Aqui um outro disco na mesma linha do anterior. No caso, mais um disco gravado ao vivo, lançado pela Riosom através do selo Hot e apresentando a cantora Thereza Kury, uma atração nas noites da famosa boate carioca Sarau. O repertório não foge à regra, um misto de sucessos nacionais e internacionais que faziam sucesso na época.
Thereza Kury iniciou sua carreira nos anos 60 participando do concuros “Um cantor por um milhão”, no qual foi uma das selecionadas e participou de uma coletânea lançada pelo selo Philips. Continuou participando de coletâneas, gravou compactos e também cantando em casas noturnas. E dessas acabou tendo este registro ao vivo como seu primeiro e único lp. Ao longo das décadas seguintes continuou ativa cantando e se apresentando. Em 1996 gravou um cd interpretando sucessos de grandes nomes da mpb e até 2017 ela ainda se apresentava.
rida viva / quem te viu e quem te vê
primavera
laranja madura / pois é / na cadência do samba / ginga do samba
pata pata
red roses for blue lady / helo dolly / the world goes on
mancada / a rita / amor de carnaval
só danço samba / ninguém carrega a nega / o mundo encantado de monteiro lobato
Prezados, nosso encontro hoje é com Zito Righ, músicos multi-instrumentista, lider de orquestra/conjunto e compositor. Se destacou mais como saxofonista nos anos 50 e 60. Como tantos outros músicos de sua época passou por diferentes palcos, rádios e boates. Sua discografia é um tanto confusa, sendo que ele também gravou e se apresentou com outros nomes, os famosos pseudônimos. No final dos anos 60 ele gravou este lp, uma espécie de torpicalismo psicodélico, pelo menos na capa. Um disco ritmado e bem suingado, com samba, pop, jazz e o que vier, seguindo a linha de outros grupos da época como A Turma do Embalo, de Carlos Imperial. Destaque também neste disco para a cantora Sonia Santos em início de carreira. Inclusive, é dela a faixa de abertura, “Poema Rítmico do Malandro”, música esta que ela regravaria em nova versão mais cadenciada em samba de partido alto.
Diante a ‘falência’ dos mais consagrados blogs musicais, o Toque Musical que também é um pioneiro e talvez um dos únicos a se manter fiel ao seu propósito, segue trazendo de volta discos que foram postados por esses há tempos, dando assim a oportunidade aos ‘órfãos’, aos que não tiveram tempo de conhecer, ouvir e baixar essas raridades. E nessa, aqui temos mais um disquinho que merece o nosso toque, “Brasa Seis – Som Quente”, lp lançado em 1969 pela Riosom e seu selo Hot. Trata-se, como se pode ler no texto de contracapa, de um conjunto formado Ceará, que venceu um festival de música jovem e teve como prêmio uma viagem para o Rio de Janeiro e um contrato para gravar este disco, que realmente é bem legal.
Bom dia, amigos cultos e ocultos! Seguimos com nossos toques, um pouco com atraso, mas uma hora a gente acerta… Tenho aqui para vocês um disquinho que vi nessa semana sendo vendido a partir de 800 reais. Fiquei curioso para conhecer e ouvir, afinal por esse preço deve ser coisa muito boa, né? Por acaso, este é um disco que eu já tinha em meus arquivos de mp3, baixei de algum outro blog, com certeza. Então lá fui eu ouvir… Sem dúvida é, para mim, um disco interessante… Aliás, eu acho tudo sempre muito interessante, quando não curioso, exótico, ou mesmo diferente. No caso do Belsom aqui há um pouquinho de tudo isso, porém eu fico abismado com a especulação nesse nosso mundo especulativo de discos de vinil. Com certeza, o povo pirou de vez… O que não é de se estranhar no mundo do colecionismo, contudo, acho que já está virando abuso. E este se sustenta enquanto houver quem os banque e por incrível que pareça, em se tratando da vaidade e compulsividade, o colecionador de discos é insuperável. Este lp é um bom exemplo. Embora seja um disco com suas qualidades e que hoje em dia desperta curiosidade, principalmente de estrangeiros, para mim, está longe de ser uma preciosidade. Mas depois que surgiu na internet, o Mercado Livre e Discogs, os preços nascem e são ditados por aí…
“O Som Internacional do Belsom” é mesmo um disco que desperta a curiosidade. Começa pela capa, que lembra bem discos de cunho religioso. O título também nos leva a buscar as informações na contracapa. No texto, uma pretenciosa evocação às qualidades deste conjunto que estreava em seu primeiro (talvez único) disco, lançado por uma pequena gravadora, Riosom, através de seu selo Hot, supostamente em 1969. Interessante observar que este disco é um lançamento Riosom para um conjunto chamado Belsom, cujo ‘band-leader’ se chamava Elsom. Seria apenas uma coincidência em rima? Acredito que não… o fato é que o Belsom soa bem como um conjunto de baile, ou conjunto de beira de piscina, ou ainda, conjunto de cruzeiro marítimo, trazendo em seu repertório temas e gêneros variados, nacionais e internacionais. Por certo, algumas faixas atraem, como as interpretações e arranjos para “Wave”, “Watermelon Man” e “Mustang Cor de Sangue”. Interessante, sem dúvida, mas pagar 800 pilas por um exemplar só se for para ganhar gincana, como vejo por aí. Querem conhecer, confiram no GTM.