Músicas de Pacífico Mascarenhas – Belo Horizonte Que Eu Gosto (2005)

Hoje, nossa postagem é de um cd, uma produção independente, lançada em 2005 e trazendo a música do Pacífico Mascarenhas, compositor mineiro, que faleceu em abril do ano passado. 
“Belo Horizonte Que Eu Gosto” é um trabalho envolvendo um numeroso time de artistas, intépretes e músicos que dão vida ao repertório com mais de 20 músicas que falam de Minas, de Beagá, do bairrismo… Por certo, é um disco que encanta qualquer belorizontino, mas também não deixa de ser surpreendente para qualquer um. Vale muito a pena ouvir…
 
belo horizonte que eu gosto – sambacana
praça da savassi – paula santoro
ônibus colegial – beto lopes
belo horizonte de antigamente – sambacana
dia sorrindo na savassi – renato motha
anos savassi – gilberto mascarenhas
minha cidade – suzana e bob tostes
foi no minas tênis clube – renato motha
vamos comemorar – claudinho campos
o jogo – marina machado
espero você em lourdes – sergio santos
belo horizonte londres pequim – renato motha
programa no domingo – suzana e bob tostes
triste horizonte – renato motha
di – marilton borges
minas gerais – renato motha
meus velhos amigos – gilberto mascarenhas
um ilustre brasileiro – renato motha
andando na bandeirantes – sergio santos
vem para o minas – renato motha
turma da savassi – gilberto mascarenhas
sou do américa – renato motha
ao mestre com carinho – alarme falso
belo horizonte  que eu gosto – renato motha
praça da savassi – pacífico mascarenhas
programa de domingo – affonsinho
 
 
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Samba Soul – Do It (1978)

E como uma coisa leva a outra e para que ninguém saia ainda da pista de dança, vamos com mais um disco dance, um samba soul… Samba Soul? Não, aqui não tem nada de samba e nem de soul, é dance music, discoteca pura.. Talvez o sentido do título deste lp tenha a ver com o fato de ser meio americano, meio brasileiro. Ou por outra, trata-se de um disco onde o lado A é uma produção americana e no lado B, brasileira. Gravado em Nova York e São Paulo. Lançado pela RCA em 1978, simultaneamente no Brasil e nos States.
 
i’m in you
here we go again
sometimes when we touch
keep your eyes on the sparrow
black coco
dancig days
biorritmical
loco man
 
 

Lady Zu – A Noite Vai Chegar (1978) 

E mudando de assunto, mas no mesmo assunto, agora vamos dançar… Aqui a Rainha das Discotecas, Lady Zu, como passou a ser conhecida. Essa cantora surgiu na segunda metade dos anos 70, quando então acontecia a febre internacional das discotecas. A moda eram as danceterias e por aqui não foi diferente. É nesse cenário que aparece o compacto de estreia de Lady Zu, trazendo duas músicas das quais uma era “A noite vai chegar”, que chamou a atenção da produção da Rede Globo, que incluiu a música na trilha de sua nova novela, “Sem lenço , sem documento”. O que fez só amplificar o sucesso do hit e deste abrir as portas à cantora para seu primeiro disco, lançado no mesmo ano e usando o sucesso como título do álbum. Dentro dessa atmosfera ‘dancing’ o lp é uma festa, com direito, com direito também as ‘lentas’. Pena não terem incluido a faixa do lado B do compacto, “Eu prefiro dançar”, que tem uma pegada muito boa, quase roqueira. O álbum, no geral, é mesmo muito bom e não foi atoa que mereceu uma reedição nos tempos atuais. Confiram…
 
novidades
amando você
esqueça-me
não deu em nada
não fique preocupado
a noite vai chegar
com sabor
me dê mais carinho
só você (por você, sem você)
eu queria falar com você
lady é meu nome
solução
 
 
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Joyce – Encontro Marcado (1969)

E aqui temos a Joyce, cantora, compositora, que iniciou sua carreira na primeira metade dos anos 60. Uma artista, hoje, consagrada na música popular brasileira, dona de uma carreira internacional impecável. Sempre muito ativa, tendo em currículo dezenas de discos publicados no Brasil e no exterior. Sem dúvida, uma das nossas jóias musicais.
“Encontro Marcado” foi seu segundo trabalho solo, lançado pelo selo Philips, em 1969. Disco produzido e dirigido por Nelson Motta. Traz uma seleção com onze faixas entre músicas autorais, parceirias e também de outros compositores. Este disco voltou a ser relançado na versão cd e também em lp pela editora Três Selos.
 
adam, adam
encontro marcado
bom dia
copacabana velha de guerra
como vai, vai bem?
asa branca
longe do tempo
a saudade mata a gente
preparando um luminoso
pra saber de nada
caminho pro sol
 
 

Musika Jovem (1968)

Aqui outro lp interessante, lançado pela Polydor, em 1968, “Musika Jovem”, um título sugestivo para uma coletânea reunindo alguns artistas da música jovem de seu ‘cast’. Uma amostra que reune artistas conhecidos como Mutantes, Ronnie Von, Marcio Greyck, The Brazilian Bitles e também outros nomes que talvez nem tenham passado de um compacto. Vale a pena conhecer e ouvir…
 
mundo vazio – marico greyck
onoce one kono – the candies
o barqueiro – the brazilian bitles
as luzes se apagaram – hamilton
passarinho feliz – beatriz
a minha menina – mutantes
ele tem você – ronnie von
pra não lembrar nosso amor – dino meira
vem sorrindo – edson gray
cha la la – ottavio klemane
parole – conjunto norberto baldauf e edgard
 
 
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Nova Geração Em Ritmo De Samba (1960)

Temos para hoje outro disco bacana, que não poderia passar batido, ou por outra, não poderia faltar no nosso Toque Musical. “Nova Geração em Ritmo de Samba” é um lp dirigido e produzido pelo grande Altamiro Carrilho, que aqui teve a audaciosa escolha de chamar um jovem de, então, 17 anos para ser o arranjador. Este rapaz era Eumir Deodato. Lançado em 1960 pelo selo Copacabana, o lp, como o próprio título indica é composto de sambas com toda aquela pegada de Bossa Nova. Ou seja, para a época, um disco moderno e para uma nova geração. O conjunto escalado pelo flautista era formado por ele próprio, Deodato, Durval Ferreira, Agobar de Paula, Fernando Costa e Alfredinho. E tem também os vocais por conta de Marilucia, Myrna Romani. Claudette Soares, Silvino Junior e Walmir Falcão. Vale a pena conferir…
 
guerra à bossa
cinderela em 3d
vestígios de saudade
a fábula que educa
ursinho dodói
tristeza de nós dois
eramos três
depois do carnaval
meu samba é assim
fuga
copacabana sem vocÊ
sambop
 
 
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Irany Pinto Ze Menezes Moacyr Silva E Sivuca – 4 Ases Em HIFI (1958)

“Quatro Ases em Hi-Fi” é o feliz encontro de quatro grandes instrumentistas, Irany Pinto, Zé Menezes, Moacyr Silva e Sivuca. Um lp que não foge à regra daquele tempo, ou seja, feito para dançar. Mas aqui, mais que prezar pela dança, o que temos é o prezar o artista, o músico. Então, reunir um time desses é dar a eles uma certa liberdade da escolha do que tocar e como tocar. São doze faixas onde cada um dos músicos se destaca na linha de frente. Um repertório misto de sucessos, com temas nacionais e internacionais. Um bom disco que vale a pena ouvir.
 
nel blu dipinto di blu
violão em samba
zitto-zitto-zitto
guerra sem paz
quero-te assim
dizzy fingers
choro na gafieira
nas alterosas
concerto d’autunno
o samba da cidade
nós quatro
in the blue
 
 
 
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Introdução (1965)

Saímos um pouco das sequencia de cantoras e vamos por  outros toques. Desta vez, temos aqui um raríssimo exemplar de uma coletânea de grupos de bossa nova, lançados em 1965 pelo selo Mocambo. “Introdução”. Acreditamos que este disco só tenha sido apresentado em blogs através do memorável Loronix, do parceiro Zecaloro e ainda assim muita gente comeu mosca, perdeu a chance de conhecer e ouvir. Então, mais que nunca, é hora da gente ter este lp aqui também. Este disco faz parte de uma série, “Teenager Series” criada pela gravadora no sentido de apresentar novos talentos musicais, jovens músicos. Na contracapa há um texto informativo que complementa esta postagem…
“Introdução é mais uma afirmação de que, nos últimos anos, os temas da bossa nova alcançaram uma frente popular há muito tempo não vista. Consequência lógica da nova forma rítmica e criativa que a música popular brasileira imprime. Ainda mais importante é a inestimável contribuição que ela lega ao patrimônio musical e, como se não bastasse, a bossa nova proporcionou à juventude uma liberdade até então não encontrada na própria música popular brasileira. Toda inspiração depende do meio. Pois bem, a bossa nova construiu um novo ambiente, no qual o novo pode contar com as antigas criações de uma forma moderna, com uma estrutura mais adaptável à evolução do nosso tempo. É interessante notar que a média de idade desses jovens é de 18 anos. O talento das crianças (como são tratadas carinhosamente pelas “cobras” da música brasileira) é indiscutível, e podemos dizer honestamente que o portal da cidadela do sucesso está aberto para elas. Quatro músicas deste LP são inéditas e compostas pelos jovens que as gravaram aqui: SELVAGEM, do pianista Wan Trio (Wagner); DESARMONIA e HISTORIA DE DUAS CRIANÇAS, de Tony, e a segunda letra é de Hernesto Domingues; PAZ E AMOR, de Ezequiel, com letra de João Magalhães. Este LP foi baseado em um “show” realizado na escola Rio Branco: o “show” RIO BRANBOSSA, que não foi gravado ao vivo, pois tal “show” merece uma reprodução muito fiel e com a melhor qualidade sonora.
 
selvagem – wan trio
onde está você – patrícia
morte de um deus de sal – impulso 4
desarmonia – tony carbonell
blues walk – quinteto berimbossa
historia de duas crianças – joão paulo
maria moita – silvinha
tokio’s blues – octons
paz e amor – ezequiel
a felicidade – quinteto berimbossa
 
 
 

 

Neyde Fraga – Um Milhão De Estrelas (1959)

Aqui temos Neyde Fraga (ou Neide Fraga) em seu primeiro lp, ainda no tempo dos discos de dez polegadas, lançado em 1959, pela Odeon. Este é um disco que reune alguns de seus discos de 78 rpm lançados pela gravadora nos anos 50. Uma oportunidade de ouvir diferentes momentos da cantora que a partir dos anos 60 foi se afastando das gravações. Gravou apenas mais um disco, o qual nós já apresentamos aqui. 
 
lili
fica bonzinho
mãe eu juro
a dança do beijo
um milhão de estrelas
juca
banco de jardim
bangalo de chocolate
 
 
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Isaurinha Garcia – Nua & Crua Ao Vivo (1976)

Mais um disco de cantora gravado ao vivo para a gente destacar. Aqui temos desta vez Isaura Garcia, em “Nua & Crua”, um registro da melhor qualidade, lançado pela EMI em 1976, onde Isaurinha interpretauma série de grandes sucessos de sua carreira, quase todos em formato de ‘pot pourri’  Lp bem produzido por Hermínio Belo de Carvalho. Vale a pena ouvir…
 
meditação – castigo – a banca do distinto
mensagem – por causa de você – pra você
camisa listada – palhaçada
o sorriso do paulinho – de conversa em conversa – velho enferrujado
vingança
último desejo – e o mundo não se acabou
eu sei que vou te amar – e daí – duas mulhres e um homem
 
 
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Helena de Lima – Outra Noite No Cangaceiro (1965)

Já tivemos por várias vezes a presença da cantora Helena de Lima em alguns de seus discos e também em coletâneas. Não estava em nossos planos postar mais discos dela. Mas, como entramos numa sequência de discos de cantoras gravados ao vivo, este por certo, não poderia faltar. 
Aqui temos Helena de Lima se apresentando em mais uma das famosas boates/restaurantes do anos 60, a Cangaceiro. A temporada nesta casa noturna foi bem frutífera para Helena de Lima, rendeu dois lps, registrando ao vivo as apresentações da cantora. Aqui, vamos com o disco que corresponde ao que seria um segundo momento, ou volume. Pois, como o próprio título indica, trata-se de uma outra noite. O lp “Uma noite no Cangaceiro”, foi lançado também no mesmo ano deste. E como não estava à mão, acabamos optando por este que, como o primeiro, é recheado de sambas clássicos num desfile típico de uma apresentação ao vivo. E Helena de Lima era especialista em cantar assim. Confiram…
 
os abcs da bahia
o amor e a rosa – rosa amarela – das rosas
ilusão de carnaval – pensando bem
deixa que anoiteça
ser saudade
bica nova – patinete no morro – lata d’agua
lama no asfalto – avental de pastora
laurindo – favela – zelão – favela – praça onze
feitio de oração
sem você
 
 
 
 

Thelma – Canta Nelson Cavaquinho (1966)

Continuando com as cantoras, temos desta vez um disco da cantora Thelma. Já apresentamos ela aqui em uma coletânea e tinhamos por certo que este lp também já havia sido publicado. Como ainda não foi, eis que é chegado o melhor momento. Temos aqui um disco que nem carece de muita apresentação, o título já fala por si, garantido que se trata de uma raridade de primeiríssima, afinal, motivo aqui é Nelson Cavaquinho. E embora o disco seja da cantora baiana Thelma, Nelson também está presente participando cantando em três faixas do disco. Thelma, para quem não conhece, veio da Bahia iniciando sua carreira de cantora em casas noturnas. Foi no Baiuca, uma boate famosa de São Paulo, onde ela fazia muito sucesso que Vinícius conheceu a moça e a recomendou para Aloysio de Oliveira. Foi para o Rio e lá começa a particpar de projetos musicais da bossa nova. Na contracapa temos um texto de apresentação de Sergio Porto falando detalhadamente e pontualmente sobre cada uma das músicas aqui interpretadas. Confiram no GTM…
 
luz negra
fora do baralho
cuidado com a outra
rio não é mais criança
luto
história de um valente
a flor e o espinho
palhaço
rei sem trono
rugas
pecado
pranto de poeta
 
 
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Thereza Kury – Thereza No Sarau (1969)

Aqui um outro disco na mesma linha do anterior. No caso, mais um disco gravado ao vivo, lançado pela Riosom através do selo Hot e apresentando a cantora Thereza Kury, uma atração nas noites da famosa boate carioca Sarau. O repertório não foge à regra, um misto de sucessos nacionais e internacionais que faziam sucesso na época.
Thereza Kury iniciou sua carreira nos anos 60 participando do concuros “Um cantor por um milhão”, no qual foi uma das selecionadas e participou de uma coletânea lançada pelo selo Philips. Continuou participando de coletâneas, gravou compactos e também cantando em casas noturnas. E dessas acabou tendo este registro ao vivo como seu primeiro e único lp. Ao longo das décadas seguintes continuou ativa cantando e se apresentando. Em 1996 gravou um cd interpretando sucessos de grandes nomes da mpb e até 2017 ela ainda se apresentava.
 
rida viva / quem te viu e quem te vê
primavera
laranja madura / pois é / na cadência do samba / ginga do samba
pata pata
red roses for blue lady / helo dolly / the world goes on
mancada / a rita / amor de carnaval
só danço samba / ninguém carrega a nega / o mundo encantado de monteiro lobato
there’s a kind of hush
the shadow of your smile
 
 
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Lana Bittencourt – Lana No 1800 (1965)

Ainda no embalo das cantoras, vamos agora para 1965 com o lançamento deste lp pelo selo Philips. Temos aqui um registro ao vivo de uma apresentação da cantora Lana Bittencourt no restaurante Rio 1800. Um típico show, muito comum naqueles tempos em que se jantava ao som de uma apresentação musical. E aqui temos ela, Lana demonstrando toda a sua versatilidade, cantando os mais diferentes gêneros em inglês, francês, italiano e, naturalmente, em português. Uma seleção musical de sucessos que garante o show. Confiram…
 
a voz do morro
o neguinho e a senhorita
é um só
acender as velas
zelão
nega maluca
implorar
arrependimento
é bom parar
me deixa em paz
está chegando a hora
castigo
ma vie
au revoir
come te no c’e’ nessuno
io che amo solo te
amores scusami
perseguição
summertime
singin’in the rain
more
my funny valentine
 
 
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Odete Lara – Constraste (1966)

Passamos agora para a década de 60 trazendo este lp do selo Elenco, com produção do ‘boss’, Aloysio de Oliveira. Temos a atriz e também cantora Odette Lara que naqueles anos 60 estava em alta no meio musical, principalmente atuando ao lado de figuras como Vinícius de Moraes e em gravações do selo Elenco. “Contrates” foi seu úncio lp, lançado em 1965. Hoje, um dos discos mais raros deste selo. Foi editado também na América Latina e teve também um relançamento em cd.
 
tem mais samba
canção em modo menor
apelo
minh desventura
sem mais adeus
pra você que chora
meu refrão
canção do amor ausente
funeral do lavrador
morrer de amor
 
 
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Simone – Quatro Paredes (1974)

Outra cantora também maravilhosa, Simone, que inevitavelmente, por conta de trabalhos como este, “Quatro paredes” se tornou uma rainha de sucessos e a tal ponto que passou a enjoar, assm como o Roberto Carlos. Inegável as qualidades desta cantora, mas como todos os outros artistas de sua geração e que fizeram muito sucesso, acabou caindo num gosto mais popular e romântico. Porém, o melhor de sua discografia está nos anos 70. E este lp é o seu segundo disco,  Coisa fina que a gente não pode deixar passar batido…
 
de frente pro crime
nosso amor não deu em nada
fantasia
salamargo
baião do coração
chuva suor e cerveja
quatro paredes
desgosto
a saudade mata a gente
bodas de prata
proposta
qui nem jiló
 
 
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Joanna – Chama (1981)

Ainda na safra de cantoras dos 80, temos também a Joanna. Artista que já foi apresentada aqui no Toque Musical. Ela gravou muito e também fez muito sucesso nas décadas de 80 e 90. Esteve muito ativa também na primeira década dos anos 2000. Escolhemos dela o álbum “Chama”, seu terceiro lp, lançado em 1981 pela RCA e como os demais, também ganhou Disco de Ouro pelo sucesso e vendas. Neste disco temos um repertório muito bom, que infelizmente mal se pode ler na contracapa. Mas entre as músicas temos um grande sucesso que é “Nos bailes da vida”, música de Milton Nascimento e Fernando Brant, que segundo a própria cantora diz, foi feita para ela. Curiosamente, “Caçador de mim”, lp de Milton foi lançado no mesmo ano de “Chama”. Vale a pena conferir aqui a interpretação da cantora.
 
tentação
chama
mulher marcada
uma canção de amor
doce de côco
eu te amo
nos bailes da vida
decisão
tempo de pedra
doce bandido
dúvidas
minha casa
 
 
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Nana Caymmi – Pérola (1981)

Em maio deste ano perdemos esta grande cantora que foi Nana Caymmi. Indiscutivelmente uma de nossas maiores cantoras, interpretação impecável e por certo, sempre com o melhor repertório. Uma pena, vai fazer muita falta. Felizmente, ela nos deixou uma boa discografia e nós aqui já tivemos o prazer de apresentá-la em outros discos. Agora, não apenas como homenagem, estamos trazendo esta “Pérola”, lp lançado pela EMI, em 1981, mas contendo faixas de 79 e 80. Sem dúvida, uma seleção de primeira…
 
de volta ao começo
brisa do mar
contrato de separação
você que me ouve
não diga não
velho piano
meu bem querer
fruta boa
formicida corda e flor
bons amigos
meu silêncio 
pérola
 
 
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Sandra Sá – Olhos Coloridos (1986)

Aqui, mais uma cantora-compositora e também atriz, a carioca Sandra Sá. Artista super premiada e com vários discos de sucesso. Considerada a rainha do ‘soul’ brasileiro e também chamada de ‘Tim Maia de saia’ pelas influências, o balanço e o timbre de voz. Neste lp, o quinto de sua carreira, lançado em 1986 pelo selo RCA, ela emplacou vários hits de sucesso como “Retratos e canções”, “Joga fora”, “Solidão” e “Olhos coloridos”. Um disco que até hoje ainda faz muito sucesso por aí 🙂
 
retratos e canções
joga fora
solidão
entre nós
olhos coloridos
usa e abusa
não vá
mora no coração
lobo mau
aquelas coisas
feliz
 
 
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Lucinha Lins – Sempre Sempre Mais (1982)

Aqui mais um disco de cantriz e também disco de estréia. No caso, estamos falando de Lucinha Lins, cantora, compositora e atriz em seu primeiro disco, lançado pela Philips em 1982. Ela já havia trabalhado em discos ao lado do então marido, Ivan Lins, com quem foi casada durante a década de 70.
“Sempre sempre mais” é um trabalho produzido por Ivan Lins e Gilson Peranzzetta. O repertório, em sua maioria também é de Ivan Lins e seu parceiro Vitor Martins. Porém, a faixa que se destacou foi “Purpurina”, de Jerônimo Jardim. Lucinha conta ainda com a participação especial do ator Claudio Tovar. Um disco, sem dúvida, muito bem resolvido…
 
virou vício
se uma estrela aparecer
espelho de camarim
a cidade dos artistas
a hora do touro
mudança de ventos
sempre sempre mais
surpresa
assobiando e chupando cana
purpurina
enquanto eu brilhar
 
 
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Nazaré Pereira – Nazaré (1979)

Como já deu para perceber, estamos no momento nos dedicando às cantoras, à presença feminina compondo, tocando e principalmente cantando. Aqui e mais uma vez no Toque Musical temos o prazer de apresentar essa brilhante artista, cantora, atriz e dançarina, Nazaré Pereira. Temos nesta postagem seu primeiro lp, gravado na França e lançado também aqui no Brasil através do selo Top Tape, em 1979. São dez canções das quais, como podemos ver logo a baixo na lista, boa parte são temas bastante conhecido do público. Mas que trazem um novo sabor nos arranjos e interepretação de Nazaré. Belíssimo trabalho, vale a pena conhecer…
 
matutinha
anda luziao cheiro da carolina
so quiero un xodo
boi do amazonas
bambo de bambu
yara
pisa na fulô
desafio nordestino
loana
 
 
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Renata Lu – Tõ Voltando (1979)

Uma cantora um tanto curiosa, para não dizer misteriosa. Renata Lu. Não existe muita informação sobre ela e muito menos sobre o seu paradeiro. Numa pesquisa rápida pelo Google vamos encontrar uma artista que atuou nos anos 70, sendo seu primeiro trabalho lançado pela Continental em 1971, acompanhada pelo pessoal do Azymuth, disco este que chegou a ser relançado em edição limitada em 2019. Em 1976 ela gravou outro disco, “Sandália de prata”, desta vez se figurando como uma cantora de samba. Voltaria novamente com este disco também de samba, dirigido e produzido por Paulinho Tapajós. Repertório bem selecionado, bom time de músicos. Trabalho de qualidade.
 
paciência
quando tu passas por mim
cansei
mil réis
de pés no chão
quero sim
sou mais você
tô voltando
fotonovela
o bêbado e o equilibrista
lição de botequim
me dá uma penúltima
 
 
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Marina – Todas (1985) 

E hoje, estreando em nosso toque musical temos a cantora e compositora Marina Lima. Aqui, ainda em 1985 ela assinava apenas o primeiro nome. “Todas” foi seu quarto lp. Neste disco, boa parte das músicas são de sua autoria com o irmão Antônio Cícero. Foi mais um disco de sucesso e que marcou época. Como vinho, quanto mais tempo passa, melhor fica.
 
difícil
nada por mim
doida de rachar
muda brasil
correndo atrás
onde?
eu te amo você
por querer (todas)
já fui
av. brasil
 
 
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Leila Pinheiro – Alma (1988)

Hoje nosso toque musical é para o disco “Alma”, da cantora paraense Leila Pinheiro. Uma artista que já tivemos o prazer de apresentar por aqui e agora, mais uma vez temos ela em seu terceiro lp, lançado em 1988 pelo selo Philips. Um disco produzido por Renato Correa e texto de contracapa de outro, Renato Russo, que também integra o repertório com seu “Tempo perdido”, uma versão mais ‘emepebezada’ do rock pop da Legião Urbana. “Alma” foi um disco de sucesso, com um repertório de nove canções, entre as quais uma de sua autoria. Tocou bem nas rádios…
 
besame
tempo perdido
pra iluminar
canção de amor
anima
voz de mulher
estrela do norte
abandono
meia-noite dupla
 
 
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Oscar Brown Jr. – Jean Pace – Sivuca – Joy (1970)

Aqui temos, e mais uma vez, o grande Sivuca em mais um de seus momentos internacionais. Durante o início dos anos 70 Sivuca ainda estava morando em Nova York. Ele ficou por lá por mais de 10 anos e nesse período só fez crescer seu talento, tocando, gravando, fazendo arranjos e se apresentando em espetáculos ao lado de outros grandes nomes da música internacional. Em 1970 ele participou do musical “Joy”, que originalmente estreou em 1966 e naquele momento tinha, ao invés de Sivuca, outro músico brasileiro, o violonista e compositor Luiz Henrique, que já fazia um relativo sucesso nos States com a Bossa Nova. Na versão com Sivuca, ao lado de Oscar Brown Jr e sua esposa Jan Pace, o musical toma uma nova cara, com novos arranjos e até novas músicas. E faz deste espetáculo um grande trabalho, merecendo inclusive este lp que é mesmo Joy(a), uma felicidade para quem tem o lp. 🙂 Confiram…
 
time
what is a friend
funny feelin’
under the sun
wimmen’s ways
brown baby
mother africa’s
a new generation
sky and sea
if i only had
nothing but a fool
much as i love you
afro blue
funky world
 

Tradicional Jazz Band – Vol. III (1985)

Seguimos no dia de hoje com a Tradicional Jazz Band, um grupo surgido no início dos anos 60, em São Paulo, formado por músicos, boa parte, universitários paulistas, que se dedicavam ao genero do jazz tradicional americano, conforme o próprio nome do grupo indica. A TJB tem um currículo que impressiona, já se apresentou no berço do jazz, New Orleans e excurcionou pelos Estados Unidos, se apresentando em diversas cidadess pelo país, o que demonstra a qualidade musical dessa turma.
Aqui temos dela (a banda) um lp lançado em 1985 pelo selo Eldorado, o volume III, um disco que, literalmente, não foge a excessão, apresentando uma seleção de clássicos da música americana, como Gershwin, Johnson, Armtrong, Ellington e outros.
 
muskrat ramble
summer time
somebody love me
between the devil and the deep blue sea
undecided
big butter and egg man
dippermouth blues
‘s wonderful
california here i come
c jam blues
 
 
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Laurindo Almeida & Rafael Mendes – Together (1968)

Temos para hoje um disco bem bacana que vai agradar aos ouvidos mais exigentes 🙂 Trazemos desta vez o grande e internacional Laurindo Almeida, um violonista que aqui dispensa maiores apresentações. Já postamos dele outros excelentes trabalhos e agora temos este “Together”, lp lançado pela Decca americana em 1967 e aqui no Brasil, um ano depois. Temos nosso violonista ao lado de um outro grande instrumentista e compositor, o mexicano Rafael Mendez, um virtuso do trumpete. Um feliz encontro entre dois grandes músicos e a sonoridade ineédita em dueto, conjungando trumpete e violão e desfilando um repertório selecionado, de temas internacionais, incluindo o brasileiro. Um disco que dá gosto ouvir. Confira no GTM.
 
piece em fomre de habanera
bambuco
carinhoso
entr’acte
bossa romantica
malaguena salerosa
siciienne
romanza
sevilla
lullabay
 

Gillete Azul – Jingles (1961)

E como último momento do mês, vamos para os nossos comerciais, por favor! Aqui, uma lembrancinha, um disquinho de propaganda, no caso, das inesquecíveis lâminas de barbear Gillette. Gillette Azul, a lâmina que satisfaz aos mais exigentes. Temos no disquinho de alumínio e sete polegadas cinco jingles, músicas que eram usadas nas rádios para divulgar o produto. As famosas chamadas comerciais das rádios naqueles tempos. Temos em uma dsas faixas a presença do cantor Jorge Veiga. Quem tem mais de 70 anos deve lembrar… 
 
gillette azul