Os Bossa Três – & Seus Amigos (1962)

Olá, amigos cultos e ocultos! E por falar em jazz, que tal este Bossa Três? No início do ano postamos no Toque Musical aquele que foi o terceiro álbum de uma série de três lançada por este fantástico grupo formado por Luiz Carlos Vinhas, Edson Machado e Tião Neto, quando então estiveram em temporada pelos Estados Unidos e por lá gravaram, através do selo Audio Fidelity. Desta vez, trazemos o segundo lançamento, um disco ainda mais enfronhado no jazz, onde de suas doze faixas, dez são de compositores americanos. Somente as duas faixas de abertura dos lados A e B são dOs Bossa Três. E temperando ainda mais este prato, o trio vem acompanhado pelos não menos fenomenais saxofonistas, Clifford Jordan, Sonny Simmons e Prince Lasha. Um discaço para quem gosta de jazz e de bossa. Por essas e outras é que não poderia faltar no TM. Agora fica faltando o primeiro, Os Bossa Três e Jo Basile, que postaremos numa próxima oportunidade, ok? 
 
bottes
blue monk
love for sale
cutie
moanin’
well you needn’t
dahod
epistle to train
days wine and rose
whisper not
yesterdays
minortory
 
 
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Bossa Nova At Carnegie Hall (1982)

Bom dia, amigos cultos e ocultos! Hoje eu vou postar aqui este disco clássico, a apresentaçãoda Bossa Nova nos ‘States’. Este é um lp que sempre faltou por aqui, mas de tão rodado acabou ficando fora das nossas fileiras. E teria até ficado, não encontrasse eu algum pretexto para publicá-lo, estamos na semana de aniversário, na verdade na véspera de completarmos 13 anos de toques musicais. Diante disso, porque não postarmos esse lp? Certamente, todos que gostam de Bossa Nova já ouviu esse disco que é um show ao vivo, no qual estão presente e em destaque alguns dos maiores nomes do gênero. Bossa Nova no Carnegie Hall é um acontecimento histórico, um disco que não pode faltar em nenhuma discoteca. Vamos curtir esse juntos. Confiram no GTM…
 
samba de uma nota só – sexteto de sergio mendes
bossa nova york – carmen costa, bola sete e josé paulo
zelão – sergio ricardo
não faz assim – quarteto de oscar castro neves
influencia do jazz – quarteto de oscar castro neves
manhã de carnaval – luiz bonfá
manhã de carnaval – agostinho dos santos, luiz bonfá e quarteto de oscar castro neves
a felicidade – agostinho dos santos, luiz bonfá e quarteto  de oscar castro neves
outra vez – joão gilberto e milton banana
influencia do jazz – carlos lyra e quarteto de oscar castro neves
ah se eu pudesse – ana lúcia e quarteto de oscar castro neves
bossa nova em nova york – caetano zama e quarteto de oscar castro neves
barquinho – roberto menescal e quarteto de oscar castro neves
amor no samba – normando e quarteto de oscar castro neves
passarinho – chico feitosa e quarteto de oscar castro neves
 

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Alaide Costa – Afinal… (1963)

Boa noite, caríssimos amigos cultos e ocultos! Devido ao ‘ibope’ estou ainda mantendo as postagens com cantoras. Além do mais, o canto feminino é sempre uma boa pedida. E então, aqui vamos em mais uma semana com elas.
Aqui temos, uma das minhas cantoras favoritas, a grande Alaíde Costa num disco que há muito eu já devia ter postado, mas como em outros tempos, este era um álbum que podia ser encontrado fácil, replicado em diversos blogs, assim não fazia sentido eu também publicar. Mas agora o tempo é outro e por certo o nosso público também. Vamos ouvir a Alaíde num álbum clássico da nossa MPB, ou mais especificamente, de Bossa Nova. “Afinal…” foi um disco lançado pela Audio Fidelity, um selo internacional que primava pela qualidade. E qualidade aqui é o que não falta, tanto técnica quanto artisticamente. Alaíde interpreta um repertório essencialmente de bossa nova, com músicas inéditas e também conhecidas, tudo do mais alto nível. Conta com um time de músicos geniais como, por exemplo, Paulinho Nogueira, Theo de Barros, Cesar Mariano e Sabá. A regência é do maestro Lindolfo Gaya. Sem dúvida, um belíssimo disco que, contudo, não poderia faltar em nosso cardápio. Confira no GTM…

afinal…
e agora
natureza
cadê o amor
ouvi tua voz
igrejinha
insensatez
estorinha
tristeza de amar
manhã chegou
rimas de ninguém
como eu gosto de você

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Os Bossa Três (1963)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! No nosso sortido leque musical, hoje trago para vocês o primeiro grupo instrumental de Bossa Nova, o lendário Bossa Três. Este disco não é novidade para o grande público dos blogs musicais. Já foi postado em vários blogs, inclusive o também já lendário Loronix. Trata-se de um clássico do samba-jazz, da bossa e da música brasileira. O Bossa Três era formado pelas feras Luis Carlos Vinhas ao piano, Sebastião Neto no contrabaixo e Edison Machado na bateria. Um ‘power trio’ de jazz que dispensa maiores comentários. Este lp foi gravado originalmente nos Estados Unidos, motivado em muito pelo sucesso em suas apresentações por lá e em especial no programa de TV de Ed Sullivan, por onde passaram tantos outros artistas célebres. O álbum também chegou a ser lançado por aqui, naturalmente, através do selo Audio Fidelity do Brasil, creio que no ano seguinte, 1964. Confiram essa pérola no GTM.

blues walk
céu e mar
green dolphin street
menina feia
sol e chuva
olhou pra mim
bossa 3 theme
não faz assim
somebody loves me
só saudade
influencia do jazz
zelão



Eddie Osborn – Baldwin Organ And Bongos (1960)

Olá amigos cultos e ocultos! Mesclando ainda mais a nossa salada mista de músicas e curiosidades fonográficas, aqui vai um disquinho estrangeiro e dos mais interessantes. Gosto muito das produções que surgiram em função e a partir dos sistemas HiFi (alta fidelidade) onde as gravadoras buscavam ao máximo explorar as nuances sonoras para demonstrar as qualidades de um novo som que os olhos acompanham. Para tanto, escolhiam orquestras que provocassem uma sonoridade exótica e nisso há muito dos ritmos latinos incluídos.
Temos aqui um disco da série Doctored For Super Stereo, apresentando o organista americano Eddie Osborn pilotando um tradicional teclado eletrônico da Baldwin, uma empresa que desde o início do século XX já fabricava pianos e posteriormente orgãos eletrônicos. Numa fusão interessante, temos aqui orgão e bongôs para um repertório bem variado de músicas bem conhecidas internacionalmente. Muito legal, vale uma conferida 😉

el cumbachero
barbara polka
buttons and bows
south of the border
frenesi
saints
washington post
tennesse waltz
perfidia
muskrat ramble
sid’s blues
ma, he’s making eyes at me

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The Beatles Hits In Brass And Percussion (1982)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! Por influência de amigos, entrei numa de colecionar Beatles. Mas ao contrário de outros colecionadores, amantes de Beatles, eu estou colecionando somente discos dedicados ao quarteto de Liverpool. No caso, discos dos mais diversos, com os mais diferentes artistas tocando integralmente Beatles. Essa, sem dúvida, é uma coleção que não tem fim e que sempre irá me surpreender, por isso resolvi encarar esse hobby específico.
Aqui segue um desses discos, “The Beatles Hits In Brass And Percussion”. Lp lançado em 1982 pela Copacabana, através do selo americano Audio Fidelity, o que nos garante ser uma gravação gringa. Porém, este disco originalmente deve ter sido lançado ainda nos anos 60 e aqui em 82. Certamente, de original só tem mesmo as gravações. Discos como esse, geralmente não traz ficha técnica. Neste caso não dá para saber nem mesmo quem foram os intérpretes. Mesmo assim, vale a pena conhecer essa versão orquestral para Beatles. Confiram no GTM.

i feel fine
all my loving
yesterday
a hard day’s night
can’t buy me love
michele
help
and i lover her
we can work it out
8 days a week

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José Tobias – Poema Triste (1965)

Muito bom dia, amigos cultos e ocultos. Hoje é Dia de Finados e talvez, para muitos, não fosse apropriado falarmos de música. Muitos talvez prefiram o silêncio, um momento de reclusão e respeito aos nossos que já se foram. Também compartilho desse momento, penso nos meus pais, irmã, tia, avós e amigos. Mas procuro pensar não quando eles se foram, mas quando eles ainda estavam presentes em minha vida. Daí, não há tristeza. Há, sim, uma saudade e essa vem das boas lembranças. Inevitavelmente, não há como desvincular, na nossa cultura, o dia de hoje com um sentimento de tristeza. Faz parte. Por essa razão, eu procurei trazer nesta postagem um disco com um espírito mais contemplativo.

“Poema Triste” foi um belíssimo trabalho lançado no início dos anos 60 pelo selo Audio Fidelity, trazendo o cantor e compositor José Tobias. Eis aí um nome que eu considero injustiçado no cenário musical brasileiro. Pouco se ouve falar deste magnífico cantor, dono de uma voz única. José Tobias surgiu nos anos 50, se apresentando na Rádio Jornal do Comércio de Recife. Pelas suas evidentes qualidades vocais encantou milhares de ouvintes, não demorando muito para ser apresentado também no Rio de Janeiro e São Paulo, onde seguiu carreira em diversas rádios. Gravou também alguns discos nos anos 50. Muitas dessas músicas, gravadas em discos de 78 rpm, vieram novamente a serem regravadas para este disco. Encontraremos no álbum um repertório fino, como músicas marcantes, algumas inclusive de autoria do próprio cantor.
“Poema Triste” é um disco que prima pela excelência e qualidade, tendo um ótimo cantor, rodeado por ótimas músicas. Para assim ser, só mesmo contando com um time de primeira de orquestradores, os maestros Ciro Pereira, Nelsinho, Lyrio Panicalli e Zico Mazagão. Tudo isso gravado em alta fidelidade 😉
negro
balada da solidão
jangada
prelúdio para ninar gente grande
rio triste
acauã
só voltou de madrugada
praia comprida
canção do esquecimento
vai poema triste
hoje é domingo outra vez
despertar da montanha

Juca Mestre And His Brasileiros – Panorama Musical Do Brasil (1962)

Mais um muito bom dia a todos os amigos cultos e ocultos! À medida em que vou me aproximando das férias os dias parecem ficar ainda mais bonitos. Que maravilha! Já estou com tudo pronto…
Na sequência da semana, vamos agora com outro disco, também uma raridade, objeto de desejo de muitos discófilos e colecionadores. Vale uma nota boa um exemplar como este. Disco gravado para gringo, ou seja, um trabalho feito no capricho. Gravações de alta qualidade, feitas em equipamento de ponta da época, coisa que ainda hoje muito estúdio digital nem chega perto. Este álbum, quando tocado em um bom aparelho, com uma boa agulha e boas caixas de som faz a gente sentir o que um mp3 jamais conseguiria nos dar. Estou dizendo isso, mas não sou do tipo que se preocupa tanto com a pureza do som a nível de incluirmos aqui uma versão em flac ou wave. Um mp3 de 320 kbps já tá de bom tamanho, pelo menos para mim.
Segue assim este álbum supimpa, um disco que agrada de cara a qualquer um, principalmente os estrangeiros. Temos aqui Juca Mestre e Seus Brasileiros, um nome fictício, que esconde, principalmente na versão brasileira do lp o verdadeiro mestre que direciona o conjunto, Severino Filho. Acredito que no álbum lançado no Brasil, no texto da contracapa, por questões contratuais, o nome de Severino não podia aparecer.
“Panorama Musical do Brasil” é mesmo um retrato pintado por gringos, que até então só conseguiam ouvir o que ecoava no Rio de Janeiro. Aliás, o disco deveria ter mesmo esse nome, “Panorama Musical Carioca”. Tem tudo a ver e a ouvir. Um disco só de samba, com o líder dOs Cariocas (embora seja paraense) e uma capa onde o Brasil é apenas um postal do Rio de Janeiro. Tá certo, foi por lá que se fez a porteira do Brasil.

apito no samba
mulata assanhada
poema do adeus
covarde
arrasta a sandália
mundo de zinco – eu chorarei amanhã – lata d’agua
não me diga adeus
chora tua tristeza
implorar 
o amor e a rosa
recordar
madeira de lei
é com esse que eu vou