Seguimos aqui em nossas postagens trazendo desta vez este excelente álbum, “Amazonas”, do grupo Família Jobim, lançado em 1989 pelo selo Som Livre. Família Jobim era um grupo formado por artistas e músicos encabeçados por Paulo Jobim e Jacques Morelenbaum. As músicas são todas de Tom Jobim, assim como os arranjos. “Amazonas” foi lançado também em Portugal, em reedição e com o título de “Nova Banda” e com as músicas em outra ordem.
Eis que hoje apresentamos um lp que há tempos já devia ter sido postado, mas por diferentes razões acabou ficando para hoje. Aqui temos Odair José, cantor e compositor que fez muito sucesso nos anos 70, dentro de uma linha romântico-popular, também chamada brega. Odair José é autor de pérolas como “Vou tirar você desse lugar”, “Pare de tomar a pírula”, “Cadê você” e outras mais. Sucessos que marcaram sua carreira e também o seu público. Porém, em 1977 ele faz um disco totalmente fora do seu comum, um trabalho que de uma certa forma lhe deu dor de cabeça, para não dizer mais… “O Filho de José e Maria”, uma criação ousada, com um tema específico que faz cada faixa ser uma sequencia de grande história. O projeto inicial de Odair era para um disco duplo, com 24 musicas. A proposta do álbum era para a Philips que recusou. Acabou então saíndo pela RCA Victor, mas como um disco simples, o que de certa forma picotou a obra, ficando de fora mais da metade das músicas. Ainda assim o disco foi lançado e para quem leu a ficha técnica na contracapa, vê-se logo que é algo diferente e acima de tudo de qualidade, com um time de músicos de primeiríssima (o Azymuth).Só que naquela época não, o disco foi um grande fracasso, pois além de tirá-lo do público popular romântico, também atiçou a Igreja Católica por conta do tema que remete a história de Cristo no mundo atual. Uma visão cristã que ia contra ao que pregava a Igreja. Acabou sendo excomungado e também por conta disso, viu em declínio sua carreira. Porém, justiça seja feita,muitos anos depois, o lp foi redescoberto, virou coisa ainda mais rara e mereceu uma reedição há poucos anos atrás. Se tornou uma obra ‘cult’, nas discotecas de colecionadores de vinil.
Se havia ainda a vontade de ouvir este lp, como falamos certa vez, quando então postamos o compacto deste disco, hoje, finalmente temso ele aqui no Toque Musical. Um disco bem bacana do quarteto vocal 004, com participação mais que especial de Tom Jobim e também Eumir Deodato, Ugo Marotta, Waltel Branco e Edino Krieger. Este foi o único lp gravado pelo grupo, embora tenha participado de diversos outros discos e também compactos nos anos 60. Este lp é, sem dúvida, uma dessas ratidades que já não se encontra fácil para adquirir.
Olha o Britinho aqui de novo… Mais uma vez marcando presença e também evidenciando sua importancia na música popular dos anos 50 através de inúmeros discos dos quais ele já participou. E desses muitos discos, alguns a gente já apresentou no Toque Musical. Desta vez temos, “Sambas e Boleros”, lp lançado pela Columbia, em 1959 trazendo Britinho e o Octeto Columbia, um conjunto certamente formado por músicos de estúdio. E como o título já anuncia, temos um disco para dançar, com sucessos nacionais e internacionais em ritmo de samba e bolero, que eram naquela época os gêneros mais populares.
E aqui mais um disco de música instrumental. Um bom disco, diga-se de passagem. Temos desta vez o grupo Papavento que surgiu na década de 80. Um time de músicos de primeira linha fazendo um som moderno e de qualidade valorizando cada qual seu instrumento. “Aurora Dórica” é um disco gostoso de ouvir, com muitas nuances que despertam o ouvinte, trazendo imagens como num filme. O álbum foi lançado em 1984 pelo selo Carmo, de Egberto Gismonti. Ou seja, o lp é por consequencia, uma trilha para as nossas próprias criações imaginéticas. Vale ouvir…
o dia que a seca acabou e o deseerto se encheu de regalo passaros e flores
Prezados, nosso encontro hoje é com Zito Righ, músicos multi-instrumentista, lider de orquestra/conjunto e compositor. Se destacou mais como saxofonista nos anos 50 e 60. Como tantos outros músicos de sua época passou por diferentes palcos, rádios e boates. Sua discografia é um tanto confusa, sendo que ele também gravou e se apresentou com outros nomes, os famosos pseudônimos. No final dos anos 60 ele gravou este lp, uma espécie de torpicalismo psicodélico, pelo menos na capa. Um disco ritmado e bem suingado, com samba, pop, jazz e o que vier, seguindo a linha de outros grupos da época como A Turma do Embalo, de Carlos Imperial. Destaque também neste disco para a cantora Sonia Santos em início de carreira. Inclusive, é dela a faixa de abertura, “Poema Rítmico do Malandro”, música esta que ela regravaria em nova versão mais cadenciada em samba de partido alto.
A década de 70 foi, sem dúvida, um dos melhores momentos da indústria fonográfica e porque não dizer, da música popular. Isso fica bem evidente nas produções daquela época. O ano de 1973 é notadamente sua melhor safra, quando então muitos discos bacanas e importantes foram lançados. Interessante também notar a qualidade que as gravadoras dispensavam às suas produções. Aqui um bom exemplo de um álbum lançado pela Top Tape, apresentando Salinas (Daniel Salinas), pianista, compositor e arranjador veterano com vários trabalhos em discos desde os anos 50. Aqui, nos anos 70, ele segue uma roupagem mais moderna, numa produção de Mickael e com a participação especial de Sérgio Sá. Um disco bem curioso e atraente, tanto na apresentação visual, capa dupla e laminada, com uma arte que lembra disco de banda de rock progressivo. Porém a pegada aqui é bem mais próxima de Eumir Deodato, inspiração total em “Prelude”, disco marcado pelo sucesso da versão para “Also Sprach Zarathustra”, de Stauss. Discaradamente, em Atlantis, Sérgio Sá traz sua “Straussmania” evidenciando as influencias no álbum americano. Mas tudo isso acaba tomando outro sentido considerando o repertório num todo e o empenho e a qualidade dos músicos envolvidos no projeto. Este disco voltou a ser relançado em 2005 em uma pequena tiragem para colecionadores. Vale a pena conhecer…
Em nossa sempre colcha de retalhos, nosso drops sortido, nossa miscelânea fonomusical… hoje temos o Sagrado Coração da Terra. Para os que não conhecem, trata-se da mais importante banda de rock progressivo das Minas Geraes. Na verdade o Sagrado é bem mais que uma simples banda de rock progressivo. É uma concepção musical criada pelo violinista e compositor Marcus Viana, com diferentes elementos dos quais fazem parte, por exemplo, os do rock sinfônico, progressivo… Já tivemos a oportunidade de apresentar o Sagrado Coração da Terra em outra postagem e agora voltamos com este lp que foi o disco de estréia, lançado em 1984 de forma um tanto que alternativa. O trabalho foi todo gravado na Bemol. E conforme salienta a contracapa, letras, músicas e orquestrações por Marcus Viana. Neste sim há muitos elementos do rock progressivo e é considerado, hoje, um clássico do gênero, repeitado inclusive na Europa e Japão.
Mais uma vez, para a alegria geral dos ‘amigos cultos e ocultos’, temos o prazer de trazer a Ipanema Pop Orchestra, Uma orquestra tipo exportação, para os mestres, Cipó, Luiz Eça, Eumir Deodato e K-Ximbinho. Aqui em mais um disco da série Bossa Nova e neste temos um repertório exclusivamente internacional, com temas clássicos e de sucesso em todo mundo. Por conta disso, talvez muita gente pensa que é coisa de gringo. Mas de gringo aqui só mesmo os temas. O músico brasileiro é muito foda e aqui temos esse grande exemplo, “Bossa Meets USA”. Tão bom que chega a ser lançado no mundo inteiro, na América do Norte, Europa e até Oceania (Autrália). E por certo, aqui também no Brasil, em 1965.
De volta aos lendários festivais de música popular, aqui temos um disco que ainda não havíamos apresentado. Trata-se da quinta edição do Festival de Música Popular Brasileira de Juiz de Fora, cidade do sudoeste de Minas Gerais, que já naquele início dos anos 70 era palco para eventos históricos da música popular. Aliás, de 1968 a 1973 a cidade mineira (de sotaque carioca) já trazia esse gosto cultural, coisa que mesmo a capital, Belo Horizonte, mais distante que o Rio de Janeiro e talvez por conta disso mesmo, não se destacava com tanta desenvoltura. Conforme nota da época, o 5º Festival de Juiz de Fora, foi um festival dos mais concorridos, apresentando grandes nomes e expoentes da música popular, como Milton Nascimento, Paulinho da Viola, Alaide Costa, João Nogueira, Gonzaguinha e muitos outros. Diferente de outros festivais, esse acabou, por decisão dos organizadores e juri, tendo um caráter não competitivo, sendo assim mais seletivo e visto mais como uma ‘feira muiscal’. O disco, lançado pela Odeon traz um registro histórico, gravado ao vivo, apresentando os onze finalistas…
Atendendo a um pedido especial (pois a vezes fazemos isso), voltamos mais uma vez com o grande instrumentista, o saxofonista Sandovala Dias. Aqui, em um lp lançado pelo selo Sinter, ainda nos anos 50. Um disco, como prenuncia o título exclusivamente dedicado ao bolero. São apenas seis faixas, mas cada qual trazendo uma espécie de pot pourri com três boleros em cada uma. Disco feito para dançar. Quem dançou, dançou… 🙂
E mais uma vez, vamos com Rosinha de Valença, compositora e violonista de primeiríssima linha, neste lp, “Encontro das Águas”, disco lançado de forma quase independente, produzido por Stella Fonseca, em 1983. Os arranjos são de Nelson Angelo que também participa como compositor e artista. Disco super bacana e por certo, pouco conhecido do grande público.
Olha aí, uma coletânea de sucessos nas cordas do genial Waldir Silva. Disquinho bacana onde o cavaquinista nos apresenta uma dezena de sucessos inesquecíveis. Ao que parece, não se trata de uma simples coletânea, de músicas extraídas de outros e antigos discos que o instrumentista gravou, mas sim de uma seleção com diferentes estilos (samba, choro, valsa, seresta, baião, frevo e também rock, balalaika e folclore latino americano) gravada para este selo Europa Music.
E agora, vamos com grande Elizeth Cardoso ao lado de outro grande nome, Radamés Gnattali e a Camerata Carioca num registro histórico de um show ao vivo, em espetáculo criado por Túlio Feliciano e dedicado à Pixinguinha, apresentando em 1983 na Sala Sidney Miller, da Funarte, RJ. “Uma Rosa Para Pixinguinha” foi um momento realmente memorável, que valeu ser lançado em disco naquele mesmo ano.
Entre tantos veteranos, maestros e líder de conjuntos, músicos que fizeram parte dos anos dourados, notamos que até então nunca postamos um disco do pianista, compositor, maestro e arranjador, Fernando Gallo. Ele iniciou a carreira nos anos 50 tocando em boates da noite paulista. Gravou uma dezena de discos por diferentes gravadoras. Como compositor e por certo sendo seu maior êxito, foi o autor de “Na cadência do samba”, uma música que ficou famosa se tornando uma espécie de hino do futebol, muito por conta de ser o tema de abertura do Canal 100, aquele programa sobre o futebol que atencedia aos filmes, nos cinemas. Esta música, de autoria de Gallo, também conhecida como “Que bonito é” tinha letra de Luiz Bandeira. Ficou famosa através de Waldir Calmon que a gravou ainda no final dos anos 50 e foi a versão instrumental usada como abertura do Canal 100, nos cinemas de todo o Brasil.
O disco que hoje apresentamos, trata-se de um álbum não comercial, produzido exclusivamente para o Banco do Brasil para presentear aos seus clientes. Um lp muito bom trazendo um repertório repleto de clássicos da música popular brasileira, com se pode ver na contracapa e na lista logo a baixo. Participam dessas gravações um time de músicos também de primeiríssima, oque garante ainda mais a qualidade deste trabalho. Não deixem de conferir…
Seguindo em nosso novo ano, desta vez trazendo a cantora Dalva de Andrade. Já apresentamos no Toque Musical outros discos dela e agora vamos com este compacto duplo de 45 rpm lançado pelo selo Polydor em 1959. O disquinho, como se pode ver traz quatro faixas, sendo três sambas e um beguine.
Num grupo sobre música no Facebook alguém perguntava a respeito deste disco do músico gaúcho Carlinhos Hartlieb. Ao que parece, o lp não está totalmente acessível nas fontes músicais livres, como o Youtube e por certo também difícil de baixar em algum blog ou ‘torrent da vida” (isso ainda existe?). Por um instante, achei que já tivéssemos postado o disco aqui no Toque Musical. Há tempos atrás tínhamos uma dezena desse disco dando sopa. Hoje verifico que tudo já seguiu por aí e o úncio que sobrou faltava o encarte. Mas tudo bem, nada que a gente não consiga resolver. Agora digitalizado, na melhor qualidade e completo, vamos então publicá-lo, para a alegria geral de quem o procura.
Carlinhos Hartleib foi um artísta, ícone da música gaucha, que atuou do final dos anos 60 até a década 80. Teve uma tragetória artística voltada muito para festivais regionais, tocou com uma das mais importantes bandas de rock gaucha, a lendária Liverpool, de Mimi Lessa e Fughetti Luz. Teve importante atuação enquanto compositor, produtor de espetáculos e agitador cultural. Foi um dos reponsáveis por levar a música pop gaúcha para os grandes centros de Rio e São Paulo. No verão de 1984 ele foi encontrado morto, misteriosamente enforcado, em uma cabana que tinha no litoral catarinense. Até hoje não se sabe ao certo se ele suicidou ou se foi assassinado.. O fato é que este disco, Risco no Céu, foi uma obra póstuma, lançado quatro anos após seu falecimento. Produzido pela gravadora/editora independente, Nova Trilha, numa tiragem pequena, oque tornou o disco um objeto de procura por colecionadores.
Olha aí um disco bacana! Hoje trazemos Primo e Seu Conjunto, em uma produção de Nilo Sérgio para o seu famoso selo Musidisc. Lp lançado em 1966, trazendo um repertório fino de sambas numa linha jazzística de primeira. Este disco faz parte de uma série criada pela gravadora e voltada para a Bossa Nova. Já apresentamos aqui um outro disco de Primo, aliás, João Peixoto Primo, pianista gaucho que nos anos 50 e início dos 60 tinha um conjunto chamado Flamingo, no qual tinha como cantora a jovem Elis Regina. Também, como já comentamos, Primo, com a transferencia da capital federal para a nova cidade de Brasília, passou a ser uma espécie de músico oficial do governo. Durante muitos anos e alguns presidentes, foi o responsável pelo entretenimento musical das gordas festas e bailes do ‘playground’ de políticos e militares (ô raça…)
Um novo ano, um novo dia, um novo amanhecer… E o dia começa com o café da manhã. E no nosso caso, vamos de pão com manteirga no café e na vitrola. Abrimos nosso 2025 com essa interessante e curiosa banda, Pão Com Manteiga, grupo paulista que surgiu nos anos 70. Gravaram apenas este disco pela Continental, através do selo Fórmula. Um trabalho que realmente chama a atenção, pela sonoridade e letras curiosas, coisa muito fecunda naqueles tempos de grupos como Secos & Molhados, Matuskela, Som Imaginário, Achados & Perdidos. Alguns, como o Pão Com Manteiga ficaram apenas no primeiro disco, mas talvez por conta disso mesmo acabaram sendo redescobertos pelas novas gerações, merecendo inclusive um reedição.
Fechamos então o ano de 2024. Desejamos a todos, amigos cultos, ocultos e observadores um feliz ano novo. Tudo de bom para todos, porém, SEM ANISTIA! Como já dizia o próprio ladrão, lugar de bandido é na cadeia. Com certeza! Que se faça justiça e que se pague! Tá na hora de limpar a casa…
E por falar em limpar, eis aqui nosso disco de último dia, um compacto do grupo Os Cleans, conjunto surgido em Canoas, no Rio Grande do Sul, sendo um dos representantes gaúchos da Jovem Guarda. Conforme o texto da contracapa, o grupo ao chegar ao Rio de Janeiro acompanhou Eduardo Araújo e logo ganharam destaque e também a oportunidade de gravar este que foi o primeiro disco, um compacto simples, lançado por uma editora de jingles, em 1966.
E desta vez, com mais um disco raro para fechar 2024, trazemos Aloyr Mendes, músico pianista capixaba que atuou em várias frentes, de bailes, estúdios, à casas de shows. Também acompanhou diversos artistas da música popular, mas teve mais destaque como músico em programas do Velho Guerreiro, o divertido Chacrinha. E é ele que faz o texto de apresentação do músico em seu primeiro e único disco, lançado em 1968, pelo obscuro selo Multisound, da pequena gravadora carioca Discastro. O lp traz um repertório com temas dançantes e famosos, entre músicas nacionais e internacionais ao estilo Jovem Guarda. Disco bem agradável de se ouvir. Vale a pena conferir…
Seguimos aqui já na reta final de 2024 trazendo a inesquecível Elis Regina, ainda em seus primeiros momentos fonográficos. “O Bem do Amor” foi seu quarto lp, lançado pelo selo CBS, em 1963. Ainda nesta época Elis assinava com dois L e também cantava igual as cantoras da época, usado do famoso vibrato. Aliás, é a partir deste disco que começamos a reconhecer sua voz, a voz que viria a ser sua característica e que a transformaria numa das maiores cantoras do Brasil. Neste lp ela nos apresenta um repertório essencialmente de sambas. Disco muito bom, com orquestra e direção musical de Astor.
No embalo festivo de fim de ano, aqui vai mais um disco comemorativo. Desta vez temos um lp promocional com o Coral Willys, formado por funcionários da montadora de veículos, Willys Overland do Brasil, que fabricava os Jeeps e os Aero-Willys. Como se pode ver, é um disco com dois momentos, um comemorativo de fim de ano, com referências natalinas e de fim de ano. O outro lado do disco contempla algumas das mais famosas marchas e ranchos do nosso cancioneiro popular.
E chegamos ao Natal de 2024! Novamente repetindo nossos votos e desejando a todos muito paz, amor e união. O momento é de reencontro, de amor e de perdão (exceto para os golpistas de 8 de janeiro!). Aqui deixamos para comemorar a data este lp lançado para o Natal de 1969, pelo selo Continental, trazendo uma seleção de músicas natalinas interpretadas por diversos artistas, então do cast da gravadora. Feliz Natal a todos!
Para não passar batido, como foi nos dois últimos anos, desta vez vamos deixando aqui um disquinho de Natal. “O sertanejo canta o Natal”, pelo título já dá para sentir o que temos neste lp, lançado nos anos 80, uma seleção de músicas natalinas famosas interpretadas por artistas da música sertaneja.
sinos de belém – grupo minuano
noite feliz – duo cristalino
o velhinho – irmãos pedrini
boas festas – maurilio e tony carlos
valsa da despedida – trio casa branca
natal das crianças – irmãos pedrini
pinheirinho agreste (o tannenbaum) – grupo minuano
E na sequência, temos o baiano, Lauro Paiva e seu conjunto. Já apresentamos aqui outros discos dele e desta vez temos este lp, lançado em 1961 pelo selo Copacabana. Um bom álbum, tanto pelo repertório recheado de sambas quanto pelo conjunto que o acompanha, músicos como Neco, Chuca Chuca, Manoel Araujo, Altamiro Carrilho e outros, fazem deste disco um dos melhores de Lauro Paiva.
E aqui temos uma curiosidade… “Seleções de Ouro – Minha Noite de Debut”, um disco feito por encomenda, produção que era oferecida aos mais abonados, gente que tinha condição para essa lembrancinha fonográfica. Nos anos 60 e talvez até nos anos 50 era comum e chique oferecer brindes em discos de acordo com o evento. No caso aqui, estamos falando do maestro Simonetti, o italiano que trabalhou para o selo RGE, gravou vários discos de orquestras e também como arranjador para discos de diversos artistas deste selo. Em um determinado momento Simonetti resolveu criar o seu próprio selo, no sentido de oferecer suas produções para lançamentos promocionais de empresas, discos com pequenas tiragens e sob emcomenda. Nessa, criou o que hoje podemos chamar de ‘playlist’, prontas para a escolha do freguês. Neste lp, por exemplo, temos uma seleção com músicas de sucesso, nacional e internacional da época (1967), conduzidas por outros maestros, Zezinho da TV e Luiz Arruda Paes. Observem que esses discos eram prensados em boa quantidade e oferecidos a qualquer tipo de encomenda. Já tinham impressa a contracapa, sendo a capa, a frente, de acordo com o cliente. Neste caso aqui temos um disco criado para as debutantes de 1967 de Bragança Paulista. A capa, embora traga um monte de moças bonitas é muito feia, parece mais o miolo, ou encarte do disco. Mas mesmo assim tá valendo, tanto pela orquestra quanto pelo repertório. Confiram…
Aqui mais um long-play do lendário Trio Irakitan e no caso, em um dos mais interessantes discos de sua carreira. Álbum lançado em 1963, pela Odeon. Neste lp vamos encontrar um repertório onde eles flertam com a Bossa Nova, mas também há espaço para o samba e o bolero. Disco com produção artística de Ribamar, direção de Lyrio Panicalli e orquestrações de Paulo Tito.
Temos para hoje este lp lançado pela RCA, em 1969. Trata-se de um trabalho cuja a intenção era de aproximar a juventude da música popular moderna, de até então. E no caso, o que temos é um repertório romântico com músicas de Antônio Carlos Jobim, Carlos Lyra, Baden Powell, Luiz Bonfá, Vinícius e outros da chamada geração Bossa Nova. É um disco bem bacana que traz como intérpretes jovens talentos da época: Marília Barbosa, José Ricardo e Victor Hugo, cantores revelação nos anos 60. Há ainda Antôno Lúcio declamando poema de Vinícius de Moraes, que dá nome ao disco.
hoje é dia de amor – marilia barbosa
brigas nunca mais – josé ricardo
eu e vocÊ – victor hugo
deve ser amor – marília barbosa
só tinha de ser com você – victor hugo
tem dó – marilia barbosa
esse seu olhar – só em teus braços – josé ricardo e marilia barbosa
Diante a tantos compromissos de fim de ano, neste mês de dezembro, talvez tenhamos que espaçar um pouco nossoas postagens. Ou seja, dezembro vai ser um mês sem compromisso com publicações diárias. Iremos postando na medida em que for possível, ok?
E aqui temos o Vicente Celestino numa seleção para o selo Imperial, de seus primeiros fonogramas. Boa parte, por certo, já apresentadas em nosso Toque Musical através de outros lançamentos e também da nossa série exclusiva, a Seleção 78 RPM do Toque Musical/Grand Record Brazil. Mesmo assim, vale a pena esta postagem, pois entre tantos fonogramas de Vicente Celestino, muitos aqui ainda são inéditos. Então, não deixem de conferir.