

Não faz muito tempo, voltou a aparecer na imprensa e em mídias sociais este curioso compacto. Um dos nossos ‘amigos cultos & ocultos’ já havia enviado para nós o arquivo do disquinho, mas por completa falta de informação ele acabou ficando na gaveta. Trata-se de um compacto simples, produção independente com duas músicas. Recentemente o assunto sobre o disco voltou a tona. Por conta de sua raridade e principalmente por ter sido elevado à classe dos discos mais caros gravados no Brasil (pode?). É o mundo das especulações, do modismo do colecionismo para quem tem dinheiro sobrando.
Nos anos 90 o disquinho foi apresentado ao público através de um convidado, no programa do Jô Soares, que naturalmente também ficou curioso e ali mesmo iniciou uma campanha para localizar o artista para uma entrevista, mas Altino nunca apareceu e ninguém falou por ele. Os fonogramas acabaram indo parar no Youtube e no Spotfile e claro, com o ‘status’ de raridade. Do pouco que se sabe sobre o artista e que circula por aí é que Altino Soares da Silva era pernambucano, morava no Rio de Janeiro e era servente de pedreiro. A razão que levou Altino a gravar esse disco, supostamente tem a ver com alguma experiência que ele viveu com extraterrestres, seja na real ou numa alucinação. Talvez tenha sido mesmo abdusido. Talvez estivesse inspirado num assunto que muito chamava a atenção das pessoas naquela época. E o que evidencia ainda mais essas ideias é o pequeno texto na contracapa: “Relato interplanetário de uma viagem a outro planeta com Altino Soares da Silva e dois extraterrenos. Pilotando em uma nave que eles deram o nome de discos voadores.”
Altino Soares da Silva nunca foi localizado, por certo já morreu ou foi levado em um disco voador. Deixou apenas este sete polegadas com esses dois sambas:
discos voadores dos mundos siderais
maria cecília