Quarteto Edison Machado – Obras (1970) 

Este é um álbum que merece ser visto (e ouvido) por inteiro, por essa razão, as estampas dos encartes estão completos. Eis um disco que estava faltando aqui. Ou melhor dizendo, que não poderia faltar e essa é uma das razões porque o Toque Musical não pode parar. Ainda há tantas ‘obras’ a serem apresentadas. E de certa forma, não importa se já foram mais que badalas em outras praças e sítios, pois é aqui que tudo se assenta e no final se apresenta (putz, até rimou).
Então, é chegada a vez deste discaço, “Obras”, do excepcional Quarteto Edson Machado. Lp lançado em 1970 pelo selo Stylo. Um selo que não possui registros amplamente divulgados na rede, oque indicasua atução pontual, ou seja, foi um selo criado exclusivamente para este disco e novamente para o que podemos chamar de um segundo volume, o lp do mesmo grupo, “Obras 2”, lançado no ano seguinte, 1971.
Quanto ao conteúdo, o que dizer que já não tenha sido dito? Formado por Edson Machado, na bateria; Alfredo Cardim no piano; Ion Muniz no sax e flauta; Ricardo Santos no contrabaixo e ainda a participação de um quinto elemento, Wheads Brito da Fonseca no violão.
Para quem gosta de jazz, bossa nova, música instrumental brasileira de altíssima qualidade, não pode deixar de ouvir isso aqui…
 
corcovado
monstros de babalu
círculos
manhã de carnaval
exótica
caminho de casa
mr. machado
outra vez
mr. eloir
amor
 
 
 
 

Quarteto Bossamba (1966)

Pelo jeito, vamos entrando numa sequência de quartetos. Paramos nos arquivos do Q e estamos gostando… 🙂 Desta vez, temos o Quarteto Bossamba, disco lançado pelo selo Som/Maior, em 1966. Um disco de bossa instrumental e da melhor qualidade, com um repertório fino e uma interpretação magistral. Contudo, no texto da contracapa, nos é informado que o nome dos músicos não poderia aparecer devido a serem eles músicos de outras gravadoras. Optaram estratégicamente por dizerem isso, ao invés de simplesmente criarem pseudônimos. Mas, basta ouvirmos a primeira faixa para termos certeza de que ali tem os dedos de Walter Wanderley e certamente, os demais músicos eram os mesmo que faziam parte de seu conjunto na época, José Marino, Claudio Slon e um outro no sopro (não identificado). No ano seguinte este disco seria também lançado, através da Fermata, nos ‘States’ e no Canadá, pelo selo World Pacific. Diga-se de passagem, com uma capa um pouco brega. Brega, considerando a comparação com o trabalho gráfico da original.
 
nana
canto de ossanha
chuva
gente
da-me
chegança
maria moita
amanhã
tempinho bom
só saudade
verdade em paz
vivo sonhando
 
 
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Quarteto Arpoador – Bossa No Castelinho (1963)

E vamos nós com uma boa curiosidade… Coisas do tempo em que a indústria fonográfica era uma ‘terra de oportunidades’. Onde valia o requentado, o falsificado e o reciclado… Por certo, estamos falando aqui das artemanhas das gravadoras e editoras musicais, principalmente nos anos 60. Como já mencionamos outras vezes, era muito comum o uso e abuso de fonogramas entre gravadoras, principalmente aquelas pequenas, obscuras, que montavam suas produções, muitas vezes, encima de gravações cedidas ou compradas de outras. A coisa não se limitava aos encartes, capas e fotos, mas o produto num todo. Não é incomum deparamos com discos, músicas e artistas cujo o trabalho aparecme em diferentes selos, com diferentes nomes e diferentes capas. É bem o caso deste aqui, “Quarteto Arpoador – Bossa no Castelinho”. Um lp que aparece editado em, pelo menos, dois pequenos selos: Esquema e Egal, com quase a mesma capa. Consta que foram lançados entre 1963 e 65 e certamente, sem informações sobre o tal Quarteto Arpoador. Apenas o repertório é igual. E para a surpresa geral, é o mesmo disco lançado por Hélio Mendes e o seu Trio Vagalume. Ou seja, na verdade, o Quarteto Arpoador é nada mais, nada menos que Hélio Mendes e seu trio, cujo o lp original se chama “Na Bossa” e fora lançado também por um pequeno selo, o Musiplay. Descontando essa prezepada, não há o que reclamar do repertório. É samba, bossa noca clássica e instrumental, da melhor qualidade. Vale a pena conferir…
 
mas que nada
menina feia
vagamente
influencia do jazz
moça flor
vai de vez
sapo
bossa na praia
baiãozinho
amor de nada
ela é carioca
rio
 
 
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Vanusa – Amigos Novos E Antigos (1975)

Dizem os estudiosos das tecnologias que o formato ‘blog’ é algo ultrapassado e o formato do Toque Musical e suas versões, pelo WordPress e pelo Blogger não se comunicam de forma eficiente com os buscadores de conteúdos. Razão pela qual já nos tornamos apenas apenas lenda no Reddit e alguns poucos indexadores. O Toque Musical, embora tenha entre seus associados quase 5 mil inscritos, está a cada dia se tornando mais invisível ao grande público. E isso, de fato, é culpa minha que não busquei uma atualização e mais ainda, não faço muitos engajamentos através de redes sociais. Por outro lado, também temos a questão de que o assunto o qual este blog trata já não desperta tanto interesse, consierando também que o acesso ao seu conteúdo, hoje, parece ser mais complicado e desistimulante. Assim, hoje em dia, temos pouco mais de uma centena de amigos cultos e ocultos fiéis ao TM. Mas, ainda assim, a gente vai remando… vai postando, seja pra mil, seja pra dez… seja para mim mesmo.
E falando da postagem de hoje, temos este álbum da cantora Vanusa. LP lançado em 1975, pelo selo RCA Victor. “Amigos novos e antigos” é um disco bem produzido e um repertório acima da média. Foi um dos discos mais vendidos da cantora. Contou com arranjos de Francisco de Moraes, Sérgio Sá, José Briamonte e Lincoln Olivetti. Destaque para “Paralelas”, de Belchior, “Amigos novos e antigos”, de  João Bosco e Aldir Blanc, “Outubro”, de Milton Nascimento e Fernando Brant e também “Congênito”, de Luiz Melodia, músicas de sucesso que a cantora interpretou com maestria. Este lp foi relançado em cd trazendo bônus. Um dos melhores disco de Vanusa, com certeza.
 
paralelas
rotina
amigos novos e antigos
cinema mudo
congênito
moleque
amor desempregado
espelho
muros de alecrim
coração americano
outubro
vinho rose da rainha sem rei
 
 
 
 

Salinas Y Su Conjunto – Atardecer Carioca (1957)

E para hoje, vamos com este disco, “Atardeder Carioca”.  De imediato se percebe que se trata de um lançamento internacional, visto pela capa e principalmente pelo título. Trata-se de um lançamento do selo Columbia argentino trazendo (Daniel) Salinas e o seu conjunto, no qual também temos a cantora Leny Caldeira, interpretando um repertório com 16 clássicos da música popular brasileira. 
Interessante também notar a contracapa do disco que traz outros lançamentos da gravadora de artistas brasileiros. Uma prova que a música brasileira encanta nossos ‘hermanos’ não é de hoje. Confiram…
 
delicado
un paseo por el norte
a los pes de la cruz
esta noche serenata
alguien como tu
tico tico no fubá
copacabana
cabeza hinchada
maria la dulcera
para que recordar
ala blanca
llueve afuera
favela
maracangalha
maria escandalosa
acuarela de brasil
 
 
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Nelsinho E Seu Trombone – Bossa Do Samba (1960)

Aqui, novamente, Nelsinho e seu trombone. E não faz um mês quando então postamos no Toque Musical o seu primeiro lp pela RCA Victor. Agora temos outro, “Bossa do Samba”, lançado no mesmo ano de 1960, uma continuação, respondendo a sucesso do primeiro álbum. Repertório selecionadíssimo, não tem como desagradar…
 
telecoteco nº2
minha palhoça
e daí
arrasta sandália
cansei
maria boa
o nosso amor
estão batendo
é bom parar
recado
da cor do pecado
um chorinho na gafieira
 
 
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Neco – Samba E Violão Vol. 2 (1968)

Então, temos mais uma vez a presença de Daudeth Azevedo, violonista carioca, mais conhecido por Neco. Postamos aqui, há coisa de um mês atrás, o “Samba e Violão”, o que seria o volume 1. Agora, partimos para o volume 2, que pode-se dizer, é uma continuação de um excelente trabalho. Mais uma vez Neco nos traz uma seleção de sambas, então, modernos, sambas de festivais, hoje verdadeiros clássicos da nossa MPB. Também, como no primeiro volume, Neco vem acompanhado de um conjunto na medida. Infelizmente, por mais que pesquisássemos, não encontramos nenhuma referência de quem são os músicos. Segue o baile… Segue em frente. Discão bancana, que vale a pena ouvir.
 
andança
é preciso cantar
sabiá
você passa eu acho graça
despedida da mangueira
canção do amanhecer
o cantador
sonho de lugar
helena helena helena
implorar
retrato em branco e preto
chorinho a
 
 
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João Roberto Kelly E As Vocalistas – Garotas No Balanco (1962)

No balanço do samba seguimos agora com mais um lp de samba-bossa, João Roberto Kelly e seu conjunto vocal feminino. Lp lançado pelo selo Musicolor, em 1962. Já estampado na capa temos o repertório, recheado de sambas com uma pegada dançante, marcada pelos ritmos que estavam em alta naquele início dos anos 60, como a bossa nova e o samba balançado. As ‘vocalistas’ são o destaque, adicionam um charme e suavidade nas composições. Mais um disco bem legal de se conhecer e ouvir. Confiram no GTM…
 
piada
maria maria maria
samba e mulata
verinha twist
onde o samba nasceu
samba tof
pororo popo
guarde o teu sorriso
gamação
samba brasileiro
ué…
samba de teleco teco
 
 
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Meirelles E Os Copa 5 – O Novo Som (1965)

E já que falamos de Meirelles, de disco bacana, olha então isso aqui… Caramba, um agrupamento musical de primeiríssima linha. Além do Meirelles temos nessa nova formação do Copa 5, Roberto Menescal, Eumir Deodato, Waltel Branco, Gusmão e Edson Machado, um time de músicos que despensa maiores apresentações. Um autêntico disco de samba-jazz, bossa-jazz, que não dá para passar batido. O repertório, também impecável. Disco nota 10!
 
novo som
você
samba do carioca
preciso aprender a ser só
serelepe
balanço zona sul
pensativa
solo
ela é carioca
diz que fui por aí
samba de verão
 
 
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Gimmicks – Gimmicks Of Sweden (1972)

E aqui uma curiosidade internacional… Mas que, por certo, tem algo com o Brasil. Este é o conjunto Gimmicks, uma banda de origem suéca que surgiu no início dos anos 70. Trata-se de um grupo pop muito interessante que neste disco nos traz um trabalho bem ao estilo do que fazia Sérgio Mendes e seu Brasil 66 misturando outras influências do pop europeu e de Los Angels naqueles tempos, cheio de ‘groove’. Certamente o tempero deste grupo tem a ver com a participação especial do nosso João Theodoro Meirelles (o Meirelles do Copa 5) que atua no sax, na flauta e nos arranjos, dando todo o sabor. E por conta disso, como vocês verão e ouvirão, tem um repertório suingado com músicas brasileiras. Sem dúvida, um disco bem legal e difícil de achar. Vale uma conferida 😉
 
calico baby
it’s too late
colours of love
somewhere in the hills
que maravilha
stone slipper cindy
pais tropical
new york
our house
to the moon to the sun
ye-me-le
 
 
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Norma Avian – Piccolissima Serenata (1958)

Hoje, nosso encontro é com a cantora Norma Avian e a música italiana. Calma lá, não se trata de uma atração internacional. Para os que não conhecem, foi uma cantora que iniciou sua carreira em um grupo vocal, o Trio Itapuã, ainda nos anos 40. Norma Avian atuou em rádios e também na tv paulista. Gravou uma dezena de discos, entre 10 polegadas e lps. Um desses discos é “Piccolissima Serenata”, lp que ela gravou pela Columbia, em 1958, com arranjos e orquestra do maestro Waldemiro Lemke. Doze canções italianas… Molto bello da sentire, dai un’occhiata!
 
piccolissima serenata
stornellacci alla toscana
un angelo e sceso a brooklyn
comme facette mammete
casetta in canada
luna rossa
melodia d’amore
chitarra romana
il nostro giorno
marechiare
vogliamoci tanto bene
‘na sera ‘e maggio
 
 

Raulzinho (Raul De Souza) – A Vontade Mesmo (1965)

Desta vez, temos um discaço do genial trombonista Raul de Souza. O cara já era uma sensação no início dos anos 60 quando atuou no histórico lp de Sergio Mendes “Você ainda não ouviu nada”. Em 1965 lança então este seu primeiro disco, “À Vontade Mesmo”, um album que é puro samba jazz. Aqui temos o lp na versão japonesa, ou seja, com outra capa. Raulzinho vem acompanhado do Sambalanço Trio, grupo formado pelas feras Cesar Camargo Mariano, Airto Moreira e Clayber. Disco para se ouvir de cabo a rabo. Olha só o repertório…
 
a vontade mesmo
olhou pra mim
pureza
estamos aí
você e eu
jor-du
inutil paisagem
fly me to the moon
muito a vontade
samba do avião
primavera
 
 
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Altino Soares Da Silva – Discos Voadores Dos Mundos Siderais (197…) 

Não faz muito tempo, voltou a aparecer na imprensa e em mídias sociais este curioso compacto. Um dos nossos ‘amigos cultos & ocultos’ já havia enviado para nós o arquivo do disquinho, mas por completa falta de informação ele acabou ficando na gaveta. Trata-se de um compacto simples, produção independente com duas músicas. Recentemente o assunto sobre o disco voltou a tona. Por conta de sua raridade e principalmente por ter sido elevado à classe dos discos mais caros gravados no Brasil (pode?). É o mundo das especulações, do modismo do colecionismo para quem tem dinheiro sobrando. 
Nos anos 90 o disquinho foi apresentado ao público através de um convidado, no programa do Jô Soares, que naturalmente também ficou curioso e ali mesmo iniciou uma campanha para localizar o artista para uma entrevista, mas Altino nunca apareceu e ninguém falou por ele. Os fonogramas acabaram indo parar no Youtube e no Spotfile e claro, com o ‘status’ de raridade. Do pouco que se sabe sobre o artista e que circula por aí é que Altino Soares da Silva era pernambucano, morava no Rio de Janeiro e era servente de pedreiro. A razão que levou Altino a gravar esse disco, supostamente tem a ver com alguma experiência que ele viveu com extraterrestres, seja na real ou numa alucinação. Talvez tenha sido mesmo abdusido. Talvez estivesse inspirado num assunto que muito chamava a atenção das pessoas naquela época. E o que evidencia ainda mais essas ideias é o pequeno texto na contracapa: “Relato interplanetário de uma viagem a outro planeta com Altino Soares da Silva e dois extraterrenos. Pilotando em uma nave que eles deram o nome de discos voadores.” 
Altino Soares da Silva nunca foi localizado, por certo já morreu ou foi levado em um disco voador. Deixou apenas este sete polegadas com esses dois sambas:
 
discos voadores dos mundos siderais
maria cecília
 
 
 

O Sapo Astronauta (1970)

Aqui um lp a ser considerado… Por certo, um disco voltado para o público infantil. Lançado em 1970 pelo selo Ritmos. Este é um álbum que se destaca logo o colocamos para tocar. Ao contrário de muitos outros trabalhos fonográficos destinado a um público infantil, “O Sapo Astronauta” não é um disco de historinhas, mas de músicas e diga-se de passagem, bem acima do esperado, com qualidades, tanto na criação quanto na produção. Um trabalho que também agrada ao público adulto. Músicas criadas por Esther Flora Glanzer, em parceiria com outros compositores, entre os quais, Reginaldo Bessa que também assina a direção musical. Não há muita informação sobre Ester (aqui, sem o H), mas ao que tudo indica, ela deve ter sido uma educadora e também aparece em outras parceirias musicais, inclusive com o Bessa. O disco é mesmo muito bom de se ouvir, talvez agrade mais aos adultos 🙂
 
o sapo astronauta
um dia depois do outro
história e geografia
namoradinhos
histórieas em cubinhos
aventuras no amazonas
o saci e o tubarão
minha rua
caixinha de música
o bondinho
viagem supersonica
eu vou ser
 
 
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Regininha – Me Ajuda Que A Voz Não Dá (1969)

“Me ajuda que a voz não dá”, disco destacando a cantora Regininha, musa da Turma da Pilantragem. Lançado em 1969 pelo selo Polydor. Já tivemos a oportunidade de trazer um compacto com duas músicas deste disco. Agora chegou a vez do lp. A curiosidade do título tem a ver com a quinta faixa do lado 2, num determinado ponto do pot pourri, Primavera, de Carlos Lyra e Vinicius, ela pede socorro ao coro: ‘me ajuda que a voz não dá’. E isso é mantindo na gravação, o que por certo caiu como uma luva.
 
menino de braçanã – menino passarinho
telegrama
cantiga errante
lírica nº1
fim de noite
tem dó
pior pra você – conceição – menina moça
mas eu já fiz a sua trouxa – lamento da lavadeira -2002
nossos momentos – bronzes e cristais
chuva
pra você
dó-ré-mi – primavera – gosto que me enrosco
deixa a nega gingar
 
 
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Conjunto 3D – Muito Na Onda (1967)

Mais um conjunto de mpb dos anos 60. Desta vez o Conjunto 3D. Tínhamos certa a ideia de que já havia sido postado, mas não. Assim, hoje, pode ser uma boa oportunidade para apresentarmos o “Muito na onda”, disco que traz uma formação para o 3D de Antonio Adolfo. Lançado em 1967 pela Copacabana, o trio dá lugar ao conjunto que vem acrescentado com a participação de Helinho, Eduardo Conde e Beth Carvalho, inciava seus vôos fonográficos. Neste conjunto, além de Gusmão e Nelsinho do 3D, Antonio Adolfo também chama para a festa dois dos maiores ritmistas da época, Rubnes Bassini e Jorginho Arena. O repertório, como podemos ver logo a baixo é um misto de sucessos nacionais e internacionais que estavam muito na onda, com certeza!
 
when the saints go marching in
un homme et une femme
é preciso cantar
patruíra samba
roda
i’ve got you under my skin
night and day
see you in september
noite dos mascarados
watermellon man
winchester cathedral
canto ou fuga
sonho de lugar
 
 
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Conjunto 7 De Ouros – Impacto (1964) 

Olha aí, um disco que vale muito conhecer, Realmente um verdadeiro impacto. Coisa rara, difícil de se ver e  ouvir por aí, inclusive no Youtube. Um delicioso disco de samba com influências do jazz do super grupo, o Conjunto 7 de Ouros, o qual já apresentamos aqui em outro lp. Neste disco, “Impacto!” lançado em 1964 pelo selo Polydor temos um repertório fino de sambas modernos, escolhidos a dedo para um time de músicos que não deixavam nada a desejar. Maravilha…
 
west samba
o amor que acabou
todo dia é dia de chorar
o morro não tem vez
vagamente
vou de samba com vocÊ
só balanço
samba day
ja,bete
meu pranto
serenata africana
balanço do coração
 
 
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Uccio Gaeta – Dedos Vertignosos (1960)

Mais uma vez aqui no nosso Toque Musical temos o italiano Uccio Gaeta. Um artista que descobriu o Brasil no final dos anos 50. Foi ator, cantor, compositor, musicista, autor e apresentador radicado no Brasil, atuando em todas essas frentes, música teatro, rádio, cinema e televisão. Gravou diversos discos, dos quais já postamos uns três. E agora trazemos “Dedos Vertiginosos”, lp lançado pelo selo Copacabana, em 1960. Album instrumental com repertório de sucessos variados, nacional e internacional. Uccio Gaeta vem acompanhado da orquestra de Antonio Sergi.
 
dedos vertigionosos
2ª valsa
toreador e andaluza
vôo do besouro
marcha turca
hora staccato
la violetera
sous les ciel de paris
dominó
an affair to remember
baião concertante
mayra
 
 
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Radames Gnattali – Samba Em Três Andamentos (1955)

Radamés Gnattali é um dos nossos artistas mais presentes no Toque Musical, seja em seus discos ou nos de diversos artistas com o qual ele trabalhou por décadas. Radamés foi um músico completo, atuou no erudito e no popular e sempre com destaque, seja como compositor, instrumentista, arrajador ou maestro. Aqui temos ele em mais um disco, desta vez pelo selo Sinter, “Samba em três andamentos”, lp de 10 polegadas lançado em 1955. Temos neste, de um lado, uma suite, uma peça musical que dá nome ao disco, em três movimentos: samba de morro, samba canção e samba batucada. Do outro lado temos cinco peças para piano solo. Radamés nos apresenta este trabalho, além dos momentos solos, acompanhado por uma orquestra de cordas regida por Lyrio Panicali e um conjunto percussivo, pelo lendário Luciano Perrone. Disco dos mais interessantes e que merece atenção. Confiram…
 
samba em três tempos:
samba de morro
samba canção
samba batucada
canhoto
vaidosa
noturno
perfumosa
porque
 
 

Joel Bello Soares – Valsas Polkas E Mazurcas – A Música Alagoana Do Início Do Século (1987) 

Temos para hoje um disco de música erudita: “A música alagoana do início do século”. O álbum é uma produção independente e como o próprio título já nos indica, trata-se da música feita em Alagoas feita no início do século passado. São valsas, polcas e mazurcas de compositores alagoanos interpretados por um dos grandes pianistas brasileiros, o alagoano, Joel Bello Soares, falecido no ano passado.
O arquivo deste disco, como cabe a todos os discos postados no Toque Musical, vem completo. No caso, com os encartes e todas as informações complementares. Confiram…
 
innahsinha – misael domingues
canção do jangadeiro – tavares de figueiredo
nove e meia – tavares de figueiredo
libinha – tavares de figueiredo
arrulhos – misael domingues
última ilusão – misael domingues
casa ou não casa – joão ulysses
maria do monte – misael domingues
os boemios – benedito silva
sonhando a bordo – tavares de figueiredo
esperança e desengano – heitor cardoso
 
 
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Tuca – O Cavaleiro (1966) 

Mais uma vez, Tuca. Aqui num compacto de 1966 lançado pela Chantecler, trazendo a cantora e compositora em dois momentos: “O Cavaleiro”, parceiria com Geraldo Vandré e “Cirandando”, com Consuelo de Castro. A música “O Cavaleiro” foi selecionada no I Festival Internacional da Canção da TV Rio, classificada em segundo lugar na fase nacional do festival.
 
o cavaleiro
cirandando
 
 

Raimundo Monte Santo (1974)

Seguindo, aqui temos hoje um raro compacto do selo Discos Marcus Pereira, apresentando o artista baiano Raimundo Monte Santo. Tão raro quanto este disquinho é o próprio artista, do qual pouco sabemos além do texto de contracapa de Gianfrancesco Guarnieri. Pelo Youtube temos as músicas deste compacto e alguns poucos comentários que nos ajuda a entender que Raimundo Monte Santo faleceu ainda novo. O que também responde sua obscuridade.
 
reizado a são josé
américa neblina
 
 
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Ed Lincoln Seu Piano E Seu Orgão Espetacular (1961)

Vamos hoje com o Ed Lincoln, seu piano e seu orgão espetacular, em álbum lançado pela refinada Musidisc, em 1961. Em 62 seria lançado um outro disco dele com o mesmo nome (e que por acaso nós já o postamos aqui no Toque Musical). 
Neste lp temos Ed Lincoln e seu conjunto nos apresentando um repertório moderno para aquele início dos anos 60 e essencialmente de música brasileira, algumas, até então inéditas. Um disco muito bom que vale a pena ouvir…
 
nunca mais
confissão
eu não tenho onde morar
amanhã eu vou
t’aimer follement
atire a primeira pedra
deus me perdoe
pergunte ao joão
tristeza de nós dois
leçon de baion
vai com deus
 
 
 

Mac Rybell (1974)

Hoje vamos como o Conjunto Mac Rybell e seu único disco lançado em 1974. Eis aí um lp que faltava em nossa coleção. Um nome curioso para um grupo musical, mas faz sentido, Mac Rybell é a junção das iniciais dos nomes de cada um dos membros do grupo. Formado no final dos anos 60, foi um tremendo grupo de baile, segundo contam. Embalou muitas festas e muitas noites paulistas, garantindo uma atividade musical e comercial para seus membros. A possiblidade de gravar um disco veio nos anos 70 quando então o conjunto ganhou uma identidade própria, com músicas autorais. Eram reconhecidos pela imprensa paulista como uma grande revelação. Por certo, muita gente deve se lembrar deles por conta dos bailes. Gravaram e lançaram este disco em 1974, pelo selo Beverly. A música “Meu sonho” chegou a fazer um realtivo sucesso nas rádios, mas não passou disso. Mesmo assim, hoje em dia, muitos colecionadores ainda buscam este lp para sua coleção.
 
meu sonho
the first time i saw
amor ainda existe
wait
como posso viver sozinho
apocalipse
it’s so blue
lágrimas
você deve crer
já era o tempo de esperar
canção do bosque
homem pé no chão
 
 
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Nova Geração (1965)

Mais uma da RCA Victor investindo na ‘juventude’. Aqui, “Nova Geração”, um selecionado da gravadora trazendo alguns de seus jovens artistas romanticos-populares: Rosemary, Sérgio Murilo. Cidinha Santos, Ronnie Cord, Cyro Aguiar, Adilson Ramos e José Ricardo. 
 
delirio de amor – josé ricardo
leva tudo contigo – rosemary
te agradeço porque – sergio murilo
meu karmann-ghia – adilson ramos
amor perdoa-me – ronnie cord
escreva-me – cidinha santos
maria bonita – cyro aguiar
como pode acontecer – rosemary
você é de chorar – sérgio murilo
luar – adilson ramos
eu vou a praia – ronnie cord
cai a tarde – cidinha santos
al telefono con ti – cyro aguiar
me disseram que – josé ricardo
 
 
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Conjunto Jovem Brasa – Samba Jovem (1966)

Para agradar os amantes de Bossa Nova e também da Jovem Guarda, eis aqui o disco perfeito… Ou por outra, como fazer um bossanovista gostar de Jovem Guarda e/ou vice-versa. É o que nos apresenta a Mário Castro Neves e seu conjunto Jovem Guarda formado por Chico Feitosa, Normando, Novelli, Miguel e Pedrinho, esses dois últimos do conjunto The Fevers. Um grupo, certamente de ocasião, por isso não gravaram outros discos, Um momento bem propício, quando dois seguimentos musicais jovens se destacavam na música popular. O Conjunto Jovem Brasa procura aproximar os dois ‘movimentos’, ligeiramente opostos, provando que a mistura pode dar caldo. Que o diga os próprios músicos que formam o Conjunto Jovem Brasa. A propósito, este lp lançado pela RCA Victor em 1966, teve uma edição na Espanha e também na Argentina, com direito inclusive a compacto duplo. Uma experiência musical muito interessante que merece ser ouvida…
 
jovem brasa
mexerico da candinha
o carango
em sua homenagem
água de beber
de manhã
tá por fora
mas que nada
só danço samba
despedida da mangueira
mamãe passou açucar em mim
quero que vá tudo pro inferno
 
 

Irany E Seu Conjunto – Boleros Em Surdina Nº 2 (1958)

Começando a semana, temos Irany e seu conjunto, na série “Boleros em Surdina”. Há poucos meses atrás postamos aqui o Número 3. Em ordem decrescente, agora vamos para o Número 2. 
Neste álbum, de 1958, temos um repertório selecionado com 12 boleros clássicos e a intepretação instrumental impecável de Irany e seu conjunto. Os arranjos ficam por conta do maestro Orlando Silveira.ok
 
eclipse
la ultima noche
oracion caribe
quiereme mucho
sinceridad
flor de lys
interesseira
perfidia
frenesi
contigo en la distancia
tarde demais
solamente una vez
 
 
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Silvia Benigno – Hianto Revivido (1983)

Abrimos hoje com um disco dos mais interessantes, principalmente pesquisadores da música popular brasileira. Trata-se de um lp produzido pela Escola de Música da Universidade Federal do Rio Grande do Norte em 1983 e que buscava divulgar um pouco da obra do compositor, nascido neste Estado, Hianto de Almeida. Por certo, não se trata de um disco comercial e isso se percebe pela capa, frente e verso, uma produção um tanto confusa, mas realmente interessante. O que temos, enfim, é um conjunto formado por músicos dessa Escola, tendo como intéprete vocal a cantora Sílvia Benigno (Silvinha). Este conjunto intepreta 12 composições de Hianto, sendo boa parte delas parcerias com outros compositores, entre esses se destaca o humorista Chico Anísio. Lembrando também que são composições dos anos 40 e 50. Hianto de Almeida é considerado um dos precursores da Bossa Nova.
 
segredo da meia noite
mão na mão
amei demais
meia luz
caju nasceu pra cachaça
mudou pra melhor
memórias
sodade doida
vento vadio
pedaço de coisa gostosa
um tiquinho mais
encontrei afinal
 
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Eumir Deodato – Night Cruiser (1980)

Para este nosso primeiro domingo de agosto, temos a presença de Eumir Deodato com seu lp de 1980, “Night Cruiser”, lançado nos “States’ pela Warner Brothers e aqui no Brasil, no mesmo ano pela WEA. Temos aqui um sofisticado trabalho, todo instrumental, com misturas de jazz, funk, soul e disco music. Um som dançante ainda com ecos da fase discoteca, representando a transição de Deodato dos anos 70 para um estilo mais contemporâneo.
 
night cruiser
east side strut
skatin’
uncle funk
love magic
groovitation
 
 
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Sivuca (1979) 

Sivuca sempre foi um dos queridos aqui no nosso Toque Musical e mais uma vez temos ele neste lp lançado pelo selo Copacabana, em 1978. Disco bacana com uma fusão de ritmos e elementos do forró contemporâneo, baião, samba e até jazz. Representa uma fase madura da produção artística do músico. Participam deste trabalho nomes de destaque, como Hermeto Pascoal, kátia de França e Glorinha Gadelha. Quase todas as músicas do disco são de co-autoria de Sivuca, exceto “Céu e mar”, clássico de Johnny Alf. Excelente trabalho que vale a pena ser conferido…
 
mãe africa
a história se repete
nosso encontro
fogo pagô
doce doce
les koies du matin
o dia em que el rey voltou à terra de santa cruz
joão e maria
barra vai quebrando
céu e mar
samburá de peixe miúdo
 
 
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