Bossa Nova – Sua História Sua Gente (1975)

Olá amigos! Inicialmente eu gostaria de agradecer a todos que estiveram ontem por aqui, celebrando comigo o aniversário do blog. Agradeço as mensagens, comentários e e-mails. Isso vem como um atestado, confirmando também o que o contador de visitas tem nos mostrado.
Bom, seguindo enfrente, temos para hoje um festival de Bossa Nova. Uma caixa com três lps e um caderno bem ilustrado, escrito por Aloysio de Oliveira, contando a trajetória da Bossa Nova. Pode-se dizer que este ‘box’ é um trabalho do Aloysio, pois a montagem e escolha do repertório também ficou por conta dele. Não se trata de uma coletânea histórica definitiva, mas sim da visão pessoal de um homem que, com a sua Elenco, muito ajudou à Bossa Nova e seus artistas.

Disco 1
sofrer é da vida – mario reis
você – dick farney e norma benguel
nós e o mar – doris monteiro
só danço samba – joão donato trio
mocinho bonito – billy blanco
samba do avião – os cariocas
rio – lúcio alves
as praias desertas – elizeth cardoso
último canto – agostinho dos santos
influência do jazz – leny andrade
minha saudade – tamba trio
por toda a minha vida- lenita bruno
Disco 2
samba da pergunta – joão gilberto
samba de verão – roberto menescal e seu conjunto
demais – maysa
folha de papel – sergio ricardo
chora tua tristeza – conjunto oscar castro neves
ao amigo tom – claudette soares
você e eu – sylvia telles
coisa mais linda – carlos lyra
ela é carioca – sergio mendes e bossa rio
maria moita – nara leão
upa neguinho – lennie dale
que maravilha, chove chuva, mas que nada – zimbo trio
Disco 3
tristeza de nós dois – luiz eça
tem mais samba – quarteto em cy
borandá – edu lobo c/ tamba trio
berimbau – baden powell
the girl from ipanema – astrud gilberto
carta ao tom 74 – toquinho e vinicius
de palavra em palavra – mpb4
chuva – os gatos
tema da boneca de palha – rosinha de valença
olha maria – chico buarque
só tinha de ser com você – elis e tom
ana luiza – tom jobim

Toque Musical – 1 Ano Fazendo Você Recordar!

Hoje o blog Toque Musical está completando um ano de existência. Isto, para mim, é uma grande felicidade e prova de resistência, pois eu mesmo não acreditava que estaria aqui este tempo todo. Ao longo desse período foram feitas mais de 700 postagens, trazendo diariamente pelo menos um título musical relevante e raro. Tivemos também muitas contribuições e aqui eu aproveito para agradecer a duas pessoas em especial, Jean e Edu. Sem ter cruzado o caminho com esses dois, o Toque Musical não teria chegado até aqui. Valeu demais moçada! Outras pessoas também contribuíram e deram muita força para que o TM seguisse em frente e não desanimasse. E olha que não foram somente os amigos ocultos. Os cultos e os célebres também passaram por aqui, deixando suas mensagens, o apoio e o mais importante, a aprovação. Por certo este 1 ano não foi só flores, tivemos também alguns espinhos, como críticas negativas, terrorismo e até tentativas de sabotagem. Mas nada disso chegou a afetar o meu animo. Sou naturalmente otimista.
O Toque Musical continua com o mesmo espírito de sempre. Continua sendo um blog amador e pessoal, sem pretensões informativas ou além do que foi proposto inicialmente. Não sou jornalista e nem escritor. Sou apenas uma pessoa apaixonada por música, por discos e pela história que circunda este universo. Muitos devem se perguntar o que eu ganho com isso, considerando o trabalho que dá manter diariamente um blog como este. Sem dúvida há muito trabalho, principalmente por trás do que se vê. Mas o prazer que eu tenho de poder estar envolvido com este universo musical, de poder apresentar, aprender e conhecer mais sobre a música brasileira e seus artistas, não tem preço. Isso para não falar no intercâmbio cultural, no contato com pessoas que têm as mesmas afinidades. Só isso já me basta. Não quero dinheiro e nem doações. Não preciso e nem acho correto cobrar alguma coisa, mesmo que seja apenas para a manutenção do blog. Este não é o meu estilo e nem a minha determinação. Já me basta a questionável posição em que me encontro, forçando a barra como um anarquista que sinaliza para novos tempos.
Vou enfrente sem promessas e sem hora certa para parar. Da minha parte, enquanto houver emoção e prazer vai existir um toque musical.
Bom, como de costume, seguindo a tradição, no dia de aniversário sempre tem um bolo. Taí o nosso… Hoje não tem música… Hoje eu estou ‘dando o bolo’.

Os Demônios Da Garoa – Interpretam Adoniran Barbosa (1974)

Para a segunda parte do dia estou trazendo aqui este disco bacanão dOs Demônios da Garoa. Se já não bastasse ser um disco deste excelente grupo paulista, ele ainda nos vem com o saudoso Adoniran Barbosa. Não é preciso dizer muito sobre o álbum que como vemos tem o melhor do João Rubinato. Este disco foi uma das muitas colaborações que nosso amigo “D” nos enviou e que eu agora tenho a oportunidade de postar aqui no Toque Musical. “Vamô ôvi?”

Saudosa Maloca
Iracema
Samba Do Arnesto
Malvina
Luz Da Light
Quem Bate?
Por Onde Andará Maria?
Trem Das Onze
As Mariposas
Um Samba No Bixiga
Pafunça
Samba Italiano
O Casamento Do Moacir
Saudosa Maloca

Peruzzi Sua Orquestra E Côro – Rio-Show (1965)

Aproveitando o momento de nosso primeiro aniversário, resolvi incluir este lp que também é comemorativo. Trata-se de um trabalho encomendado à Odeon pela a antiga Secretaria de Turismo da Guanabara em razão dos 400 anos da cidade do Rio de Janeiro (1965). Este disco foi oferecido aos vistantes/convidados que estiveram nos eventos comemorativos. Portando, um álbum não comercial, raro em todos os sentidos. O álbum traz doze faixas com temas clássicos da nossa música popular brasileria-carioca. Embora não conste na capa ou contracapa os músicos ou grupo que tocam, podemos encontrar no selo. Temos a frente o maestro Peruzzi com orquestra e côro, afirmando ainda mais a qualidade deste belíssimo álbum. Confiram…

cidade maravilhosa
fim de semana em paquetá
corcovado
favela
sábado em copacabana
rio de janeiro
copacabana
garota de ipanema
a voz do morro
balanço zona sul
rio
cidade de são sebastião

Helena De Lima – Só (1963)

Para fechar o dia, temos a noite inteira para ouvir a Helena de Lima, ok? Daí vocês respondem: “Só!” Então vamos à ela neste lp de 63. Um álbum pouco falado, possivelmente também pouco ouvido. Digo isso talvez baseando em mim. Confesso que este lp eu ainda não tinha ouvido. Por isso partilho com vocês o prazer de escutar mais um álbum desta magnífica cantora que embalou as noites paulistas e cariocas dos anos 50 e 60. Vamos nessa? Comentários, nós agradecemos…

uma canção por um milhão
amor sem adeus
coincidência
velha saudade
é tarde
desilusão
sem amor, sem você
o certo é você
canção de esperar amor
um pequeno nada
juizo final

Dolores Duran (1973)

Começando mais uma semana, vamos com a caravana. Ela passa e nem olha para os cães raivosos. A música tomou conta dos nossos ouvidos. Só ouvimos o que é bom.
E falando em coisas boa, nada melhor que começar a semana com a maravilhosa Dolores Duran. Aqui tenho este disco, uma coletânea lançada em 73, que traz algumas faixas exclusivas que eu até então não vi em outros discos publicados em blogs musicais. Temos por exemplo “Manias” de Flávio e Celso Cavalcanti, “Conversa de botiquim” de Noel e Vadico e até “A fia de Chico Brito” do humorista Chico Anísio. Um bom lp que você pode conferir aqui no Toque Musical.

manias
fim de caso
bom é querer bem
não me culpe
solidão
my funny valentine
a fia de chico brito
não se avexe não
esse norte é minha sorte
conversa de botequim
estranho amor
ave maria lola

Doris Monteiro – Vento Soprando (1960)

Este disco é uma copilação das gravações orignais feitas pela cantora entre 1954 e 56. Foram lançadas inicialmente no lp de 10′ polegadas, “Confidências” de 1958. Em 60 ele foi relançado em formato de12′, incluíndo mais quatro músicas, que é o álbum que temos aqui. Com o resgate da discografia de Doris, este disco também veio a ser novamente editado, agora em cd. Quem se interessar num som com mais qualidade pode comprar o cd que se encontra facilmente para venda. Avaliem, mas comprem um original, ok?

nem sol nem paz nem você
quando as flores caírem
vento soprando
graças a deus
cigarro sem baton
o amor é isso
quando o amor chegar
melancolia
do ré mi
joga a rede no mar
sempre teu
paraíso perdido

Marisa – Simplesmente (1961)

Taí, para fechar o sábado, um disco de uma excelente safra, 1961. Tenho aqui a Gata Mansa, Marisa, uma das cantoras desta geração que eu mais aprecio. Consta no Dicionário Cravo Albin que este álbum foi lançado em 1958, mas no texto de dados artísticos percebemos que houve um engano. Segundo informações de um amigo discófilo o disco é na verdade de 1961. Um álbum perfeito, por dentro e por fora. Uma capa belíssima, um repertório bem escolhido e arranjos primorosos. Esta é mais um que vale o toque…

chorou, chorou…
toma lá, dá cá
cantiga de quemgosta de estar só
chora tua tristeza
gostei,gamei
a canção dos seu olhos
como vaivocê
fiz o bobão
canei de ilusões
menina feia
amor em paz
esquecendo você

Lana Bittencourt – Intimamente (1958)

Hoje, neste sábado, aproveito para postar o tão solicitado álbum da Lana Bittencourt, “Intimamente”. Como viram, quando a coisa relaxa, encaixa… quer dizer, quando me sobra tempo eu corro atrás dos pedidos. Mas já avisei, sem promessas…
Tenho então aqui este bonito álbum da “Internacional”, em seu primeiro “long play”, intimamente de kimono japonês. O disco tem um repertório muito bom, que de entrada nos traz como destaque “Se todos fosse iguais a você” de Tom e Vinicíus. Taí uma boa pedida musical.

se todos fossem iguais a você
esquecimento
porque é
quem se humilha
desistencia
quero ir a bahia
a vontade de morrer voltou toda
ave maria
haja o que houver
rua da minha cidade
prece
tô só

Bandinha Pilantra – Macropíla – De Como Uns Velhinhos Perderam O Cavalo E Passaram A Andar De Fusca (1969)

Seguindo a linha dos Pilantocratas, aqui temos a Bandinha Pilantra. Um grupo vocal formado pelo maestro Ivan Paulo que incorpora todo o espírito da pilantragem de Wilson Simonal, Carlos Imperial e outros. Fazem parte do grupo Edgar (e os tais) e o inconfundível Noriel Vilela.

Disquinho bacaninha para alegrar sua sexta-feira, confira…

a mulher que eu gosto
sinto uma vontade de chorar
pombo correiro
diz que vae… vae
que baixo
17 e 700
for me and my cal
as tme goes by
my melancholy baby
vício
tudo ou nada
chora em colorido
zumba
segura esse samba
só o ôme
rancho da praça onze
confeti
andorinha
maria boa
fez bobagem
brasil pandeiro
velho realejo
pierrot
saudade de matão
o cordão dos puxa sacos
formosa
marchinha do grande galo
alza manolita
trem de ferro
professora
trem das onze
modinha

Irany e Seu Conjunto – Samba Em Surdina (196?)

Este disco era para ter sido postado ontem na dobradinha musical com Madrugada e Seu Conjunto, mas fui vencido pelo sono. O dia havia sido duro e eu estava super cançado. Ficou então para hoje o Irany e Seu Conjunto.
“Sambas em surdina” é mais um disco da série “Em surdina” do notável violinista Irany Pinto. O álbum apresenta um repertório refinado de doze sambas numa re-leitura original com violino. Uma prova de que no samba qualquer instrumento vai bem. Viva a música brasileira!

feitiço da vila
caminhemos
norancho fundo
eu não existo sem você
copacabana
minha prece
castigo
molambo
ouça
balada triste
sempre teu
pra esquecer

Madrugada E Seu Conjunto – Apaixonadamente (1970)

Boa noite amigos cultos e ocultos! Hoje eu estou trazendo mais um disquinho interessante, que por certo irá agradar. É um álbum/artista que eu até então não conhecia. Ouvi e aprovei. Uma seleção em ritmos de bolero onde o diferencial é o violino. Este é o instrumento solo principal. Seria Madrugada o codinome de algum violinista? Ou seria o sax que também aparece em destaque? Faço estas perguntas por que nem no disco nem na rede temos maiores (ou menores) informações. Acabo achando que Madrugada e Seu Conjunto é apenas um nome por trás de Lafayette e a Orquestra Brasileira de Espetáculos. Segundo o próprio Lafayette era seu grupo quem fazia as bases para Madrugada e Seu Conjunto. Nos anos 70 a CBS chegou a lançar uma série grande chamada “Só Sucessos”. Não precisa nem dizer mais nada, né?

sabe deus
o que será de mim agora
deus é testemunha
de joelhos
palavras de amr
juramento
quem tudo quer nada tem
sabes que te amo
riam de mim
nostalgia
pervertida
prece de amor

Charles Delaney E Sua Orquestra – Festival (1970)

Quando falo da obscuridade deste selo não é atoa. Aqui temos Charles Delaney e Sua Orquestra um exemplo típico de um trabalho da Paladium. Uma produção legal, mas sem nenhuma informação sobre o artista e tabém sem data.
Olhando pela capa e pelo título diríamos que se trata de um disco orquestral, meio jazz ou algo assim. Realmente essa idéia não fica longe, mas o trabalho tem vocal e está mais para o pop com pitadas de bossa nova.
Eu tenho para mim, que a Paladium é apenas um nome por trás da Bemol. Mas ainda não achei um registro dessa estória. Gostaria muito de contar com a ajuda de alguém que por acaso saiba o que foi afinal este selo. Alguém se habilita?

travessia
mame
alegria, alegria
sonho de lugar
margarida
i’m a believer
carolina
vesti azul
roda viva
só pode ser amor
maria carnaval e cinzas
cherish

Célio Balona E Seu Conjunto – Um Homem, Uma Mulher

A tempos venho pensando em postar, durante uma semana ou mais, alguns artistas do obscuro selo Paladium. Digo obscuro porque até hoje não encontrei na rede qualquer informação sobre este selo que atuou em Minas Gerais nos anos 60 e início dos 70. Obscuros também são quase todos os seus artistas que, segundo contam, eram os músicos da noite ‘belorizontina’, os artistas locais. Me parece que até o Joe Smith fazia parte do cast da gravadora. Os álbuns sempre tiveram um trabalho gráfico interessantes, principalmente os dos anos 60. Mas no que diz respeito às informações sobre o trabalho e artista, deixaram a desejar. Nem dada de lançamento eles usavam.
Bom, aqui vamos então com um peixe grande da Paladium, o multinstrumentista mineiro Célio Balona e o seu conjunto. Acredito que este álbum seja de 1970 e nessa época o Célio era o rei dos bailes em Belo Horizonte. O repertório segue essa linha, mesclando temas internacionais de sucesso com jovem guarda e samba. Um lp interessante que agora neste instante acabo de confirmar ser mesmo de 70 e é seu quarto álbum.
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the shadow of your smile
plus fort que nous
um homem, uma mulher
free again
tema de lara
o caderninho
trevo de quatro folhas
once in while
t’aimer foullement
quem ti viu quem te vê
triste madrugada

Moacyr Silva – É Tempo De Samba (1969)

Saíndo um pouco da seresta, volto de novo ao saxofonista Moacyr Silva em um de seus primeiros álbuns solo. Lançado originalmente em 1965 pela Copacabana com outra capa colorida – ele seria novamente relançado em 69, com esta capa mais simples de duas cores, pelo selo Som. O álbum com a capa original pode também ser conferido no Loronix, que já o havia postado anteriormente. Sem dúvida, um bom disco que também merece destaque aqui no Toque Musical.

tema pra dedé – tamanco no samba
esperando – morreu num beijo
chora tua tristeza – onde estava eu
tudo de mim – quando ela se foi
sambadinho – zé da conceição
amor de ilusão – a mesma rosa amarela
fio da canção – está nascendo um samba
um pouco de você – desenhei corações
eu chorei – samba de uma saudade
samba internacional – produto nacional
a história não mudou – recordação de um amor
pelo bem que eu te quero – é só querer

Grupo De Seresta João Chaves – Modinhas (1978)

Mais uma vez aqui estou eu postando um disco do Grupo de Seresta João Chaves. Este é um grupo tradicional da música mineira que vem lá de Montes Claros. “Modinhas” foi o segundo álbum lançado pelo selo Marcus Pereira. Praticamente todas as músicas deste disco estão presentes nos outros álbuns, mas algumas são regravações. Por se tratar de um álbum Marcus Pereira, não podemos deixá-lo de fora.

perdão emília
o gondoleiro do amor
ave ferida
saudade
lua branca
euvira escuta
stella
na casa branca da serra
acorda minha beleza
chuá, chuá

Flávio De Alencar – O Nosso Seresteiro (1970)

Mais um disco de seresta, desta vez feito lá em Minas Gerais. Um álbum raro em todos os sentidos. Temos aqui “o seresteiro paulista que se tornou mineiro”, Flávio de Alencar, artista do rádio mineiro, neste lp lançado pela Bemol em 1970. “O nosso seresteiro” é um disco produzido por Waldir Silva, que segundo reza a lenda, também toca em algumas faixas. O álbum, infelizmente, não traz nenhuma informação, assim com na rede, não há nada que possamos acrescentar. Contudo (ou com nada?) ou apesar de tudo, o disco é muito bom. Um repertório de doze músicas bem conhecidas do público em geral. Muito bom…

asilada
caminhemos
serenata do adeus
violão
é a ti flor do céu
suburbana
meus tempos de criança (miraí)
malandrinha
caprichos do destino
noite cheia de estrelas
cabelos cor de prata
casinha pequenina

Duo Guarujá – Cabecinha No Ombro (1960)

Começando a semana, tenho para hoje um disquinho especial, há muito esperado e que agora eu tenho o prazer de trazê-lo. Este é o Duo Guarujá, formado pelo casal Nilsen Ribeiro e Armando Castro. Surgiram no início dos anos 50 e de imediato fizeram muito sucesso. Destes, o maior foi sem dúvida a guarânia “Cabecinha no ombro” de Paulo Alves Borges. Esta música esteve por mais de seis meses em primeiro lugar nas rádios, recebendo vários prêmios e sendo daí por diante regravada por inúmeros artistas. Teve até versão em japonês, pode?
Bom, o fato é que este foi o segundo lp da dupla e talvez o mais famoso, reunindo além de “Cabecinha no ombro” outros sucessos lançados anteriormente em bolachas de 78 rpm.
Confira este toque…

cabecinha no ombro
roga por nós
vou pra roça
dois amantes
história de uma mulher
gritam as pedras do campo
estou perdido
malandrinha
cu-cu-ru-cu paloma
pingo d’agua
espera-me no céu
balda do amor triste

Toque Musical vai fazer 1 ano!

Dia 30 deste mês o Toque Musical completa um ano de atividade. Olhando para trás, ao longo desse tempo, tivemos uma média de dois discos postados todos os dias. São quase 700 títulos variados, com os mais diversos gêneros que cantam e encantam a música no Brasil. O que me chama mais atenção é ter permanecido ainda hoje longe dos holofotes, apesar de já ter sido visitado por mais de 100 países. Pesando tudo na balança, acabo acreditando que é bom mesmo que o TM se mantenha na sombra, mesmo usando protetor fator 60. Como disse o outro: você se torna responsável por tudo aquilo que cativa. E isso dá um trabalho…

A Grande Seresta – Ao Vivo No Bar Da Ilha Dos Pescadores (1970)

Falando em seresta… temos aqui este disco raro que com certeza vocês irão gostar. Trata-se de um álbum ao vivo no tradicional Bar da Ilha dos Pescadores, reduto de seresteiros. Foi na noite de 17 de julho de 1970 que se reuniram nomes como Gilberto Alves, Mário Alves, Washington Garcia, João Froes, Mauro Guimarães e Roberto Silva para gravarem este disco. Apesar de um pouco precária a qualidade de som, este registro tem todo um clima de um encontro musical ao vivo numa noite de grande seresta. Vejo na contracapa o nome de Moacyr Silva como coordenador geral do projeto. Seria o Bob Silva?

jura de caboclo
grande é o teu amor
(gilberto alves)
boêmio
quase que eu disse
(washington garcia)
gente humilde
chão de estrelas
(joão froes)
chuá, chuá…
maringá
(mário alves)
capricho do destino
lábios que beijei
(roberto silva)
se elea perguntar
canção do nada
(mauro guimarães)

Onessimo Gomes – Serestas Do Brasil N. 3 (1960)

Eis aqui um nome que precisamos resgatar, Onéssimo Gomes. Com certeza se perguntamos para as pessoas hoje quem foi Onessimo, elas dirão qualquer coisa, menos que se trata de um artista da música brasileira. Mas este já fo isucesso do rádio nos anos 40 e 50. Era chamado por Silvio Caldas de “o seresteiro de ouro do Brasil”. Vejam vocês, ele era muito requisitado pelo governo federal para shows, assim como outros artistas da época. Porém como seu cachê era muito alto, acabou ganhando um emprego no Ministério do Trabalho com salário fixo. Curiosamente, ele exerceu a profissão de fiscal, paralelo a de cantor até sua aposentadoria.
O disco que apresento é um de seus álbuns clássicos, lançado pelo selo Radio em 1960, traz o seguinte repertório:

violão
a deusa da minha rua
meu companheiro
professora
saudade do me barracão
transformação
cicatrizes
por causa desta cabocla
soluços
ave-maria
roxa saudade
um caboclo apaixonado

Joe Smith – Sax Exotic (1970)

Completando a postagem do dia, aqui vai o segundo lp do Joe Smith. Este disco chegou a ser relançado nos anos 80 com uma outra capa. Sei disso porque eu tenho o lp. Acho inclusive este mais interessante que o primeiro. Procurei por horas alguma informação complementar sobre este instrumentista, mas não existe nada! Eu realmente fiquei curioso com este cara. Na contracapa deste disco temos um texto de apresentação que eu pensei que tivesse sido feito por Carlos Drummond de Andrade. Tive agora que modificar o texto fazendo uma correção. Na verdade o C. Drummond que assina a contracapa não é o poeta. Trata-se de uma tal de Cecília Silva Drummond. Descobri isso através de outros discos da Bemol, os quais ela também assina. Desculpem… falha nossa…
a whiter shale of pale
te amo
l’importante c’est la rose
o caderninho
somethin’ stupid
tributo a martin luter king
the world we know
garota do carnaval
a pupet on a string
prima di domani
i was kaiser bill’s batman
there’s a kind of hush

Joe Smith – Sensaxcional (1968)

Vejam como uma coisa leva a outra. Ainda na onda dos pseudônimos, dos artistas nacionais com nomes estrangeiros, agora trago mais um. Mais um saxofonista lá das Minas Gerais, pouquíssimo conhecido, principalmente nos dias atuais. Joe Smith é o nome artístico do homem. Não sei qual é o verdadeiro, mas isso pouco importa, considerando que ele não gravou mais que dois discos pelo selo e gravadora mineira Bemol. Depois sumiu. Contam que este saxofonista era músico da noite, tocando em bailes e boates de Belo Horizonte. Estou postando este álbum de 1968 e em seguida vai o de 69 na segunda postagem do dia. Escolhi para hoje o Joe Smith pelas afinidades e semelhanças com o nosso Bob Fleming (Moacyr Silva). Além de mineiro, saxofonista e negro, toca seu instrumento no mesmo estilo aveludado e colorido de Bob Silva.

hey jude
tomorrow’s love
le bruit des vague
with a little help from my friends
rain and tears
já nem sei
it must behim
do you want to dance
les papillons
fool on the hill
the music played
o tempo vai apagar

Moacyr Silva E Seu Conjunto – Sax Sensacional (1960)

Nessa estória de nomes e pseudônimos dos nossos músicos e artistas, me lembrei do Moacyr Silva e suas facetas, entre elas a mais famosa como Bob Fleming. Para mim, Moacyr foi um dos maiores sax brasileiros de todos os tempos.
Aqui temos Moacyr no primeiro “Sax Sensacional”, lançado em 1960 pela Copacabana. Perfeito! Um disco bem dosado com sambas e ‘standars’ da música internacional. Fazem parte deste seu conjunto o pianista israelense Chaim Levack e o contrabaixista Jorge Marinho. Na bateria e percurssão aparecem os instrumentistas apenas pelo primeiro nome, Paulinho, Rubens e Geraldo. Curioso, isso é comum em outros discos e de outros artistas, dá a impressão de que ritmistas não tem tanta importância assim. Enfim…

este seu olhar
autumn in rome
mi ultimo fracasso
mil recados
beautiful love
contigo en la distancia
smoke gets in your eyes
carinho e amor
summertime
historia de un amor
e da?
morning sunrise

Manfredo Fest – Boleros Clássicos Clássicos Dos Boleros (1961)

Vejam vocês este álbum muito interessante. Este é um disco do Manfredo Fest que não temos uma mínima referência. Não achei em nehuma biografia deste pianista qualquer nota sobre este lp. Também não tive como saber a data, possívelmente final dos anos 50 ou início dos 60. No Dicionário Cravo Albin este disco nem existe na discografia do Manfredo. Eu acredito que este seja realmente o primeiro disco dele. Aqui temos um curioso repertório de boleros, sendo a primeira parte, o lado A, composta de peças da música clássica adaptadas ao ritmo bolerístico. Taí, mais um disco pra quem gosta de dançar coladinho…

apenas um coração solitário
sinfonia patética
poema
tema do 2. concerto para piano
estranho no paraíso
melodia em fá
pecadora
luna lunera
hipócrita usted
maria bonita
una mujer

Lucas E Sua Orquestra – Bom Para Ouvir E Dançar (1959)

Mais um dance dos anos dourados. Taí um disco que eu não conhecia e mesmo buscando informações pela rede não encontrei nada. O encarte também não diz muito, a contracapa então nem se fala. O jeito é nos orientarmos pelo selo e pelo conteúdo musical em si. Nem o ano eu consegui localizar. Mas com toda certeza, após ouvi-lo e também pelo seu repertório estampado no selo Radio, sei que se trata de um lp merecedor de um toque musical. Deixo o complemento para os universitários, façam me o favor…

sansão e dalila
recado
around the world
tu me acostumbraste
noche de ronda
babalu
castigo
eu sei que vou te amar
barril de chopp
all the way
quem é
vôo do besouro

Zé Maria e Seu Conjunto – Dance Com Zé Maria E Seu Conjunto (1961)

Putz, que vacilo… Vejam vocês, só agora fui perceber que não havia publicado o segundo post de ontem. Também não era para menos, do jeito em que eu estava, quase dormindo em frente ao monitor, nem sei como tudo terminou. Apaguei…
Hoje tenho aqui este disquinho nota 10. Um álbum do pianista José Maria de Andrade Ferreira, o conhecido Zé Maria, e seu Conjunto. Este disco, um álbum lançado possívelmente em1961 pelo selo Albatroz é uma jóia. Temos Zé Maria tocando com seu conjunto que se apresentava na boate Little Club. Um repertório todo apoiado no jazz mesclado as sonoridades latinas. Contam que o nosso querido Jorge Ben participa deste disco, mas não achei nenhuma referência concreta. Contudo é certo que foi o Zé Maria quem descobriu o Jorge Ben. Há também um outro disco do Zé, o “Tudo Azul”, onde o Jorge participa. Seja como for, com ou sem Jorge, o disco é imperdível!

la classe de chá-chá-chá
misty
yes, that’s my baby
blues noturne
my baby is helen
céu e mar
i got rhythm
lago dos cisnes
right in the book
sole mio
samba de uma nota só
mambo azul

Simonetti, Mezzaroma E Wanderley – Música Para O Amor (1959)

Enquanto Seu Lobo não vem, aqui vou eu com outro orquestral para, quem sabe depois, da dança. Música para o amor! Eis aí um disco três para um. Um álbum que reúne o maestro Simonetti, Paolo Mezzaroma e Walter Wanderley em gravações raras. Na verdade uma coletânea com quatro faixas para cada. Disquinho legal, mas que eu não tenho maiores informações. Além do mais já estou aqui babando de sono. Zzzzz…
PS.: o link para este disco pode ser solicitado, caso não encontre no Comentários, através do e-mail toquelinkmusical@gmail.com

amorosamente – paolo mezzaroma e conjunto
dolores – walter wanderley e conjunto de ritmo
musetto – simonetti e conjunto rge
viver sem você – paolo mezzaroma e conjunto
an affair to remember – paolo mezzaroma e conjunto
ruega por nosotros – walter wanderley e conjunto de ritmos
accarezzame – smonetti e conjunto rge
abismo – paolo mezzaroma e conjunto
malafemmena – simonetti e conjunto rge
verão em veneza – walter wanderley e conjunto de ritmos
na voce na chitarra e o poco e luna – simonetti e conjunto rge
tema da meia noite – paolo mezza

Pierre Kolmann – Dance Com Musidisc Vol. 1 (1957)

Olá meus caríssimos amigos cultos e ocultos, vamos nós com a postagem do dia. No embalo das raridades, vamos hoje dançar. Tenho aqui um legítimo representante da onda dance no final dos anos 50. Como já falei em outra ocasião, nos anos 50 era muito comum os lp’s com músicas dançantes onde não haviam separação por faixas. As músicas tocavam sem interrupção durante todo um lado do disco. Quem tinha muitos discos nessa linha era o Waldir Calmon e suas séries feitas para dançar. Neste disco temos exatamente isso, porém entre uma música e outra há uma discreta pausa que permitiu separarmos este quase pout-porri dançante.
Bom, agora resta saber quem é esse tal de Pierre Kolmann. Para os que não sabem, este é um dos pseudônimos do compositor, pianista e ‘bandleard’ Britinho (João Adelino Leal Brito). Foi um artista bastante atuante na música por mais de três décadas. Gravou vários discos com sua orquestra, acompanhou outros tantos, tendo também suas composições interpretadas por diversos artistas. Como instrumentista super-requisitado, adotou o esquema, usado por outros músicos na época, de pseudônimos. Assim podia gravar em outros selos sem problemas contratuais. Este disco, por exemplo, não aparece na discografia de Britinho. Eles não eram considerados como álbuns de carreira.

deixa a nega gingar
depois do carnaval
olhos verdes
a flor do amor
nós e o mar
little white lies
destinos
samba toff
don’t blame me
vem pro samba

The Big Seven – Um Ouriço (1971)

Hoje foi mais um daqueles dias cheios e mal tive tempo para preparar alguma coisa nova para a postagem. Acabei tendo que recorrer ao gavetão, onde sempre consigo achar uma bolacha para salvar o dia. Desta vez teremos este disco, um álbum um tanto quanto obscuro de um possível grupo chamado The Big Seven. Na verdade, trata-se de uma produção de Raul Seixas e Leno na época da Jovem Guarda. O estilo é bem “conjuntinho de baile na beira da piscina” tocando os ‘hits’ do momento. “Se você não precisasse você não pedia” é uma da faixas, música de Raul. Me parece que existeum outro disco do The Big Seven, também produto de Raulzito Seixas. Estes discos chegaram a ser relançados em cd nos anos 90, mas hoje já se tornaram novamente raridades curiosas.

izabela
pra começo de assunto
se você não precisasse você não pedia
madalena
ele disse que vai voltar
carta de amor
rose garden
maria joana
não confie em ninguém com mais de 30 anos
ave maria do morro
chão de estrelas
balada n. 7