Nelson Cavaquinho (1973)

Boa hora, amigos cultos cultos e ocultos! Boa hora é uma boa, pois serve para qualquer momento e não apenas para o momento do blogueiro aqui 😉 A qualquer dia, a qualquer hora, está valendo a saudação. Vou adotar, a partir de agora, ok?
Muito bem, nosso artista/disco de hoje é mais um daqueles que estavam faltando por aqui, tanto a pedidos quanto pela própria necessidade. Já tivemos no Toque Musical praticamente tudo do Nelson Cavaquinho, inclusive estas mesmas gravações lançadas com outra capa em disco do mesmo ano para o selo Fenix, da Odeon. O lp que apresentamos parece ser a edição original, com selo Odeon. Esta então é uma nova oportunidade de conferir no GTM um dos melhores discos de samba feitos até hoje.
 
juízo final
folhas secas
caminhando
minha festa
mulher sem alma
vou partir
rei vadio
a flor e o espinho
se eu sorrir
quando eu me chamar saudade
pranto de poeta
é tão triste cair
pode sorrir
rugas
o bem e o mal
visita triste
 
 

Noitada De Samba (1978)

Boa noite, prezados amigos cultos e ocultos! Tenho hoje para vocês uma ‘Noitada de Samba’. Vamos hoje com um disco que certamente passou batido  para muita gente. Coisa fina, coisa rara…
Em 1971 nascia a ideia da Noitada de Samba, um projeto musical criado por Jorge Coutinho e Leonides Bayer. Um encontro de grandes artistas da música popular brasileira que aconteceu no Teatro Opinião por mais de uma década! A Noitada de Samba surgiu em plena ditadura, sendo um foco de resistência, onde os artistas buscavam através de suas músicas expressar seus sentimentos de oposição ao regime militar. O Teatro Opinião foi palco de um espetáculo musical de samba, do artista popular, compositor e intérprete carioca. Um espetáculo que acontecia todas as segundas feiras. Pela noitada passaram dezenas de artistas, grandes nomes do samba como Adelzon Alvea, Ademildes Fonseca, Alcione, Aluisio Machado, Arlindo Cruz, Baianinho, Beth Carvalho, Carlos Lyra, Dona Ivone lara, Leci Brandão, Roberto Ribeiro, Monarco, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, João Nogueira, Martinho da Vila e tantos outros que nem dá para listar. Não somente os sambistas, mas artistas em geral, tinham no Teatro Opinião im dos poucos espaços de expressão. Foram 617 espetáculos ao longo de 13 anos. A Noitada de Samba durou até 1984, Recentemente virou um documentário, dirigido por Cely Leal, (preciso assistir!).
Este disco, um álbum histórico, reúne um pouco do que do que foi a Noitada de Samba, trazendo registros de Clara Nunes, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Odete Amaral, Xangô da Mangueira e muitos outros. É uma pena que seja um disco simples. Considerando o tempo que esse projeto durou, a centena de artistas que participaram e certamente as infinitas horas de gravação, poderiam ter gerado, no mínimo um álbum duplo. Mas é compreensível, tem sempre aquela questão dos direitos autorais, contratos de exclusividade e tantos outros obstáculos nesse grande negócio que foi o mundo da música.

seca do nordeste – clara nunes
tom maior – conjunto nosso samba
em cada canto uma esperança – dona ivone lara
tempos idos – odete amaral e cartola
ao amanhecer – cartola
estrela de madureira – roberto ribeiro
folhas caídas – odete amaral
eu e as flores – nelson cavaquinho
jurar com lágrimas – paulinho da viola
moro na roça – clementina de jesus
meu canto de paz – joão nogueira
verdade aparente – gisa nogueira
ah, se ela voltasse – baianinho
isso não são horas – xangô de mangueira
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Cartola 70 – Fala Mangueira! (1978)

Boa noite, amigos cultos e ocultos! No batido do samba aqui vamos nós com mais um disco bacana. Eu, na verdade estou fazendo uma reprise. Há alguns anos atrás eu postei aqui o álbum, “Fala Mangueira!”, originalmente lançado em 1968, pela Odeon. Um verdadeiro clássico do samba. Disco que não pode faltar em nenhuma boa coleção. Estamos falando aqui do feliz encontro de Cartola, Carlos Cachaça, Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho e Odete Amaral, num disco dedicado à Mangueira. Conforme relata o texto de contra capa desta edição, foi uma ideia de Vianinha (Oduvaldo Vianna Filho) sugerida ao Herminio Bello de Carvalho para um musical falando sobre a Mangueira. Espetáculo este que nunca chegou a acontecer, infelizmente. Mas pelo menos esse encontro se eternizou em disco, neste lp que aqui retorna após 10 anos numa edição comemorativa em homenagem aos 70 anos do Cartola. Por essa razão o disco mudou de nome, mas o material, a gravação é a mesma. Fica aqui esta segunda chance, para manter o pique do samba 😉

enquanto houver mangueira – odete amaral
lá vem mangueira – clementina de jesus
mundo de zinco – zezinho
tempos idos – odete amaral e cartola
ao amanhecer – cartola
alvorada no morro – odete amaral
quem me vê sorrindo – odete amaral
alegria – clementina de jesus
lacrimário – carlos cachaça
saudosa mangueira – clemetnina de jesus
sei lá mangueira – odete amaral
rei vagabundo – a magueira me chama, sempre mangueira, folhas caídas, eu e as flores
nelson cavaquinho e odete amaral
sabiá da mengueira – clementina de jesus
exaltação a mangueira – Zezinho
despedida de mangueira – odete amaral

A Música De Nelson Cavaquino – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol. 69 (2013)

Depois de Cartola, na semana passada, o Grand Record Brazil, em sua sexagésima-nona edição, homenageia mais um nome que faz parte da história da Mangueira, e, por tabela, do samba e da MPB: Nélson Cavaquinho.
Nélson Antônio da Silva, seu nome verdadeiro, nasceu no dia 29 de outubro de 1911, na Rua Mariz e Barros, no bairro carioca da Tijuca. Seu pai, o Sr. Brás Antônio da Silva,  era músico da Banda da Polícia Militar, tocava tuba, e seu tio Elvino era exímio violinista, e também organizava rodas de samba em sua casa. A mãe de Nélson,  a sra. Maria Paula da Silva, foi lavadeira do Convento de Santa Tereza. Por volta de 1919, a família, fugindo do aluguel, muda-se para a Lapa, ocasião em que Nélson  frequenta a escola primária Evaristo da Veiga, abandonando o curso para trabalhar como eletricista. Nesse bairro boêmio carioca, fez amizade com os “valentes” de então, Brancura, Edgar e Camisa Preta.  Na adolescência, transferiu-se para  o subúrbio de Ricardo de Albuquerque, para finalmente se estabelecer em uma vila operária na Gávea.  Ali, frequenta os bailes dos clubes Gravatá, Carioca Musical e Chuveiro de Ouro, conhecendo músicos decisivos em sua formação, alguns deles  empregados de uma fábrica de tecidos local, tais como Edgar Flauta da Gávea, Heitor dos Prazeres, Mazinho do Bandolim e o violonista Juquinha, de quem receberia lições de cavaquinho, .daí nascendo o pseudônimo com que ficaria para a posteridade: Nélson Cavaquinho. Já na maturidade, optaria pelo violão, desenvolvendo um estilo inimitável de tocá-lo, usando apenas dois dedos da mão direita.
Em 1931, com apenas 20 anos de idade, Nélson conhece  Alice Ferreira Neves, com quem se casa meses depois, da união resultando quatro filhos. Em seguida, graças a seu pai, consegue um emprego na Polícia Militar, fazendo rondas noturnas a cavalo. E é durante essas rondas, montado no seu querido “Vovô”, que conhece  e passa a frequentar o morro da Mangueira, travando contato com sambistas como Cartola e Carlos Cachaça. Isso lhe rendeu várias detenções, pois passava dias sem ir ao quartel, em decorrência da boemia. O ambiente da prisão era tranquilo, e ele ficava lá compondo… Em 1938, antes de ser expulso da polícia, consegue dar baixa  e, separado da mulher e afastado dos filhos, ingressa definitivamente na boemia e na música, mudando-se para o morro da Mangueira em 1952. Teve diversos outros relacionamentos até finalmente, no início dos anos 1960,  encontrar Durvalina, 30 anos mais nova que ele, com quem viveria pelo resto de sua existência.  Entre suas mais de 400 composições, várias  em parceria com Guilherme de Brito, destacam-se: “Rugas”, “Degraus da vida”,  “Luz negra”, “A flor e o espinho”, “Pranto de poeta”, “Quando eu me chamar saudade”, “Juízo final”, “Cuidado com a outra” e “Eu e as flores”.  Eram canções feitas com extrema simplicidade, e letras quase sempre remetendo a questões como o violão, botequins, mulheres e, principalmente, a morte. Que, inevitavelmente, aconteceria na madrugada de 18 de fevereiro de 1986, aos 74 anos, de enfisema pulmonar.  Como intérprete, estreou em disco no ano de 1966, gravando algumas faixas em um álbum que a cantora Thelma  Costa dedicou à sua obra. Depois, em 1970, viria seu primeiro LP-solo, “Depoimento do poeta”, pela Castelinho (que não passou desse disco!). O segundo viria dois anos mais tarde, pela RCA, primeiro volume da Série Documento, e o terceiro pela Odeon, em 1973.  Também participou, em 1977, do álbum da RCA ”Quatro grandes do samba”, ao lado de seu mais constante parceiro, Guilherme de Brito, mais Candeia e Elton Medeiros.
Nesta edição do GRB, apresentamos dez gravações originais em 78 rpm, com sambas de Nélson Cavaquinho interpretados por vários cantores e feitos com parceiros diversos. Abrindo a seleção, “Palavras malditas”, feita com seu mais constante parceiro, Guilherme de Brito, gravação de Ary Cordovil na Todamérica em 6 de setembro de 1957, disco TA-5724-B, matriz TA-100091, que seria regravada em 2011 por Beth Carvalho.  Ary também canta “Cheiro de vela”, de Nélson com  José Ribeiro (faixa 3), lançada no extinto selo Vila em 1958 (ou 61, não há certeza), disco 10003-B, matriz V-7801-B. Ruth Amaral, também compositora, interpreta outras duas faixas nesta seleção, ambas em gravações Columbia: “Cinzas”, de Nélson e Guilherme mais Renato Gaetani, lançada em novembro de 1955 sob n.o CB-10210-A, matriz CBO-584, e “Garça”, só de Nélson e Guilherme, lançada pouco antes, em maio desse ano, com o n.o CB-10192-A, matriz CBO-192 (faixa 5). A faixa  4 traz também a regravação de Nerino Silva para “Cinzas’, lançada pela Chantecler em janeiro de 1963, disco 78-0677-B, matriz C8P-1354. “Negaste um cigarro”, parceria de Nélson Cavaquinho com José Batista, foi gravada em fins de 1962 por Orlando Gil em outro selo extinto, o Albatroz, disco A-121-B. A “Divina” Elizeth Cardoso aqui comparece com um samba do carnaval de 1954, de Nélson, Roldão Lima e Gilberto Teixeira, gravação Todamérica de 12 de novembro de 53, lançada ainda em dezembro sob n.o TA-5380-B, matriz TA-591.  Francisco Ferraz Neto, o Risadinha, apresenta  “Minha fama”, de Nélson Cavaquinho com Magno de Oliveira, gravação Odeon de 4 de setembro de 1952, só lançada em junho de 53, disco 13455-B, matriz 9413. O grande Jorge Veiga interpreta “O fruto da maldade”, de Nélson com César Brasil, lançado pela Continental entre julho e setembro de 1951 com o n.o 16434-B, matriz 2632. Por fim, Vítor Bacelar interpreta outro samba de Nélson Cavaquinho em parceria com César Brasil: “Não brigo mais”, gravado na Todamérica em 23 de agosto de 1954 e lançado em setembro seguinte sob n.o TA-5471-B, matriz TA-723. Esta é a homenagem do GRB a mais este poeta da Mangueira e do samba carioca que foi Nélson Cavaquinho!
* Texto de SAMUEL MACHADO FILHO

Nelson Cavaquinho – Seleção 78 RPM Do Toque Musical – Vol. 46 (2012)

Em sua edição de número 46, o Grand Record Brazil reverencia um dos maiores sambistas que o Brasil já teve: o carioca e mangueirense Nélson Antônio da Silva, que ganhou a imortalidade com o pseudônimo de Nélson Cavaquinho (1911-2002). Filho de músico da Banda da Polícia Militar e sobrinho de violinista, Nélson deixou um acervo de mais de quatrocentas composições, com letras quase sempre remetendo a temas como o violão, mulheres, botequins e em especial a morte. Entre suas músicas mais conhecidas estão “Rugas”, “A flor e o espinho”, “Quando eu me chamar saudade”, “Juízo final”, “Luz negra”, “Pranto de poeta”, “Cuidado com a outra” e “Degraus da vida”.

A seleção aqui contida reúne 14 preciosas gravações, todas elas sambas, e foi feita pelo blog Coisa da Antiga, do grande Ary do Baralho. Ciro Monteiro aqui comparece com quatro gravações Victor: “Apresenta-me aquela mulher”, parceria de Nélson com Augusto Garcez e G. de Oliveira, de 25 de maio de 1943, lançada em setembro do mesmo ano (80-0107-B, matriz S-052779), “Não te dói a consciência”, em que Nélson Cavaquinho tem a parceria também de Augusto Garcez mais Ari Monteiro, também de 1943, gravada em 6 de julho daquele ano com lançamento em outubro (80-0119-B, matriz S-052799), “Aquele bilhetinho”, que Nélson e Garcez assinam com Arnô Canegal, de 13 de abril de 1945, lançada em maio seguinte (80-0282-A, matriz S-078154), e por fim o clássico “Rugas”, da mesma tríade de “Apresenta aquela mulher”, gravado pelo “Formigão” em 21 de março de 1946 e lançada em maio do mesmo ano (80-0406-A, matriz S-078450). “Rugas” tem vários registros posteriores, entre eles os de Roberto Silva, Jair Rodrigues e Luiz Cláudio. Em “O fruto da maldade”, Nélson Cavaquinho tem a parceria de César Brasil, e o lançamento deu-se pela Continental, na voz de Jorge Veiga, entre julho e setembro de 1951, disco 16434-B, matriz 2632. “Minha fama”, parceria de Nélson com Magno de Oliveira, foi gravado na Odeon por Risadinha, em 4 de setembro de 1952, mas só saiu em junho de 53 com o n.o 13455-B, matriz 9413. Do carnaval de 1954, “Amor que morreu”, parceria de Nélson Cavaquinho com Roldão Lima e Gilberto Teixeira, foi gravado por Elizeth Cardoso na Todamérica em 12 de novembro de 53 e lançado ainda em novembro (TA-5380-B, matriz TA-591). E Elizeth seria mais tarde uma das mais assíduas divulgadoras da obra de Nélson. Da parceria dele com César Brasil também é “Não brigo mais”, gravado também na Todamérica por Vítor Bacelar (Salvador, BA, 1911-Rio de Janeiro, 2005) em 23 de agosto de 1954, com lançamento em setembro seguinte (TA-5471-B, matriz TA-723), visando a folia de 55. Em seguida uma curiosa incursão de Nélson pelo samba-canção, em parceria com Guilherme de Brito: “Garça”, com Ruth Amaral (também compositora e intérprete de marchinhas carnavalescas), lançado pela Columbia em agosto de 1955, disco CB-10192-A, matriz CBO-547. Ruth também interpreta “Cinzas”, dos mesmos autores mais Renato Gaetani, que a mesma Columbia lançou em novembro de 55, sob n.o CB-10210-A, matriz CBO-584. Foi também incluída a gravação de Nerino Silva, que a Chantecler lançou em janeiro de 1963, disco 78-0677-B, matriz C8P-1354, e depois incluída no LP “Arroz de festa”. Em seguida, Nélson assina com seu inseparável parceiro Guilherme de Brito o samba “Palavras malditas”, gravado na Todamérica por Ary Cordovil em 6 de setembro de 1957, disco TA-5724-B, matriz TA-100091, visando o carnaval de 58, e que foi regravado por Beth Carvalho em 2011, no CD “Nosso samba tá na rua”. O mesmo Ary Cordovil canta “Cheiro de vela”, de Nélson com José Ribeiro, em gravação do extinto selo Vila, disco 10003-A, que o Instituto Memória Musical Brasileira diz ser de 1961. E o cantor Orlando Gil encerra nossa seleção com “Negaste um cigarro”, parceria de Nélson Cavaquinho com José Batista, gravação de 1962 para outro selo extinto, o Albatroz, disco A-121-B. É a homenagem do Coisa da Antiga e do Toque Musical, através do GRB, a este grande compositor e poeta que foi Nélson Cavaquinho!

Texto de SAMUEL MACHADO FILHO.

Nelson Cavaquinho (1973)

Bom dia, prezados amigos cultos e ocultos. Nesta semana, sem intenção, tenho postado discos dos anos 70. Taí uma década que eu adoro, principalmente pelo lado musical. Acho que foi o ápice da indústria fonográfica no Brasil. Era um tempo onde quem administrava as gravadoras entendia de música, tinha sensibilidade e competência. Depois vieram os administradores formados em universidades e transformaram tudo em negócios. E pode-se dizer que foram péssimos administradores, pois, ofuscados pelo brilho do ‘compact disc’, deixaram-se levar por um caminho sem volta. Sucatearam a indústria do vinil e o pior, também a nossa música e os nossos artistas. Sinceramente, não fossem os blogs musicais, em sua anarquia cultural, atuando nos últimos dez anos, muita coisa ainda estaria perdida, esquecida… nas mãos dos gringos que vão relançando lá fora aquilo que aqui ninguém se lembra mais.
Putz, nem sei porque eu comecei de novo esse assunto… uma coisa leva a outra, deve ser… Melhor falarmos do disco do dia 🙂
Hoje segue aqui uma bela coletânea do Nelson Cavaquinho, lançada em 1973 pela EMI-Odeon, através de seu selo especial Fenix. Nela encontramos alguns dos clássicos de Nelson e seus parceiros. Embora não conste no lp informações (além de um diálogo transcrito entre o jornalista Sérgio Cabral e Nelson), eu suponho que a seleção do repertório inclui novas gravações. Digo isso porque algumas músicas cantadas por ele me soaram diferente ao ouvido. Deve ser talvez porque já faz um tempo que eu não escuto o sambista. Nem me lembrava dele cantando junto com o seu mais fiel parceiro, Guilherme de Brito, que aqui também marca presença. Foi muito por conta disso que este álbum está sendo postado agora. Não é nenhuma raridade, inédito ou novidade. Mas cá pra nós, quem consegue aqui no Brasil enjoar de arroz com feijão?

juízo final
folhas secas
caminhado
minha festa
mulher sem alma
vou partir
rei vadio
a flor e o espinho – se eu sorrir – quando eu me chamar saudade – pranto de poeta
é tão triste cair
pode sorrir
rugas
o bem e o mal
visita triste

PS.: VAI LÁ EM CASA OUVIR ESTE DISCO, EU FAÇO UMA CÓPIA PARA VOCÊ!

Odete Amaral, Cartola, Clementina de Jesus, Nelson Cavaquinho & Carlos Cachaça – Fala, Mangueira! (1968)

Na semana em que eu andei postando os sambas, acabei deixando para trás este disco que é uma maravilha. Um encontro de velhos banbas da Mangueira. Um disco antológico, que eu também gostaria de ter a honra de postá-lo. Sem firulas, apenas o desejo de poder levar para os ‘meus’ esse álbum também. Moçada, chega junto que isso aqui é filé. Toquei também, pronto!

Nelson Cavaquinho – Flores em vida (1985)

Mais uma dose de Nelson Cavaquinho. Neste álbum, lançado em 1985 pelo Estúdio Eldorado, temos uma celebração. Um disco-homenagem, produzido por Carlinhos Vergueiro. O trabalho contou com a participação de Chico Buarque, Paulinho da Viola, Beth Carvalho, João Bosco, Toquinho e Cristina Buarque, entre outros. Nelson comparece em quatro faixas. Fizeram uma baita festa na quadra da Mangueira para o lançamento desse disco. Mais um discão!

Nelson Cavaquinho – Quando Eu Me Chamar Saudade (1996)

Já que começamos a cutucar a genialidade do samba, vamos abrir alas para um Grande: o maravilhoso Nelson Cavaquinho. Este disco é bem interessante, uma coletânea com 18 de suas mais conhecidas composições/gravações, interpretadas por ele e outros artistas como Paulinho da Viola, Clara Nunes, Elza Soares… Tem também o seu parceiro maior, Guilherme de Brito, na faixa 7 “A flor e o espinho” e “Quando eu me chamar saudade”. Discão!

Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito, Candeia & Elton Medeiros – Quatro Grandes do Samba (1977)

Este disco é uma maravilha! Quatro feras do samba num registro histórico. Um álbum já conhecido por toda a comunidade blog-musical, mas que eu faço questão de apresentá-lo aqui no TM. Este lp só tem um ‘grave defeito’, não é um álbum-duplo. Num ‘encontro’ assim, bem que merecia. Tenho a impressão que os quatro juntos tocando no disco, só mesmo na ilustração da capa (mais uma vez, me corrija se eu estiver errado). O Candeia só canta suas composições. A gente não percebe sua participação em outros momentos. Mas mesmo com o aparente encontro-montado o disco não perde o seu encanto. Quem não conhece, tem aqui a chance…