Santa Cruz – Sonhos (1981)

Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos. Queria fazer desta semana algo especial, mas devo confessar que meu tempo é aquela coisa que vocês todos já sabem curto e corrido. É nas brechas e pausas que o toque diário vai saindo. Queria ter feito uma programação mais interessante, apontando para alguns álbuns especiais que eu até já havia planejado, mas ainda não tive como dar aquele trato neles. Sendo assim, sem querer desfazer da qualidade dos que os substituem, estou trazendo outras curiosidades.
Hoje vamos como o grupo Santa Cruz, que eu só conhecia de nome e do ‘ouvi falar’, lá pelos anos 80. Me lembro de ter ouvido no rádio, em Sampa, na casa de um amigo, a música “A dança não pode parar”, do Renato Teixeira. Fiquei curioso com a interpretação, mas fiquei sem saber de quem se tratava. Passados mais de vinte e tantos anos vim a encontrar a música novamente. Aliás, não faz muito tempo que o disco caiu na minha mão.
O grupo se chama Santa Cruz. Para quem é de São Paulo, talvez o nome seja mais familiar, pois ao que parece, eles se formaram por lá. Ao que tudo indica também, trata-se de um conjunto de baile. Possivelmente já deve ter animado muito baile pelo interior paulista.
O disco “Sonhos” foi lançado pelo selo RCA, em 1980. Foi produzido pelo Osmar Zan, que além de um músico muito atuante no passado, foi também um pescador de talentos. Lançou muita gente por ai.
O Santa Cruz era formado por quatro rapazes, os quais constam com seus nomes na contracapa de maneira não muito convencional, ou despretenciosa. Todos na intimidade do primeiro nome e no diminutivo: Edinho, Tacilinho, Julinho e Chiquinho. Parece até nome de sobrinhos. Vai ver, o Mario Zan era o tio (hehehe…)
Mas  independente desse detalhe, os caras mandavam bem. Fazem aqui um trabalho profissional, mesmo que aparentemente sem grandes novidades ou expressão. Vale uma conferida, uma lembrança, quem sabe… 🙂

quantas são
cais do porto
primavera
a dança não pode parar
tema de santa cruz
só o amor constrói
sonhos
pelos caminhos da vida
esperanças