Waleska – Êta Dor De Cotovelo (1981)

Olá amiguinhos cultos e ocultos. Aqui vamos nós ainda ao sabor das vozes femininas. E para hoje temos a cantora Waleska, a ‘rainha da fossa’, artista a qual já apresentamos aqui por outras vezes. Nesta oportunidade trazemos dela o lp “Êta dor de cotovelo”, seu nono lp, lançado em 1981. Não diferente de outros discos, aqui ela interpreta uma série de verdadeiros clássicos da nossa música popular romântica, músicas essas que expressam a dor do amor, a dor de cotovelo, encontros e desencontros. Quase todas já bem conhecidas do grande público. Os arranjos são do guitarrista e compositor Celso Mendes. Confiram no GTM…

ave maria no morro
serenata do adeus
chão de estrelas
canção de amor
balada triste
ciclone
alguém me disse
êta dor de cotovelo
matriz ou filial
os amantes
pra você não ir embora
meus tempos de criança
a volta do boêmio
pensando em ti
eu sou a outra
folha morta
duas mulheres e um homem
madame fulano de tal
barracão
sistema nervoso
 
 
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Waleska – Um Novo Jeito De Amar (1988)

Hoje o Toque Musical tem a satisfação de trazer a seus amigos cultos, ocultos e associados, através de um álbum de 1988, uma autêntica rainha contemporânea da chamada”música de fossa”. Estamos falando de Waleska.
Batizada com o nome de Maria da Paz Gomes, a cantora nasceu em Afonso Cláudio, cidade do interior do Espírito Santo, no dia 29 de setembro de 1941, filha de uma numerosa família de  oito irmãos. Passou sua infância em várias cidades do interior capixaba, pois seu pai, Fiscal do Estado, era de tempos em tempos transferido para outra cidade. Sua influência musical veio justamente do pai, exímio bandolinista, que costumava tocar para a família após o jantar. Aos oito anos, quando morava em São José do Calçado, a pequena Maria da Paz era sempre convidada para cantar nas festinhas da sua escola, e o fazia também na igreja, na festa da coroação de Nossa Senhora, no mês de maio. Aos dez anos deidade, ela teve a infelicidade de perder a mãe,e a família se mudou para Vila Velha, onde continuou seus estudos. Participava sempre de programas de calouros em parques de diversões, e seu primeiro “troféu” foi… uma lata de goiabada! Também aparecia com frequência no programa “Clube do Guri”, apresentado na Rádio Espírito Santo (onde uma irmã mais velha,  Walkiria Brasil, igualmente cantava) por Bertino Borges. Profissionalmente, sua carreira se inicia em Belo Horizonte, no limiar da década de 1960, atuando na Rádio Inconfidência (“o gigante do ar”) e na TV Itacolomi, ao lado de futuros astros da MPB , como Clara Nunes e Mílton Nascimento. Transferindo-se imediatamente para o Rio de Janeiro, foi “crooner” da Boate Arpège, do tecladista Waldyr Calmon, que ficava em Copacabana, e cantou no Beco das Garrafas. Com o pseudônimo de Maria Waleska, estreou em disco no efêmero selo Vogue, em 1962, gravando um compacto simples com as músicas “És tu” e “Noite fria”. Dois anos mais tarde, lança pela CBS um compacto duplo, também como Maria Waleska. Em 1966, fundou, no bairro do Leme, a casa noturna PUB (Pontifícia Universidade dos Boêmios), recebendo de Vinícius de Moraes, que muito a admirava, o apelido de “rainha da fossa”, por seu jeito intimista de interpretar os sambas-canções de Dolores Duran, Lupicínio Rodrigues, Antônio Maria e outros. Foi também amiga do jornalista Sérgio Bittencourt, filho de Jacob do Bandolim e outro fã incondicional seu, e da cantora Maysa, sua principal influência estilística. Waleska foi também proprietária das boates Fossa (frequentada por artistas , intelectuais e políticos como Carlos Lacerda e o ex-presidente  JK), e Fossanova.  Cantando  músicas “barra pesada” em estilo “cool” (a denominação “fossa” está inclusive nos títulos de vários de seus álbuns), Waleska nunca foi grande sucesso de execução no rádio, mas, ainda assim, sempre teve público cativo e fiel no circuito das boates e casas noturnas.  Tem mais de vinte discos gravados (com músicas de Ary Barroso, Tom Jobim e Cartola, entre outros “cobras”) , e é considerada uma das mais fiéis interpretes românticas da MPB. Seu respeitável currículo inclui turnês pelo exterior, apresentando-se  em Portugal,  nos EUA, na Itália e no Uruguai.  Entre seus shows de maior sucesso está “Mito, mulher, Maysa”, ao lado do ator Gracindo Júnior, sob a direção de Bibi Ferreira.Também é autora do livro “Foi a noite”, contando histórias da boemia carioca nos anos 1960/70. Este “Novo jeito de amar”, lançado em 1988 pela 3M (gravadora de existência efêmera, subsidiária da indústria de abrasivos homônima), mantém a linha de trabalho da notável Waleska. Produzido pelo experiente Mílton Miranda, com arranjos e regências de Hélvius Vilela  (que também atua aos teclados), tem músicas da dupla Evaldo Gouveia-Jair Amorim (“Ora eu,ora você”), Luiz Vieira (“Guarânia da lua nova”), Luiz Antônio (“Pergunte a você”), entre outros. Há ainda regravações da valsa “Fascinação” e de um antigo hit de Maysa, “Bronzes e cristais”, de Alcyr Pires Vermelho e Nazareno de Brito.  Ainda em plena atividade, Waleska continua a receber os aplausos merecidos, como expressiva intérprete romântica de nossa música popular.
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ora eu, ora você
jeito de amar
o homem que eu amo
meiga presença
canção da manhã feliz
fascinação
anseio
desejo maior
pergunte a você
conversa com a saudade
guarânia da lua nova
bronzes e cristais
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* Texto de Samuel Machado Filho

Waleska – Canto Livre (1980)

Boa dia todos! Hoje temos em nossa companhia e mais uma vez, a cantora Waleska. Sei que ela tem muitos fãs por aqui, por isso, resolvi emplacar mais um em nosso Toque Musical. Ao contrário de outros discos de Waleska, “Canto Livre” é um álbum que me pareceu mais alegre e solto, tanto pela escolha do repertório como também do produtor, diretor musical e regente, que foi o Sivuca. Aliás, ele também toca em várias faixas! E a Waleska, oras… como sempre, dando um show de interpretação. Grande cantora! Confiram o toque…

a festa

o amor da justiça

a quem possa interessar

choro livre

meu bar

capixaba do mato

acorda Alice

mulher de forno e fogão

bêbados e boêmios

choro cantado

mesmas ilusões

alessandra

 

 

Meu Brasil – Coletânea De Milan Filipovic

Olá amigos cultos e ocultos! Aqui estamos em mais um sábado de coletâneas. Vou aproveitar a pausa do almoço para fazer logo a nossa postagem. Hoje temos como convidado o Milan Filipovic, do excelente blog Parallel Realities. Essa ideia de coletâneas, convidando outros blogs parceiros, começou com o sérvio, eu inclusive fui por ele um dos convidados, apresentado uma seleção da Alaide Costa. A minha versão é um pouquinho diferente, se prolonga por um prazo indeterminado. Enquanto houver aqueles que atendam ao meu convite, os colaboradores espontâneos e eu próprio criando novas coletâneas, a programação continua.
Em “Meu Brasil”, Milan reuniu para nós alguns de seus artistas brasileiros, ao que parece, os que ele mais aprecia. Temos aqui o equivalente a um álbum duplo de 10 polegadas, ou seja, dezesseis músicas, extraídas (quase todas) de discos neste formato. A escolha dos artistas e repertório refletem bem o perfil do “Parallel Realities”. Cantoras das décadas de 40, 50 e 60, além de umas pitadas intrumentais de Ribamar, Alberto Mota, Pocho e Moacyr Silva. Gostei, uma bela seleção. Vamos conferir?

ternura antiga – marisa gata mansa
só por amor – odete lara
ô ba la la – norma benguell
com açucar e com afeto – waleska
insensatez – alaide costa
apelo – elizete cardoso
suas mãos – sylvia telles
e a noite chegou – francineth
cantiga de quem está só – neusa maria
brigas de amor – angela maria
ser só – dalva andrade
carinho perdido – isaura garcia
a noite do meu bem – ribamar
canção de amor – alberto mota
mente – pocho
meiga presença – moacyr silva

Waleska (1975)

Bom dia amigos cultos e ocultos! Não sei se vocês perceberam, mas o Toque Musical, as vezes, demora um pouco para abrir completamente. Isso se deve em parte ao excesso de imagens e outras coisinhas acessórias que tenho nele. Para facilitar e melhorar o seu rendimento, pretendo dar uma enxugada. Comecei por igualar todos os links dos sites e blogs, evitando também assim parecer que privilegio alguns poucos. Imagens, mesmo que pequenas, ocupam espaço.

Hoje estou trazendo um disco da cantora mineira Waleska, o qual com toda certeza irá agradar em especial ao ‘brother’ Milan Filipovic do blog Parallel Realities Studio. O cara é um fã incondicional da cantora, coisa rara de se ver, principalmente se tratando de alguém que mora em Belgrado, na Sérvia, e ainda mantém dois outros blogs exclusivos dedicados à ela. Isso é que é curtir uma fossa…
Segue então este álbum de Waleska, considerada a Rainha da Fossa. Uma cantora romântica que começou sua carreira no início dos anos 60 em Belo Horizonte, cantando na tradicional Rádio Inconfidência e se apresentando na extinta TV Itacolomi. Seguiu depois para o Rio de Janeiro, cantando em boates, sendo também a proprietária de algumas. Amiga pessoal de Maysa, Sergio Bittencourt e Vinicius de Moraes. Este último chegou certa vez a dizer que Waleska tem para os românticos incuráveis a canção certa para a dor exata.
Neste disco de 1975 ela não faz por menos, traz um repertório recheado com clássicos da canção romântica, composições de diversos e grandes nomes da nossa música. O lp se divide em dois momentos, sendo o lado B mais interessante, com arranjos de Ribamar, e tem para cada faixa duas músicas intercaladas.
*olha aí Edú, se toca nesse toque…

cor da fossa
pretexto
mormaço
eu sou assim
amor prá um só dono
por deus
fim de noite
foi a noite
a noite de nós dois
o nosso olhar
se alguém telefonar
não tem solução
canção da volta
nossos momentos
eu não existo sem você
valsinha
se eu tiver
não me culpe