Willie (1985)

Desta vez vamos com o Willie, Willie de Oliveira, cantor, compositor, saxofonista e violonista paulista. Iniciou sua carreira nos anos 70. Fez parte do grupo de apoio de Rita Lee como backing vocal, onde participou de vários disco dela. Depois, nos anos 80, se juntou a Wander Taffo, Lee Marcucci e Gel Fernandes e montaram o Radio Taxi, banda pop que fez muito sucesso na época. Paralelo a isso também gravou em carreira solo, se envolvendo em outros projetos, tal como este compacto aqui, que traz a música “Suspenso no ar”, trilha do filme “Tropclip”.
 
suspenso no ar
gata
 

Atlantic – Altamiro Carrilho (1970)

E já que postamos ontem um compacto, vamos aproveitar a semana, quem sabe talvez até o mês para trazermos aqui outros tantos disquinhos de 7 polegadas que coincidentemente recebemos do nosso querido amigo paulista, o Fares, tremendo colecionador de discos, dono de preciosidades que nos encanta. Ele generosamente nos emprestou alguns tantos compactos que vão caber aqui como luva. Uma variedade a qual estaremos aqui selecionando para vocês.
E começamos com este disquinho promocional dos postos de combustíveis da bandeira Atlantic. Quem dessa época não se lembra disso? Propaganda dos postos de gasolina Atlantic, que hoje já não existe mais. A Banda do Ratinho Atlantic, o mascote da marca, é aqui, na verdade Altamiro Carrilho e sua bandinha. O flautista é quem assina a direção musical e certamente é quem também toca esse jingles que muita gente cantou: “quem não é o maior tem que ser o melhor’.
Vale a pena ouvir de novo, pois até o momento, isso ainda não chegou no Youtube, Certamente, algum de nossos amigos ocultos vai logo monetizar ele em seu canal (o mundo é desses expertos). Ouçamos a Marcha do Ratinho: Quem não é o maior, tem que ser o melhor.
 
quem não é o maior…
cantiga de roda

 

Quarteto Nova Era (1969)

Ainda nos ‘quartetos’, temos para hoje o raríssimo compacto duplo do Quarteto Nova Era. Grupo surgido em Niteroi, no final dos anos 60. Formado por Francisco Aguiar, Mauro Simões, Bia e Renata Giglio. Gravaram apenas este disquinho, que por muito tempo ficou esquecido, só vindo a ser descoberto décadas depois, se tornando uma preciosidade e objeto de desejo de muitos colecionadores. O Quarteto Nova Era, segundo contam, atuava em bailes e também em programas de tv. Gravou este compacto por terem sido classificados em 4º lugar no Festival Fluminense da Canção Popular. Faziam uma música inspirada em grupos famosos da época, como os Mutantes e The Mamas And The Papas. Consta que o disquinho chegou a ser relançado fora daqui por um selo europeu, Groove Records. Tudo isso por conta também de terem entrado numa coletânea gringa intitulada “Obsession”, com outras bandas obscuras. Nessa, até Os Novos Baianos entraram.
 
apolo
de repente
o tempo não espera
viagem no tempo
 
 
 

Altino Soares Da Silva – Discos Voadores Dos Mundos Siderais (197…) 

Não faz muito tempo, voltou a aparecer na imprensa e em mídias sociais este curioso compacto. Um dos nossos ‘amigos cultos & ocultos’ já havia enviado para nós o arquivo do disquinho, mas por completa falta de informação ele acabou ficando na gaveta. Trata-se de um compacto simples, produção independente com duas músicas. Recentemente o assunto sobre o disco voltou a tona. Por conta de sua raridade e principalmente por ter sido elevado à classe dos discos mais caros gravados no Brasil (pode?). É o mundo das especulações, do modismo do colecionismo para quem tem dinheiro sobrando. 
Nos anos 90 o disquinho foi apresentado ao público através de um convidado, no programa do Jô Soares, que naturalmente também ficou curioso e ali mesmo iniciou uma campanha para localizar o artista para uma entrevista, mas Altino nunca apareceu e ninguém falou por ele. Os fonogramas acabaram indo parar no Youtube e no Spotfile e claro, com o ‘status’ de raridade. Do pouco que se sabe sobre o artista e que circula por aí é que Altino Soares da Silva era pernambucano, morava no Rio de Janeiro e era servente de pedreiro. A razão que levou Altino a gravar esse disco, supostamente tem a ver com alguma experiência que ele viveu com extraterrestres, seja na real ou numa alucinação. Talvez tenha sido mesmo abdusido. Talvez estivesse inspirado num assunto que muito chamava a atenção das pessoas naquela época. E o que evidencia ainda mais essas ideias é o pequeno texto na contracapa: “Relato interplanetário de uma viagem a outro planeta com Altino Soares da Silva e dois extraterrenos. Pilotando em uma nave que eles deram o nome de discos voadores.” 
Altino Soares da Silva nunca foi localizado, por certo já morreu ou foi levado em um disco voador. Deixou apenas este sete polegadas com esses dois sambas:
 
discos voadores dos mundos siderais
maria cecília
 
 
 

Noel Carlos (1970) 

 
 
Prenunciando o Carnaval, aqui vai outro compacto, que por sinal, já foi postado no Toque Musical juntamente com outros compactos, num lote só. Como já faz tempo e pode mesmo ter passado batido para muitos, vamos trazendo de volta, com reapresentação do nosso falecido amigo culto Samuel Machado Filho, o Samuca: Em seguida, mais carnaval, agora com Noel Carlos, apresentando um single Copacabana de 1970, para a folia de 71. Ele canta duas marchinhas que fez em parceria com João Roberto Kelly e Elzo Augusto, “Meu bem, sai da fossa (Tobogã)” e “Deixa pro ano que vem (Neném)”.
 
meu bem sai da fossa
deixa pro ano que vem

Os Cleans – Compacto (1966) 

Fechamos então o ano de 2024. Desejamos a todos, amigos cultos, ocultos e observadores um feliz ano novo. Tudo de bom para todos, porém, SEM ANISTIA! Como já dizia o próprio ladrão, lugar de bandido é na cadeia. Com certeza! Que se faça justiça e que se pague! Tá na hora de limpar a casa…
E por falar em limpar, eis aqui nosso disco de último dia, um compacto do grupo Os Cleans, conjunto surgido em Canoas, no Rio Grande do Sul, sendo um dos representantes gaúchos da Jovem Guarda. Conforme o texto da contracapa, o grupo ao chegar ao Rio de Janeiro acompanhou Eduardo Araújo e logo ganharam destaque e também a oportunidade de gravar este que foi o primeiro disco, um compacto simples, lançado por uma editora de jingles, em 1966.
 
um dia que se vai
faz tanto tempo
 
 
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Paulo, Cláudio E Maurício (1972)

No balaio das diversidades, temos desta vez um raro disquinho de rock, de 7 polegadas que vamos postando antes que caia no esquecimento e mais uma vez vá ficando… Aqui um compacto duplo lançado em 1972 pela Odeon, com produção de Marcos Valle. Trata-se do trio formado pelos irmão gêmeos Paulo (voz e flauta) e Claudio Guimarães (guitarra e voz) e Maurício Maestro (baixo e voz). O trio fazia um misto de mpb com rock progressivo, algo bem parecido com A Barca do Sol. Fizeram um relativo sucesso na cena do rock carioca a ponto de serem escolhidos para abrirem o show do Ravi Shankar, no Rio e SP, em sua primeira vinda ao Brasil.
Eles gravaram apenas este compacto, com quatro músicas autorais. Participa também o baterista Gustavo Schroeter (Bolha, Cor do Som). O disquinho tem cheiro de uma prévia para um lp, mas por alguma razão não vingou…
 
gato no telhado
pudim
morais acadêmicas
acordar acender