Carnaval 76 – Convocação Geral Vol. 2 (1975)

Na sequencia carnavalesca temos então o segundo volume do projeto Carnaval 76 – Convocação Geral. Aqui também encontramos muita coisa boa, com destaque para Sérgio Sampaio, com a música “Cantor de rádio”, que viria no ano seguinte a fazer parte do seu lp “Sinceramente”. Tem Maria Alcina com “Paixão malagueta”, sucesso de vários carnavais, Alceu Valença no frevo “Pitomba pitombeira”. Moraes Moreira também vem de frevo na música “Satisfação”. Na contracapa podemos ver ainda a presença de veteranos com Jorge Veiga e Angela Maria. Tom e Dito também dão o recado na marchinha “Me larga, me solta, me deixa”. E ainda, Os Tincoãs e o maluco Osvaldo Nunes. É bom também lembrar do grande Waltel Branco, responsável pelos arranjos. Em resumo, um disco muito bom, com artistas de diferentes gravadoras. Puro espírito de carnaval.

paixão malagueta – maria alcina
a choradeira – oswaldo nunes
fazendo tudo – trama
quebra quebra guabiraba – os tincoãs
pitomba pitombeira – alceu valença
a roupa do gonça – jorge veiga
prenda minha no carnaval – angela maria
me larga me solta me deixa – tom e dito
satisfação – moraes moreira
cantor de rádio – sérgio sampaio
carnaval bloco do amor – renata lu

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Beijos – Coletânea 24 Beijos Do Toque Musical (2014)

Olá amigos cultos e ocultos! Há tempos eu não apresento aqui uma produção exclusiva do Toque Musical, além da já tradicional série Grand Record Brazil. Como ‘bola da vez’, o assunto do momento é o beijo. O beijo de um casal gay na novela da Globo. Polêmicas a parte e em partes, achei bem oportuno criar aqui uma coletânea dedicada ao ‘beijo’. Selecionei 24 músicas cujos os títulos e a temática é o tal ‘toque labial’, o beijo, sempre celebrado nas mais diferentes épocas e músicas do cancioneiro popular. Por certo existem milhares de músicas que falam de beijos e devo admitr que não foi fácil escolher essas 24 músicas. Só com títulos onde aparece a palavra ‘beijo’ (e no singular) eu achei mais 200! Mas, selecionei aqui aquelas que me pareceram mais evidentes e também num sentido de ser o mais variável possível. Coincidentemente e por acaso, separei 24 músicas. Um número mais do que expressivo, considerando também o fato de que o beijo celebrado nessa história foi um ato gay. Calma, não estou com isso querendo tirar sarro preconceituoso de ninguém, muito pelo contrário… Pensei mais foi na ideia de um álbum duplo, fosse esse um lançamento fonográfico. E mais ainda, dedico esta coletânea ao Amor, na sua forma mais pura, sem conceito ou preconceito. Beijar e ser beijado é muito bom. É um sinal de carinho. Beijo na boca então é mais… Só love
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me dê um beijo, meu bem – eduardo araújo
a dança do beijo – moacyr franco e the jordans
história de um beijo – vera regina
um beijo e nada mais – zezé gonzaga
beijo exagerado – os mutantes
beijo quente – cleide alves
um beijo é um tiro – erasmo carlos
beijo molhado – belchior
beijo bombom – claymara borges e heuríco fidelis
beijo na boca – cyro monteiro
beijo de amor – moreira da silva
tudo cabe num beijo – seu jorge e almaz
beijo na boca – itamar assumpção e banda isca de polícia
beijo baiano (boca de caqui) – cravo e canela
eu beijo sim – carlos careqa
por um beijo – maria martha
beijo frio – isaura garcia
me dá um beijo – alceu valença e geraldo azevedo
beijo clandestino – lucina
o primeiro beijo – alda perdigão
preso por um beijo – cyro aguiar
aquele beijo que te dei – roberto carlos
beijo roubado – zenildo
último beijo – os cariocas
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Alceu Valença e Jackson do Pandeiro – Projeto Pixinguinha 1978 (2012)

Olá, amigos! Em dias em que eu não estou para muito papo, ou um tanto quanto preguiçoso, nada melhor que uma postagem do Projeto Pixinguinha. Pois nesta, eu só tomo mesmo o trabalho de editar ‘as faixas’ e criar a capinha. Querem saber mais sobre este show memorável de Alceu Valença e Jackson do Pandeiro? Eu indico com prazer. Vai lá no site da Funarte, a página é “Brasil – Memória das Artes – Projeto Pixinguinha”. Quem ainda não conhece, com certeza, vai adorar 🙂

Alceu Valença apresenta neste show praticamente todas as músicas que estão em um de seus primeiros álbums, o “Vivo”. Jackson do Pandeiro não faz por menos e nos traz alguns de seus maiores sucessos. Gravação muito boa. Vale conferir no GTM 😉

vou danado pra catende – alceu valença

forró em limoeiro – jackson do pandeiro

sol e chuva – alceu valença

vou de tutano – jackson do pandeiro

maria dos santos – alceu valença

alegria do vaqueiro – jackson do pandeiro

agalopado – alceu valença

anjo de fogo – alceu valença

pisa na fulo – alceu valença

eu sou você – alceu valença

quando eu olho para o mar – alceu valença

espelho cristalino – alceu valença

a rainha de tamba / o canto da ema / um a um – jackson do pandeiro

tambor de criola / meu boi não pode carriar / sebastiana – jackson do pandeiro

chiclete com banana – jackson do pandeiro

lágrima / vou gargalhar / vou ter um troço – jackson do pandeiro

amigo do norte – jackson do pandeiro

papagaio do futuro – alceu e jackson

papagaio do futuro (bis) – alceu e Jackson

Show 1º De Maio (1980)

Bom dia para todos nós! Hoje, 1º de maio, é comemorado o Dia Mundial do Trabalho. Curiosamente, todos nós estamos de folga, é feriado. Será que é feriado no mundo todo? Eu nunca havia me perguntado isso antes. Taí, não sei… mas pelo jeito deve ser apenas no Brasil, ou não? Falou que é feriado tá pra nós. Neste ano temos muitos, para compensar o excesso de trabalho (e mal remunerado) que a população é obrigada a encarar. Dizem que o brasileiro não gosta de trabalho. E quem gosta? Trabalho bom é aquele que nos dá prazer, que nos realiza como pessoa e como profissional. Consequentemente, nos traz dinheiro e prosperidade. Mas para a grande maioria, essa realidade está longe de se concretizar. Trabalho no Brasil é sinônimo de sobrevivência!
Para celebrar a data, eu tenho aqui este álbum que é uma pequena amostra do memorável ‘Show 1º de Maio” de 1980 que aconteceu no pavilhão Rio Centro. Para um público com aproximadamente trinta mil pessoas, participaram um dos maiores blocos de artistas, cantores e compositores, já reunidos num mesmo espetáculo. O show foi promovido pelo Centro Brasil Democrático no sentido de angariar fundos para o Encontro Nacional de Músicos, no CONCLAT (Congresso da Classe Trabalhadora). Participaram do espetáculo dezenas de artistas dos mais consagrados. Não vou relacioná-los aqui, pois tudo pode ser conferido na contracapa.
O certo é que foi um tremendo show, começando as 21 horas e só foi terminar nas altas da madrugada. Um espetáculo dessa grandeza levantou as orelhas (e focinhos) dos militares da época. No ano seguinte tivemos o episódio do atentado terrorista, perpetrado por radicais militares que não viam com bons olhos a ‘Abetura’ iniciada naquela década. Esse lance foi de amargar. Pior ainda é saber que o então Capitão Wilson Dias Machado, (in)responsável pelo ataque, vive hoje numa boa, com a patente de Coronel e é educador do Exército no Colégio Militar de Brasília. Pode???
Este disco só tem um grave defeito. Ao pensarmos em quantos e ótimos artistas estiveram se apresentando no show, fica a pergunta: porque não fizeram um álbum duplo, triplo ou coisa assim? Resposta simples: questões contratuais com as gravadoras, limitaram a oito os artistas presentes no lp. Boca Livre, Dorival Caymmi, Sérgio Ricardo e João do Vale eram artistas independentes, os demais foram estrategicamente liberados pela Ariola e WEA.
Nessas horas é que se percebe como nas gravadoras só tem gente sem visão comercial. Ao invés de liberar o artista ou fonograma, que indiretamente promoveria a gravadora, eles preferiram resguardar seus tesouros. É isso aí seus Manés, continuem dando tiro nos pés!

prá não dizer que não falei de flores – o público
toada (na direção do dia) – boca livre
ele disse / assum preto – alceu valença
um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco – milton nascimento
não deixo de pensar / segredo do sertanejo / pisa na fulô – joão do vale
o preto que satisfaz (feijão maravilha) – as frenéticas
vou renovar – sérgio ricardo
lá vem o brasil descendo a ladeira
história de pescadores – dorival caymmi
prá não dizer que não falei de flores – o público

Alceu Valença Geraldo Azevedo E Marcus Vinicius – Nova História Da MPB (1978) 4

Olá amigos! Pensaram que eu havia me esquecido da nossa postagem especial? Nada disso, apenas alguns atrasos e adaptações. Estou em transito, quer dizer, viajando, fora do QG. Mas, prevenido, deixei as coisas engatilhadas. A semana vai ser divertida.
O volume da vez agora é este, como Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Marcus Vinicius. Me lembro que este exemplar foi o primeiro que eu comprei após assistir a um show de Alceu, na época do lançamento de seu álbum “Espelho Cristalino”. Ainda não conhecia bem o Geraldo Azevedo e muito menos no Marcus Vinicius. Uma coisa acaba levando a outra. Não demorou muito e eu logo comprei os álbuns “Quadrifônico” de Alceu e Geraldo e “Trem dos Condenados” de Marcus Vinicius. Comecei também a colecionar os fascículos desta coleção.
Neste álbum temos então três artistas que além de serem filhos do nordeste, inciaram seus trabalhos em cooperação, principalmente Alceu Valença e Geraldo Azevedo.

vou danado para catende – alceu valença
agalopado – alceu valença
punhal de prata – alceu valença
esse choro um – marcus vinicius
em copacabana – geraldo azevedo
novena – geraldo azevedo e alceu valença
caravana – geraldo azevedo
trem dos condenados – marcus vinicius

Alceu Valença – Vivo (1976)

Domingo é um dia chato, principalmente depois do meio dia. Dá vontade de sumir. Felizmente sempre existe um paliativo para esses momentos. Hoje, quem me salvou da ‘deprê’ foi este disquinho aqui. Levantou o meu ânimo, me trouxe boas recordações…
Este foi o terceiro lp gravado por Alceu. O primeiro foi em parceria com Geraldo Azevedo, o “Quadrifônico”. O segundo, “Molhado de suor”, ainda não havia pegado o público de jeito. Foi só a partir de “Vivo” que o cara começou a ganhar popularidade. Depois de ter classificado sua canção “Vou danado pra Catente” no Festival Abertura. A música deu nome ao show que deu origem ao disco “Vivo”. Sem dúvida, um dos seus melhores trabalhos, num registro histórico onde participam artistas como Zé Ramalho, ainda pouco conhecido do público. Este é um álbum que eu recomendo… toca aí…

casamento da raposa
descida da ladeira
edipiana n. 1
você pensa
punhal de prata
pontos cardeais
papagaio do futuro
sol e chuva