e contam também que ela abandonou a carreira quando estava no auge, trocando a música por uma pizzaria. O fim desta cantora foi muito triste. Com um tiro na boca, tentou tirar a própria vida. Foi socorrida, mas ainda no hospital, num momento de consciência, arrancou todos os tubos e fios que a mantinha viva. Faleceu ali mesmo no hospital.

tome continha de você
encontrei o amor
a rosa
carinho e amor
leva-me contigo
sonata sem luar
menina moça
falar por falar
segredo para dois
só falta aqui você
a flor
elegia ao violão

Mestres Do Barroco Mineiro (196?)

Boa tarde, amigos clássicos e eruditos! Ah, viu só? Hoje eu mudei a chamada, afinal as terças feiras tem sido de interesse mais daqueles que apreciam a música erudita, creio eu. Acho importante valorizarmos também a música dos grandes mestres, trazer à luz nomes e obras de autores que muitas vezes ficam limitados a pequenos concertos ou direcionado a um público específico. Tenho para mim, como teoria, que não é o povão quem não gosta de música clássica/erutita. No meu entendimento, o que faltou foi a educação musical. Infelizmente, no Brasil, não existe essa preocupação no ensino da música. Quando falo assim, me refiro não à necessidade de que todos aprendam a tocar instrumentos musicais e saiam tocando por aí, mas sim de que fosse dado ao povo subsídios para um conhecimento musical básico e histórico. A Música deveria ser uma matéria tão importante quanto a Matemática ou o Português. Bem porquê, através da música também se aprende matemática ou se afina o português. A música e as artes, num geral, precisam ser (mais) inseridas no contexto educacional, da mesma forma que no social. “Rock In Rio” é um espetáculo, mas não oferece nada além do que foi proposto, diversão… Acho que ainda falta a arte. E arte não é só diversão, é também coisa séria e pensada. Acho que nos falta é isso, uma coisa mais pensada. Voltada não para nichos específicos, mas aberto e a todos. Enquanto houver a crença de que o poder se faz com controle e retenção do conhecimento, a sociedade humana continuará em conflitos. Os carentes, embrutecidos, continuarão revoltados e rebelados contra aquilo que os limita e sem saberem realmente como e o que lhes faltam.

Tivesse tido eu uma melhor educação musical, estaria aqui agora descrevendo e discursando as qualidades deste belo e raro lp de uma outra forma. Talvez, quem sabe, nem fosse preciso estar aqui. Talvez não precisaria de blogs como este. Seríamos educados o suficiente para mantermos uma conduta como os americanos, europeus ou japoneses, respeitando regras e leis. Mas, fazer o quê quando o nosso único recurso para sair da lama é o nosso próprio esforço?
Putz, acho que viajei nas minhas divagações… melhor falarmos do disco…
Eis então “Mestres do Barroco Mineiro”, um belíssimo e raro lp lançado por Irineu Garcia e seu selo Festa. Nele encontramos obras do repertório sacro mineiro, no período áureo da mineração (Sec. XVIII), recolhidas pelo musicólogo Curt Lange, sob os auspícios de Clóvis Salgado, então Governador de Minas Gerais. Curt Lange reuniu um conjunto de documentos importantíssimos da música brasileira, principalmente a reconstituição de uma série de obras de cunho religioso, produzidas por compositores mineiros. José Joaquim Emérico Lobo de Mesquita, Marcos Coelho Netto, Francisco Gomes da Rocha e Ignácio Parreira Neves, foram esses compositores e tiveram suas obras apresentadas na Europa, na Argentina e, claro, no Brasil. Segundo nos conta o texto de contracapa, esta gravação que gerou o disco foi feita em 1958, por ocasião do “Festival de Música Religiosa de Minas Gerais, realizado no Rio de Janeiro pela Associação de Canto Coral e Orquestra Sinfônica Brasileira, sob a regência do Maestro Edoardo De Guarnieri.
Este álbum, embora não apresente data, eu suponho que tenha sido lançado na primeira metade dos anos 60. Foi o segundo volume, como consta na capa. Porém eu não consegui saber sdo primeiro e nem ficou claro se havia outros volumes. O selo Festa durou até o ano de 1967 e pelo jeitão do disco e seu número de série, com certeza, deve ser um dos últimos.
No final dos anos 90, a artista plástica Gracita Garcia Bueno, sobrinha de Irineu Garcia, conseguiu resgatar uma boa parte do acervo do selo Festa que estavam mofado nos arquivos da Polygram. Com muito esforço ela conseguiu trazer de volta, em versão cd, alguns dos mais importantes títulos lançados na época pelo selo. Quem conhece um pouco do catálogo criado por Irineu sabe que são jóias raras, música e poesia, o melhor do Brasil.
antifona de nossa senhora – josé joaquim emérico lobo
credo – ignácio parreira neves
maria mater gratiae – marcos coelho neto
novena de nossa senhora do pilar – francisco gomes da rocha

Cinderela 77 – Trilha Original Da Novela (1977)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! A ‘segundona’ começou puxada, por isso, deixa eu aproveitar a folga para um café e mandar brasa aqui, na postagem de hoje.
Vamos com a trilha de uma novela, que eu nem me lembrava, “Cinderela 77”, uma história baseada no clássico conto de Charles Perrault, que trazia como seus protagonistas os cantores, Vanusa e Ronnie Von. A novela foi uma produção da extinta TV Tupi e segundo contam, chegou a fazer um certo sucesso. A trilha é quase toda de músicas originais, feitas mesmo para a novela, com excessão das cantadas por Ronnie Von e Vanusa, que são músicas de seus discos individuais. Pessoalmente, nada me chama mais atenção no lp que sua própria capa. Mas não deixa de ser uma boa curiosidade fonomusical para fazer jus ao nosso lema: ouvir com outros olhos 😉

palavras mágicas – vera lúcia e côro
dia de folga – ronnie von
sonho encantado – quarteto maior
quero você – vanusa
tempo de acordar – ronnie von
cinderela e o anjo (dois amores) – vera lúcia e marcos
apocalipse – neuber
o rei das abóboras – quarteto maior
quem é você – joão luiz
o mago pornois – vanusa
eu era humano e não sabia – ronnie von
dia feliz (canção da cinderela) – vera lúcia

Vera Lúcia – Confidências… (1959)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! As vezes eu fico achando que não estou dando a devida atenção às nossas cantoras, compositoras e instrumentistas. Por certo não é a falta dessas artistas, que muito pelo contrário, tem até demais. Eu é que acabo me esquecendo delas na hora de escolher qual disco postar. Para tirar essa cisma, vou aqui postando neste domingo o disco de uma grande artista, que por acaso era portuguesa, a cantora Vera Lúcia. Ela surgiu no cenário musical brasileiro no final dos anos 40. Fazia parte do ‘cast’ da Rádio Nacional. Gravou diversos discos de 78 rpm, pela Odeon e outros selos. Vera era uma ótima cantora e não trazia em sua voz qualquer sotaque português. Isso talvez conferisse a ela uma maior identificação com o público brasileiro. Chegou a ser a Rainha do Rádio em 1955, desbancando a popular Angela Maria. Recebeu a coroação de outra portuguesa/brasileira, a nossa Carmem Miranda, que estava de passagem pelo Brasil. Vera Lúcia fez sucesso com músicas como, “Amendoim torradinho”, “Molambo”, “Cansei de ilusões”, entre outras… Em 1958 ela assinou contrato com a gravadora Sinter, onde lançou, no ano seguinte, este que o seu primeiro ‘long play’. Um álbum realmente muito bom, com um repertório fino, praticamente todo de sambas, que já apontava para a Bossa Nova. Há inclusive, na faixa de abertura, “Janela do mundo”, música de Billy Blanco, uma referência à Bossa Nova. O termo, em 59, ainda era uma gíria, que naquele momento começava a ganhar força. Reforçando ainda mais o lance da bossa, no repertório encontramos composições famosas de Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes, Dolores Duran e Ribamar, Djalma Ferreira, Cyro Monteiro e Radamés. Vera Lúcia vem acompanhada por côro e orquestra, sob a regência do Maestro Carlos Monteiro de Souza e participação do violonista Zé Menezes, em várias faixas do disco. Sem dúvida, um excelente e raro lp que vai agradar a muitos por aqui.

Não deixem de conferir 😉
janela do mundo
brigas nunca mais
serenata do adeus
quem foi que prometeu
conversa
confidências
se eu tiver
castigo
ideias erradas
amargura
recado
madame fulano de tal

Falam De Mim – 4 Versões (2011)

Na sequência da dobradinha, aqui vai meu desabafo em forma de canção. Quatro versões de um samba de Aníbal Silva, Éden Silva e Noel Rosa de Oliveira: “Falam de mim”. Uma delícia musical interpretada por Zé da Gilda, Nana Caymmi, Jards Macalé e Elza Soares. Gosto de todas as quatro versões. Maravilha de samba, que representa aqui o meu momento.

Para completar, vai aqui um texto, bem apropriado, que me foi enviado pelo amigo Fred, da escritora e filósofa americana Ayn Rand que diz o seguinte:
“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que a sua sociedade está condenada.”

Coletânea Selo Velas – Audio News Collection Gold (1995)

Olá fiéis amigos cultos e ocultos! No nosso sábado, que continua até o fim do ano na onda das coletâneas, eu hoje quero fazer duas postagens. Nesta primeira eu trago uma seleção musical do memorável e extinto selo Velas, criado por Ivan Lins, Victor Martins e Paulinho Albuquerque. Esta coletânea promocional saiu exclusivamente para a revista Áudio News, uma publicação muito boa que também existiu nos anos 90. A gravadora independente lançou e revelou talentos com o Chico César, Lenine, Guinga, Vânia Abreu, Rosa Passos, Edvaldo Santana e muitos outros. Também apostou em artistas já conhecidos e consagrados como Flávio Venturini, Boca Livre, Almir Sater, Pena Branca & Xavantinho… O próprio Ivan Lins também lançou discos pela gravadora, claro… São alguns desses artistas que aparecem neste “Momento MPB”. Disquinho bem bão 🙂 Vale a pena conhecer 😉

mama áfrica – chico césar
cabeça ocupada – edvaldo santana
clareou – vânia bastos
o ganso – almir sater
trem das gerais – pena branca e xavantinho
anjo de mim – ivan lins
juras – rosa passos
luz viva – flávio venturini
folia – boca livre
à primeira vista – chico césar
na cumbuca – almir sater
no cabaret da sereia – flávio venturini
são luis dos montes belos – botocotô
prenda minha – iluminuras

Radamés Gnattali – Ao Vivo (1984)

Olá, amigos cultos e ocultos! Estou me sentido hoje como se estivesse iniciando um novo blog. O que não deixa de ser uma verdade, afinal este aqui renasce com uma outra fachada (não muito diferente do anterior, para que não perca a sua identidade e propósito).
Eu havia preparado um desabafo longo e protestante, mas achei melhor fazê-lo num outro momento, bem porque hoje é sexta feira, dia do álbum/artista independente e eu escolhi a dedo o disco que hoje abre oficialmente a nova versão do Toque Musical. Tenho o prazer de abri a casa com este belíssimo disco do Mestre Radamés Gnattali. Um álbum de produção independente, lançado pela Editora 3º Mundo (que me parece, era do compositor e violonista Francisco Mário, irmão do cartunista Henfil). Aqui encontramos Radamés Gnattali solo ao piano, em uma apresentação na Sala Cecília Meireles. Nesta gravação ao vivo temos nove clássicos da MPB em improvisos desconcertantes (hehehe…) que só mesmo um Radamés seria capaz.
Para um dia de renascimento, este álbum é a melhor trilha 😉
carinhoso
ponteio
preciso aprender a ser só
corcovado
chovendo na roseira
manhã se carnaval
cochicho
do lago à cachoeira
nova ilusão

Elton Medeiros (1980)

Amigos, segue aqui outro disco que foi levando na tempestade, o último publicado antes de fecharem a matriz. Este também não pode passar batido, sem pelo menos eu dizer que é um excelente álbum, lançado pelo selo Eldorado, o segundo trabalho solo deste grande sambista e compositor carioca. Aqui encontramos um sambista parceiro, onde ele nos apresenta doze sambas em dobradinha com outros compositores, alguns já bem conhecidos, mesmo antes do lançamento deste lp. Não vou me ater a essas informações, que os amigos poderão encontrar na contracapa, onde Moacyr Andrade descreve cada uma das faixas do disco (o tempo está mais curto). Só quero lembrar, para finalizar, que este disco, gravado há 31 anos atrás, que eu saiba, nunca foi lançado em cd. Aliás, vejo aqui agora que parece que sim, com outra capa. Mas se procurar para comprar, vai ser difícil achar. Uma prova cabal de que, se fossemos depender das gravadora$, ficaríamos esperando, sabe Deus até quando um novo relançamento. Uma prova cabal da importância dos blogs de música no mundo de hoje. Só não vê isso quem vê i$$o…
na mesa de um botequim
peito vazio
lágrimas de amor
contradição
retrato da vida
a ponte
sentimento perdido
unha de gato
vida
meu viver
dentro de mim
último verso

Carlinhos Vergueiro – Pelas Ruas (1977)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Esta é uma postagem que foi perdida nesses dias de tempestade. Me deu preguiça de refazê-la, mas em se tratando de um artista como o Carlinhos Vergueiro e este se quarto disco solo, eu não poderia deixá-lo apenas estampado aqui no Toque Musical. Além do mais tinha aquele caso que contei a respeito da figura de galã roqueiro do Carlinhos, que enganou muitos que ainda não o conheciam. Foi o que aconteceu com uma prima minha, que comprou o disco apenas pela capa, achando ser este uma artista de pop rock ou algo assim. Ficou decepcionada ao botar o disco na vitrola. Não era samba o que ela esperava ouvir. Pois é, não era o que ela queria ouvir, mas com certeza nós queremos.
Taí mais um excelente trabalho deste cantor e compositor de sambas, de música popular brasileira… Pessoalmente, gosto mais dos discos do Carlinhos dessa primeira fase, a setentona. Aliás, no meu entendimento, esta década de 70 foi a última grande fase da MPB, daí para frente o que veio (salvo as excessões) foi ‘tiriricas’ (por favor não perguntem o que eu quis dizer com isso, é exatamente o que vocês entenderem). Melhor que falar do ruim é pensar no que é bom. “Pelas ruas” é um ótimo trabalho, onde eu destaco as faixas “Porque será”, uma parceria de Carlinhos com Toquinho e Vinícius e ainda “Teimosia”, música com a participação da cantora Cristina Buarque, muito bem lembrada pelo amigo 300. Confiram…
briguemos
marginais da manhã
valsa
galo, o último cantor
conhaque
porque será
teimosia
mormaço
noção da batalha
ferve na noite
em nome dos amantes
boa noite morte

Música Na Corte Brasileira Vol. 5 – A Ópera No Antigo Teatro Imperial (1966)

Olá amigos! Pois é, as denúncias e perseguições continuam… Estou vendo a hora em que o tolo mata a galinha dos ovos de ouro só para ver o que tem dentro. Infelizmente é assim… Enquanto isso não acontece a gente vai se segurando, desviando das mordidas e tocando sempre.
Mais uma vez, para abrilhantar a nossa ‘terça erudita’ temos aqui outro volume da “Série Brasiliana – Música na Côrte Brasileira”, lançada nos anos de 65 e 66 pelo selo Angel, da Odeon. Na verdade, este é o quinto e último volume (pelo menos eu acho que é).
Neste álbum, como podemos ver, o destaque é a Ópera, na época do Império. O disco nos apresenta uma seleção (como nos volumes anteriores) de algumas das mais representativas e raras obras produzidas no período, principalmente de D. Pedro I, que por sinal e como vimos, também se destaca na música erudita. Bacana, não? Antes desta série, grande parte dessas obras musicais eram totalmente desconhecidas do público (e olha que eu me refiro ao público de música erudita, clássica).
Acredito que os amigos, ao longo das outras postagens já sabem o que os esperam. Um belíssimo trabalho da Orquestra Sinfonica Nacional da Rádio MEC, regida pelo Maestro Alceo Bocchino, pelos cantores Maria Helena Buzelin, soprano; Fernando Teixeira, barítono e Juan Thibault, tenor. A produção é de Milton Miranda e Maurício Quadrio, com direção musical de Lyrio Panicali e assistência de Marlos Nobre. Como se vê, um trabalho feito por mestres, da música e da indústria fonográfica.

o basculho (abertura) – marcos portugal
o basculho (dueto rosina e pierotto – marcos portugal
os doidos fingidos por amor (abertura) – bernardo josé de sousa queiroz
os doidos fingidos por amor (ária de cacilda) – bernardo josé de sousa queiroz
o vagabundo (abertura) – henrique alves de mesquita
o vagabndo (cena e dueto traído, esquecido) – henrique alves de mesquita
joana de flandres (ária de raul) – carlos gomes

O Julgamento – Trilha Sonora Original Da Novela (1977)

Olá amigos cultos e ocultos! A ‘segundona’ foi meio pesada, o tempo curto, acabei deixando vocês na mão. Finalzinho do dia, aqui vai a trilha, emergencialmente colhida nos ‘discos de gaveta’. Não tive tempo de escolher e preparar algo melhor. Por outro lado, e fazendo um novo ‘julgamento’, acho que de todo não foi uma má escolha. Embora seja uma trilha onde 80% das músicas são internacionais – por sinal com alguns temas instrumentais interessantes – há aqui duas faixas nacionais, uma pelo menos já vale o disco: MPB-4 interpretando “Galope”, de Gonzaguinha (vamos procurar imaginar que se trata de um compacto, hehehe…). 
Não me lembro desta novela, mas pelo jeito deve ter sido uma produção da TV Bandeirantes, ou SBT (será?)… O que me deixa encabulado é pensar de onde é que esses produtores tiram esses temas internacionais. Na verdade, me chama atenção os nomes dos intérpretes: Glen Wood, Steven Schlaks, Barry Mann e Phil Trim (esse último é ótimo)
Quando eu já estava para finalizar esta postagem, já nos últimos minutos do dia, o computador deu uma travada. Eu, como estava cansado e morrendo de sono, acabei furando com vocês. Deixei para finalizar isso agora cedo. Depois dessa, não tenho nem mais o que comentar. Façam vocês… Eu ainda tenho outra postagem para (tentar) soltar agora cedo. Vamos ver…
le bonheur – claire chavalier
loneliness – francis goya
a thousand voices – phil trim
brivido – mersia
the kiss – steven schlaks
e ele disse – daniel
kitty – steven schlaks
contigo aprendi – armando manzanero
galope – mpb-4
quiero (love less time) – glen wood
ven (i’m lost) – barry mann
enamorados (my sweetheart) – the mystics

Clementina de Jesus – Clementina & Convidados (1979) REPOST

Clementina de Jesus, figura emblemática do samba, reverenciada por grandes e muitos artistas da música brasileira. Foi descoberta por Hermínio Bello de Carvalho, estrelando em seu show “Rosas de Ouro” (os álbuns estão postados aqui no TM). Clementina passou por aqui deixando sua marca, numa pegada entoada inconfundível.
Neste disco, temos Quelé ao lado de grandes nomes como Cristina Buarque, Carlinhos Vergueiro, João Bosco, Adoniran Barbosa, Clara Nunes, Martinho da Vila… puxa… e tem mais…. Isso sim é que é constelação! Este álbum não é simplesmente um registro musical marvilhoso, é uma homenagem. Salve Clementina!

tantas você fez
embala eu
cocorocó
olhos de azeviche
boca de sapo
laçador
assim não, zambi
na hora da sede
sonho meu
torresmo a milaneza
caxinguelê das crianças
papel reclame

Ney Matogrosso – Destino De Aventureiro (1984) REPOST

Acho que vou continuar nesta semana postando figurinhas repetidas. Digo repetida por serem alguns títulos já postados em outros blogs. Contudo, quero deixar claro que as fontes são outras. Quem já baixou por aqui sabe disso. Sou um tipo caprichoso e isso se vê com clareza no TM. Procuro sempre trazer um diferencial, como por exemplo capa e contracapa incluídos e ao contrário de outros blogs, prefiro manter o registro sonoro sem filtragens ou correções que muitas vezes acabam ficando pior. Aqui o disco vai ‘na íntegra’. Deixo o tratamento sonoro para que cada um o faça como quiser. Eu dou a vara, linha, anzol, mostro onde é o rio, pesco; mas quem vai ter que preparar o peixe para comer são vocês.

Hoje vamos de Ney Matogrosso, no lp “Destino de Aventureiro”. Este disco reflete, de uma certa forma, os primórdios do artista na época dOs Secos & Molhados, no sentido do visual. Este disco é resultado do espetáculo que Ney criou em 1984 e lhe rendeu vários prêmios. O cara alugou o Circo Tihany e mandou bala num show que permaneceu em cartaz durante cinco meses no Rio e seguiu em turnê pelo Brasil. Não sei dizer se ele levou pela turnê a tenda do Tihany.
Destino de aventureiro
Por que a gente é assim

Pra virar lobisomem
Êta nóis
Retrato marrom
Namor
Tão perto
O rei das selvas
Bate-boca
Vereda tropical

Aracy De Almeida – Samba É Aracy De Almeida (1966) REPOST

Boa noite! Aqui venho eu trazendo o post do dia. Já sei, já sei… vão dizer que estou ‘chovendo no molhado’ mais uma vez. Eu sei… infelizmente não tive tempo de preparar algum inédito. Fui obrigado a recorrer aos álbuns da gaveta. Este da Aracy já tem em várias fontes, mas mesmo assim estou apresentando, o meu! Trata-se de um disco excelente, com um repertório fino de sambas, somado ao arranjos de Roberto Menescal e do tecladista Ugo Marotta – os dois também tocam no álbum. A direção artística é do homem da Elenco, Aloysio de Oliveira. Não precisa nem falar muito, vê-se logo que temos um lp de qualidades. Este disco esteve entre os álbuns ressucitados por Charles Gavin, sendo ainda hoje relativamente fácil de achar em lojas. Não deixe de compra também o seu, viu?

trite cuica
cansado de sambar
é mentira oi
sabotagem no morro
batucada surgiu
mangueira
tem pena de mim
ora… ora
não sou manivela
três apitos

As Melhores Mulheres – Cantadas Por Um Homem Qualquer Ou Qualquer Homem (1957)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Neste domingo é vou me dedicar às solicitações e reposição de alguns ‘toques’ que a turma, há tempos vem esperando por aqui. Infelizmente este é um trabalho solitário e amador, o que pede aos que o seguem uma certa paciência. Posso demorar a atender um pedido, mas se estiver ao meu alcance, tá na mão 🙂

Estou trazendo aqui um disco que vale por dois, ou, um disco que teve dois momentos na indústria fonográfica. Lançado inicialmente em 1957, este interessantíssimo lp, cujo o título e subtítulo já dizem tudo, “As melhores mulheres – cantadas por um homem qualquer ou por qualquer homem”. Sim, uma seleção de canções clássicas do nosso repertório popular, com nomes de mulheres. Algo bem parecido com outros discos que eu já postei aqui, como o especial “Há sempre um nome de mulher” e o Lúcio Alves no lp com arranjos de Chico Moraes. Este último foi uma produção do Aloysio de Oliveira, o qual, eu suspeito é também o produtor deste álbum de 57. Aliás, não só o produtor, ele também participa do côro masculino, embora não conste em nenhum momento o seu nome no disco. Este belíssimo lp nos traz apenas as informações de que foram Antonio Carlos Jobim e Orlando Silveira os responsáveis pelos arranjos, músicos e intérpretes não são citados. Curiosamente, já na década de 60, possivelmente entre 62 ou 63, essas mesmas  gravações foram relançadas, através do selo Imperial, da Odeon, como o nome de “Dançando com as garotas”. Já neste relançamento, com uma capa de César Vilela, o disco assume uma outra identidade e passa a ser “Os Guanabara Boys”. Eis aí uma prática comum na Odeon daqueles tempos, que relançava seus velhos álbuns com nova roupagem através do estilismo da Imperial.
Bom, mas seja como for, este trabalho, com nome, sobrenome e apelido é acima de tudo um disco imperdível. Quem ainda não o ouviu, faça-me o favor…

aurora
helena, helena..
zazá
rosa morena
emília
maria
marina
dolores
ai que saudades da amélia
madalena
juracy
um nome de mulher

II Festival De Música Das Rádios MEC E Nacional (2010)

Mais uma vez estou eu aqui de volta neste sábado, tentando preenchê-lo com outra postagem. Afinal, a Nara Rara é boa, mas já estava meio batida, sei lá… Fiquei pensando que ainda caberia mais uma postagem de bônus. Daí me lembrei desta coletânea, reunindo as músicas classificadas no II Festival de Música das Rádios MEC e Nacional. Temos aqui 21 músicas, todas muito boas, que mereceram a classificação. Não sei se neste Festival houve vencedores (primeiro, segundo e terceiros lugares). Não encontrei na rede nenhuma informação a este respeito. Estranho… O fato é que temos aqui músicas de qualidade, interpretadas também por gente de gabarito, compositores e intérpretes.
“O Festival visa revelar e divvulgar gravações de obras musicais inéditas, abrindo espaço na programação das Rádios MEC e Nacional par cantores, compositores, instrumentistas e arranjadores, valorizandoa produção dos artistas do Rio de Janeiro.”
Agora em 2011 teremos a terceira versão do Festival, novas músicas, novos compositores e interpretes. Entre no site para saber mais sobre esse Festival e também para votar, escolhendo a música que mais agrada.

vestida de luz – márcio lott
valsa de índio – gustavo melo e banda
baobá – augusto martins
o que deseja a alma – marcelo lehmann
pega pra capar – quinteto vera cruz
marcas do coração – carlos mariano
a cordilheira e o rio – antonio carlos mariano
canto da mata – leo gandelman
sofro sim – gabi buarque
peixada de uribaco – quinteto vera cruz
vento – gabi buarque
sob velha direção – gustavo borner
o amor é um som – augusto martins
solitário suspiro fiofólico – alexandre dacosta
varandas – carlos mariano~
tango de periquitos – gustavo melo e banda
bossa chorosa – leo gandelman
na correnteza – leandro e mussa samba combo
moonlight choroneide – carlos acselradsanto de casa – patriota
doce magia – bira da vila

Nara Leão – Nara Rara – Coletânea Toque Musical (2011)

Olá amigos cultos e ocultos! Hoje, sábado, dia de coletânea, estou trazendo de volta esta coletânea da Nara Leão que eu havia feito e postado há pouco mais de um mês e que misteriosamente foi (totalmente) removida do blog. Essa eu não consegui resgatar nem no rascunho. Pelo jeito que as coisas vão, pelas nuvens cinzas que pairam no nosso céu musical, não demora muito as ‘eminências pardas’ bloquearem o nosso Toque Musical de vez. Felizmente eu já fiz uns três clones dele, prontos para entrar no ar assim que o bicho começar a pegar por aqui.
Estou postando novamente essa minha coletânea, que com certeza corre o risco de ser novamente deletada. Mas desta vez o papo aqui continua no Grupo do Toque Musical. Quem quiser baixar e ouvir essa coletânea, vai ter ser através desse novo canal de comunicação. Quem ainda não se inscreveu, basta fazê-lo usando a caixa do Grupos Google que se encontra na barra lateral do blog.
Segue então a Nara Leão com uma seleção de 26 momentos raros. Músicas e gravações que não se encontram juntas facilmente. Um tipo de compilação musical que teria sido um ótimo projeto fonográfico para se lançar por aí. Talvez, por isso mesmo, é que ‘eles’ o retiraram do mapa. Modéstia a parte, ficou mesmo muito boa. Quem quiser conferir, já sabe… só lá no GTM (Grupo Toque Musical).

pinóquio
menina da agulha
maria
o mundo fantástico do uirapuru
sublime pergaminho
nordeste, seu povo, seu canto e sua glória
vinte anos
pai e filho
o estrangeiro
era uma vez um jardim
dorão do zepelin
o profeta
taí
mal de amor
insensatez
por causa de você (com roberto menescal)
áudio da primeira apresentação de nara
traduzir-se (com fagner)
noite dos mascarados (com mpb-4)
duelo (com chico buarque)
joana francesa
camisa amarela
preconceito
as tears go by
a estrada e ovioleiro (com sidney miller)
pra mode chatear

Jean Claude Moulin – Tête Au Brésil – A Procura (1997)

Boa tarde, amigos cultos e ocultos! Batendo na mesma tecla mais uma vez, informo aos que ainda não se tocaram que eu criei uma outra alternativa para aquelas postagens que haviam sido retiradas para o rascunho e depois voltaram como REPOST. Eu, anteriormente, havia informado que os interessados nessas postagens deveriam entrar em contato comigo por e-mail. Mas percebi que dessa forma eu teria muito trabalho, tendo que dar atenção individual a cada um dos solicitantes. Para facilitar a minha vida e a de vocês também, eu criei um grupo de discussão, um espaço onde todos podem participar e de maneira mais ativa. Por lá eu colocarei ‘os toques’ dos REPOSTs, sem preocupações ou neuras. Para participar do grupo, basta se inscrever no quadrinho lateral aqui do blog. A partir de inscritos vocês receberão por e-mail todas as nossas atualizações das postagens no grupo. Neste espaço todos podem participar, compartilhando comentários, músicas e tudo aquilo que se fizer pertinente ao nosso assunto fonomusical. Neste final de semana procurarei atualizar algumas postagens, atendendo às solicitações pendentes, que infelizmente eu ainda não tive como corrigir. Paciência…
E por falar em procura, aqui está uma que encontraram e enviaram para mim 🙂 Me refiro a este disco, uma produção independente, lançada na França em 1997. O que temos aqui é um cd, enviado por um amigo culto (que insistiu em aparecer como oculto). As informações que tenho sobre o disco e seus artistas são poucas. Limitam-se ao que me foi passado pelo meu amigo e pela ficha técnica do disco. Quem encabeça o trabalho é o músico e professor de violão, Jean Claude Moulin. As músicas são todas de sua autoria ou parceria. Todas tem um ar de brasilidade, músicas certamente inspiradas no cenário tropical e no ritmo, entre outras bossas… Pessoalmente, achei as músicas muito boas e bem arranjadas. Jean Claude vem acompanhado por bons músicos que conferem ao álbum ainda mais qualidade. Acredito que os amigos, ao ouvir, também irão gostar. Segundo o meu informante, as músicas de Moulin cantadas em português pela cantora francesa Anne-Marie Truffier, são versões feitas por uma brasileira, Joanas Esteves. Jean Claude tem uma página no MySpace, onde os interessados poderão fazer contato com ele e ouvir outras de suas músicas. Confiram aí este independente e internacional artista com seu tempero brasileiro 😉

nuit blanche
errance
mangue, ananas et melon
a procura
le serin serein
encontro
brilho azul
alma vadia
le temps qui va
choto do bot
joana

Betinho E Seu Conjunto – O Rei Da Noite (1962)

Olá, amigos cultos e ocultos! Há pouco mais de um mês temos enfrentado aqui alguns problemas quanto às nossas postagens. Só agora em setembro foram retirados quase cem postagens, removidas para o rascunho, pela ‘equipe do Blogger’. Eles são pressionados por entidades internacionais que se dizem de proteção aos ‘direitos autorais’. O que me deixa intrigado é o fato de que esta ação de retalhamento parte de grupos e interesses estrangeiros. Balela dizerem que estão defendendo o direito dos artistas nacionais. Por certo nossos artistas estão tendo mais destaque e respeito nas divulgações pelos blogs do que pelas gravadoras e jabás pagos por fora. O que acontece é aquela coisa, semelhante a uma criança cheia de brinquedos, que só dá atenção para aqueles que acaba de ganhar, mas se alguém põe a mão naquele antigo, que nem se ligava mais, ela corre e toma de volta. Os discos postados aqui são antigos, raros e, sem dúvida, muito importantes para a história da música popular brasileira e também, é bom lembrar, para a história da indústria fonográfica no Brasil. Todavia, são obras que já não impulsionam um investimento de produção comercial, ou seja, não compensam serem relançadas. Por outro lado, ninguém mais está interessado em comprar cds e muito menos pagar por arquivos digitais. Há tempos eu venho repetindo, disco, no mundo de hoje é apenas um portifólio, um cartão de visitas. O fetiche, que era o maior valor agregado a um disco (me refiro ao lp), a (in)sensibilidade empresarial e de negócios das gravadoras fez o favor de destruir. Deram um tiro no próprio pé. Ao invés da indústria fonográfica investir em empresários e funcionários que gostam e entendem de música, preferiram recrutar economistas que gostam de dinheiro e seus funcionários que juram que foi Roberto Carlos o criador da Bossa Nova. Repito, nossa arte musical foi sucateada, levaram tudo de bom e agora querem também apagar nossa memória. Sinceramente, o que seria da nossa produção fonográfica de valor, não fossem aqueles milhares de consumidores, colecionadores, amantes do disco, que mantiveram ao longo de anos, guardados em suas estantes, essas ‘relíquias sonoras’? Podem acreditar, nenhuma gravadora, editora ou coisa parecida fez questão de guardar fita master ou exemplares extras de suas produções. Quando vemos aí algum relançamento, principalmente produções dos anos 60, em geral, foram prensados fora do Brasil e o áudio extraído de um vinil da época. Os discos saem lá fora com toda a pompa e bem valorizados, edição pequena, mas o suficiente para atender a um tipo de público que aqui no Brasil foi deixando de existir, na medida em que a música passou a ser tratada apenas como um mero produto de consumo. Acho que o que leva uma DMCA da vida a patrulhar e pedir o bloqueio de postagens, como as do Toque Musical, é simplesmente pelo receio de que os mp3 compartilhado venham a ofuscar o ‘negócinho’ deles lá fora. Gente burra e sem visão. Para acabar com o compartilhamento (seja lá do que for) só mesmo pisando fundo no freio da Revolução Digital. Vai ser difícil parar…
Por conta de toda essa situação de cortes e remoção de postagens (além dos sacanas de plantão), foi que eu resolvi criar um outro espaço, onde os ‘toques’ antes bloqueados poderão agora ser acessados livremente por todos. Através do Google Grupos, temos agora um fórum de debates, trocas de informações, ideias e muita música. Já comecei a enviar os convites para vocês, os amigos cultos. Os ocultos também participam, mas só que nessa modalidade terão que assumir uma identidade. Espero que até o final da semana todos vocês já tenham sido convidados. Aqueles que por desventura não receberem convites, poderão por iniciativa própria se inscreverem na caixinha lateral do Googles Grupo, aqui no TM. Vamos ver se essa alternativa vai vingar. Seja todos bem vindos!
Putz! Eu já ia me esquecendo do disco do dia. Olha aí… Hoje temos outra raridade que certamente ir chamar a atenção de vocês. Tenho aqui este álbum do Betinho, o Rei da Noite. Figura muito popular da noite paulista na década de 50. Iniciou sua carreira tocando com o pai, Josué de Barros, ao lado da cantora Carmem Miranda. Tocou na orquestra de Carlos Machado na década de 40. Com seu conjunto se apresentava na Rádio Nacional paulista e em boates da capital. Flertou com o rock, sendo considerado um dos pioneiros do gênero no Brasil. Foi também um dos primeiros guitarristas brasileiros a empunhar uma Fender. Acho que o seu maior sucesso foi a música “Neurastênico”, que até hoje, ainda, as vezes escuto algum maluco cantar. Betinho chegou a gravar vários discos, mas a partir dos anos 60 ele se converteu em um músico religioso. Nos anos 70 se tornaria um missionário e pastor protestante.
Neste lp encontramos um repertório basicamente instrumental, trazendo composições próprias, do seu pai, de Noel Rosa, Maysa, Humberto Teixeira e também sucessos internacionais. Bem divertido…

fita amarela – o orvalho vem caindo – scapricciatiello – trem ô lá lá
i love you samantha
doce de leite
over the rainbow
a polca do véio
ay cosita linda
ralando côco
i’m confessing that i love you
amor, coisa estranha
nel blu dipinto di blu
choro x
meu mundo caiu

Wilson Simonal – Se Dependesse De Mim (1972) REPOST

Olá a todos! Ontem, meio que de bobeira, eu acabei esquecendo de publicar a postagem. O dia foi corrido, quase não parei. Somente hoje é que me dei conta desta falha. Felizmente ninguém percebeu, não vi nenhum comentário.
Muito bem, aqui temos mais um disco do Wilson Simonal. Este álbum passou meio que despercebido entre os blogueiros e até mesmo entre o público em geral. Lançado em 1972, o lp veio recheado de músicas da melhor qualidade, pode-se dizer, escolhidas à dedo. Gosto, em especial, de “Mexirico da Candinha” de Roberto e Erasmo Carlos, versão super ‘swingada’ com uma sonoridade que não caí de moda. O encarte também é muito bonito, inspirado nas capas dos discos americanos de ‘black music”. Fino! Contudo, este disco não emplacou, talvez pelo malfadado momento, onde ele foi acusado injustamente de ser informante do Dops – aquele orgão repressor policial dos tempos da ditadura (argh!). Acho que foi isso… ninguém se ligou no som do Simonal. Confiram, pois este lp também é muito bom!

se dependesse de mim
quarto de tereza
irmãos de sol
mexerico da candinha
maria
saravá
feitio de oração
glória e paz nas alturas
ninguém tasca (o gavião)
expresso 2222
a quem interessar possa
noves fora
não me deixe sozinho

Chocolate Da Bahia – Barraca Do Chocolate (1977) REPOST

De volta à Bahia, depois de termos passado por Camafeu de Oxossi, eu não poderia deixar de trazer outra ilustre figura do cenário musical e folclórico no Mercado Modelo de Salvador, Chocolate da Bahia. Peça rara, discípulo de Camafeu. Gravou, me parece, este único disco pela Som Livre. O álbum traz na contra-capa uma apresentação de Dorival Caymmi. A produção musical é de Guto Graça Mello e arranjos do maestro Pachequinho. São treze faixas cujo repertório agrega em sua maioria sambas Mas há espaço para músicas como “Jesus Cristo Brasileiro” que se eu não soubesse, diria que é do Raimundo Soldado. Tem também outra máxima, “A cobra mordeu Caetano”, que pelo título já dá para se ter uma idéia. É… salve a Bahia!

não deixo não
são jorge guerreiro (homenagem a camafeu de oxossi)
roda de samba
meu passarinho
sereiá, sereiá
jesus cristo brasileiro
a cobra mordeu caetano
me dá birinaite
santo antonio
roda de samba da dona julia
lá vem o homem
viva deus

Paulinho Da Viola – A Dança Da Solidão (1972) REPOST

Para começarmos bem o ano e ainda no ritmo do samba, aqui vai “A Dança da Solidão”, álbum de 72 do genial Paulinho da Viola. Sei que este disco já está mais rodado entre os blogs que pneu careca, mas mesmo assim eu insisto, por duas únicas razões. Uma, é que se trata de um excelente disco e que eu adoro. Outra, é que aqui o serviço é (ou tenta ser) completo: 320 kpbs capa, contracapa, selos e ainda vai incluso um vale para as próximas postagens (he, he, he…).
Falar de Paulinho da Viola é o mesmo que chover no molhado. Neste disco, que eu considero ser um dos seus melhores trabalhos, temos alguns dos sambas que se tornaram clássicos ao lado de outros dos imortais Cartola, Nelson Cavaquinho, Wilson Batista, Monarco e Nelson Sargento. Um disco verdadeiramente bonito, confiram…

guardei minha viola
meu mundo é hoje (eu sou assim)
papelão
duas horas da manhã
ironia
no pagode do vav´
dança da solidão
acontece
coração imprudente
orgulho
falso moralista
passado de glória

Jorge Mautner – Bomba De Estrelas (1981) REPOST

Mais uma vez vamos de Mautner para encher os olhos, os ouvidos e a boca d’água. Este álbum é ótimo. Um disco onde ele divide cada faixa com um artista. Quem não conhece, só pela capa já dá para ter uma idéia, uma verdadeira constelação, ironicamente uma bomba de estrelas. No lp, lançado em 1981 haviam apenas 10 faixas. Com o relançamento em cd foram incluídas mais duas, uma regravação de “Maracatú atômico”, seu maior sucesso e um mix feinho de “Encantador de serpentes”, que foi uma das finalistas no Festival da Globo de 1981. Quer o toque? Peça já…

a força secreta daquela alegria
namoro astral
cidadão cidadã
namoro de bicicleta
samba japonês
encantador de serpentes
tá na cara
vida cotidiana
negro blues
bomba de estrelas
BONUS
maracatu atômico
encantador de serpentes (mix)

The Rebels – Rua Augusta Zero Hora (1963)

Bom tarde, amigos cultos e ocultos! Hoje eu estou trazendo aqui um disquinho que já vale pela capa. Vejam vocês que maravilha, uma típica ‘festa para brotos’. Acredito, com certeza, que esta capa conquistou muitos jovens daquele início dos anos 60. Geralmente discos dessa época, voltados ao público infantil e juvenil, quando a gente os encontra, estão sempre muito surrados. Eu penso também que isso, em parte, acontece devido aos (des)cuidados no manuseio e condições em que eram utilizados. As crianças, por exemplo, com seus discos coloridos de estórinhas, quando pouco, desenhavam com lápis de cêra na capa e superfície do vinil (eu mesmo já fiz muito). Os adolescentes com suas festas, ‘hora dançante’, no troca-troca alucinado de discos, regados a muita ‘cuba libre’ e ‘fogo paulista’, lá pelas tantas deixavam os discos soltos no chão, atrás do sofá e até servindo de bandeja (meus primos mais velhos faziam muito). Não tinha disco que durasse muito a tal provação. O certo é que raramente temos o prazer de encontrar esses discos em bom estado e quando o encontramos, podem ter certeza, valem uma boa nota na mão de colecionadores.
Eis que agora cai na minha mão, mais precisamente no meu tocadiscos, este raro ‘long play’ do The Rebels. Não se trata, naturalmente, de uma raridade no mundo virtual da blogosfera. Pelo menos uns dois blogs, em outros momentos, já o divulgaram em suas postagens. Mesmo assim não custa nada dar o meu ‘toque musical’, afinal, “Rua Augusta, Zero Hora” é bem a cara desse nosso espaço.
Para aqueles que não conhecem, The Rebels foi um grupo de rock/twist, formado no final dos anos 50. Em alguns sites informam que eles surgiram no Rio de Janeiro e depois mudaram-se para São Paulo. Eu, porém, me apoio em outras fontes* que dizem que o grupo é mesmo paulista. Formado inicialmente por José Gagilardi Jr (guitarra base e vocal); Romeu Benvenutti (guitarra solo); Lídio Benvenutti, o Nene (bateria); José Carlos Camargo (baixo) e Gaspar (piano). Em 1960 José Gagilardi Jr sai do conjunto para se tornar o Prini Lorez, lembram dele? Os rebeldes dão uma pausa, mas retornam em 62 com uma formação diferente. No lugar de Gagilardi entra Constantino, Nene se transfere para o baixo, entra Nino na bateria e José Carlos Camargo assume a guitarra solo, além de se tornar o principal compositor. Sim, além dos ‘covers’ eles também compunham (pelo menos neste disco). Com esta formação eles gravaram ainda mais dois discos, cada um em gravadoras diferentes. Gravaram também um disco com um cantor americano chamado Dave Gordon (King Dave And The Rebels), mas este, acho, já com outra formação. Antes de “Rua Augusta…” eles também já haviam gravado compacto e 78 rpm.
“Rua Augusta, Zero Hora” é um álbum de rock-twist que também pode ser entendido como um velho álbum de ‘surf music’ instrumental. Nele iremos encontrar temas bem badalados desta música americana (ou com o seu tempero) e outras com o toque criativo do guitarrista solo, JC Camargos.
Quem ainda não saboreou a bolacha, taí mais uma chance… Aproveitem antes que acabe…

battle hymm of the republic
ritmo pagão
amapola
cançãodo álamo
chow mein
whenthe saints goes marching in
a lenda da tribo rebelde
las vegas twist
colorado
canção de dalila
olhos negros
old man river

Alcione – Morte De Um Poeta (1976) REPOST

Bom, se vocês pensaram que hoje nós ficaríamos apenas na coleção Nova História da MPB, se enganaram 🙂 Ainda tem espaço neste diário e muita bala na agulha. Ou melhor, muitos discos!
Trago agora, pela segunda vez no Toque Musical, a expressiva Alcione. Uma cantora e sambista que pouco vemos pelos blogs de música. Com certeza não é por falta de talento. Confesso a vocês que eu, até pouco tempo atrás não conhecia direito a arte da ‘Marron’. Na verdade eu tinha uma certa antipatia dela, sei lá… Algo parecido eu também sentia pelo Wilson Simonal. Mas foi ouvindo, sem conceitos ou preconceitos, que agora posso afirmar que tal situação se reverteu totalmente.
“Morte de um poeta” foi o segundo álbum de Alcione e é tão bom quanto o primeiro. Sua interpretação ainda é comedida e eu gosto disso. Tem uma faixa, a qual eu colocaria como destaque principal, “Cajueiro velho” (linda!), de autoria de seu pai, João Carlos Dias Nazareth – que foi mestre de banda em São Luiz do Maranhão. Outras faixas também bacana são “Jesuino, galo doido” de Antonio Carlos e Jocafi, música que fez parte da trilha do filme “Pastores da Noite” e a divertida “Tatú, engenheiro do metrô”, de Antonio Carlos da Conceição e Bidu. Muito bom… Toque djá!

morte de um poeta
agolona
retalhos
cajueiro velho
tatú, engenheiro do metrô
é melhor dizer adeus
canto do mar
lá vem você
lua menina
traje de princesa
tiê
jesuino galo doido

Música Na Côrte Brasileira Vol. 4 – Na Côrte De D. Pedro II (1965)

Muito bom dia, amigos cultos e ocultos! Seguimos nesta terça feira (de clássicos e eruditos) com mais um volume desta bela e rara coleção intitulada “Música na Côrte Brasileira”. Como eu já havia comentando, esta série é composta de cinco volumes, mostrando um panorama da música no período do Brasil Império. Quem, por desventura, não percebeu os outros volumes, pode voltar algumas páginas, as três últimas terças feiras, nas quais eles foram postados.
Neste quarto volume, como se pode ver na capa, encontraremos a música na Côrte de D. Pedro II, quando este ainda vivia a sua fase juvenil. Conforme o texto de contracapa de Andrade Muricy, “o período de incertezas e agitação política, em que transcorreram a menoridade do Imperador menino, D. Pedro II, filho de musicista, fez estudos musicais muito menos acurados do que os seus pais. Ainda assim criou condições para a formação de peronalidades como Carlos Gomes e Pedro Américo. Assistia aos espetáculos de ópera e aos concertos dos Clubes Mozart e Beethoven, que fazia questão de prestigiar.
Temos assim, neste lp, obras do paulista Elias Álvares Lôbo (1834-1901) – autor da primeira ópera composta e representada no Brasil; do carioca Henrique Alves de Mesquita (1838-1906); dos portugueses Pedro Teixeira Seixas e Luiz Inácio Pereira; de Eleutério Feliciano de Senna e finalmente Louis Moreau Gottschalk (1829-1869), compositor americando que por aqui viveu, autor da belíssima “Grande Fantasia Triunfal Sobre o Hino Nacional Brasileiro”. Putz, estava me esquecendo… tem também o italiano Saverio Mercadante (1795-1870) com a sua “Exulta, Oh Brasil”.
Como nos outros volumes, temos à frente a Orquestra Sinfônica Nacional da Rádio MEC, sob a batuta do Maestro Alceo Bocchino.

a louca (abertura) – elias álvares lôbo
a noite no castelo (abertura) – henrique alves de mesquita
o triunfo do amor (abertura) – pedro teixeira seixas
a castanheira (abertura) – luiz inácio pereira
andante para grande orquestra – eleutério feliciano de senna
banjo – louis moreau gottschalk
bamboula – louis moreau gottschalk
exulta, oh brasil – saverio mercadante

Ídolo De Pano – Trilha Original Da Novela (1975)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Aqui vai a postagem do dia… Bem rapidinho porque eu só tenho dez minutos de pausa. Segue aqui um providencial ‘disco de gaveta’ para essas horas incertas e curtas.
Tenho hoje para vocês a trilha sonora nacional da novela Ídolo de Pano, que foi ao ar no ano de 1975, através da Rede Tupi de Televisão. Confesso a vocês que este disco e suas músicas eu não cheguei a escutar direito, mas sei que tem algumas coisinhas interessantes, entre outras que prefiro chamar de ‘curiosas’. Um disco bem a cara do Toque Musical. Vão conferindo aí, que eu aqui já vou nessa… té +!

segredos – martinha
ah! se tu soubesse – luis vagner
romance de amor – dilermando reis
duplo sentido – tetê da bahia
aperta o passo – coral do maestro lutero
prá não dizer adeus – elcio alvarez e orquestra
concerto para um amor – gilbert
soleado – gato e sua guitarra
como antigamente – martinha
simplesmente (o bem verdadeiro) – paulinho nogueira
endless night – grande orquestra de cordas de renato de oliveira
concerto para um amor – orquestra continental

Wilson Simonal – Vou Deixar Cair (1966) REPOST

Bom dia a todos! Aqui vamos nós para a última semana de 2009. E para completar o ano, tenho ainda alguns discos que gostaria muito de ver no Toque Musical. Vamos assim iniciando a semana com o Wilson Simonal. Acredito que quase toda a discografia do cantor já foi disponibilizada na rede. Se procurar na blogosfera, certamente encontrarão todos, inclusive este. Mesmo assim, eu vou deixar cair 😉

Temos então um dos grandes álbuns do ‘Mister Swing’, lançado num momento áureo de sua carreira. “Vou deixar cair” é mesmo um discaço. Simonal vem acompanhado pelo Som 3, lendário grupo formado por Cesar Camargo Mariano, Sabá e Toninho. Só por aí já podemos ter uma ideia da qualidade desse trabalho. Contudo, ainda temos a versatilidade de um dos maiores cantores brasileiros, num repertório cheio de sucessos. Este disco tem um fator especial para mim. Foi um dos que fizeram parte da minha trilha na infância. Sempre me lembro da minha mãe cantando, “Meu limão, meu limoeiro” e “Mamãe passou açúcar em mim”. Saudades da minha velhinha…
vento de maio
meu limão, meu limoeiro
carango
minha namorada
sem você eu não vivo
enxugue os olhos
maria
a formiga e o elefante
mamãe passou açúcar em mim
franqueza
tem dó
samba do mug